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ENTREVISTA



TITA MARAVILHA


Tita Maravilha é profunda. É de uma profundidade vinda de uma relação muito íntima com a vida, em que a formação e a experiência se tornam uma coisa só. É necessário sentir para se ouvir o que Tita Maravilha diz, ir para casa, depois de algumas vivências, consciência social e desprogramação, abrir espaço para encontros. Vencedora da 5.ª edição do Prémio Revelação Ageas Teatro Nacional D. Maria II, atriz, cantora, performer, palhaça e DJ... Percursos que reúnem a pesquisa que tem realizado sobre pobreza e precariedade, que mais do que um conceito “não é um tema feticheâ€, mas sim um statement de “Poder ao povo pobreâ€.
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O ESTADO DA ARTE



JOÃO BORGES DA CUNHA


REVOLUÇÕES COM MOTIVO
O “caso†Pomar continua. E é talvez o que menos controverso e menos superlativo pode dizer-se sobre a exposição Revoluções 1960-1975, em torno da produção do pintor entre aquelas datas. Na verdade, será até uma observação consoladora, por devolver a expressão de prodígio que lhe atravessa a vida artística longeva, e que essa longevidade pode ser que tenha tornado habitual. Neste pé, convirá recordar o que “caso†aqui quer dizer: o advento continuado de uma dimensão artística a um tempo tão indómita e tão apreciada, mas também tão portentosa quanto idiossincrática, que vai resistindo a todas as oficializações, extracções e vulgarizações, persistindo nela um resíduo sempre inapropriável e enigmático, o que a torna irresistível.
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PERSPETIVA ATUAL

CATARINA REAL


YUKO MOHRI: COMPOSE
Os gestos de cuidado e pensamento ecológico atravessam a prática desta artista. Tornam-se, em si, gestos artísticos e não apenas bandeiras erguidas ao sabor das modas e como reacção à actualização do pensamento crítico sobre o funcionamento do mundo. Yuro Mohri utiliza apenas objectos ordinários da vida quotidiana e de situações comuns da vivência da mesma, recombinados de forma a simular situações já vistas, presenciadas ou vividas, que se canalizam para a surpresa e reinvenção do mundo.
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OPINIÃO

MADALENA FOLGADO


RÉMIGES CANSADAS OU A CORDA-CORDIS
Aconteceu-me no segundo milésimo vigésimo quarto ano, no sétimo mês, no décimo sexto dia. A opinião andava como eu, desprevenida. Pelo que alerto quem lê a rubrica “Opinião†para a possibilidade iminente de esbardalhanço. Foi o que sucedeu comigo, e sou eu quem a escreve novamente. Assim, ao invés de “Opiniãoâ€, devido ao modo como me posiciono, a rubrica poder-se-ia designar por “Confissãoâ€; far-se-ão três.
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ARQUITETURA E DESIGN

CLÃUDIA HANDEM


ANA ARAGÃO E GONÇALO M. TAVARES: O EXERCÃCIO REPARADOR DA CIDADE
Se a função do mapa é servir de guia, os de Ana Aragão são, numa primeira instância, guiados pelos textos de Gonçalo M. Tavares. O processo de construção dos desenhos parte dos escritos inéditos, que lhe iam sendo enviados pelo escritor. Localizados no centro da Galeria numa estrutura que reporta à cobertura tradicional da casa (da Arquitetura), eles vêem-se rodeados por 13 mapas, e o percurso do observador-leitor vai tecendo linhas imaginárias entre os dois.
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ARTES PERFORMATIVAS

MADALENA FOLGADO E RAFAEL DOS SANTOS


A PROPÓSITO DE ZÉNITE
Queremos isso! Ser afetados! E o desenho é uma das minhas formas preferidas de pensar. Desenhar é usar o corpo em função do que não se vê; da imagem que ainda não está lá. É intuir… (A lua e o seu efeito de afetação sobre o que em nós é amni-ótico...Enuncia o que está para nascer, num Pós Guerra. Em tempos muito antigos, quando o Homem assentou, era prestado o culto da guerra e do amor a uma mesma deusa...Zénite é também sobre e sob isto — Este pensamento chega-me sob a lua cheia que nos observa do alto, no último dia em que o espetáculo foi apresentado, em 2024...Só vos digo: Foi mágico...).
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PREVIEW

