Links

ARQUITETURA E DESIGN




Vista a partir do interior do CC da EMSA, 2012. Janela-ecrã ©Madalena Folgado


'Era uma vez o Tollan. 1982'. Fonte: Reddit


'O Forte do Corpo Santo à direita do Palácio dos Corte-Reais' ©Alfredo F. do Nascimento


'Tollan no Tejo'. Fonte: monumentosdesaparecidosblogspot.com


EMSA. Vista a partir do Tejo, 2012 ©Madalena Folgado


Síntese formal ©montagem de adaptação de Madalena Folgado a partir dos créditos de autor mencionados


Janela do CC da EMSA, 2022 ©Madalena Folgado


Janela do CC da EMSA, 2022 ©Madalena Folgado


Narciso. Michelangelo Caravaggio 1594-1596. Fonte: Wikipédia


Ocupação das base das hastes das bandeiras da EMSA, 2012 ©Madalena Folgado


'Pedaço de mundo olhando para outro pedaço de mundo', 2022 ©Madalena Folgado

Outros artigos:

2024-04-13


PÁDUA RAMOS: DA ARQUITETURA AO DESIGN


2024-02-26


NO LUGAR DE UMA JANELA, NASCEU UMA PORTA


2024-01-21


TERCEIRO ANDAR DE LUCIANA FINA OU DESTINAÇÃO (EST)ÉTICA


2023-11-02


A PROPÓSITO DE ONDE VAMOS MORAR? — CICLO DE CINEMA POR ANDY RECTOR


2023-09-11


CARTOGRAFIA DO HORIZONTE: DO TERRITÓRIO AOS LUGARES


2023-08-05


O ESTALEIRO, O LABORATÓRIO, A SUA CAIXA E O CAVALETE DELA


2023-06-01


UMA CIDADE CONSTRUÍDA PARA O CONSUMO: DA LÓGICA DO MERCADO À DISNEYFICAÇÃO DA CIDADE


2023-04-30


ESCUTAR, UMA VEZ MAIS, GRÂNDOLA — OPERAÇÃO SAAL DE VALE PEREIRO


2023-04-03


NOTAS SOBRE UM ARQUITECTO ARTIFICIALMENTE INTELIGENTE


2023-02-24


MUSEU DA PAISAGEM. AS POSSIBILIDADES INFINITAS DE LER E REINTERPRETAR O TERRITÓRIO


2023-01-30


A DIVERSIDADE NA HABITAÇÃO DAS CLASSES LABORIOSAS, OS HIGIENISTAS E O CASO DA GRAÇA


2022-12-29


HABITAR: UM MANIFESTO SECRETO


2022-11-23


JONAS AND THE WHOLE


2022-10-16


CASA PAISAGEM OU UM PRESÉPIO ABERTO


2022-09-08


ENTREVISTA A ANA CATARINA COSTA, FRANCISCO ASCENSÃO, JOÃO PAUPÉRIO E MARIA REBELO


2022-08-11


ENTREVISTA A JOSÉ VELOSO, ARQUITETO DA OPERAÇÃO SAAL DA MEIA-PRAIA


2022-07-11


TERRA, TRIENAL DE ARQUITETURA DE LISBOA 2022. ENTREVISTA A CRISTINA VERÍSSIMO E DIOGO BURNAY


2022-05-31


OH, AS CASAS, AS CASAS, AS CASAS...


2022-04-23


A VIAGEM ARQUITETÓNICA COMO ENCONTRO: DA (RE)DESCOBERTA À (DES)COBERTA DAS ORIGENS


2022-03-29


PODERÁ O PATRIMÓNIO SER EMANCIPATÓRIO?


2022-01-27


SOBRE A 'ESTÉTICA DO CONHECIMENTO': UMA LEITURA DA PEDAGOGIA DE BAUKUNST


2021-12-29


CALL FOR ARCHITECTS


2021-11-27


DE QUE ME SERVE SER ARQUITECTA?


2021-10-26


'OS CAMINHOS DA ÁGUA'


2021-09-30


A ARQUITETURA PORTUGUESA: O TRAJETO DO SÉCULO XX E DESAFIOS DO SÉCULO XXI


2021-08-22


CERAMISTAS E ILUSTRADORES: UMA RESIDÊNCIA EM VIANA DO ALENTEJO


2021-07-27


COMPREENSÃO DA CIDADE DO PORTO ATÉ AO SÉCULO XX


2021-06-20


O ANTECEDENTE CULTURAL DO PORTO NA TRANSIÇÃO PARA O SÉCULO XXI


2021-05-12


JOÃO NISA E AS 'PRIMEIRAS IMPRESSÕES DE UMA PAISAGEM'


