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CASA DO DESIGN ABRE EM MATOSINHOS PARA PRESERVAR A TRADIÇÃO E REINVENTÁ-LA

2016-06-30




Inauguração esta quinta-feira com a exposição BURILADA | Arte-factos para a sobrevivência.

Resultado de uma parceria entre a autarquia e a Escola Superior de Arte e Design (ESAD), o espaço ficará instalado na antiga garagem dos Paços do Concelho. E fará parte de um triângulo que inclui a incubadora de empresas de design instalada no Mercado de Matosinhos e o espaço Quadra-Investigação em Design, que estará funcional até ao final do ano na rua Brito Capelo.

“A Casa do Design pretende afirmar-se como um ponto central de exposição, divulgação e produção crítica de conhecimento em design, com enfoque no que é produzido em Portugal”, adiantou fonte da Câmara de Matosinhos.

A programação incluirá exposições temáticas “que suscitem reflexão e debate” ou que “recolham e preservem conhecimento histórico ligado à evolução do design nas suas diversas áreas”.
Haverá ainda uma coleção permanente e um acervo documental que terão como objetivo “a investigação e disseminação de conhecimento em design”.

A mostra BURILADA | arte-factos para a sobrevivência, que marca a abertura ao público do novo elemento cultural de Matosinhos, terá como destaque “um conjunto de artefactos portugueses de design e produção contemporânea”.

Em exposição estarão “objetos que estimulem a reflexão sobre os valores de uso, apresentando novas funcionalidades e formas de validação de técnicas e materiais”.

Como a lã pisoada de Bucos (Cabeceiras de Basto), que contribuiu para a fixação da população local e a renovação geracional, assim como sucedeu com a filigrana da Póvoa de Lanhoso, o burel de Manteigas ou a olaria de S. Pedro do Corval (Reguengos de Monsaraz).

A curadoria é da responsabilidade do designer e investigador Francisco Providência e de Helena Sofia Silva, docente da ESAD.

“Trata-se de grande variedade de modelos validados pela prática da atividade económica, que constituem factos de efetiva resposta ao futuro, sob os denominadores comuns da sofisticação, privação e ativismo”, descreveram os curadores.

Por seu lado, Guilherme Pinto, presidente da Câmara de Matosinhos, entende que a exposição que assinala a abertura da Casa do Design é o exemplo perfeito que explica que “o design não é uma disciplina moderna e desligada das práticas e das vivências das pessoas comuns”.


Fonte: Porto 24