Links

ARQUITETURA E DESIGN




Cartaz da exposição Team 10: A Utopia of the Present em Paris. Fotografia: download da imagem em www.team10online.org


Início da exposição Team 10: A Utopia of the Present em Paris. Fotografia: Pedro Baía


Exposição Team 10: A Utopia of the Present em Paris. Fotografia: Pedro Baía


Exposição Team 10: A Utopia of the Present em Paris. Fotografia: Pedro Baía


Exposição L’ Atelier de Montrouge: La Modernité à l’œuvre (1958-1981) em Paris. Fotografia: Pedro Baía


Alison Smithson no CIAM X, Dubrovnik, 1956. Fotografia: digitalizada do livro TEAM10 1953-81 – In Search of a Utopia of the Present


CIAM XI, Otterlo, 1959. Fotografia: digitalizada do livro TEAM10 1953-81 – In Search of a Utopia of the Present


Encontro Team 10, Berlim, 1973. Fotografia: download da imagem em www.nai.nl


Encontro Team 10, casa de Aldo van Eyck, 1974. Fotografia: download da imagem em www.team10online.org


Encontro Team 10, Spoleto, 1976. Fotografia: download da imagem em www.team10online.org


Fim dos CIAM, Otterlo, 1959. Fotografia: digitalizada do livro TEAM10 1953-81 – In Search of a Utopia of the Present


Corte perspéctico por um dos edifícios do projecto Robin Hood Gardens. © Godfrey Argent, download da imagem em www.bdonline.co.uk


Vista aérea do Robin Hood Gardens, 1972. © Smithsons family collection, download da imagem em www.bdonline.co.uk


Planta e corte pelo terreno do Robin Hood Gardens. © Desconhecido, download da imagem em www.cleandesign05.co.uk


Vista do jardim do Robin Hood Gardens. © Desconhecido, download da imagem em www.bdonline.co.uk


Vista da galeria do Robin Hood Gardens. © Morley von Sternberg, download da imagem em www.bdonline.co.uk


Corte perspéctico por um apartamento do projecto Robin Hood Gardens. © Desconhecido, download da imagem em www.bdonline.co.uk


Alison e Peter Smithson. © Smithsons family collection, download da imagem em www.bdonline.co.uk

Outros artigos:

2024-04-13


PÁDUA RAMOS: DA ARQUITETURA AO DESIGN


2024-02-26


NO LUGAR DE UMA JANELA, NASCEU UMA PORTA


2024-01-21


TERCEIRO ANDAR DE LUCIANA FINA OU DESTINAÇÃO (EST)ÉTICA


2023-11-02


A PROPÓSITO DE ONDE VAMOS MORAR? — CICLO DE CINEMA POR ANDY RECTOR


2023-09-11


CARTOGRAFIA DO HORIZONTE: DO TERRITÓRIO AOS LUGARES


2023-08-05


O ESTALEIRO, O LABORATÓRIO, A SUA CAIXA E O CAVALETE DELA


2023-06-01


UMA CIDADE CONSTRUÍDA PARA O CONSUMO: DA LÓGICA DO MERCADO À DISNEYFICAÇÃO DA CIDADE


2023-04-30


ESCUTAR, UMA VEZ MAIS, GRÂNDOLA — OPERAÇÃO SAAL DE VALE PEREIRO


2023-04-03


NOTAS SOBRE UM ARQUITECTO ARTIFICIALMENTE INTELIGENTE


2023-02-24


MUSEU DA PAISAGEM. AS POSSIBILIDADES INFINITAS DE LER E REINTERPRETAR O TERRITÓRIO


2023-01-30


A DIVERSIDADE NA HABITAÇÃO DAS CLASSES LABORIOSAS, OS HIGIENISTAS E O CASO DA GRAÇA


2022-12-29


HABITAR: UM MANIFESTO SECRETO


2022-11-23


JONAS AND THE WHOLE


2022-10-16


CASA PAISAGEM OU UM PRESÉPIO ABERTO


2022-09-08


ENTREVISTA A ANA CATARINA COSTA, FRANCISCO ASCENSÃO, JOÃO PAUPÉRIO E MARIA REBELO


2022-08-11


ENTREVISTA A JOSÉ VELOSO, ARQUITETO DA OPERAÇÃO SAAL DA MEIA-PRAIA


2022-07-11


TERRA, TRIENAL DE ARQUITETURA DE LISBOA 2022. ENTREVISTA A CRISTINA VERÍSSIMO E DIOGO BURNAY


2022-05-31


OH, AS CASAS, AS CASAS, AS CASAS...


2022-04-23


A VIAGEM ARQUITETÓNICA COMO ENCONTRO: DA (RE)DESCOBERTA À (DES)COBERTA DAS ORIGENS


2022-03-29


PODERÁ O PATRIMÓNIO SER EMANCIPATÓRIO?


2022-02-22


EM VÃO: FECHA-SE UMA PORTA PARA QUE UMA JANELA FENOMENOLÓGICA SE ABRA


2022-01-27


SOBRE A 'ESTÉTICA DO CONHECIMENTO': UMA LEITURA DA PEDAGOGIA DE BAUKUNST


2021-12-29


CALL FOR ARCHITECTS


2021-11-27


DE QUE ME SERVE SER ARQUITECTA?