2021-02-16


A ORDEM INVISÍVEL DA ARQUITECTURA


2021-01-10


SURENDER, SURENDER


2020-11-30


AS MULHERES NO PRIVATE PRESS MOVEMENT: ESCRITAS, LETRAS DE METAL E CHEIRO DE TINTA


2020-10-30


DES/CONSTRUÇÃO - OS ESPACIALISTAS EM PRO(EX)CESSO


2020-09-19


'A REALIDADE NÃO É UM DESENCANTO'


2020-08-07


FORA DA CIDADE. ARTE E LUGAR


2020-07-06


METROPOLIS, WORLD CITY & E.P.C.O.T. - AS VISÕES PARA A CIDADE PERFEITA IMAGINADAS POR GILLETTE, ANDERSEN E DISNEY


2020-06-08


DESCONFI(N)AR, O FUTURO DA ARQUITECTURA E DAS CIDADES


2020-04-13


UM PRESENTE AO FUTURO: MACAU – DIÁLOGOS SOBRE ARQUITETURA E SOCIEDADE


2020-03-01


R2/FABRICO SUSPENSO: ITINERÁRIOS DE TRABALHO


2019-12-05


PRÁTICAS PÓS-NOSTÁLGICAS / POST-NOSTALGIC KNOWINGS


2019-08-02


TEMPOS MODERNOS, CERÂMICA INDUSTRIAL PORTUGUESA ENTRE GUERRAS


2019-05-22


ATELIER FALA - ARQUITECTURA NA CASA DA CERCA


2019-01-21


VICARA: A ESTÉTICA DA NATUREZA


2018-11-06


PARTE II - FOZ VELHA E FOZ NOVA: PATRIMÓNIO CLASSIFICADO (OU NEM POR ISSO)


2018-09-28


PARTE I - PORTO ELEITO TRÊS VEZES O MELHOR DESTINO EUROPEU: PATRIMÓNIO AMEAÇADO PARA UNS, RENOVADO PARA OUTROS. PARA INGLÊS (NÃO) VER


2018-08-07


PAULO PARRA – “UMA TRAJECTÓRIA DE VIDA” NA GALERIA ROCA LISBON


2018-07-12


DEPOIS, A HISTÓRIA: GO HASEGAWA, KERSTEN GEERS, DAVID VAN SEVEREN


2018-05-29


NU LIMITE


2018-04-18


POLAROID


2018-03-18


VICO MAGISTRETTI NO DIA DO DESIGN ITALIANO


2018-02-10


GALERIA DE ARQUITETURA


2017-12-18


RHYTHM OF DISTANCES: PROPOSITIONS FOR THE REPETITION


2017-11-15


SHAPINGSHAPE NA BIENAL DA MAIA


2017-10-14


O TEATRO CARLOS ALBERTO DIALOGA COM A CIDADE: PELA MÃO DE NUNO LACERDA LOPES


2017-09-10


“VINTE E TRÊS”. AUSÊNCIAS E APARIÇÕES NUMA MOSTRA DE JOALHARIA IBEROAMERICANA PELA PIN ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE JOALHARIA CONTEMPORÂNEA


2017-08-01


23 – JOALHARIA CONTEMPORÂNEA NA IBERO-AMÉRICA


2017-06-30


PASSAGENS DE SERRALVES PELO TERMINAL DE CRUZEIROS DO PORTO DE LEIXÕES


2017-05-30


EVERYTHING IN THE GARDEN IS ROSY: AS PERIFERIAS EM IMAGENS


2017-04-18


“ÁRVORE” (2002), UMA OBRA COM A AUTORIA EM SUSPENSO


2017-03-17


ÁLVARO SIZA : VISÕES DA ALHAMBRA


2017-02-14


“NÃO TOCAR”: O NOVO MUSEU DO DESIGN EM LONDRES


2017-01-17


MAXXI ROMA


2016-12-10


NOTAS SOBRE ESPAÇO E MOVIMENTO


2016-11-15


X BIAU EM SÃO PAULO: JOÃO LUÍS CARRILHO DA GRAÇA À CONVERSA COM PAULO MENDES DA ROCHA E EDUARDO SOUTO DE MOURA


2016-10-11


CENAS PARA UM NOVO PATRIMÓNIO


2016-08-31


DREAM OUT LOUD E O DESIGN SOCIAL NO STEDELIJK MUSEUM


2016-06-24


MATÉRIA-PRIMA. UM OLHAR SOBRE O ARQUIVO DE ÁLVARO SIZA


2016-05-28


NA PEGADA DE LE CORBUSIER


2016-04-29


O EFEITO BREUER – PARTE 2


2016-03-24


O EFEITO BREUER - PARTE 1


2016-02-16


GEORGE BEYLERIAN CELEBRA O DESIGN ITALIANO COM LANÇAMENTO DE “DESIGN MEMORABILIA”


2016-01-08


RESOLUÇÕES DE ANO NOVO PARA A ARQUITETURA E DESIGN EM 2016


2015-11-30


BITTE LEBN. POR FAVOR, VIVE.


