MAURO CERQUEIRA | FLáVIA VIEIRACanções para um burro morto | MilagroCENTRO INTERNACIONAL DAS ARTES JOSé DE GUIMARãES Avenida Conde Margaride, nº 175 4810-535 GUIMARãES 07 DEZ - 27 ABR 2025 INAUGURAÇÃO: 7 de Dezembro pelas 21h30 no Centro Internacional das Artes José de Guimarães (CIAJG) ::: O Centro Internacional das Artes José de Guimarães (CIAJG) abre as suas portas para um programa noturno que inaugurará duas exposições: "Canções para um burro morto", a primeira exposição individual de Mauro Cerqueira num museu em Portugal, e a instalação "Milagro", da artista Flávia Vieira, em estreito diálogo com as coleções do CIAJG. A festa de abertura das novas exposições segue com o dj set de System Sophie, projeto de música exploratória de Sofia Ribeiro e do DJ OTSOA, fundador da editora de música Mera Label e do Coletivo Ócio. "Canções para um burro morto" é a primeira exposição monográfica de Mauro Cerqueira num museu em Portugal. Natural de Guimarães, com um percurso reconhecido nacional e internacionalmente no campo da arte contemporânea, Mauro Cerqueira (1982) é também cofundador de um dos principais espaços independentes no Porto ('Uma certa falta de coerência'), cidade onde vive e a trabalha desde o início dos anos 2000. Esta exposição a inaugurar no CIAJG, com curadoria de João Terras, tem como eixo central os últimos trabalhos do artista, resultado de duas viagens consecutivas a Marrocos. "Milagro", de Flávia Vieira, é um ensaio, um diálogo aberto e contingente com os artefactos pré-colombianos da coleção do CIAJG. Os trinta e três objetos são provenientes das culturas Inca, Chimú, Chancay, Moche, Azteca, Nicoya, Misteca, Talamameque, Nayarit, que ocuparam parte do território da América Central e do Sul, e que pertencem a um período cronológico entre 500 a.C e 1532 d.C, aproximadamente. A instalação, desdobrada em duas salas, evoca um pensamento espacial e cromático que recupera tradições manuais de um tempo que não existe mais. ::: A entrada na noite de 7 de dezembro no CIAJG é gratuita. No dia seguinte, domingo, 8 de dezembro, pelas 15h00, como já vem sendo prática, realiza-se uma visita-conversa com o artista Mauro Cerqueira e o curador João Terras à exposição “Canções para um burro morto”, cuja entrada é livre. As exposições ficarão patentes até 27 de abril de 2025, podendo ser visitadas de terça a sexta das 10h00 às 17h00 e ao sábado e domingo das 11h00 às 18h00. A entrada é gratuita aos domingos das 11h00 às 14h00. Toda a informação relativa às exposições e restante programação do CIAJG encontra-se disponível online em www.ciajg.pt. ::: Biografia dos artistas Mauro Cerqueira (1982, Guimarães) Vive e trabalha no Porto. Estudou na ESAP - Escola Superior Artística do Porto - Extensão Guimarães. Expõe regularmente, desde meados da década de 2000, em diversas instituições nacionais e internacionais, entre as quais se destacam: Galeria Nuno Centeno, Galeria Heinrich Ehrhardt, Museu de Arte Contemporânea de Serralves, Institute for New Connotative Action, Museu Coleção Berardo, Kunsthalle Freeport, Caixa Cultural do Rio de Janeiro, Sala de Arte Santander, Centro Federico Garcia Lorca, La Casa Encendida, Künstlerhaus Bethanien, Bombon Projects, David Dale Gallery, Museu de Arte Contemporânea de Elvas, La Galerie, Noisy-le-Sec, Centro de Artes Visuais de Coimbra, Ano Zero – Bienal de Arte Contemporânea de Coimbra, Museu de Arte Contemporânea de Vigo, Kunsthalle Lissabon, Galeria Graça Brandão Lisboa, Casa Triângulo. Com André Sousa, funda em 2008, no Porto, o espaço ‘Uma Certa Falta de Coerência', gerido por artistas, onde apresentam e colaboram com artistas como Babi Badalov, Stephan Dillemuth, Dan Graham, Mieko Meguro, Silvestre Pestana, Luisa Cunha, Alisa Heil, June Crespo, Mike Kelley, Pedro G. Romero, Josephine Pryde, Rigo 23, Daniel Barroca, Jac Leiner, entre muitos outros. Em 2012 foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian com residência na Künstlerhaus Bethanien, em Berlim, e em 2013 foi residente na Rauschenberg Foundation, Captiva Island na Flórida. A sua prática encontra-se no limiar entre a escultura, a instalação, o desenho e a pintura, tão sensível ao pensamento estético quanto ao crítico. O contemporâneo enquanto catalisador de fraturas no tecido social surge como problemática à qual o seu trabalho reage. A cidade onde vive, o Porto, os seus espaços periféricos e o seu centro servem, simultaneamente, de assunto e matéria quando o artista trabalha sobre superfícies invulgares, como espelhos ou cartão prensado, a partir de materiais de construção como areia e piche, e objetos encontrados, como peças de equipamentos eletrónicos e correntes. Nessa expansão do campo da pintura e da escultura, Mauro Cerqueira cria formas matéricas para as presenças fantasmagóricas que habitam as vidas nas cidades. Antes pela chave da abstração que pela da documentação, as transformações e fissuras causadas pela especulação imobiliária, pela precarização das classes proletárias e pela pauperização da vida em geral fazem com que a obra do artista converse numa linguagem que beira o universal. Flávia Vieira (1983, Braga) Através do uso predominante do têxtil e da cerâmica em contexto instalativo, o seu trabalho desenvolve-se a partir das narrativas culturais, históricas e políticas associadas aos processos do fazer, explorando noções de identidade, memória e representação coletiva, diáspora botânica e alteridade. É graduada pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, Mestre em Comunicação e Artes pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, e Doutorada em Poéticas Visuais e Processos de Criação pelo Instituto de Artes da Unicamp em São Paulo. Expõe regularmente em Portugal e no estrangeiro, em particular no Brasil, onde residiu, destacando-se as exposições individuais recentes “Brasilina”, KubikGallery, Porto (2022) e “Hopes and Fears”, KubikGallery, Porto (2019). Entre as exposições coletivas recentes, destacam-se: “Jarra Humana”, Museu de Arte Contemporânea de Elvas, Elvas (2024); “Obscura Luz”, Galeria Luisa Strina, São Paulo (2022); “Impluvium”, Galeria Àngeles Baños, Badajoz (2022); “Tisanas – Infusões para Tempos Modernos”, Fundação Eugénio de Almeida, Évora (2022). Atualmente participa no programa "Em Residência - Ateliers Municipais" da CM do Porto. Entre outras, o seu trabalho integra as coleções do Instituto Inhotim (Brasil), a Coleção de Arte Contemporânea do Estado - CACE (Portugal), a Coleção Municipal de Arte da Câmara Municipal de Lisboa (Portugal), a Coleção Municipal de Arte da Câmara Municipal do Porto - PLÁKA (Portugal) e a Coleção Norlinda e José Lima (Portugal). |