2021-10-26


'OS CAMINHOS DA ÁGUA'


2021-09-30


A ARQUITETURA PORTUGUESA: O TRAJETO DO SÉCULO XX E DESAFIOS DO SÉCULO XXI


2021-08-22


CERAMISTAS E ILUSTRADORES: UMA RESIDÊNCIA EM VIANA DO ALENTEJO


2021-07-27


COMPREENSÃO DA CIDADE DO PORTO ATÉ AO SÉCULO XX


2021-06-20


O ANTECEDENTE CULTURAL DO PORTO NA TRANSIÇÃO PARA O SÉCULO XXI


2021-05-12


JOÃO NISA E AS 'PRIMEIRAS IMPRESSÕES DE UMA PAISAGEM'


2021-02-16


A ORDEM INVISÍVEL DA ARQUITECTURA


2021-01-10


SURENDER, SURENDER


2020-11-30


AS MULHERES NO PRIVATE PRESS MOVEMENT: ESCRITAS, LETRAS DE METAL E CHEIRO DE TINTA


2020-10-30


DES/CONSTRUÇÃO - OS ESPACIALISTAS EM PRO(EX)CESSO


2020-09-19


'A REALIDADE NÃO É UM DESENCANTO'


2020-08-07


FORA DA CIDADE. ARTE E LUGAR


2020-07-06


METROPOLIS, WORLD CITY & E.P.C.O.T. - AS VISÕES PARA A CIDADE PERFEITA IMAGINADAS POR GILLETTE, ANDERSEN E DISNEY


2020-06-08


DESCONFI(N)AR, O FUTURO DA ARQUITECTURA E DAS CIDADES


2020-04-13


UM PRESENTE AO FUTURO: MACAU – DIÁLOGOS SOBRE ARQUITETURA E SOCIEDADE


2020-03-01


R2/FABRICO SUSPENSO: ITINERÁRIOS DE TRABALHO


2019-12-05


PRÁTICAS PÓS-NOSTÁLGICAS / POST-NOSTALGIC KNOWINGS


2019-08-02


TEMPOS MODERNOS, CERÂMICA INDUSTRIAL PORTUGUESA ENTRE GUERRAS


2019-05-22


ATELIER FALA - ARQUITECTURA NA CASA DA CERCA


2019-01-21


VICARA: A ESTÉTICA DA NATUREZA


2018-11-06


PARTE II - FOZ VELHA E FOZ NOVA: PATRIMÓNIO CLASSIFICADO (OU NEM POR ISSO)


2018-09-28


PARTE I - PORTO ELEITO TRÊS VEZES O MELHOR DESTINO EUROPEU: PATRIMÓNIO AMEAÇADO PARA UNS, RENOVADO PARA OUTROS. PARA INGLÊS (NÃO) VER


2018-08-07


PAULO PARRA – “UMA TRAJECTÓRIA DE VIDA” NA GALERIA ROCA LISBON


2018-07-12


DEPOIS, A HISTÓRIA: GO HASEGAWA, KERSTEN GEERS, DAVID VAN SEVEREN


2018-05-29


NU LIMITE


2018-04-18


POLAROID


2018-03-18


VICO MAGISTRETTI NO DIA DO DESIGN ITALIANO


2018-02-10


GALERIA DE ARQUITETURA


2017-12-18


RHYTHM OF DISTANCES: PROPOSITIONS FOR THE REPETITION


2017-11-15


SHAPINGSHAPE NA BIENAL DA MAIA


2017-10-14


O TEATRO CARLOS ALBERTO DIALOGA COM A CIDADE: PELA MÃO DE NUNO LACERDA LOPES


2017-09-10


“VINTE E TRÊS”. AUSÊNCIAS E APARIÇÕES NUMA MOSTRA DE JOALHARIA IBEROAMERICANA PELA PIN ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE JOALHARIA CONTEMPORÂNEA


2017-08-01


23 – JOALHARIA CONTEMPORÂNEA NA IBERO-AMÉRICA


2017-06-30


PASSAGENS DE SERRALVES PELO TERMINAL DE CRUZEIROS DO PORTO DE LEIXÕES


2017-05-30


EVERYTHING IN THE GARDEN IS ROSY: AS PERIFERIAS EM IMAGENS


2017-04-18


“ÁRVORE” (2002), UMA OBRA COM A AUTORIA EM SUSPENSO


2017-03-17


ÁLVARO SIZA : VISÕES DA ALHAMBRA


2017-02-14


“NÃO TOCAR”: O NOVO MUSEU DO DESIGN EM LONDRES


2017-01-17


MAXXI ROMA


2016-12-10


NOTAS SOBRE ESPAÇO E MOVIMENTO


2016-11-15


X BIAU EM SÃO PAULO: JOÃO LUÍS CARRILHO DA GRAÇA À CONVERSA COM PAULO MENDES DA ROCHA E EDUARDO SOUTO DE MOURA


2016-10-11


CENAS PARA UM NOVO PATRIMÓNIO


2016-08-31


DREAM OUT LOUD E O DESIGN SOCIAL NO STEDELIJK MUSEUM


2016-06-24


MATÉRIA-PRIMA. UM OLHAR SOBRE O ARQUIVO DE ÁLVARO SIZA


2016-05-28


NA PEGADA DE LE CORBUSIER


2016-04-29


O EFEITO BREUER – PARTE 2


2016-03-24


O EFEITO BREUER - PARTE 1


2016-02-16


GEORGE BEYLERIAN CELEBRA O DESIGN ITALIANO COM LANÇAMENTO DE “DESIGN MEMORABILIA”


2016-01-08


RESOLUÇÕES DE ANO NOVO PARA A ARQUITETURA E DESIGN EM 2016


2015-11-30


BITTE LEBN. POR FAVOR, VIVE.


2015-10-30


A FORMA IDEAL


2015-09-14


DOS FANTASMAS DE SERRALVES AO CLIENTE COMO ARQUITECTO


2015-08-01


“EXTRA ORDINARY” - JOVENS DESIGNERS EXPLORAM MATERIAIS, PRODUTOS E PROCESSOS


2015-06-25


PODE A TIPOGRAFIA AJUDAR-NOS A CRIAR EMPATIA COM OS OUTROS?


