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O seguinte guia de exposições é uma perspectiva prévia compilada pela ARTECAPITAL, antecipando as mostras. Envie-nos informação (Press-Release e imagem) das próximas inaugurações. Seleccionamos três exposições periodicamente, divulgando-as junto dos nossos leitores.

 


ANDRÉ CEPEDA, RICARDO JACINTO E ESCOLA DO PORTO

Novo ciclo expositivo no Palácio Vila Flor e no CIAJG




CENTRO INTERNACIONAL DAS ARTES JOSÉ DE GUIMARÃES
Avenida Conde Margaride, nº 175
4810-535 GUIMARÃES

25 OUT - 11 JAN 2015


INAUGURAÇÃO: 25 de outubro, 18h


No próximo sábado, dia 25 de outubro, inaugura um novo ciclo expositivo no Palácio Vila Flor e no Centro Internacional das Artes José de Guimarães. O programa tem início às 18h00, no Palácio Vila Flor, onde será inaugurada a exposição “Rien”, de André Cepeda. Às 22h00, é a vez do Centro Internacional das Artes José de Guimarães (CIAJG) inaugurar o 4º ciclo expositivo de 2014 com as exposições “Parque: os cones e outros lugares”, de Ricardo Jacinto, e “Escola do Porto: Lado B / Uma história oral (1968-1978)”. Na noite de inauguração será igualmente lançado o catálogo desta exposição.


No Palácio Vila Flor, a exposição “Rien”, de André Cepeda, resume a argumentação valorativa de um ideal de verdade, cuja crítica política e social implícita se manifesta através do talento do artista. A nudez e a crueldade latente em muitos pormenores registados tornam-se mais percetíveis e intensas a cada olhar, propondo a interiorização do sofrimento, da dor, da solidão, da decadência, do abandono, da segregação, como motor de busca de uma nova realidade não corrompida, nem injusta. O preto e branco das fotografias devolve à imagem a sua essência primordial. A acumulação seletiva exercida pela atenção do sujeito, pelo seu olhar, transforma cada fotografia num exemplar único e insubstituível, que permite compreender a diferença entre realidade e encenação do real. Entre o facto captado e o observador, a visão de André Cepeda imprime uma eminente dimensão sociopolítica, materializada num sincero e introspetivo ato de contestação.

No Centro Internacional das Artes José de Guimarães (CIAJG), a exposição “Parque: os cones e outros lugares” revisita “Parque”, o mais amplo e complexo projeto de Ricardo Jacinto realizado até à data, e investe o território inexplorado que ficou desenhado quando o extenso coletivo de artistas e músicos que se reuniu em torno do autor se desmembrou. Constituindo-se seguramente como uma das mais fascinantes obras produzidas no contexto da arte contemporânea portuguesa na última década, “Parque” define-se como um espaço de criação coletiva e comunitária e desenvolveu-se praticamente sem interrupções entre 2001 e 2007, articulando um conjunto de três peças performativas principais com um conjunto de apresentações mais informais que documentavam as fontes, os materiais e os conceitos que consubstanciaram o projeto. Ricardo Jacinto cruza no seu trabalho escultura, arquitetura e música para criar peças em que o espetador é convocado para experiências percetivas intensas e, por vezes, inusitadas. Nuno Faria, diretor artístico do CIAJG, assume a curadoria desta exposição.

A inauguração de “Parque: os cones e outros lugares” acontece em simultâneo e de forma articulada com a inauguração da exposição “Escola do Porto: Lado B / Uma história oral (1968-1978)”. A “Escola do Porto” tem uma história oficial que começa em Carlos Ramos, é estruturada por Fernando Távora e internacionalizada primeiro por Álvaro Siza e depois por Eduardo Souto de Moura. Na sombra desta “Escola do Porto” existe um “Lado B”, um lado outro, de estórias que escaparam às teses e aos livros. São estórias esquecidas, estórias secundárias, algumas inconsequentes outras rasuradas, estórias que tentámos pensar com um conjunto de entrevistas nem sempre concordantes entre si e que, no seu desacordo, evidenciam uma realidade mais complexa, com posições mais marginais. Desacordos que põem em causa a linearidade da história oficial e a imagem homogeneizadora da ideia de “Escola do Porto”. Estas estórias oscilam entre dois polos: entre a utopia social e política fortemente influenciada pelo Maio de 68; e a utopia formal e disciplinar que caracterizou o pensamento radical na década de 70. A narrativa proposta centra-se na geração que iniciou os estudos na ESBAP em 1970, e que opôs marxistas, leninistas, ou maoistas a trotskistas, situacionistas ou anarquistas. A curadoria desta exposição está a cargo de Pedro Bandeira.