2015-10-30


A FORMA IDEAL


2015-09-14


DOS FANTASMAS DE SERRALVES AO CLIENTE COMO ARQUITECTO


2015-08-01


“EXTRA ORDINARY” - JOVENS DESIGNERS EXPLORAM MATERIAIS, PRODUTOS E PROCESSOS


2015-06-25


PODE A TIPOGRAFIA AJUDAR-NOS A CRIAR EMPATIA COM OS OUTROS?


2015-05-20


BIJOY JAIN, STUDIO MUMBAI


2015-04-14


O FIM DA ARQUITECTURA


2015-03-12


TESOURO, MISTÉRIO OU MITO? A ESCOLA DO PORTO EM TRÊS EXPOSIÇÕES (PARTE II/II)


2015-02-11


TESOURO, MISTÉRIO OU MITO? A ESCOLA DO PORTO EM TRÊS EXPOSIÇÕES (PARTE I/II)


2015-01-11


ESPECTADOR


2014-12-09


ARQUITECTAS: ENSAIO PARA UM MANUAL REVOLUCIONÁRIO


2014-11-10


A MARCA QUE TEM O MEU NOME


2014-10-04


NEWS FROM VENICE


2014-09-08


A INCONSCIÊNCIA DE ZENO. MÁQUINAS DE SUBJECTIVIDADE NO SUPERSTUDIO*


2014-07-30


ENTREVISTA A JOSÉ ANTÓNIO PINTO


2014-06-17


ÍNDICES, LISTAGENS E DIAGRAMAS: the world is all there is the case


2014-05-15


FILME COMO ARQUITECTURA, ARQUITECTURA COMO AUTOBIOGRAFIA


2014-04-14


O MUNDO NA MÃO


2014-03-13


A CASA DA PORTA DO MAR


2014-02-13


O VERNACULAR CONTEMPORÂNEO


2014-01-07


PÓS-TRIENAL 2013 [RELAÇÕES INSTÁVEIS ENTRE EVENTOS, ARQUITECTURAS E CIDADES]


2013-11-12


UMA SUBTIL INTERFERÊNCIA: A MONTAGEM DA EXPOSIÇÃO “FERNANDO TÁVORA: MODERNIDADE PERMANENTE” EM GUIMARÃES OU UMA EXPOSIÇÃO TEMPORÁRIA NUMA ESCOLA EM PLENO FUNCIONAMENTO


2013-09-24


DESIGN E DELITO


2013-08-12


“NADA MUDAR PARA QUE TUDO SEJA DIFERENTE”: CONVERSA COM BEYOND ENTROPY


2013-08-11


“CHANGING NOTHING SO THAT EVERYTHING IS DIFFERENT”: CONVERSATION WITH BEYOND ENTROPY


2013-07-04


CORTA MATO. Design industrial do ponto de vista do utilizador


2013-05-20


VÍTOR FIGUEIREDO: A MISÉRIA DO SUPÉRFLUO


2013-04-02


O DESIGNER SOCIAL


2013-03-11


DRESS SEXY AT MY FUNERAL: PARA QUE SERVE A BIENAL DE ARQUITECTURA DE VENEZA?


2013-02-08


O CONSUMIDOR EMANCIPADO


2013-01-08


SOBRE-QUALIFICAÇÃO E REBUSCO


2012-10-29


“REGIONALISM REDIVIVUS”: UM OUTRO OLHAR SOBRE UM TEMA PERSISTENTE


2012-10-08


LEVINA VALENTIM E JOAQUIM PAULO NOGUEIRA


2012-10-07


HOMENAGEM A ROBIN FIOR (1935-2012)


2012-09-08


A PROMESSA DA ARQUITECTURA. CONSIDERAÇÕES SOBRE A GERAÇÃO POR VIR


2012-07-01


ENTREVISTA | ANDRÉ TAVARES


2012-06-10


O DESIGN DA HISTÓRIA DO DESIGN


2012-05-07


O SER URBANO: UMA EXPOSIÇÃO COMO OBRA ABERTA. NO CAMINHO DOS CAMINHOS DE NUNO PORTAS


2012-04-05


UM OBJECTO DE RONAN E ERWAN BOUROULLEC


2012-03-05


DEZ ANOS DE NUDEZ


2012-02-13


ENCONTROS DE DESIGN DE LISBOA ::: DESIGN, CRISE E DEPOIS


2012-01-06


ARCHIZINES – QUAL O TAMANHO DA PEQUENÊS?