2015-05-20


BIJOY JAIN, STUDIO MUMBAI


2015-04-14


O FIM DA ARQUITECTURA


2015-03-12


TESOURO, MISTÉRIO OU MITO? A ESCOLA DO PORTO EM TRÊS EXPOSIÇÕES (PARTE II/II)


2015-02-11


TESOURO, MISTÉRIO OU MITO? A ESCOLA DO PORTO EM TRÊS EXPOSIÇÕES (PARTE I/II)


2015-01-11


ESPECTADOR


2014-12-09


ARQUITECTAS: ENSAIO PARA UM MANUAL REVOLUCIONÁRIO


2014-11-10


A MARCA QUE TEM O MEU NOME


2014-10-04


NEWS FROM VENICE


2014-09-08


A INCONSCIÊNCIA DE ZENO. MÁQUINAS DE SUBJECTIVIDADE NO SUPERSTUDIO*


2014-07-30


ENTREVISTA A JOSÉ ANTÓNIO PINTO


2014-06-17


ÍNDICES, LISTAGENS E DIAGRAMAS: the world is all there is the case


2014-05-15


FILME COMO ARQUITECTURA, ARQUITECTURA COMO AUTOBIOGRAFIA


2014-04-14


O MUNDO NA MÃO


2014-03-13


A CASA DA PORTA DO MAR


2014-02-13


O VERNACULAR CONTEMPORÂNEO


2014-01-07


PÓS-TRIENAL 2013 [RELAÇÕES INSTÁVEIS ENTRE EVENTOS, ARQUITECTURAS E CIDADES]


2013-11-12


UMA SUBTIL INTERFERÊNCIA: A MONTAGEM DA EXPOSIÇÃO “FERNANDO TÁVORA: MODERNIDADE PERMANENTE” EM GUIMARÃES OU UMA EXPOSIÇÃO TEMPORÁRIA NUMA ESCOLA EM PLENO FUNCIONAMENTO


2013-09-24


DESIGN E DELITO


2013-08-12


“NADA MUDAR PARA QUE TUDO SEJA DIFERENTE”: CONVERSA COM BEYOND ENTROPY


2013-08-11


“CHANGING NOTHING SO THAT EVERYTHING IS DIFFERENT”: CONVERSATION WITH BEYOND ENTROPY


2013-07-04


CORTA MATO. Design industrial do ponto de vista do utilizador


2013-05-20


VÍTOR FIGUEIREDO: A MISÉRIA DO SUPÉRFLUO


2013-04-02


O DESIGNER SOCIAL


2013-03-11


DRESS SEXY AT MY FUNERAL: PARA QUE SERVE A BIENAL DE ARQUITECTURA DE VENEZA?


2013-02-08


O CONSUMIDOR EMANCIPADO


2013-01-08


SOBRE-QUALIFICAÇÃO E REBUSCO


2012-10-29


“REGIONALISM REDIVIVUS”: UM OUTRO OLHAR SOBRE UM TEMA PERSISTENTE


2012-10-08


LEVINA VALENTIM E JOAQUIM PAULO NOGUEIRA


2012-10-07


HOMENAGEM A ROBIN FIOR (1935-2012)


2012-09-08


A PROMESSA DA ARQUITECTURA. CONSIDERAÇÕES SOBRE A GERAÇÃO POR VIR


2012-07-01


ENTREVISTA | ANDRÉ TAVARES


2012-06-10


O DESIGN DA HISTÓRIA DO DESIGN


2012-05-07


O SER URBANO: UMA EXPOSIÇÃO COMO OBRA ABERTA. NO CAMINHO DOS CAMINHOS DE NUNO PORTAS


2012-04-05


UM OBJECTO DE RONAN E ERWAN BOUROULLEC


2012-03-05


DEZ ANOS DE NUDEZ


2012-02-13


ENCONTROS DE DESIGN DE LISBOA ::: DESIGN, CRISE E DEPOIS


2012-01-06


ARCHIZINES – QUAL O TAMANHO DA PEQUENÊS?


2011-12-02


STUDIO ASTOLFI


2011-11-01


TRAMA E EMOÇÃO – TRÊS DISCURSOS


2011-09-07


COMO COMPOR A CONTEMPLAÇÃO? – UMA HISTÓRIA SOBRE O PAVILHÃO TEMPORÁRIO DA SERPENTINE GALLERY E O PROCESSO CRIATIVO DE PETER ZUMTHOR


2011-07-18


EDUARDO SOUTO DE MOURA – PRITZKER 2011. UMA SISTEMATIZAÇÃO A PROPÓSITO DA VISITA DE JUHANI PALLASMAA


2011-06-03


JAHARA STUDIO


2011-05-05


FALEMOS DE 1 MILHÃO DE CASAS. NOTAS SOBRE O CONCURSO E EXPOSIÇÃO “A HOUSE IN LUANDA: PATIO AND PAVILLION”


2011-04-04


A PROPÓSITO DA CONFERÊNCIA “ARQUITECTURA [IN] ]OUT[ POLÍTICA”: UMA LEITURA DISCIPLINAR SOBRE A MEDIAÇÃO E A ESPECIFICIDADE


2011-03-09


HUGO MADUREIRA: O ARTISTA-JOALHEIRO


2011-02-07


O QUE MUDOU, O QUE NÃO MUDOU E O QUE PRECISA MUDAR


2011-01-11


nada


2010-12-02


PEQUENO ELOGIO DO ARCAICO


2010-11-02


CABRACEGA


2010-10-01


12ª BIENAL DE ARQUITECTURA DE VENEZA — “PEOPLE MEET IN ARCHITECTURE”


