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ENTREVISTA



ALEXANDRA CRUZ


Estudou Arquitetura na Universidade de Lisboa, mas a visão transdisciplinar e a necessidade de estabelecer diálogos com o design, o cinema e as artes performativas levaram-na a procurar, no início de carreira, novas abordagens e processos de descoberta que possibilitassem o testar e o falhar, bem como pensar como é que o sujeito ou o corpo humano habitam o espaço, para além do desenhar e do construir. A arquiteta, cenógrafa e responsável pelo programa e colaborações internacionais no âmbito da Trienal norueguesa continua a aplicar a mesma abordagem transdisciplinar e de diálogo de convergência entre a arquitetura e a arte contemporânea.
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O ESTADO DA ARTE



LEONOR VEIGA


JÚLIO POMAR. DEPOIS DO NOVO REALISMO
Esta monografia sobre o pintor Júlio Pomar (1926-2018) revela um artista completo, que usa todos os meios plásticos e contextuais ao seu dispor, e resistente a categorizações simples. Alexandre Pomar aborda a obra de Júlio Pomar ao longo de oito décadas, cruzando-a com os escritos do e sobre o artista (entre os quais alguns da sua autoria), desde os tempos de estudante até ao final da vida. Este livro, excepcional no contexto português, é de louvar pela proposta de reler e de resgatar da meta-narrativa dominante a obra de um artista singular. A forma como está escrito, próximo da narrativa linear, faz com que seja de interesse para um público mais vasto e não especializado.
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PERSPETIVA ATUAL

INÊS FERREIRA-NORMAN


QUANDO A EPISTEMOLOGIA NÃO PRECISA DE TAXONOMIA: AFTER SMOKE AND MIRRORS E A EPISTEMOLOGIA RELACIONAL
Gostaria de propor que o tempo em si foi o principal meio da exposição ‘After Smoke and Mirrors’. Claro que as obras eram compostas por imagens em movimento, fotografia, escultura, mas foi a forma como Sara Castelo Branco construiu o tempo que senti central. Como o compasso da exposição estava montado, transportou-me para vários espaços temporais, construídos astuciosamente através do ancoramento dos filmes no trabalho material de Andreia Santana, Hugo de Almeida Pinho e Rodrigo Hernández. ‘A imagem em movimento assume um papel central, funcionando como veículo para evocar e reanimar mundos desaparecidos, invisíveis e paralelos’ diz Castelo Branco em folha de sala, mas não é só a imagem em movimento, é a dinâmica do tempo também.
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OPINIÃO

MARIANA VARELA


ENTRE OS VOSSOS DENTES
Na esquina do século XX e XXI, Paula Rego e Adriana Varejão, agora em diálogo, confluem em um espaço comum por meio de uma curadoria que propõe a comunicação entre ambas. Pela dimensão das obras, pelos temas tratados e pela confluência atlântica, a exposição sugere não só o encontro de duas sensibilidades, mas talvez, eventualmente, o encontro de duas experiências histórico-estéticas sobre o destino cruzado desses dois países. Nesse sentido, a exposição nos coloca diante de duas artistas que expressam não só uma particular sensibilidade, mas uma temática alargada que alcança a dimensão de uma cultura e de um tempo. Trata-se, nesse sentido, de apanhar, ao mesmo tempo, história e estética pelas mãos das artistas.
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ARQUITETURA E DESIGN

JOÃO ALMEIDA E SILVA


O QUE (AINDA) FAZ FALTA?
Na Casa da Arquitectura, uma exposição percorre 50 anos de democracia através da arquitectura, entre as promessas do 25 de Abril e os dilemas do presente. A exposição “O que faz falta. 50 anos de arquitectura portuguesa em democracia†— título que cita a canção homónima de José Afonso, editada em 1974 — interpela o passado, o presente e o futuro da disciplina num país em contínua transformação. Organizada pela Casa da Arquitectura, a mostra convida o público a revisitar o percurso democrático do país, criando uma rara oportunidade para pensar as intersecções entre Arquitectura, Cultura e Política na contemporaneidade.
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ARTES PERFORMATIVAS

VICTOR PINTO DA FONSECA


PARTE II: 'DEUS, OS DADOS, GÖDEL E A NATUREZA DA ARTE'
Parte II/5: Compreender e Aceitar a Indeterminação. A mecânica quântica desafia as noções tradicionais / clássicas de racionalidade e lógica. O mundo quântico parece existir sob outras regras. Algo, de verdadeiramente miraculoso e novo aconteceu. É por isso que temos lasers, transístores, computadores, computadores digitais e Internet. Neste momento, pergunta-se o que tudo isto implica para as nossas ideias sobre a arte e se descobre que, afinal, esse estranho mundo leve [dos quanta], onde as variáveis são relativas e o futuro não é determinado pelo presente - todavia é um fenómeno geral que tece a própria estrutura do real - é o nosso mundo da arte.
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:: Candidaturas abertas para o 4.º Concurso Caixa para Jovens Artistas

