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MUSEU DO NEO-REALISMO INICIA NOVO CICLO EXPOSITIVO DEDICADO À ARTE CONTEMPORÂNEA

2017-12-04




No próximo dia 9 de dezembro o Museu do Neo-Realismo apresenta o novo ciclo expositivo de arte contemporânea formado por seis exposições coletivas que decorre de 2017 até 2020. Cada projeto, dedicado a um tema central do movimento neorrealista, convoca os artistas a estabelecer um diálogo com a coleção do Museu.

O título do ciclo – COSMO/POLÍTICA – tem origem na coleção de livros da Biblioteca Cosmos, dirigida em 1941 por Bento de Jesus Caraça, que constituiu um projeto cultural emancipatório e determinante na divulgação generalizada de conhecimentos, em múltiplas áreas do saber, no Portugal da primeira metade do século XX. O nome surge ainda associado ao conceito de cosmopolítica enquanto proposta para alargar o campo de alcance da política a outras considerações, a diferentes visões, culturas e modos de habitar o mundo. A dimensão enigmática do termo apela ao entendimento de um mundo comum, não o já existente, mas aquele que está por construir. Sem as premissas do universalismo moderno e da racionalidade científica, a atenção orienta-se para mundos conhecidos ou desconhecidos, alternativos e divergentes.

No âmbito do centenário da Revolução Russa (1917-2017), a primeira exposição do ciclo, A Sexta Parte do Mundo, explora situações e processos revolucionários partindo do título do filme de 1926, Chestaia tchast mira [A Sexta Parte do Mundo] de Dziga Vertov, no qual o realizador analisa os desenvolvimentos e perspetivas do evento que marcou a modernidade e mudou o curso da história social, política e cultural do século XX.

A exposição reúne projetos originais de quatro artistas – André Guedes, Marcelo Felix, Maria Trabulo e Nikolai Nekh – que interpelam, a partir do presente, o conceito e ideia de revolução sob diferentes perspetivas e âmbitos, históricos, ideológicos, económicos, ecológicos e culturais. As questões abordadas nas obras congregam a revolução, mas, também, as revoluções, em sentido lato, numa cultura global de circulação de ideias, esperanças, imagens e utopias.

O projeto tem curadoria de Sandra Vieira Jürgens – professora, investigadora do Instituto de História da Arte (FSCH/NOVA) e curadora de arte contemporânea –, e Paula Loura Batista – historiadora de arte e técnica responsável pela área das artes plásticas do Museu do Neo-Realismo.

Para além da exposição, o ciclo contempla uma programação complementar de atividades em torno dos conteúdos do projeto, a qual inclui conferências, conversas, visitas comentadas, leituras e workshops.

A exposição estará patente de 9 de dezembro de 2017 a 13 de maio de 2018 e a entrada é livre.



Mais informação: http://www.museudoneorealismo.pt/frontoffice/pages/1367?event_id=9605