2010-08-02


ENTREVISTA | FILIPA GUERREIRO E TIAGO CORREIA


2010-07-09


ATYPYK PRODUCTS ARE NOT MADE IN CHINA


2010-06-03


OS PRÓXIMOS 20 ANOS. NOTAS SOBRE OS “DISCURSOS (RE)VISITADOS”


2010-05-07


OBJECTOS SEM MEDO


2010-04-01


O POTENCIAL TRANSFORMADOR DO EFÉMERO: A PROPÓSITO DO PAVILHÃO SERPENTINE EM LONDRES


2010-03-04


PEDRO + RITA = PEDRITA


2010-02-03


PARA UMA ARQUITECTURA SWISSPORT


2009-12-12


SOU FUJIMOTO


2009-11-10


THE HOME PROJECT


2009-10-01


ESTRATÉGIA PARA HABITAÇÃO EVOLUTIVA – ÍNDIA


2009-09-01


NA MANGA DE LIDIJA KOLOVRAT


2009-07-24


DA HESITAÇÃO DE HANS, OU SOBRE O MEDO DE EXISTIR (Parte II)


2009-06-16


DA HESITAÇÃO DE HANS, OU SOBRE O MEDO DE EXISTIR


2009-05-19


O QUE É QUE SE SEGUE?


2009-04-17


À MESA COM SAM BARON


2009-03-24


HISTÓRIAS DE UMA MALA


2009-02-18


NOTAS SOBRE PROJECTOS, ESPAÇOS, VIVÊNCIAS


2009-01-26


OUTONO ESCALDANTE OU LAPSO CRÍTICO? 90 DIAS DE DEBATE DE IDEIAS NA ARQUITECTURA PORTUENSE


2009-01-16


APRENDER COM A PASTELARIA SEMI-INDUSTRIAL PORTUGUESA OU PORQUE É QUE SÓ HÁ UMA RECEITA NO LIVRO FABRICO PRÓPRIO


2008-11-20


ÁLVARO SIZA E O BRASIL


2008-10-21


A FORMA BONITA – PETER ZUMTHOR EM LISBOA


2008-09-18


“DELIRIOUS NEW YORK” EXPLICADO ÀS CRIANÇAS


2008-08-15


A ROOM WITH A VIEW


2008-07-16


DEBATER CRIATIVAMENTE A CIDADE: A EXPERIÊNCIA PORTO REDUX


2008-06-17


FOTOGRAFIA DE ARQUITECTURA, DEFEITO E FEITIO


2008-04-08


INTERFACES URBANOS: O CASO DE MACAU


2008-03-01


AS CORES DA COR


2008-02-02


Notas sobre a produção arquitectónica portuguesa e sua cartografia na Architectural Association


2008-01-03


TARZANS OF THE MEDIA JUNGLE


2007-12-04


MÚSICA INTERIOR


2007-11-04


O CIRURGIÃO INGLÊS


2007-10-02


NÓS E OS CARROS


2007-09-01


Considerações sobre Tempo e Limite na produção e recepção da Arquitectura


2007-08-01


A SUBLIMAÇÃO DA CONTEMPORANEIDADE


2007-07-01


UMA MITOLOGIA DE CARNE E OSSO


2007-06-01


O LUGAR COMO ARMADILHA


2007-05-02


ESPAÇOS DE FILMAR


2007-04-02


ARTES DO ESPAÇO: ARQUITECTURA/CENOGRAFIA


2007-03-01


TERRAIN VAGUE – Notas de Investigação para uma Identidade


2007-02-02


ERRARE HUMANUM EST…


2007-01-02


QUANDO A CIDADE É TELA PARA ARTE CONTEMPORÂNEA


2006-12-02


ARQUITECTURA: ESPAÇO E RITUAL


2006-11-02


IN SUSTENTÁVEL ( I )


2006-10-01


VISÕES DO FUTURO - AS NOVAS CIDADES ASIÁTICAS


2006-09-03


NOTAS SOLTAS SOBRE ARQUITECTURA E TECNOLOGIA


2006-07-30


O BANAL E A ARQUITECTURA


2006-07-01


NOVAS MORFOLOGIAS NO PORTO INDUSTRIAL DE LISBOA


2006-06-02


SOBRE O ESPAÇO DE REPRESENTAÇÃO MODERNO


2006-04-27


MODOS DE “VER” O ESPAÇO - A PROPÓSITO DE MONTAGENS FOTOGRÁFICAS



A PROPÓSITO DA DEMOLIÇÃO DO ROBIN HOOD GARDENS

PEDRO BAÍA


No momento em que se discute a possível demolição do histórico complexo habitacional Robin Hood Gardens, dos arquitectos Alison e Peter Smithson, aproveitamos para abordar alguns temas em torno do mítico grupo Team 10, ao qual pertenceram.


1. Sobre a exposição Team 10: A Utopia of the Present

Em Paris, no Palais de Chaillot, a recém aberta Cité de l’Architecture & du Patrimoine recebeu a exposição Team 10: A Utopia of the Present (1), a mais completa exposição realizada sobre este grupo. De 20 de Março a 11 de Maio de 2008, esta mostra constituiu uma oportunidade única de consultar documentos originais que se encontram normalmente espalhados pelo mundo, oriundos de vários arquivos e colecções, como a Fundação Le Corbusier, o Museu de Arquitectura de Estocolmo ou a Universidade de Veneza. Para além dos elementos de projecto originais, esquissos, diagramas, plantas, cortes, alçados, maquetes e foto-montagens, existe também a possibilidade de ver e ouvir interessantes vídeos com os protagonistas do Team 10. Ao longo de várias salas, num espaço estreito que acompanha a curva do Palais, a mostra exibe cronologicamente os temas representativos das principais preocupações do Team 10, desde a questão da habitação para o maior número de pessoas, colocada no pós-guerra, até às questões relacionadas com uma visão social mais ampla, como a noção de identidade e participação.