2011-12-02


STUDIO ASTOLFI


2011-11-01


TRAMA E EMOÇÃO – TRÊS DISCURSOS


2011-09-07


COMO COMPOR A CONTEMPLAÇÃO? – UMA HISTÓRIA SOBRE O PAVILHÃO TEMPORÁRIO DA SERPENTINE GALLERY E O PROCESSO CRIATIVO DE PETER ZUMTHOR


2011-07-18


EDUARDO SOUTO DE MOURA – PRITZKER 2011. UMA SISTEMATIZAÇÃO A PROPÓSITO DA VISITA DE JUHANI PALLASMAA


2011-06-03


JAHARA STUDIO


2011-05-05


FALEMOS DE 1 MILHÃO DE CASAS. NOTAS SOBRE O CONCURSO E EXPOSIÇÃO “A HOUSE IN LUANDA: PATIO AND PAVILLION”


2011-04-04


A PROPÓSITO DA CONFERÊNCIA “ARQUITECTURA [IN] ]OUT[ POLÍTICA”: UMA LEITURA DISCIPLINAR SOBRE A MEDIAÇÃO E A ESPECIFICIDADE


2011-03-09


HUGO MADUREIRA: O ARTISTA-JOALHEIRO


2011-02-07


O QUE MUDOU, O QUE NÃO MUDOU E O QUE PRECISA MUDAR


2011-01-11


nada


2010-12-02


PEQUENO ELOGIO DO ARCAICO


2010-11-02


CABRACEGA


2010-10-01


12ª BIENAL DE ARQUITECTURA DE VENEZA — “PEOPLE MEET IN ARCHITECTURE”


2010-08-02


ENTREVISTA | FILIPA GUERREIRO E TIAGO CORREIA


2010-07-09


ATYPYK PRODUCTS ARE NOT MADE IN CHINA


2010-06-03


OS PRÓXIMOS 20 ANOS. NOTAS SOBRE OS “DISCURSOS (RE)VISITADOS”


2010-05-07


OBJECTOS SEM MEDO


2010-04-01


O POTENCIAL TRANSFORMADOR DO EFÉMERO: A PROPÓSITO DO PAVILHÃO SERPENTINE EM LONDRES


2010-03-04


PEDRO + RITA = PEDRITA


2010-02-03


PARA UMA ARQUITECTURA SWISSPORT


2009-12-12


SOU FUJIMOTO


2009-11-10


THE HOME PROJECT


2009-10-01


ESTRATÉGIA PARA HABITAÇÃO EVOLUTIVA – ÍNDIA


2009-09-01


NA MANGA DE LIDIJA KOLOVRAT


2009-07-24


DA HESITAÇÃO DE HANS, OU SOBRE O MEDO DE EXISTIR (Parte II)


2009-06-16


DA HESITAÇÃO DE HANS, OU SOBRE O MEDO DE EXISTIR


2009-05-19


O QUE É QUE SE SEGUE?


2009-04-17


À MESA COM SAM BARON


2009-03-24


HISTÓRIAS DE UMA MALA


2009-02-18


NOTAS SOBRE PROJECTOS, ESPAÇOS, VIVÊNCIAS


2009-01-26


OUTONO ESCALDANTE OU LAPSO CRÍTICO? 90 DIAS DE DEBATE DE IDEIAS NA ARQUITECTURA PORTUENSE


2009-01-16


APRENDER COM A PASTELARIA SEMI-INDUSTRIAL PORTUGUESA OU PORQUE É QUE SÓ HÁ UMA RECEITA NO LIVRO FABRICO PRÓPRIO


2008-11-20


ÁLVARO SIZA E O BRASIL


2008-10-21


A FORMA BONITA – PETER ZUMTHOR EM LISBOA


2008-09-18


“DELIRIOUS NEW YORK” EXPLICADO ÀS CRIANÇAS


2008-08-15


A ROOM WITH A VIEW


2008-07-16


DEBATER CRIATIVAMENTE A CIDADE: A EXPERIÊNCIA PORTO REDUX


2008-06-17


FOTOGRAFIA DE ARQUITECTURA, DEFEITO E FEITIO


2008-05-14


A PROPÓSITO DA DEMOLIÇÃO DO ROBIN HOOD GARDENS


2008-04-08


INTERFACES URBANOS: O CASO DE MACAU


2008-03-01


AS CORES DA COR


2008-02-02


Notas sobre a produção arquitectónica portuguesa e sua cartografia na Architectural Association


