O seguinte guia de eventos é uma perspectiva prévia compilada pela ARTECAPITAL, antecipando conferências, seminários, cursos ou outras iniciativas. Envie-nos informação (press-release, programa e imagem) dos próximos acontecimentos. Seleccionamos três eventos periodicamente, divulgando-os junto dos nossos leitores.
RUI LOPES
A representação de Macau colonial no cinema de Hollywood
A representação de Macau colonial no cinema de Hollywood é a conferência que precede a apresentação do filme “Irmãs” de Tracy Choi, no encerramento do ciclo “Cinema Macau. Passado e presente”, no dia 18 de Fevereiro, às 16h00, no Museu do Oriente, com entrada livre.
PROGRAMA
CONFERÊNCIA | 16.00 «A REPRESENTAÇÃO DE MACAU COLONIAL NO CINEMA DE HOLLYWOOD DURANTE OS ANOS 50» Por Rui Lopes, investigador do Instituto de História Contemporânea da FCSH da Universidade Nova de Lisboa
HISTÓRIAS DE MACAU III | 17.00 Irmãs (97’), Tracy Choi, 2016 Filme legendado em inglês.
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Durante o Estado Novo, Macau foi a colónia portuguesa mais proeminente na ficção cinematográfica norte-americana, servindo de localização para mais de uma dúzia de enredos de crime e aventura. Para isto contribuíram, não apenas a sua ancestral reputação como antro de vícios exóticos e o típico fascínio de Hollywood por narrativas orientalistas, mas também o contexto geopolítico desse território. A maioria dos filmes foram produzidos na década de cinquenta, aproveitando o facto de a colónia se encontrar simultaneamente situada numa fronteira da guerra fria e dominada por uma potência fora do sistema de Bretton Woods, elementos propícios a tramas de intriga em torno de espionagem e contrabando.
Nesta palestra, Rui Lopes - doutorado em História Internacional e investigador do investigador do Instituto de História Contemporânea da NOVA FCSH - analisa o contexto em que emergem essas produções e as implicações do modo como apresentam o colonialismo português em Macau.
Ao longo de sete sessões temáticas no Museu do Oriente, com curadoria da jornalista e crítica de cinema Maria do Carmo Piçarra, “Cinema Macau. Passado e presente” procurou refletir sobre a pluralidade de olhares sobre Macau durante o século XX, bem como após a transição para a administração do território pela China. O ciclo prolonga-se agora até 26 de Fevereiro, na Cinemateca Portuguesa.