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ENTREVISTA



HANS IBELINGS E JOHN ZEPPETELLI


Hans Ibelings e John Zeppetelli são os anunciados curadores da Bienal Anozero’26. Segurar, dar, receber é o título/tema da próxima edição da Bienal, que decorrerá de 11 de abril a 5 de julho de 2026, em vários espaços da cidade de Coimbra. Hans Ibelings, fundador da revista A10 e professor na Daniels Faculty of Architecture, e John Zeppetelli, curador na Art Gallery of Ontario, em Toronto, conversaram com Pedro Vaz sobre o projecto que vão começar agora a empreender.
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O ESTADO DA ARTE



FILIPA BOSSUET


O ESCURO VITAL DE PARIS NOIR
Constituída pela curadoria de Alicia Knock e co-curadores Éva Barois De Caevel, Aurélien Bernard, Laure Chauvelot e Marie Siguiecom, a exposição Paris Noir reúne 150 artistas africanos, afro-descendentes, panafricanistas com vivência em França. São mais de 300 obras de arte produzidas entre 1950 e 2000, que transcendem o tempo pela influência ancestral e criam perspectivas de um futuro possível. A memória, aqui, é a base do que ainda está por vir — uma memória reverberada em atos poderosos como o de documentar e arquivar. Pinturas, esculturas, fotografias, filmes, performances, instalações, colagens, cartazes...
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PERSPETIVA ATUAL

INÊS FERREIRA-NORMAN


MARIANA DIAS COUTINHO E COMO SE DEVERIA DESCENTRALIZAR A ARTE: A COMUNHÃO COM A ALMA DO LUGAR E DAS PESSOAS
A prática artística de Mariana Dias Coutinho tem-se desenvolvido mais recentemente através da participação comunitária. Uma prática social, pedagógica, participativa e comunitária que não deixa de ser autoral, como se pode ver no caso da obra que apresenta na sua atual exposição no Centro Cultural de Lagos, Centro de Ciência Viva e Biblioteca Municipal, PLANTAR AFECTOS, patente até dia 12 de julho. Trabalhou os afetos, a atenção, como a própria descreve em folha de sala: ‘A arte, aqui, não é apenas expressão: é gesto de encontro, de escuta e de cuidado.’ E isto também são meios que se esculpem, que se moldam, que se trabalham artisticamente. Nem só de material físico vive o artista, especialmente quando se trata de uma visão como a de Mariana, a da mudança de um paradigma.
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OPINIÃO

MARIA CARNEIRO E PEDRO ALVES


ESCALAR UMA MONTANHA CHAMADA CATITA
Por ocasião da estreia do espetáculo “CATITAâ€, Maria Carneiro conversa com o encenador e actor Pedro Alves sobre a amizade e as memórias que estiveram na génese do espectáculo. Este é uma reflexão comovente sobre a passagem do tempo, a evolução das relações e a natureza duradoura do que podemos considerar a verdadeira amizade. Tudo começou com a entrega de uma cassete de música, no início dos anos 1990. Foi assim que Pedro e Catita se tornaram amigos. Mais tarde, essa amizade será alimentada pela troca de cartas, mas serão as montanhas a enquadrar o reencontro dos dois. Pegamos no walkman, fazemos fast forward até 2025, passamos as mãos pelo pó de magnésio e iniciamos a escalada desta montanha chamada “CATITAâ€.
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ARQUITETURA E DESIGN

JOÃO ALMEIDA E SILVA


INTERESPECIES. POR UMA ARQUITECTURA MAIS-QUE-HUMANA
Interespécies é uma exposição desafiante, que convida a um olhar atento — não só pela beleza das obras, mas sobretudo pela subtileza das relações que entre elas se constroem. Organizada em três momentos — aproximar, coabitar e conspirar — propõe, ao longo da sequência das seis salas que compõem a exposição, uma jornada sensível pelas formas possíveis de habitar com outras espécies. Interespécies não impõe soluções nem oferece certezas. Mas convida-nos a desaprender, a reaprender, a imaginar — a aproximar, coabitar e conspirar com outras formas de vida. A redescobrir o habitar como gesto partilhado, sensível e profundamente político.
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ARTES PERFORMATIVAS

VICTOR PINTO DA FONSECA


PARTE III: 'DEUS, OS DADOS, GÖDEL E A NATUREZA DA ARTE'
Um entrelaçamento é a situação em que duas coisas ou duas pessoas permanecem de alguma forma interligadas, em sentido literal ou figurado. Emaranhamento, envolvimento, entrelaçamento, relacionamento sentimental… Na física dos quanta, denomina-se “entrelaçamento quânticoâ€, a ideia de que, quando dois objectos são coerentes entre si (vibrando da mesma maneira), permanecem coerentes, mesmo que separados por vastas distâncias - por exemplo dois electrões que se encontraram no passado e conseguem uma espécie de estranheza de ligação, como capazes de instantaneamente continuar a conversar/ a trocar informações muito à semelhança de duas pessoas apaixonadas e distantes que advinham os pensamentos uma da outra, independentemente da distância entre elas, duplicando assim o número de interações possíveis.
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:: 1.ª edição do Prémio Dordio Gomes – Concurso de Pintura

