Links

ENTREVISTA



NATXO CHECA


A inaugurar o ciclo Território, uma nova colaboração entre a Fidelidade Arte e a Culturgest, a exposição Mistifório com curadoria de Natxo Checa revela-nos os territórios de ação, de investigação e interesses do curador, numa mostra em que peças de arte contemporânea convivem com objetos da cultura material. A propósito de Mistifório, atualmente em exibição na Culturgest Porto (até 14 de maio) depois da passagem por Lisboa na Fidelidade Arte, fomos conversar com Natxo Checa.
LER MAIS

O ESTADO DA ARTE



MARC LENOT


SOBRE A FOTOGRAFIA: POIVERT E SMITH
O livro Contre-culture dans la photographie contemporaine de Michel Poivert é bem vindo porque vem aclarar uma corrente fotográfica que, se já existia anteriormente, só foi trazida à luz há uma dúzia de anos, graças a festivais, feiras, exposições e livros, para citar apenas alguns. O livro de Olga Smith, Contemporary Photography in France. Between Theory and Practice é destinado a um público anglófono para compensar o fraco número de livros em inglês sobre este assunto. Ao contrário de um livro traduzido, este é um ponto de vista original, de uma estrangeira que conhece bem a França e que oferece uma perspectiva um pouco diferente, mais ampla e menos enraizada, algo distanciada em relação ao “génio francês”.
LER MAIS

PERSPETIVA ATUAL

JOÃO BORGES DA CUNHA


GEÓMETRA “PER LAVORO
Em Luigi Ghirri, cada fotografia inaugura o seu próprio género, sem que isto seja necessariamente virtuoso. Poderá daqui alimentar-se a ideia inopinada de uma tanta impaciência do olhar, de uma leveza de critério, ou de um diletantismo, o que é rematadamente enviesado e injusto. Ghirri ficciona. O certo é que o autor, ele mesmo, reconhece em textos ensaísticos que produziu a incapacidade de encontrar um termo, um fim, um limite para o que se lhe era dado fotografar.
LER MAIS


OPINIÃO

MIRIAN TAVARES


TERRITÓRIOS INVISÍVEIS – EXPOSIÇÃO DE MANUEL BAPTISTA
O território pintado ou desenhado é mais evidente porque se torna visível. Os territórios de Manuel Baptista, ao contrário, negam a visibilidade e o reconhecimento imediato ao público. Somos confrontados com linhas, curvas, sombras e espaços vazios que podem ser traduzidos como linhas, curvas, espaço vazios – por quem não tem a capacidade de acompanhar o rasto do gesto do artista que fica impresso no papel. Os territórios estão lá. Talvez apenas um território, o Algarve, ou muitos territórios que não são representações de espaços reais, mas visões do artista.
LER MAIS

ARQUITETURA E DESIGN

MADALENA FOLGADO


ESCUTAR, UMA VEZ MAIS, GRÂNDOLA — OPERAÇÃO SAAL DE VALE PEREIRO
Ao sair da Estação no sentido da Avenida, limite de um dos núcleos do Bairro SAAL, deparo-me com um enorme estaleiro de obras. Olho para o céu, não tanto por contemplação, como quem procura um auspício, a saber, por observação do movimento dos pássaros, como nos rituais inaugurais da Grécia e Roma antigas; antes, por instinto primário de sobrevivência. Embora num dia de muito calor, o céu está encoberto, particularmente tenso. Uma cegonha atravessa-o naquele instante. De imediato, ainda no Largo da Estação, deparo-me com a Pensão Fim do Mundo. Lembro-me de Mark Fisher e da ‘sua’ questão, a propósito do Realismo Capitalista: É mais fácil imaginar o fim do mundo que o fim do capitalismo? — Diante da impossibilidade de imaginar alto, parece-me auspicioso que o Fim do Mundo esteja em obras. 
LER MAIS

ARTES PERFORMATIVAS

EUNICE TUDELA DE AZEVEDO E PEDRO CARRACA


FEIOS, PORCOS E MAUS: UMA CONVERSA SOBRE A FAMÍLIA
Fomos ao Teatro da Politécnica falar com Pedro Carraca, o encenador de A Omissão da Família Coleman, que nos falou sobre a família, no geral, e sobre os Coleman em particular, mas também sobre a construção do espectáculo no contexto de um seminário e as expectativas da companhia em relação a um teatro que possam reclamar como seu e onde possam trabalhar com a estabilidade que merecem. Falou-se, ainda, sobre os desafios que se avizinham, e para os quais, assegurou-nos, se sentem completamente preparados.
LER MAIS






