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O seguinte guia de exposições é uma perspectiva prévia compilada pela ARTECAPITAL, antecipando as mostras. Envie-nos informação (Press-Release e imagem) das próximas inaugurações. Seleccionamos três exposições periodicamente, divulgando-as junto dos nossos leitores.

 


ANDRÉ SIER

Skate.Exe




GALERIA LUíS SERPA PROJECTOS
Rua Tenente Raul Cascais, 1B
1268-250 LISBOA

20 NOV - 31 DEZ 2014


INAUGURAÇÃO: 20 Novembro, 18h


Skate.Exe é a sétima exposição do ciclo Olho Por Olho Mente Por Mente comissariado por António Cerveira Pinto. André Sier partiu do universo do skate: esta exposição apresenta uma série de obras interativas multimédia, fotografia digital e esculturas 3D.


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Patinar até à Lua
por ANTÓNIO CERVEIRA PINTO
(excerto)

"Ao longo do programa de sete exposições que apresentei na Galeria Luís Serpa ao longo da época de 2013-2014, a que chamei “Olho por olho, mente por mente” e que termina nesta “Skate.Exe”, de André Sier, pretendi olhar para a arte portuguesa atual na perspetiva da sua aderência à realidade arredada dos solipsismos que povoam os veículos naufragados da chamada “arte contemporânea” (no essencial palaciana, burocrática e especuladora), mas também selecionando os processos criativos mais intrinsecamente inovadores —e por isso quase sempre desalinhados dos programas rotineiros da legitimação burocrática e especulativa— que pude encontrar. Interessou-me especialmente observar como os artistas imersos na tecno-Terra reagem perante o vai-e-vem das vagas urbanas, suburbanas e pós-urbanas, materias e imateriais, da inovação e confusão tecno-cultural, i.e. saber como utilizam as extensões da hidra tecnológica, como se movem nos interstícios da informação/manipulação e usam os paradigmas, interfaces (nomeadamente ecrãs), linguagens, abreviaturas e emoticons partilhados pela generalidade dos “actantes”, ou “atores-rede”, do novo plasma social.

O texto escrito por André Sier sobre as peças que realizou para esta exposição dá-nos a conhecer os processos e a complexidade frequentemente formais, dos saberes utilizados. Mas é também sinal de que o uso das novas linguagens construtivas servem para instaurar um domínio não utilitário de imaginação, partilha e esperança. A apropriação crítica dos códigos de programação provam que a arte pode e é cada vez mais uma arte cognitiva à altura da complexidade dos algoritmos e das lógicas que subtendem as linguagens-máquina, os sistemas informáticos e a programação, desenho e automação interativa dos objetos virtuais e correspondentes mundos. Um artista cognitivo compete com os engenheiros e arquitetos dos sistemas informáticos, na medida em que tem que conhecer as mesmas gramáticas generativas e compiladores, mas supera-os no momento em que da sua programação nascem, com probabilidade estocástica, inesperadas instâncias plásticas e poéticas num universos de complexidade crescente, mas onde cada vez mais humanos habitam e partilham informações, afetos e decisões.


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André Sier trabalha como artista-programador em s373.net/x. Destaca as séries 'struct', '747', 'corrida espacial', 'k.', 'uunniivveerrssee', 'piantadelmondo', trabalhos imersivos em espaços abstractos, muitas vezes usando dados site-specific de microfones e câmaras, ou sintetizando experiências com matemáticas generativas e caóticas. Desde 1997, já exibiu e performou código, instalações/objectos em várias galerias, festivais, espaços artísticos de portugal, espanha, usa, itália, alemanha, brasil, eslovénia, polónia.