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ENTREVISTA



LUÍS ALVES DE MATOS E PEDRO SOUSA


Filmado entre Dezembro de 2022 e Fevereiro de 2023, a estreia de PROCESSO EX SAAL (2024) no Centro Cultural de Belém, no passado dia 18 de Janeiro, determinou o contexto para esta entrevista com os autores do documentário; Luís Alves de Matos e Pedro Sousa, ambos cineastas. PROCESSO EX SAAL é um documentário angustiante. Seguir-se-á um outro, a propósito do mesmo demorado processo. Mas o olhar dos cineastas atravessa a angústia; acolhe — e agora pelas suas palavras — os medos e as incertezas da vida que se encontram já gravados nos olhares dos moradores cansados pelo tempo de espera…Perto de 40 anos. Será que chegou o tempo de todas as decisões?
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O ESTADO DA ARTE



JOANA CONSIGLIERI


ÁLBUM DE FAMÍLIA – UMA RECORDAÇÃO DE MARIA DA GRAÇA CARMONA E COSTA
Maria da Graça Carmona e Costa edifica por uma história de imagens uma narrativa estética que vislumbra um gosto muito peculiar, em que tece entre suaves fios de seda a passagem pela arte contemporânea. Presencia-se um gesto e um gosto na experiência artística, mais do que uma coleção, reflete-se uma intensa jornada da atividade da colecionadora e o seu amor pela arte, que se desenlaça em galerista (Giefarte), colecionadora e mecenas (Fundação Carmona e Costa [FCC]). Assim, mergulhamos através do seu olhar num tempo suspenso na arte, onde no gesto vibra a memória, do seu olhar, o outro.
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PERSPETIVA ATUAL

FÁTIMA LOPES CARDOSO


EDUARDO GAGEIRO: FACTUM
O que encontramos em Factum é a história e os diversos retratos de um país antes, durante e depois da Revolução, mas é, acima de tudo, a projeção de todos os valores que conduziram Eduardo Gageiro à fotografia e, particularmente, a lealdade às causas que acredita, assim como pelos ideais que o acompanham desde sempre. Algumas dessas imagens – as preferidas do autor – são os ícones da Revolução de 1974, mas também se identifica um olhar atento às condições de vida da classe operária, na linha do construtivismo russo, de Aleksandr Ródtchenko, às desigualdades sociais representadas pela corrente neorrealista e a força visual da fotografia humanista francesa.
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OPINIÃO

PEDRO CABRAL SANTO


NO TIME TO DIE
Muito cedo percebi a tremenda influência que as imagens visuais exerciam em mim. Desde logo, as imagens em movimento, sobretudo aquelas que provinham do cinema, e também da televisão. Aliás, ainda hoje estou refém dessas diatribes – quase sempre imagens por imagens, sem jugo ou grande valia, mas com um impacto direto, incisivo, na minha resolução e providência. Gostaria, por isso de evocar três momentos, diferentes entre si, mas relevantes para a consciencialização do fenómeno em causa, nomeadamente com retornos efetivos no modo como ainda hoje, de certa forma, tento percecionar o Mundo, e também pensá-lo em termos artísticos – coisas decisivamente diferentes.
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ARQUITETURA E DESIGN

CARLA CARBONE


PÁDUA RAMOS: DA ARQUITETURA AO DESIGN
A obra de Pádua Ramos representa uma ruptura com as referências formais do movimento moderno, no entanto, esse posicionamento não esgota o quadro de operacionalidade do designer, tão pouco o limita. Não é fácil inscrevê-lo num padrão parcelar, e unidimensional do projecto. Ramos é profuso e profícuo nas suas criações. Encarna o que se poderia chamar, perfeitamente, a figura do contemporâneo. Viveu o seu tempo, é certo, mas também operou no domínio do contemporâneo, no sentido dado por José Gil, o do artista que, na sua mente, residiu em tempos outros, múltiplos, diferentes do seu.
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ARTES PERFORMATIVAS

TELMA JOÃO SANTOS


PARADIGMAS DA CONTÍNUA METAMORFOSE NA CONSTRUÇÃO DO TEMPO EM MOVIMENTO // A CONQUISTA DE UMA PAISAGEM AUTORAL HÍBRIDA EM CONTÍNUA CAMINHADA
Um dos aspetos muito interessantes no percurso de Flávio Rodrigues é a abertura e permissão para a mudança em si e à sua volta. Esta possibilidade dá visibilidade à importância de desconvocar para si um lugar estereotipado de “coerência”, correspondente a uma ideia fixa sobre si muito presente em era capitalista neoliberal; ir sendo ao invés de ser, ir reconfigurando ao invés de definir. Esta mudança acontece de forma contínua, sem sobressaltos, devido à hipótese de abertura: não há mudanças de paradigma repentinos por não existir a necessidade de se fixar; as mudanças, mais ou menos infinitesimais, são na medida da vida que acontece: as várias práticas artísticas entre caminhadas, a vida do dia a dia, o desenho, e outros processos de pesquisa, como a leitura, as aprendizagens mais ou menos formais e processos de criação de outros artistas.
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PREVIEW