PREVIEW

ARCOlisboa 2023 - Feira Internacional de Arte Contemporânea | 25 a 28 Maio, Cordoaria Nacional, Lisboa


Ponto de encontro de colecionadores, proprietários de galerias, artistas e profissionais de todo o mundo.
LER MAIS

EXPOSIÇÕES ATUAIS

ALLORA & CALZADILLA

ENTELECHY


Museu de Serralves - Museu de Arte Contemporânea, Porto

Os artistas vivem em San Juan, Porto Rico, onde colaboram, desde 1995, numa prática experimental e multidisciplinar sustentada no cruzamento entre escultura, som, vídeo, fotografia e performance. É a partir daí que intersetam e abordam criticamente a simbiose entre história, geopolítica, sobretudo relativa ao pós-colonialismo, ecologia e cultura.
LER MAIS CONSTANÇA BABO

XANA

A PASSAGEM


Galeria TREM, Faro
A Passagem é um título ambíguo que nos faz perguntar: passagem para onde? Cada um dos desenhos, agrupados por recorrências formais, ou organizados como núcleos sintáticos, fazem-nos entrever uma passagem para além da planura do papel. Um arco, um portal, um buraco na rede de linhas entrelaçadas, um espaço fora.
LER MAIS MIRIAN TAVARES

JOSÉ PEDRO CROFT

ET SIC IN INFINITUM


Museu Arpad Szenes - Vieira da Silva, Lisboa
Em Et sic in infinitum, de José Pedro Croft, o artista visita a possibilidade de questionar a obra do físico e matemático inglês Robert Fludd, autor do século XVII, através da apropriação da citação inscrita em cada lado do desenho do “quadrado” negro, cuja forma se apresenta ligeiramente distorcida e irregular, revelando-se, desta forma, como um enigma – “Et sic in infinitum (E assim até ao infinito)”. Esta imagem de Fludd simboliza o infinito, sendo vista, por isso, como a matéria-prima, a matéria-negra, o vazio, o início de toda a criação.
LER MAIS JOANA CONSIGLIERI

PEDRO VALDEZ CARDOSO

PAGAN DAYS


NO NO, Lisboa
Em Pagan Days, de Pedro Valdez Cardoso, o espectador mergulha numa encruzilhada do mundo alternativo contemporâneo, o paganismo. Percepcionamos uma outra visão antropológica, em que o artista questiona o ser na contemporaneidade. O ser, o não-ser, o humano e o não-humano, sociedade e natureza, cultura e ecologia, deambulamos pelo passado, mas, interrogamos sobre o presente.
LER MAIS JOANA CONSIGLIERI

ERNEST COLE

HOUSE OF BONDAGE


Foam Photography Museum, Amesterdão
Nascido Ernest Levi Tsoloane Kole em 1940 perto de Pretória, conseguiu alterar o seu nome para Ernest Cole, nome com conotações mais inglesas e menos bantus, e fazer-se classificar mestiço (“coloured”) em vez de "Negro". À força de tenacidade, e graças a mentores (três jornalistas estrangeiros brancos), tornou-se fotojornalista independente, e as suas fotografias menos virulentas foram publicadas em alguns jornais sul-africanos progressistas. Em 1967, nos Estados Unidos da América, publicou House of Bondage, uma recolha das suas fotografias sobre o apartheid, recentemente reeditada.
LER MAIS MARC LENOT

JOÃO JACINTO

BAIXO ELÉTRICO


Galeria 111, Lisboa
Os movimentos da mão, realizados pelo artista, sobre a superfície húmida (e branca) do papel, descrevem lastros e pontículos, pulsações que respeitam o tempo na cadência dos intervalos, dos silêncios entre esses mesmos vestígios. Pontuações crepusculares esboroadas convertem-me, e conduzem a uma ideia do desenho, ou de pintura, assente no indizível, no que só pode ser descrito através da matéria, da propriedade perecível e plástica dos materiais.
LER MAIS CARLA CARBONE

TIAGO MADALENO

SALA DE FUMO


Museu Guerra Junqueiro, Porto
Tiago Madaleno formula os seus próprios jogos visuais concertados em palavra-imagem e texto-imagem. Tal porque nem sempre seguem o convencionalismo retilíneo que proporcione ao observador/leitor um exercício de leitura tangível. E, neste seguimento, importa focar a organização da palavra e do texto, na forma como potenciam experiências visuais e espaciais que criam desafios entre forma e conteúdo, grafia e sonoridade.
LER MAIS SANDRA SILVA