20ª edição Circular Festival de Artes Performativas | 19 a 29 Set, Vila do Conde


Comemora em 2024 a sua 20.ª edição com cerca de 20 eventos, entre espetáculos, performances, workshops, conversas, concertos e exposições. Destaque ainda para as propostas de rua, perspetivando o acesso livre ao espaço coletivo e um maior envolvimento com a cidade e com o público.
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EXPOSIÇÕES ATUAIS

JÚLIA VENTURA

1975-1983


Culturgest, Lisboa

Júlia Ventura desfragmenta o sujeito, incitando o espectador a redescobrir o outro e o seu duplo. Com esta narrativa do corpo, possibilita-nos a leitura da desconstrução do universo fotográfico que, por sua vez, ressoa o outro como uma miragem enquanto duplo.
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MARIA CAPELO

A NOITE DE TODOS OS DIAS


Galeria Municipal Ala da Frente, Famalicão
O seu trabalho no âmbito da paisagem tem já um percurso consistente e insistente. Nesta exposição, apresenta duas séries de desenhos de pequena escala e um trabalho maior a solo, feitos a tinta-da-china sobre papel oriental. À semelhança de exposições anteriores, o formato de pequena escala permite uma disposição que favorece o panorama cinemático, capaz de aludir simultâneamente ao tempo geológico da paisagem, como ao da observação e da realização do desenho.
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ELLSWORTH KELLY

SHAPES AND COLORS, 1949-2015


Fondation Louis Vuitton, Paris
Ellsworth Kelly é um dos mais relevantes nomes da arte abstrata e da arte minimalista, e uma referência central para os seus pares e gerações seguintes. Conquistou um elevado reconhecimento na esfera da arte à escala internacional, no decorrer de mais de seis décadas de percurso artístico, o que é verdadeiramente notável, tendo daí resultado um valioso espólio de centenas de obras.
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SAMUEL SILVA

RÉMIGES CANSADAS


Brotéria, Lisboa
Uma exposição, mesmo referindo, mesmo admirando uma figura, um autor, não deverá procurar ilustrar alguma proposição. Isto, caso procure ser pensamento em si, experiência e aprendizagem. O que nos diz Rémiges Cansadas, para além de Daniel Faria, para além do não público poema-objecto do poeta? Poderá Rémiges Cansadas ser uma tradução do poema? Deveria, então, esta exposição ser assinada pelo mesmo autor do poema, Daniel Faria, devidamente assinalado o autor da sua tradução, Samuel Silva?
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MORGAN QUAINTANCE

EFFORTS OF NATURE IV


Solar - Galeria de Arte Cinemática, Vila do Conde
O que vemos em “Efforts of Nature IV†é o resultado dessa continuada exploração audiovisual da coincidência entre a falência do corpo e o desmoronar do planeta. A exposição é apresentada como o quarto momento de um projecto maior começado em 2023, cujas materializações têm em comum as “ideias, imagens e afectos†do filme “Efforts of Nature†(2023).
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REGINA DE MIGUEL

LAPIDARIO


Galería Maisterravalbuena, Madrid
Lapidário, mapa, oferenda, portal, ex-voto; todas estas são palavras usadas para nomear os trabalhos de Regina presentes nesta exposição. Este vocabulário é ilustrativo da ambiência da exposição: entramos num lugar de culto. Não será à primeira vista evidente quais serão os devotos habitantes deste lugar; quais serão as perspectivas que nos são apresentadas (e não representadas); e quais as posturas éticas e políticas que se denotam no percurso da exposição e na ligação dos discursos destas obras.
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MATTHEW BARNEY

SECONDARY


Fondation Cartier pour l’art contemporain, Paris
A obra de Barney desenvolve-se em relação com a fisicalidade e com a mobilidade do corpo humano, e inscreve-se na esfera do desporto, o que advém da sua experiência enquanto jovem atleta, antes de enveredar pelas artes. A exposição “Secondary†atesta o fascínio de Barney pela fisicalidade, pelo rigor do atletismo e pela hipertrofia, sendo este o quadro fundamental para toda a sua criação artística. O artista compara, inclusivamente, o seu trabalho ao de um desportista que recorre ao treino de resistência para desenvolver grupos musculares.
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