2008-01-03


TARZANS OF THE MEDIA JUNGLE


2007-12-04


MÚSICA INTERIOR


2007-11-04


O CIRURGIÃO INGLÊS


2007-10-02


NÓS E OS CARROS


2007-09-01


Considerações sobre Tempo e Limite na produção e recepção da Arquitectura


2007-08-01


A SUBLIMAÇÃO DA CONTEMPORANEIDADE


2007-07-01


UMA MITOLOGIA DE CARNE E OSSO


2007-06-01


O LUGAR COMO ARMADILHA


2007-05-02


ESPAÇOS DE FILMAR


2007-04-02


ARTES DO ESPAÇO: ARQUITECTURA/CENOGRAFIA


2007-03-01


TERRAIN VAGUE – Notas de Investigação para uma Identidade


2007-02-02


ERRARE HUMANUM EST…


2007-01-02


QUANDO A CIDADE É TELA PARA ARTE CONTEMPORÂNEA


2006-12-02


ARQUITECTURA: ESPAÇO E RITUAL


2006-11-02


IN SUSTENTÁVEL ( I )


2006-10-01


VISÕES DO FUTURO - AS NOVAS CIDADES ASIÁTICAS


2006-09-03


NOTAS SOLTAS SOBRE ARQUITECTURA E TECNOLOGIA


2006-07-30


O BANAL E A ARQUITECTURA


2006-07-01


NOVAS MORFOLOGIAS NO PORTO INDUSTRIAL DE LISBOA


2006-06-02


SOBRE O ESPAÇO DE REPRESENTAÇÃO MODERNO


2006-04-27


MODOS DE “VER” O ESPAÇO - A PROPÓSITO DE MONTAGENS FOTOGRÁFICAS



EM VÃO: FECHA-SE UMA PORTA PARA QUE UMA JANELA FENOMENOLÓGICA SE ABRA

MADALENA FOLGADO


 

 

Abracadabra.

 

Palavra mágica, usada como forma de encantamento para afastar a doença.

 

Este texto reflete. Suspendo a predicação, precisamente, para poder refletir. Para, como refere Byung-Chul Han, me encontrar com o que não é idêntico, e/ou que pense de maneira idêntica; libertar-me do “anel interminável do eu” [1]. O anelo é portanto outro: é o Outro. Eis o desejado predicado: “O outro como mistério, o outro como sedução, o outro como eros, o outro como desejo, o outro como dor [que] estão a desaparecer. Hoje a negatividade do outro cede lugar à positividade do idêntico” [2] – Assim inicia o filósofo sul-coreano a sua obra A Expulsão do Outro.

Ter uma experiência – creio – é no entanto diverso. É, por exemplo, poder conjugar o sujeito na primeira pessoa do singular, e interpolar os reflexos do Tejo aqui tão próximos, ou até mesmo o meu reflexo numa janela muito singular. Este texto reflete sobre e sob a experiência do Tejo, reflete a arquitetura enquanto enquadramento do movimento contínuo de relação entre os diferentes espaços da vida. Numa outra obra, o mesmo autor fala-nos da importância dos rituais, enquanto arquiteturas temporais que estruturam a vida, e favorecem o transcender do eu narcísico [3]. Aqui referimo-nos ao ritual de contemplar a barra do Tejo, lugar de partidas e chegadas, porto de abrigo para o Outro. 

A chamada de Byung-Chul Han ao texto deve-se ao facto de ser um dos autores contemporâneos com os quais me encontrei que mais reflete sobre o valor da alteridade – ou de como a alteridade gera afetivamente valor. Não enquanto processo de colonização encoberto; um outro-eu tacitamente autorizado, que chega e nos invade satisfazendo o nosso gosto, ou até que nos engorda com gostos. A disposição para o encontro neste enquadramento, é favorecida pela janela-ecrã, esta mesmo onde nos encontramos aqui e agora. É preciso por isso estar bem acordado: “A proliferação do idêntico não é cancerosa, mas comatosa. Não depara com qualquer defesa imunológica. O sujeito fica aturdido a olhar o ecrã, até perder a consciência.” [4] O mesmo, segundo o autor, é distinto do idêntico, na medida em que apenas se pode dizer o mesmo quando a diferença é previamente reconhecida. [5]

Confesso que não sei se já gosto do projeto do arquitetura sobre o qual, a saber, já estou a discorrer. Sei que uma obra de arte pode criar gostos, mas não os satisfaz. E, posso afirmar com certeza que esta obra me conduziu a uma experiência, aqui entendida enquanto “negatividade do outro e da transformação” [6]. Tornei-me mais consciente do poder opressivo da positividade das imagens – inclusive, das de arquitetura, do que pode ser ver para além do visível, uma vez que o visível pode estar colonizado. Circunstâncias académicas fizeram com que esta obra do arquiteto Manuel Tainha, a Agência Europeia de Segurança Marítima (EMSA), no Cais do Sodré, em Lisboa, constituísse um estudo de caso. Nos seus escritos, que lhe valeram prémios como o da AICA ou Jean Tschumi encontrei sempre ressonância, assim como em uma grande parte da sua obra construída, no entanto, não por serem fáceis. 