:: Festival FUSO: Open Call até 30 de junho para obras de videoarte



PREVIEW

ARCOlisboa - 8ª edição | 29 Maio a 1 Junho, Cordoaria Nacional


ARCOlisboa 2025 pretende tornar a cidade de Lisboa no ponto de encontro imprescindível para colecionadores, galeristas, artistas e profissionais a nível internacional.
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EXPOSIÇÕES ATUAIS

EDMOND BROOKS-BECKMAN

THE CONTRACTION OF EIN SOF


Galeria Duarte Sequeira, Braga

Pintor britânico natural de Londres, o método de Edmond pode ser extremamente físico, mais interessado em construir a narrativa do que em explicá-la. Através de sucessivos processos de adição e subtração da tinta, as pinturas em tela são palimpsestos de inscrições, números, palavras, formas, matrizes, que se perdem num caos pictórico. Edmond vai buscar este alfabeto ao seu quotidiano familiar, e, na forma como é trabalhado, é capaz de recuperar uma imagética arquétipa, antiga e críptica, de runas e hieróglifos, atualizados numa linguagem íntima que só o artista é capaz de dar pistas.
LER MAIS CLÃUDIA HANDEM

4.ª EDIÇÃO - BIENAL FOTOGRAFIA DO PORTO

AMANHÃ HOJE


Vários locais/Porto, Porto
A Bienal'25, a quarta desde a sua criação, inclui 51 artistas e colectivos de artistas, muitos dos quais oriundos de fora de Portugal, com exposições de 14 curadores em 16 espaços da cidade do Porto. O programa é enriquecido por actividades, incluindo conversas, conferências e visitas guiadas, todas abertas ao público gratuitamente. Porquê uma Bienal de Fotografia? A fotografia tem a particular capacidade de rever o nosso mundo e propor realidades alternativas.
LER MAIS JAMES MAYOR

ANTÓNIO CHARRUA

CENTENÃRIO 1925-2025


Ap'Arte Galeria Arte Contemporânea, Porto
É tentador seguirmos o encalço da pintura gestualista, informalista ou do abstracionismo americano para sintetizar a obra de António Charrua como mais uma personificação de emulação, votada à fatuidade de tendências, modas, costumes transitórios da vertiginosa metamorfose de linguagens contemporâneas. Será também encorajador observar que as superfícies plásticas da sua obra oferecem resistência aos referentes, aos mecanismos de interpretação da representação, funcionando como uma inversão do conteúdo programático: sólidos e inertes blocos abstractos, monolíticos na sua presença e respectiva significância. Enquanto Charrua pode ser isto tudo, é muito mais do que aparenta ser, num estranho e incómodo sentido de surplus do simples abstracionismo.
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DIOGO NOGUEIRA

PARA TODOS VOCÊS COM FANTASIAS


Galeria Municipal de Almada, Almada
Esboços de corpos despidos e soltos andam pela pintura e, como por surpresa, ganham vida! Materializam-se, porque os reconhecemos. Existem, porque assim acreditamos. São verdadeiros, porque nos impactam. Provocam o olhar e destabilizam o pensamento.
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PEDRO CABRITA REIS

OUTRAS CABEÇAS, OUTRAS ÃRVORES E OUTRAS CASAS


Galeria Pedro Oliveira, Porto
A obra de Pedro Cabrita Reis estende-se a inúmeras possibilidades de enunciação misteriosa, catalisada numa atração irresistível pela inquietação enigmática da matéria. Matéria-pintura, matéria-escultura, matéria instalação, matéria-infinitude: restos acumulados de despojos e artefactos subsumidos pela erosão temporal da obsolescência, retirados de vários locais, numa reformulação sintomática de obsessiva reiteração construtiva: artista-artesão; artista-manufactor; artista-inclinado-para-a-demiurgia-industrial.
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MAURA GRIMALDI, NATÃLIA LOYOLA E VICTOR GONÇALVES

SALARIS - FICÇÕES A PARTIR DO SAL


Minas de Sal Gema de Loulé - Techsalt, Loulé
As coisas mais fundamentais que compõem o mundo em que vivemos, nós não as vemos. O mistério fundamental do mundo pode parecer consistir nisso: que algo está oculto e permanece oculto. E a dúvida perante o seu funcionamento. Mas o desvendar de qualquer mistério não haveria necessariamente de ser um gesto metafísico, que nos leva aos caminhos ocultos do cosmos. O que não se vê, tantas vezes - aquilo que está escondido, fora da nossa vista - é uma plataforma de petróleo, uma mina de sal. A engrenagem de um elevador, as perfurações em alto mar.
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MATTIA DENISSE

RECTO VERSO E VICE VERSA


Mais Silva Gallery, Porto
O artista francês, residente há vários anos em Portugal, é detentor de um trabalho artístico extenso, prolífero, de uma capacidade experimental fora do comum. É já conhecida a compulsão com que desenha, lê, imagina, mistura. As suas exposições são sempre compostas por um número avantajado de obras, o que indicia a sua necessidade vital e incessante pelo gesto do desenho, da leitura e, consequentemente, do pensamento.
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