8.ª edição do DDD – Festival Dias da Dança | 23 Abr - 5 Mai, Porto, Matosinhos e Gaia


No ano em que se assinala o 50.º aniversário do 25 de abril, o DDD junta-se à efeméride para celebrar a Liberdade. Ao longo de 13 dias serão apresentados 27 espetáculos – nove estreias absolutas e 13 estreias nacionais – num total de 44 récitas, com artistas consagrados e emergentes.
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EXPOSIÇÕES ATUAIS

YAYOI KUSAMA

YAYOI KUSAMA: 1945-HOJE


Museu de Serralves - Museu de Arte Contemporânea, Porto

A retrospectiva, a maior de sempre dedicada à artista, conduz-nos por quase oito décadas de carreira de Kusama revelando-nos a amplitude de movimentos e linguagens artísticas da sua prática. Reunindo pinturas, esculturas, performances, imagens em movimento, instalações grandiosas e material de arquivo, a exposição organiza-se segundo seis temas que se interrelacionam – Infinito; Acumulação; Conectividade Radical; Biocósmico; Morte e Força de Vida - reveladores da profundidade e complexidade do pensamento filosófico e artístico de Kusama e que se entrelaçam com a sua própria biografia.
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ANTÓNIO FARIA

AS VIZINHAS


Centro Cultural Bom Sucesso, Alverca do Ribatejo
Oito bichos de proporções humanas, sem morfologia semelhante a nenhum inseto do mundo natural, mas estranhamente próximos de muitos seres que habitam o real, vivem por estes dias suspensos nas paredes brancas do Centro Cultural Bom Sucesso. Ao entrarem no edifício projetado pelo arquiteto Miguel Arruda, alguns visitantes irão recordar, numa primeira observação, os animais que lhes causavam repulsa ou atração, na infância, como os escaravelhos ou os grilos que se fechava numa caixa de fósforos ou numa gaiola para ouvir o seu cantar.
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MARIA DURÃO

EVAS


Kubikgallery, Porto
Uma coleção de livros herdados pela artista Maria Durão, após a morte da sua avó materna, serve de mote para a sua exposição “Evas”. Ao valor cultural e emocional, que estes objetos contemplam, a artista adiciona-lhes o valor artístico alicerçado numa dinâmica de exterior-interior e desconstrução-(re)construção. Tornando-os artefactos de contemplação da luta das mulheres pela igualdade de direitos, que vem persistindo até à atualidade.
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COLECTIVA

ENSAIOS DE UMA COLEÇÃO – NOVAS AQUISIÇÕES DA COLEÇÃO DE ARTE MUNICIPAL


Galeria Municipal do Porto, Porto
A exposição organiza-se e estrutura-se mediante três eixos: as cartografias que mapeiam o contexto sociopolítico do território da cidade do Porto, os gestos que convocam diferentes linguagens e materiais, e contranarrativas, ficcionais e autobiográficas, que ativam memórias e revisitam o passado. Não devemos, contudo, na exposição, procurar delimitar os três núcleos, pois eles dialogam, relacionam-se e articulam-se num mesmo corpo.
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TINA MODOTTI

L'ŒIL DE LA RÉVOLUTION


Jeu de Paume (Concorde), Paris
O objectivo desta exposição é apresentar principalmente a dimensão social e revolucionária do trabalho de Tina Modotti. As suas obras formais, notáveis em todos os sentidos são relegadas para o fundo de uma sala. As suas linhas de fios eléctricos, as suas flores, as suas escadas, os seus estudos de copos ou da máquina de escrever dão testemunho, a meu ver, de uma qualidade de composição muito mais elaborada que os seus retratos.
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COLECTIVA

ANAGRAMAS IMPROVÁVEIS. OBRAS DA COLEÇÃO DE SERRALVES


Museu de Serralves - Museu de Arte Contemporânea, Porto
Inscrita no brilhante projeto de Álvaro Siza, “Anagramas Improváveis” estende-se por uma estrutura labiríntica, numa sucessão de galerias de média escala que se desdobram e encadeiam umas nas outras, através de passagens que oferecem múltiplos e simultâneos pontos de vista das diferentes áreas. Deste modo, estabelece-se uma reticularidade do espaço, em malha, em rede, onde tudo está em ligação, em analogia com as dinâmicas contemporâneas da interconectividade.
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JOÃO BRAGANÇA GIL

TROUBLE IN PARADISE


Projectspace Jahn und Jahn e Encounter, Lisboa
Desafiando o tourist gaze como técnica do observador, Bragança Gil procura os humores ou atmosferas suscitadas pela presença de uma base militar in Paradise. A Base das Lajes, complexo militar na Ilha Terceira, é ocasionalmente recordada de forma oblíqua.
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