O não gostar do edifício da EMSA, combinado com a tarefa de investigação a que me autopropunha determinou a dose precisa de desconforto, para o re-descobrimento do olhar; o olhar enquanto expansão de uma consciência que se abre para o desconhecido que uma investigação é. O edifício localiza-se precisamente numa parcela da zona ribeirinha, onde D. Manuel I pode reunir os seus colaboradores mais próximos da sua empresa de expansão marítima [7], após ter de certo modo marcado a abertura de Lisboa ao Tejo, transferindo o Paço, a residência real, para junto do mesmo [8]. A investigação tornou-se a cada instante uma co-incidência.

Por esta ocasião, descobri a constelação enquanto acontecimento figurativo do Ser; no meu atravessar diário do Tejo, fui-me familiarizando com este Outro que agora me acontecia. Comecei então a me apaixonar, afinal era tudo uma questão de ponto de vista, percebi que somos o mesmo na nossa diferença. Olhava-o e ele olhava-me de volta, como ambas as margens, uma à Outra. Assim me descobri ponte, i.e., lugar [9], através das ondas mnésicas, desencadeadas pelo magnetismo do tal “outro como mistério”, propiciadas pela investigação em per-curso. Do movimento que é a travessia – da qual fiz e ainda faço quase diariamente um ritual – descobri-lhe reminiscências do Palácio Corte-Real: o seu ritualístico gesto de acolhimento; os seus dois braços – alas – recebiam no seu jardim virado ao Tejo quem atracava no seu pequeno embarcadouro. Palácio este desaparecido com o Terramoto de 1755, e que fora desenhado por Filippo Terzi a par do Paço Real. 

A carga explosiva do passado, por conter uma dimensão salvífica, sempre encontra com precisão o olhar que torna possível o seu re-conhecimento numa constelação de imagens. [10] Os processos criativos ocorrem via anacrónica; i.e., temporalidades distintas agem em consonância [11]: Percebemos então que algo quer ser reparado, em duplo sentido; revisto e recuperado. Este acontecimento é sempre arrebatador, pois marca a encruzilhada do individual com o coletivo. Estas imagens pré Terramoto e a do cargueiro inglês Tollan que se afundara no Tejo a 16 de Fevereiro de 1980, e vitimara quatro dos seus 20 tripulantes [12], formaram uma constelação com as imagens colhidas pelo meu olhar sobre a EMSA.

O olhar abriu-se para o oceano de possibilidades fenomenológicas. O que vemos é afinal apenas o limite. Qualquer obra de arte – ou a sua teia de relações constituintes, modo pelo qual fui capturada por esta obra arquitetónica –, por excelência ao serviço da alteridade, é o enquadramento para que possamos ver de olhos abertos, o que em sonhos vemos de olhos fechados. Ou ainda, tudo o que não vemos quando tolhidos pelo que acreditamos – o Outro é neste ponto o sinal vital de transformação; do crer em renovado ver. Se formos cada vez mais conscientes que o que vemos em certos ecrãs nos cega, talvez essa cegueira não seja em vão. Em arquitetura chama-se vão a uma janela. Uma obra arquitetónica desdobra-se num lugar para um lugar ver, entendendo um lugar como a combinação de memória e espaço, quando a espacialidade gerada pela nossa permanência transcende os limites físicos do que, por exemplo, uma simples janela circunscreve.