:: Candidaturas abertas para o 4.º Concurso Caixa para Jovens Artistas



PREVIEW

Bienal de Arte Contemporânea da Maia 2025 - Fulgor | 3 de julho a 14 setembro de 2025, no Fórum da Maia


A BACM 2025 propõe-se abrir um novo horizonte: um futuro liberto do medo que permeia determinados discursos e narrativas, mais plural, inclusivo, desafiante e, simultaneamente, inventivo.
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EXPOSIÇÕES ATUAIS

ALBUQUERQUE MENDES

NÃO CONFUNDIR UM TIJOLO COM UMA OBRA DE ARTE


Galeria Municipal de Matosinhos, Matosinhos

No corpus de obra de Albuquerque Mendes cabem os exercícios mais informais de colagens sequenciais de temas populares ou lascivos, se não mesmo pornográficos, cujas saliências adicionadas num todo, resultam em paradigmas inexactos de tradições especulativas de colocar em evidência a saturação nefasta dos media; os elementos retratísticos mais improváveis, cujo pressentido eco desdobra a sua formação em inquietantes resquícios assimiláveis à tradição histórica das belas-artes ou simplesmente em inverosímeis (porque demasiado fantásticas) planificações anatómicas de rostos invertidos ou de corpos solucionados em composições afastadas de uma realidade final.
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JULIAN OPIE

JULIAN OPIE


Galeria Duarte Sequeira, Braga
O movimento, a figura do corredor de fundo (sprinter), o retrato digital e a componente LED (Díodo Emissor de Luz) são os elementos chave que percorrem a exposição do artista britânico Julian Opie (Londres, 1958) patente na Galeria Duarte Sequeira em Tibães que procura com eficácia recriar o efeito tecno-minimalista de uma nova expressão estética da representação. O movimento funciona neste caso como a síntese do gesto e da presença através de uma animação pop e minimalista que sugere a acção e o tempo de um modo bastante simplificado.
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CILDO MEIRELES

CRUZEIRO DO SUL


Orangerie du Sénat - Jardin du Luxembourg, Paris
Uma luz artificial projetada sobre o chão, que forma um espaço em círculo, em que os limites são dados pelas pedras. Algum tipo de movimento terá que ser feito - o corpo terá que se curvar, a cabeça precisará baixar-se. O corpo será obrigado a calar a verticalidade. Sobre o gesto do chão, que é base, no centro do círculo, pedra pisada ou areia, um cubo de 9 milímetros constituído por camadas transversais - o carvalho e o pinheiro.
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JEFF WALL

TIME STANDS STILL. PHOTOGRAPHS, 1980–2023


MAAT, Lisboa
Em Time Stands Still. Photographs, 1980–2023, Jeff Wall mostra-nos uma visão oblíqua do que se apreende do modo de ver da imagem, cujo olhar advém do significado da conexão das múltiplas linhas subtis dos diferentes campos percetuais estéticos. A imagem rompe com a tradição do modo de ver da fotografia, visitando, assim, o tableau photography. O momento da narração e da personagem que surge na fotografia não se trata apenas de um reconhecimento de combinações estéticas ou de um revivalismo da História da Arte. Wall produz uma obra de arte que ultrapassa os limites conceptuais da natureza da fotografia e da pintura. A sua obra desdobra-se em múltiplos pictóricos, interligando conceptualmente a obra nas suas diversas variantes artísticas.
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BIANCA HLYWA

MUTE TRACK


Sismógrafo (Heroísmo), Porto
O olfato é o primeiro sentido a ser impactado pela obra de Bianca Hlywa que, exposta ao centro do amplo espaço do Sismógrafo, dá corpo à exposição “Mute Trackâ€. Um cheiro que fluindo na sua altivez acre e avinagrada, nos invade com a mesma brutalidade e pujança de uma armadura. Desferindo-nos, desarmados, com o golpe da repulsa. Pensei nesta invasão odorífera como uma obra em si, que se entranha na galeria e nos corpos que a calcorreiam. Mesmo quando se deixa o espaço, as moléculas ainda latejam no nosso sistema olfativo vincando uma presença que se arrasta e que produz uma memória vívida e consistente.
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FERNÃO CRUZ

SENTINELA


Zet Gallery, Braga
Sentinela apresenta seis novos trabalhos, em conjunto com outros dois já realizados e expostos em 2023, e é pensada como uma instalação única sob a alçada dos dois conceitos fundamentais da sua prática: transformação e presença. Não se pense que o denominado azul é um convite a um mundo leviano pois, para quem conhece e acompanha o (já cunhado promissor) percurso de Fernão, sabe que por cima deste azul de dia claro, pendem as inquietações de um jovem adulto sobre a factualidade da vida: a passagem do tempo, a decomposição do corpo, a perda, a morte.
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ADRIANA MOLDER

ALDEBARAN CAÃDA POR TERRA


MNAC - Museu do Chiado , Lisboa
Interessam-me as coisas que me acon-tecem, de tão vivas que estão. E as figuras da Adriana estão bem vivas…Ainda que, como refere, trabalhe com modelos mortos e que estejamos sempre à procura das coisas que já vimos. É preciso mais do que nunca habitar a Terra e cair em si. O sonho caminha linearmente, esquecendo o percurso na corrida. O devaneio expande-se em estrela. Regressa ao centro para projectar novos raios. (Bachelard).
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