Em Paris, a exposição Team 10: A Utopia of the Present é acompanhada por uma outra exposição que a complementa – L’ Atelier de Montrouge: La Modernité à l’ œuvre (1958-1981), comissariada por Catherine Blain. Segundo François de Mazières, presidente da Cité de l’ Architecture & du Patrimoine, a exposição nacional do Atelier de Montrouge acompanha a internacional sobre o Team 10 no sentido de propor ao público um olhar crítico sobre a relação entre a arquitectura, o urbanismo e as questões sociais. A dupla exposição responderia assim a um dos objectivos da Cité - questionar a história num processo que forneça chaves de leitura para uma possível compreensão da nossa contemporaneidade. Porque Mazières considera que as grandes questões com as quais os dois grupos se confrontaram estão hoje na ordem do dia – a crítica ao Movimento Moderno, a relação entre a cidade e a arquitectura e o lugar da utopia no campo da criação arquitectónica. (2)

Com o fim da exposição em Paris, imaginamos a possibilidade de acolher Team 10: A Utopia of the Present em Portugal. Imaginamos uma outra exposição paralela, complementar, como a do Atelier de Montrouge, dedicada à experiência portuguesa. Seria então uma oportunidade para aprofundar a nossa história da arquitectura, intersectando os movimentos internacionais com os nossos gestos, com os nossos olhares. Entretanto, a questão sobre a qual trabalhamos colocar-se-ia – será que a recepção em Portugal das ideias do Team 10 foi significativa? A que níveis e qual o alcance desse significado? De que modo se operou essa recepção? Por que meios? Por que personagens? Em que período da história se tornou significativa?


2. Sobre a constituição do Team 10

What was Team 10? As to people who are interested in Team 10, Team 10 might ask a few serious questions: Why do you wish to know? What will you do with your knowledge? Will it help you regenerate the language of Modern Architecture so that it would again be worth inheriting?” (3)
Alison Smithson

O Team 10 emerge nos anos 50, na ressaca da Segunda Guerra Mundial, durante os últimos CIAM - Congressos Internacionais de Arquitectura Moderna (1928-1959). Em 1953, no CIAM IX, no 9º congresso realizado em Aix-en-Provence, um grupo de jovens arquitectos é oficialmente nomeado para organizar o encontro seguinte, em Dubrovnik, 1956. Ao longo das várias reuniões de preparação do 10º congresso, começa a formar-se um grupo que dará origem ao Team 10. Reunindo várias sensibilidades, o grupo tem em comum a procura de uma alternativa à doutrina rígida imposta pelos CIAM, à “velha guarda dos CIAM [que] não deu nenhum sinal de que era capaz de avaliar realisticamente as complexidades da situação urbana difícil do pós-guerra” (4).

Une utopie, un mythe, plus qu’ un mouvement d’ avant-garde: voilà ce qu’ incarne Team 10. En requestionnant l’ architecture, ils ont revisité les mots ‘banalité’ et ‘ordinaire’, et leur ont donné assez de force pour atteindre une dimension prospective. En reformulant l’ urbanisme, ils ont experimenté sur la ville en strates, sur les infrastructures (la célèbre street in the air), comme sur la mobilité ou sur les structures flexibles.” (5)
Francis Rambert, director do Institut Français d’ Architecture

O Team 10 constitui-se como um grupo informal, heterogéneo, um “grupo plural, nas suas origens e intenções, e gerador de diversas vias críticas, nem sempre coincidentes, que procuravam inverter o aparente consenso doutrinário que definira os congressos anteriores” (6). De acordo com a identificação de Dirk van den Heuvel e Max Risselada, os membros principais que compõem o “núcleo duro” do Team 10 são: Alison e Peter Smithson (1928-1993; 1923-2003), Aldo van Eyck (1918-1999), Jaap Bakema (1914-1981), Georges Candilis (1913-1995), Shadrach Woods (1923-1973) e Giancarlo de Carlo (1919-2005) (7). No entanto, a delimitação do grupo pode ser alargada a outros participantes regulares dos encontros como, por exemplo, o português Pancho Guedes (1925) ou o catalão José António Coderch (1913-1984).

Para a história da arquitectura, o início do Team 10 ficará para sempre associado ao fim dos CIAM. O papel do Team 10, no desfecho da história dos CIAM, é simbolizado por uma mítica fotografia de 1959, tirada em Otterlo, no 11º e último congresso. A fotografia exibe Alison e Peter Smithson, Aldo van Eyck e Jaap Bakema por detrás de um placard com as letras CIAM e uma cruz desenhada, anunciando a “morte” dos Congressos Internacionais de Arquitectura Moderna.

A dissolução dos congressos coincide com a afirmação de uma nova geração de arquitectos que procura respostas aos desafios sociais e políticos que emergem na sociedade do pós-guerra. Dessa nova geração, o Team 10 destaca-se pela amplitude geográfica do debate promovido ao longo dos seus encontros, realizados em diferentes países, com várias personalidades internacionais convidadas, como Kisho Kurokawa, Kenzo Tange, Oswald Mathias Ungers, Hans Hollein, Oskar Hansen, James Stirling, Charles Jencks ou Fernando Távora. (8)

O arco temporal descrito pelo Team 10 percorre três décadas, como os CIAM, um período de 28 anos marcado por vários encontros, com início em 1953, no CIAM IX, até 1981, data da morte de Jaap Bakema, um dos elementos mais activos e influentes do grupo.