E o que é precisamente a EMSA? A EMSA é uma agência descentralizada da União Europeia. Porventura pela expressão significativa do mar na nossa cultura, a Comissão Europeia elegeu Lisboa para o acolhimento desta sua agência, cuja especialização abrange um conjunto de funções diretamente ligadas ao controlo da costa europeia. Poder-se-ia dizer, caricaturando, que a sua vigilância tem um pouco de Big Brother. Tem por missão a implementação de recursos com o objetivo de reduzir o número de acidentes marítimos, poluição marinha e perda de vidas humanas no mar. Os desastres dos navios Erika em 1999, na costa da Bretanha, e Prestige em 2002, na costa galega, dos quais resultaram perdas ambientais e económicas expressivas, foram decisivos na criação e implementação de medidas eficientes, no sentido de prevenir futuras catástrofes. [13]

É neste sentido que a memória do cargueiro afundado Tollan emerge das profundezas. Se a memória do Palácio submergido, emergiu do encontro com uma gravura pré Terramoto, logo após uma travessia do Tejo. A do Tollan decorreu de uma sugestão, que literalmente ganhou corpo com a investigação [14]. O centro de conferências da EMSA é um corpo alongado com um revestimento vermelho, paralelo ao corpo branco principal, por onde se acede ao interior da EMSA, em constelação com a imagem do casco virado do cargueiro, apelidado outrora de baleia vermelha, e que ali permaneceu ao largo, local exato do seu abalroamento com o navio sueco Barraduna, durante quase três anos, tornando-se um fenómeno contemplativo. Várias foram as tentativas em vão para a sua remoção; pessoas de toda a parte e em romaria chegavam para o ver, e especular sobre o seu conteúdo, principalmente nos dias agendados para o seu salvamento, [15]. Talvez por isso, a imagem deste evento, que comporta muito naturalmente um pathos, comporte também a tal carga salvífica do passado; i.e., lhe queira fazer justiça. É resgatado dia 12 de Dezembro de 1983, sem público, quando já ninguém esperava [16]. Ou terá sido expulso, como o Outro? Ressalvo que nenhuma destas imagens foi em relação com este projeto mencionada pelo arquiteto Manuel Tainha em vida. 

Tive a oportunidade de em condições absolutamente excecionais e irrepetíveis, uma vez que se trata de um edifício de alta segurança, visitar a EMSA em 2012, ano da morte do seu arquiteto e sem o conhecer. Passados dez anos, e depois de ter prometido não mais falar desta obra arquitetónica, ela ressurge. Ainda hoje tenho presente a imagem do homem que contemplava o Tejo, no grande vão, que surgia como um grande ecrã, a partir do interior do centro de conferências (a primeira imagem do presente texto). Imaginei-o o grande tema da agenda da EMSA. O edifício provia no exterior um espaço púbico, de acolhimento. O seu desenho evocava o também o Forte do Corpo Santo, que se localizara à direita do Palácio Corte Real. O homem sentindo-se protegido, mas vigilante, encostava-se a algo que evocava um dos seus contrafortes; via e era visto pela Europa. 

Curiosa, e corroborando a constelação com o Tollan, do ponto de vista da experiência do corpo no espaço, é também a negatividade desta sala oval: Está abaixo do nível do Rio; entre o uterino e o  afundado. Para minha surpresa, foi pedida e colocada uma peça metálica no exterior, no lugar onde o homem estava sentado. Esta peça, inclinada, faz com que o Outro escorregue…Prevê, literalmente, a Expulsão do Outro. “Hoje, o mundo é muito pobre em olhares. Raramente nos sentimos olhados ou expostos a um olhar. O mundo apresenta-se como prazer visual que empreende agradar-nos. Do mesmo modo, tão pouco ecrã visual tem o caracter desse olhar. O Windows é uma janela sem olhar. Protege-nos precisamente do olhar”. [17]

Esta janela da EMSA tornou-se então ainda mais ecrã: uma janela sem olhar. Uma mera superfície de reflexão, polida, que não oferece resistência, como os ecrãs dos nossos mais recentes dispositivos, ditos tácteis. Melhor: tão polida que escorregamos se nela o nosso olhar se fizer corpóreo e ali intentar permanecer. Este pequeno espaço está por isso pichado, falicamente, com tags vários. Na tentativa de penetrar o desconhecido, também muitas investigações académicas se autoreduzem a termos cunhados. Não será este um sintoma do nosso tempo, em termos lacanianos, com diferentes expressões? Os navios afundam-se, e como no mito de Narciso os homens afogam-se na sua imagem, no tal anel interminável do eu. O mesmo que dizer com Camões: água do mar em tão pequeno vaso. Deste naufrágio não pode a EMSA nos proteger. Precisamos de abrir janelas fenomenológicas para o alter-nativo – aprofundarmo-nos no que realmente se passa ao nosso redor, para não nos afundarmos em tão pequeno vaso, plantemos em pequenos vasos belos narcisos amarelos. E, digamos então a esse Outro: Eu vejo-te – despertemo-lo. 

