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PORTO POST DOC COMEÇA COM EDIÇAO DEDICADA À MEMÓRIA

2017-11-28




A quarta edição do festival de cinema Porto Post Doc começou ontem, subordinada ao tema do Arquivo, com o checo Miroslav Janek em foco, além de Peter Mettler e da celebração dos 100 anos de Jean Rouch.

Até domingo, o festival vai contar com programação por espaços da cidade como o Teatro Municipal Rivoli, o Passos Manuel, a Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto e o Maus Hábitos.

Para lá da já habitual secção Transmission e das sessões em escolas, as competições do Porto Post Doc vão incluir as exibições de 12 filmes como “Era uma vez Brasília”, de Adirley Queirós, ou “City of Ghosts”, de Matthew Heineman, na competição internacional, enquanto nove filmes de universidades e politécnicos vão competir na secção de Cinema Novo.

“A memória é um aspeto central do cinema. É pelas imagens em movimento que nos lembramos de acontecimentos passados, como se o cinema pudesse ser um arquivo do tempo. É por isso que decidimos dedicar o tema do Porto/Post/Doc ao Arquivo, porque o próprio cinema é uma espécie de arquivo da memória humana. O nosso programa inclui filmes que usam imagens de arquivo, mas também filmes antigos que permitem que a nossa memória reencontre outros mundos e outras emoções”, pode ler-se na descrição do programa deste ano.

As sessões do festival começam hoje às 15:00, mas a abertura oficial dá-se às 21:30, no grande auditório do Rivoli, com “The Beguiled”, de Sofia Coppola, no que será a antestreia nacional do mais recente filme da realizadora.

A sequela do filme promovido por Al Gore sobre alterações climáticas e um documentário sobre a cantora e modelo Grace Jones são outros dos destaques do Porto Post Doc deste ano citados pelo organizador Dario Oliveira, em entrevista à Lusa aquando da apresentação do programa, em outubro.

Há um programa especial dedicado ao tema do Arquivo e Pós-Memória, criado em parceria com o Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, para exibir filmes recentes que utilizam material de arquivo, de onde se destaca o foco dedicado ao centenário do nascimento de Jean Rouch, “o revolucionário e grande amigo da cidade do Porto e de Manoel de Oliveira”, como o classificou Dario Oliveira.

Com um orçamento atual que ronda os 130 mil euros, o festival espera agora pelo resultado dos apoios para o triénio 2018-2020.


Fonte: Sapo