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Qual a última boa exposição que viu?
Us Dead Talk Love de Ed Atkins, na Chisenhale Gallery, Londres e Retrato de Michel Auder de Michel Auder na Culturgest, Lisboa.
Que livro(s) está a ler?
The Prince de Niccolò Machiavelli (Penguin), I'm a Beautiful Monster - Poetry, Prose and Provocation de Francis Picabia (MIT Press), A Arte Como Linguagem de José Gil (Relógio D'Água), Between Past and Future de Hannah Arendt (Penguin), Artful de Ali Smith (Hamish Hamilton - Penguin Group), A Mecânica da Ficção de James Wood (tradução de Rogério Casanova, edição Quetzal), Wittengstein e a Estética de Nuno Crespo (Assírio & Alvim).
Qual a música que que está no topo da sua playlist atual?
"Backseat Freestyle" de Kendrick Lamar, do albúm good kid m.A.A.d. city'(2012)
Um filme da última década que gostaria de rever…
Tropical Malady (2004) de Apichatpong Weerasethakul.
O que tem nos bolsos?
Carteira, telémovel, caneta.
Coleciona? O quê?
Imagens.
Se só pudesse viver com uma obra de arte, qual seria?
A aguarela/ óleo sobre papel que o João Queiroz me deu em troca de um desenho meu, e que desde essa altura está na minha sala.
Qual(is) a(s) próxima(s) viagem(ns) a fazer?
Londres, Cambridge, São Paulo.
Se tivesse de criar uma cápsula do tempo o que colocaria lá dentro?
Apesar de ser uma pergunta bastante vulgar neste tipo de questionários, é engraçado respondê-la porque tenho uma escultura recente que se chama precisamente Three Time Capsules Compressed in the Same Space (Três Cápsulas de Tempo Comprimidas no Mesmo Espaço) de 2010, e que foi mostrada como parte da instalação The Audience (2010) na exposição Theatre of Hunters no Kunsthalle Basel. Para o livro publicado após a exposição, a fotografia da obra Three Time Capsules... aparecia com o pequeno texto que falava das cápsulas de tempo como dispositivos onde utilizados para guardar "useless junk". De acordo com o historiador e estudioso de cápsulas do tempo William Jarvis, a maioria das cápsulas intencionais geralmente não oferece muita informação histórica útil, fornecendo poucas informações sobre as pessoas da época em que foi construída. Jarvis, sugeriu que os objetos colocados dentro das cápsulas descrevessem a vida das pessoas que as criaram, como notas pessoais, desenhos e documentos, assim aumentaria muito o valor das cápsulas do tempo para o historiador futuro. As cápsulas de tempo são objetos que reforçam a inutilidade dos objetos e isso é uma discussão que me interessa em relação à arte.
Se recebesse em Lisboa um amigo de fora por um dia, que programa faria com ele?
Pequeno-almoço na Bijou do Calhariz, descer a Bica até ao rio, andar até ao Cais do Sodré, apanhar o barco e atravessar o rio para Almada, passear pelo Ginjal, almoçar de frente para o rio, talvez subir até à Casa da Cerca, voltar de barco para Lisboa, passear pela Baixa, Sé e Alfama, lanchar na Confeitaria Nacional, visita ao meu estúdio na Avenida da Liberdade (passaríamos pelo PARKOUR e pela Kunsthalle Lissabon e dizer olá ao Luís Silva), voltávamos pela Cinemateca e subíamos até ao Príncipe Real para jantar em minha casa com a minha família.
A sua última obsessão.
Ténis Air Max.
Quais os próximos projetos?
Exposição coletiva The Insides are in the Outside, SESC Pompéia, São Paulo, residência artística no AIR-Antwerpen, Antuérpia, Bélgica; exposições individuais no Kettle's Yard, Cambridge, Inglaterra, e no espaço ARTES, no Porto e a edição de uma monografia.