Na sua missão, com contornos de absurdo, de observar as “coisas do lado de fora”, também a personagem fictícia do romance de Italo Calvino, Palomar, descobre que “O mundo observa o mundo”. Questiona-se quanto ao modo como se pode observar as coisas deixando de lado o eu, e de quem serão então os olhos que olham. Descobre que fora de uma janela está “Ainda e sempre o mundo, que nesta ocasião se desdobrou em mundo que olha o mundo que é olhado”. Mas, também, que o mundo precisa dos seus olhos e óculos. Atenda-se ao seguinte excerto, no fundo um outro modo de des-cobrimentos:

 

Da muda extensão das coisas deve partir um sinal, um apelo, uma piscadela de olho: uma coisa sobressai por entre as outras com a intenção de significar alguma coisa…que coisa? Ela mesma; uma coisa está contente por ser olhada pelas outras coisas apenas quanto está convencida de que se significa a si própria e a nada mais, no meio das coisas que se significam a si próprias e nada mais.

As ocasiões deste género não são frequentes, mas mais tarde ou mais cedo deverão com certeza apresentar-se: basta esperar que se verifique uma daquelas felizes coincidências em que o mundo quer olhar e ser olhado no mesmíssimo instante e o senhor Palomar se encontre ali por perto. Ou seja, o senhor Palomar não deve sequer esperar, porque estas coisas acontecem quando menos se espera. [18]

 

Também o Tollan nos deixou numa ocasião inesperada. Precisa agora de novos olhares para aparecer enquanto aparição – Olhares disponíveis para se enamorarem do Outro, o mesmo que dizer,  se demorem e morem no Outro e vice-versa. Manuel Tainha citou este poema várias vezes nos seus escritos, note-se, de um poeta anónimo: “Pour être auprés de ma blonde / Je donnerais Versailles, Paris e St. Dennis / Le tours de Nôtre Dame / Le clocher de mom Pays." [19]. Referia-se, de modo indireto, a essas afinidades que criamos com as coisas, em particular com a arquitetura, de tal modo que as poderíamos elevar ao estatuto de objetos sacrificiais, por um bem ainda maior. Porém, vivemos tempos em que se permanecermos aturdidos, os próprios rituais tendem a desaparecer. Uma coisa é certa: Para estar ao pé desse Outro, daria eu também esta janela da EMSA.

 

Madalena Folgado

É mestre em arquitetura pela Faculdade de Arquitetura e Artes da Universidade Lusíada de Lisboa e investigadora do Centro de Investigação em Território, Arquitetura e Design; e do Laboratório de Investigação em Design e Artes. 

 

::: 

 

 Notas

[1] Byung-Chul Han, A Expulsão do Outro, Lisboa, Relógio D'Água, 2018, p. 11.
[2] Ibid, p. 9. 
[3] Cf. Byung-Chul Han, Do Desaparecimento dos Rituais, Relógio D'Água, 2020. 
[4] Byung-Chul Han, op. cit. 2018, p. 10. 
[5] Ibid. pp. 10, 11.
[6] Ibid. p. 11. 
[7] Hélder Carita, Lisboa Manuelina e a formação de modelos urbanísticos da época moderna (1495-1521), Lisboa, Livros Horizonte, 1999, p. 91.
[8] Carlos Caetano, A Ribeira de Lisboa na época da expansão portuguesa (séculos XV a XVIII), Lisboa, Pandora, 2004, p. 132. 
[9] Martin Heidegger, “Construir, Habitar, Pensar”, in Martin Heidegger, Ensaios e Conferências, Petrópolis, Vozes, 2012, p. 133.
[10] António Guerreiro, O demónio das imagens, S.l., Língua Morta, 2018, p. 118. 
[11] Georges Didi-Huberman, Diante do tempo: História de arte e o anacronismo das imagens. Lisboa, Orfeu Negro, 2017, p.156.
[12] Rui Ochoa, "16 de Fevereiro de 1980, 'Tollan', o misterioso", in Revista Única, Paço de Arcos, suplemento do Jornal Expresso, 31 de Janeiro de 2009, p. 78.
[13] European Maritime Safety Agency, European Maritime Safety Agency, in http://www.emsa.europa.eu/, consultado a 5 de Agosto 2012. 
[14] Por sugestão do meu orientador de mestrado, que se recordara no instante em que lhe mostrava algumas fotografias do exterior, de vários passeios que fizera junto ao rio durante a infância, para ver o Tollan.  
[15] Rui Ochoa, op. cit., p. 78.
[16] Idem. 
[17] Byung-Chul Han, op. cit. 2018, p. 60.
[18] Italo Calvino, Palomar, Lisboa, Planeta DeAgostini, 2001, pp. 118, 119
[19] Manuel Tainha, Manuel Tainha, textos de Arquitectos, Casal de Cambra: Caleidoscópio, p. 16.