3. Sobre o crescente interesse pelo legado do Team 10

Nos últimos anos, temos assistido a um crescente interesse pela história do Team 10, pelos seus protagonistas, projectos e ideias. Em 2003, no ano da morte de Peter Smithson, o Design Museum de Londres acolhe a exposição The Smithsons: The House of Future to a House for Today, comissariada pelos holandeses Max Risselada e Dirk van den Heuvel.

Dois anos depois, em 2005, na Galeria Nacional de Arte Contemporânea Zacheta, em Varsóvia, tem lugar a exposição To See the World, dedicada à obra do arquitecto polaco Oskar Hansen (1922-2005). No final do mesmo ano, é apresentada em Roterdão a exposição Team 10: A Utopia of the Present, resultado de um projecto de investigação que envolve uma vasta equipa de académicos que contribui para uma exaustiva e fundamental documentação sobre o Team 10. (9)

No ano seguinte, em 2006, na 10ª Exposição Internacional de Arquitectura na Bienal de Veneza dedicada ao tema “Cidades: arquitectura e sociedade”, o projecto expositivo Lisboscópio da autoria de Pancho Guedes e Ricardo Jacinto assegura a representação oficial portuguesa comissariada por Cláudia Taborda.

No final de 2007, o Museu de Arquitectura da Suiça - SAM, em Basel, apresenta a exposição Pancho Guedes, An Alternative Modernist, comissariada por Pedro Gadanho. Em simultâneo, em Portugal, é lançada a colectânea de textos da autoria de Pancho Guedes, coordenada por Ana Vaz Milheiro e editada pela Ordem dos Arquitectos, com o título Pancho Guedes – Manifestos, Ensaios, Falas, Publicações.

Ironicamente, no auge destes eventos em torno do Team 10 e os seus protagonistas, surge uma surpreendente notícia. No início de 2008, é anunciada a possível demolição do histórico complexo habitacional Robin Hood Gardens da autoria de Alison e Peter Smithson, projecto de 1966-72, localizado na East London. As autoridades municipais de Londres alegam que o complexo, projecto do Estado Providência do pós-guerra, se encontra degradado, não correspondendo às actuais exigências de conforto. Concluindo que seria demasiado dispendioso realizar uma operação de requalificação, coloca-se então a hipótese de demolição.

Em assembleia, os próprios moradores decidiram pela demolição do complexo; por outro lado, os que rejeitam esta decisão acusam as autoridades pelo actual estado de abandono, pela falta de investimento e manutenção. Curiosamente, os terrenos onde o Robin Hood Gardens se situa estão a ser muito disputados, encontrando-se entre a futura zona dos Jogos Olímpicos de 2012 e as Docklands. Afinal, a preocupação com o actual estado do Robin Hood Gardens poder-se-á tratar, também, de uma questão de densidade de ocupação do solo. Na conclusão do processo de demolição, é certo que o desfecho deste episódio será uma referência para futuras situações onde esteja em risco a salvaguarda do património arquitectónico do pós-guerra.

A notícia desencadeia uma campanha de contestação liderada pela Building Design (bdonline.co.uk) que promove uma petição com o objectivo de pressionar a English Heritage a classificar o complexo como património a preservar. A classificação que poderia impedir a sua demolição motiva mais de duas mil pessoas, de várias nacionalidades, a assinar a petição, reunindo nomes importantes como Robert Venturi, Denise Scott-Brown, Peter Cook, Oriol Bohigas, Beatriz Colomina, Mark Wigley, Josep Maria Montaner, Zaha Hadid, Alejandro Zaera-Polo, Kenneth Frampton, Georges Teyssot, Toyo Ito, Richard Meier, Richard Rogers, entre outros, que adicionaram relevantes comentários à sua assinatura.

If we cannot preserve the key works of our most thoughtful architects, we are unambiguously committing ourselves to the thoughtless.
Mark Wigley

Robin Hood Gardens is a seminal project for its era, one of the few executed works of the Smithsons. The Smithsons were among the first in 20th Century Britain to make a hugely significant contribution to world architectural discourse. Also, the Robin Hood Gardens project has many lasting qualities and deserves to be preserved in its own right.
Zaha Hadid

My late husband, Reyner Banham and I were shown over Robin Hood Gardens by Peter and Alison when it was brand new. We were much impressed and I still believe that this petition would be quite unnecessary if the scheme had been properly maintained over the years.
Mary Banham

(…) Robin Hood Gardens is now an important historical piece and it can easily be renovated into very up-to-date residential... And it could also host a world famous Welfare State Theme Park, to meet the redevelopment costs...
Alejandro Zaera-Polo

Para além de promover a petição, a Building Design lançou um concurso internacional de ideias para repensar o Robin Hood Gardens, apelando à apresentação de projectos e estratégias que o viabilizem e requalifiquem. O prazo de entrega das propostas termina no dia 23 de Maio. Peter Cook faz parte do júri do concurso.
Apesar da forte mobilização internacional, receia-se que a hipótese de demolição possa, de facto, vir a ter lugar, desaparecendo assim um exemplar único da arquitectura brutalista dos anos 60/70 e um dos poucos projectos construídos por Alison e Peter Smithson. Entretanto, podemos afirmar que a demolição do complexo habitacional, produto da atitude optimista e confiante do Welfare State britânico, simboliza também a actual falência de uma ideia de intervenção social do Estado numa política de habitação.


