COLECTIVAAinda há sementes para serem colhidas e espaço no saco de estrelasSAFRA Estrada da Torre 47-A 1750-296 LISBOA 11 OUT - 02 NOV 2025 INAUGURAÇÃO: dia 11 de outubro, pelas 15h, na SAFRA, em Lisboa Ainda há sementes para serem colhidas e espaço no saco de estrelas Uma exposição que reúne os finalistas e bolseiros do Mestrado em Artes Plásticas da Esad.CR Organização e curadoria: Ana Anacleto, Ana João Romana, Isabel Baraona e Catarina Câmara Pereira ARTISTAS Ana Battaglia Abreu, André Vaz, Charepe, Feliciano Costa, Fradinho, Francisco Gardete Tonelo, Fredrik Robens, Gil Ferrão, Gonçalo Fatia, HElena Valsecchi, Jéssica Gomes, Jéssica P. Gaspar, Joana Rita, João Soares, Lara Tomás, Leonor Guerreiro Queiroz, Leonor Neves, Margarida Moreira Martins, Margarida Soeiro Carreiras, Maria Bernardino, Maria Matias, Maria Mota, Miguel Ângelo Marques, Pedro Luz, Tomás Toste Ainda há sementes para serem colhidas e espaço no saco de estrelas é uma exposição que reúne as obras de estudantes finalistas do Mestrado em Artes Plásticas do ano lectivo 2024-25 e obras de estudantes bolseiros. É um momento para refletir e celebrar a passagem de testemunho de LuÃsa Soares de Oliveira, coordenadora do mestrado entre 2014 e 2025, para Ana João Romana. Juntamos nesta exposição várias gerações que têm recebido bolsas dos nossos parceiros institucionais: RAMA e Câmara Municipal de Torres Vedras, Prémio Arte Jovem – Millenium BCP, Centre d’Art Contemporain de Meymac, Oficina Bartolomeu Cid dos Santos, LiDA – Laboratório de Investigação em Arte e Design da ESAD.CR, e estudantes que receberam bolsas da Comunidade Europeia para realizar estágios em ateliers de artistas internacionais. A Safra é um espaço multidisciplinar, localizado em Lisboa, que desafiou os jovens artistas a um olhar site-specific, num percurso que se faz de espantos entre os ambientes da casa, do jardim e do armazém. Sendo Safra um sinónimo de colheita, sugerimos aos artistas que propusessem um tÃtulo para a exposição alinhado com a ideia de colheita, pensando o processo artÃstico que brota num campo fértil de experimentação. Na nossa primeira reunião e visita técnica ao espaço da Safra listámos e votámos propostas de tÃtulos. Foi eleita a frase final do ensaio de Ursula K. Le Guin "A ficção como cesta: uma teoria". Ursula K. Le Guin refere o contentor – a cesta –, como o primeiro dispositivo cultural da humanidade – uma folha, uma cabaça ou uma rede tecida de cabelos para transportar e armazenar sementes, bagas ou plantas. A autora critica a visão tradicional da primeira história da humanidade, a que nos foi contada é a história do caçador de mamute que inventou a lança, porque este é visto como um herói, enquanto colher sementes não é uma história emocionante. Mas um herói não fica bem numa cesta – Precisa de um palco, de um pedestal ou de um pináculo. Colocado num saco, parece um coelho, uma batata. Com esta metáfora a autora propõe uma teoria feminista da narrativa, a história feita de pequenos gestos, de relações, do cuidar o comum. Le Guin conclui: ... e ainda assim a história não acabou. Ainda há sementes para serem colhidas e espaço no saco de estrelas. Esta citação convoca a ideia de percurso, colheita e futuro na prática artÃstica. Esta exposição celebra a continuidade e o processo de cada artista lançar pólen e acender novas estrelas, no saco que se expande. |