4. Sobre o trabalho de Alison e Peter Smithson

A acção do casal Alison e Peter Smithson constitui uma das peças chave para o estudo interpretativo do Team 10. Personagens centrais da história da revisão do Movimento Moderno, apresentam uma produção impressionante, ao nível da crítica, das recensões, da participação associativa, da intervenção artística e pedagógica. A forte influência no seio do Team 10 e a participação activa no grupo MARS, no Independent Group, nos CIAM, no Neo-Brutalism e na Architectural Association, confirmam o seu papel fundamental na história da arquitectura da 2ª metade do século XX.
Os Smithsons contribuiram para a cristalização do “período heróico” do Movimento Moderno, criando assim as condições para a sua superação (ou revisão). Em 1965, editam The Heroic Period of Modern Architecture, uma colectânea de textos críticos sobre vários edifícios modernistas realizados entre 1910 e 1933, da autoria de vários arquitectos como Adolf Loos, Walter Gropius, J. J. P. Oud, Gerrit Rietveld, Lissitsky, Le Corbusier, Mies van der Rohe ou Melnikov. Nas várias análises, a noção de herança encontra-se muito presente no discurso; herança entendida no sentido operativo, como conjunto de referências que possibilitam a leitura e reinterpretação da história, numa lógica de continuidade crítica.

This Heroic Period of Modern Architecture is the rock on which we stand. Through it we feel the continuity of history and the necessity of achieving our own idea of order.” (10)
Alison and Peter Smithson

O conjunto do Robin Hood Gardens representa um testemunho físico e espacial das ideias defendidas pelos Smithson. O conceito streets in the air desenvolvido no projecto não construído Golden Lane Housing Competition de 1952 é finalmente concretizado, 20 anos depois, nas largas galerias de 2,5 metros do Robin Hood Gardens.

No CIAM IX, sob o título Urban Re-Identification Grid, Alison e Peter Smithson apresentam um painel composto por uma série de fotografias, desenhos e textos alinhados numa grelha (11). Num desses desenhos, surge o projecto do Golden Lane associado a um texto que defende a valorização da rua enquanto elemento urbano com sentido significado para a comunidade. As fotografias, da autoria de Nigel Henderson, também membro do Independent Group, reforçam uma certa ideia de “festa” associada às relações sociais de proximidade e de encontro, a partir de imagens de crianças que brincam e jogam na rua.

Com a apresentação do Urban Re-Identification Grid, os Smithsons desafiam as quatro categorias funcionalistas da cidade estabelecidas no CIAM IV de 1933, na célebre Carta de Atenas: Habitação, Trabalho, Lazer e Transporte, contrapondo com outras noções mais sensíveis a necessidades sociopsicológicas, de identidade e pertença: Casa, Rua, Bairro e Cidade (12). Através de uma abordagem crítica, confrontam a dimensão tecnocrática e distante do Movimento Moderno, procurando reabilitar a dimensão humana na arquitectura. A street in the air, ao fazer a distribuição para os vários apartamentos através de uma galeria ampla em contacto com o exterior, é também uma crítica ao corredor interior central da Unité d’ Habitation de Le Corbusier. Os Smithsons não se limitam a responder apenas à questão funcional de distribuir as pessoas pelos apartamentos, pretendem antes criar espaços vividos, apropriados, com identidade própria.

À semelhança da Unité d’Habitation de Le Corbusier, o conjunto do Robin Hood Gardens de Alison e Peter Smithson, representando os valores próprios de um determinado entendimento da sociedade, conquistou um lugar na história da arquitectura.


5. Sobre a pertinência actual do Team 10

Se considerarmos que o modo como cada época olha para o seu passado constitui um dado significativo para a sua própria compreensão, deveremos reflectir sobre o porquê da actual emergência do Team 10. Qual a actualidade das problemáticas colocadas pelo Team 10 nos dias de hoje? Qual a sua pertinência?

Histories are not innocent texts (...)” (13)
Panayotis Tournikitis

Nuno Portas, no prefácio da edição portuguesa da História da Arquitectura Moderna de Bruno Zevi, em 1970, identifica duas “tendências” de objectivos que se foram definindo nos anos 50 e 60, a abordagem desenvolvida pelo Team10 e o pós-modernismo. “(...) A mais positiva abria-se para os grandes problemas urbanos propondo uma integração arquitectura-urbanismo num sistema único, traduzido em novas formas de habitat e reabilitando as possibilidades de contacto com estruturas ambienciais, como a rua, a galeria, a praça, o pátio, verificadas na tradição histórica e popular (refiro-me sobretudo à acção do ‘grupo X’ …)”, enquanto que a segunda, “essa mais grave e mais difundida, descobria a chateza de concepção do vulgarizado vocabulário dito ‘moderno’ (…) e, libertando recalques ao sabor das pressões de novidade das sociedades de consumo, cai em buscas estéreis de novos feitios de planta e volumetrias mas, sobretudo, de fachadas…” (14).

Os encontros do Team 10, enquanto grupo, terminam em 1981. Nos coloridos anos 80, o espírito de continuidade crítica do Team 10 relativamente ao Movimento Moderno vê-se ultrapassado pelo triunfo do pós-modernismo. Adverso a dogmas e orientações tecnocráticas, o Team 10 não deixou nenhum manifesto ou programa explícito de actuação. Por seu lado, Robert Venturi, no livro Complexity and Contradiction in Architecture de 1966, ou no Learning from Las Vegas de 1972, com Denise Scott-Brown e Steve Izenour, transmitiu de forma clara o caminho a seguir para uma nova arquitectura. Nestes livros são estabelecidas as premissas para uma arquitectura do pós-modernismo abrindo, assim, as portas para a criação de um estilo. Ao ter mais visibilidade ao nível da linguagem e da composição, o pós-modernismo será rapidamente apropriado. Num tempo obcecado pela forma, o Team 10, mais difícil de identificar e rotular, sem uma linguagem formal reconhecível, perder-se-á no confronto entre pós-modernistas e desconstrutivistas, algures entre a Strada Novissima da Bienal de Veneza de 1980 e a exposição Deconstrutivist Architecture de 1988, realizada no MoMA.

Em 1995, Rem Koolhaas publica S,M,L,XL, o mítico extra-large book que marcou profundamente a arquitectura na viragem para o século XXI. No livro, Koolhaas identifica a cidade que apresenta a “morte final do planeamento” (15), a Cidade Genérica.

The Generic City is the city liberated from captivity of center, from the straitjacket of identity. The Generic City breaks with this destructive cycle of dependency: it is nothing but a reflection of present need and present ability. It is the city without history. [...] If it gets old it just self-destructs and renews. It is equally exciting – or unexciting – everywhere. It is ‘superficial’ – like a Hollywood studio lot, it can produce a new identity every Monday morning.” (16)

A Cidade Genérica, sem ideologias, sem memória, sem valores, alastrou-se pelo território da contemporaneidade. Cinicamente, contaminou a própria arquitectura. Como exemplo paradigmático, temos o Dubai, o Delirious Dubai (17), título que Lebbeus Woods utiliza para escrever um pertinente texto sobre a postura de Rem Koolhaas. Não havendo um compromisso ético, tudo é possível, anything goes.

A mediação entre a ética e a estética era um dos pilares fundadores da arquitectura moderna. Na edição da Bienal [de Veneza] de 2000 sugeria-se ‘mais ética, menos estética’. Em 2004, parece não haver mediação possível, mas um extremar de posições: mais ética vs mais estética.” (18)
Jorge Figueira

De facto, nestes primeiros anos do século XXI, paralelamente às recentes notícias dos espectaculares novos estádios, museus e torres de escritórios, no Dubai, S. Petersburgo ou Xangai, sente-se também um renovado interesse por uma dimensão mais humana, mais quente, mais próxima da banalidade do quotidiano, sensível à gravidade e textura dos materiais, sensível à memória e à emoção, num “novo realismo” que remete para uma ideia de resistência e que invoca, de certa maneira, uma determinada herança do Team 10.


Pedro Baía
Editor Arquitectura/Artecapital.
Arquitecto pelo Departamento de Arquitectura da Universidade de Coimbra (2005). Actualmente, desenvolve Tese de Doutoramento na área da Teoria e História da Arquitectura, sob o tema “Da Recepção à Transmissão: Reflexos do Team 10 na Arquitectura Portuguesa”, sob orientação de Mário Krüger, na Universidade de Coimbra.


NOTAS

(1) Originalmente comissariada por Suzanne Mulder e Max Risselada, a partir de uma iniciativa conjunta do Netherlands Architecture Institute (NAi) e da Faculdade de Arquitectura e Tecnologia da Universidade de Delft, a exposição foi apresentada no NAi, em Roterdão, de 25 de Setembro de 2005 a 8 de Janeiro de 2006.
(2) In texto de apresentação da exposição L’ Atelier de Montrouge: La Modernité à l’œuvre (1958-1981), Paris, 2008, “Une mémoire vive”.
(3) SMITHSON, Alison (ed.); Team 10 Meetings 1953-1984, Delft, Publikatieburo Bouwkunde, 1991, p.15
(4) FRAMPTON, Kenneth; História Crítica da Arquitectura Moderna, São Paulo, Martins Fontes, 1997 (1980, 1985, 1992), p.329
(5) In texto de apresentação da exposição Team 10: A Utopia of the Present, Paris, 2008, “Furieusement critiques, foncièrement humains, les Team 10”.
(6) PORTAS, Nuno; GRANDE, Nuno; “Entre a crise e a crítica da cidade moderna”, in AAVV, Lisboscópio, Lisboa, Instituto das Artes, 2006, p.66
(7) RISSELADA, Max; HEUVEL, Dirk van den (ed.); TEAM10 1953-81 – In Search of a Utopia of the Present, Rotterdam, NAi Publishers, 2005, p.11
(8) Idem, p.349-353
(9) RISSELADA, Max; HEUVEL, Dirk van den (ed.); TEAM10 1953-81 – In Search of a Utopia of the Present, Rotterdam, NAi Publishers, 2005; www.team10online.org.
(10) SMITHSON, Alison & Peter; The Heroic Period of Modern Architecture, New York, Rizzoli, 1981 (1965), p.5
(11) RISSELADA, Max; HEUVEL, Dirk van den (ed.); TEAM10 1953-81 – In Search of a Utopia of the Present, Rotterdam, NAi Publishers, 2005, p.30-31
(12) FRAMPTON, Kenneth; História Crítica da Arquitectura Moderna, São Paulo, Martins Fontes, 1997 (1980, 1985, 1992), p. 330
(13) TOURNIKIOTIS, Panayotis; The Historiography of Modern Architecture, Cambridge, London, MIT Press, 1999, p.2
(14) PORTAS, Nuno; Arquitectura(s), História e Crítica, Ensino e Profissão, Porto, FAUP publicações, 2005, p.63
(15) KOOLHAAS, Rem; S,M,L,XL, Taschen, Köln, 1995, p.1255
(16) Idem, p.1250
(17) www.lebbeuswoods.wordpress.com/2008/03/05/delirious-dubai/
(18) FIGUEIRA, Jorge; A Noite em Arquitectura, Relógio de Água, Lisboa, 2007, p.85