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ENTREVISTA



ALICE DOS REIS


Alice dos Reis, nascida em 1995, em Lisboa, é artista visual e cineasta. Em 2019, foi vencedora do Prémio Novo Banco Revelação para jovens artistas e, em 2018, recebeu o Prémio VISIO Young Talent Acquisition. Foi também bolseira da Fundação Botin no âmbito das Artes Visuais (2022-2023) e, anteriormente, recebeu a bolsa Mondriaan Fonds Stipend for Young Artists (2020-2021). A sua prática explora encontros entre corpos, paisagens e crenças através de estratégias narrativas, tais como biografia, ficção e mito. Alice é atraída pela fluidez da ficção científica e da poesia, trabalha principalmente com cinema, mas também se dedica à escrita, escultura e têxteis.
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O ESTADO DA ARTE



LEONOR VEIGA


RENCONTRES D’ARLES 2025: ENCONTRO COM O SUL GLOBAL
Todos os anos, o Rencontres d’Arles – o festival que começou em 1970, quando a fotografia foi reconsiderada, reavaliada, e desde então consagrada um meio artístico – impõe-se como o certame mais antigo do mundo deste medium, fazendo dele protagonista e simultaneamente influenciador das tendências da fotografia contemporânea. No entanto, o festival mostra sempre fotografia moderna, alicerçando a sua importância através de retrospectivas de grandes mestres e ícones da fotografia. Em 2025, destacam-se as exposições da vida e obra do americano Louis Stettner (1922-2016), da italiana Letizia Battaglia (1935-2022) e do ícone de moda Yves Saint Laurent (1936-2008).
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PERSPETIVA ATUAL

CRISTINA FILIPE


WARWICK FREEMAN. HOOK HAND HEART STAR
A exposição retrospetiva, Hook Hand Heart Star, na Pinakothek der Moderne, em Munique, apresentou a trajetória da obra de Warwick Freeman (Nelson, Nova Zelândia, 1953). Ao longo de cinco décadas, o joalheiro neozelandês criou um léxico de símbolos: desde o simbolismo cultural do gancho e da estrela até ao coração redesenhado na escória vulcânica da ilha de Rangitoto. Quando usadas, as suas joias comunicam algo sobre quem somos e como vivemos. Ao longo da sua carreira, Freeman nunca se cansou de explorar o que significa fazer joalharia em Aotearoa Nova Zelândia.
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OPINIÃO

CONSTANÇA BABO


WOLFGANG TILLMANS: O SENSÃVEL DO FOTOGRÃFICO. A ÚLTIMA EXPOSIÇÃO DO CENTRE GEORGES POMPIDOU
Wolfgang Tillmans é reconhecido por uma distinta e sensível abordagem tanto aos universos do íntimo e do privado, quanto a problemáticas culturais e sociais. Recorre, sobretudo, à prática fotográfica, mas também ao vídeo e, mais recentemente, a outros processos digitais. Assim, a sua obra abrange diferentes tipos de imagens, as quais ora nos confrontam com o real, ora instigam o nosso imaginário. Com um certo imediatismo, na medida em que inúmeras fotografias resultam da captura de ocasiões e instantes, o trabalho do artista é dotado de uma profunda autenticidade, refletindo a condição humana e a sua vulnerabilidade.
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ARQUITETURA E DESIGN

JOÃO ALMEIDA E SILVA


AALTO — ONDE ALVAR ENCONTRA ÃLVARO
Em Portugal, é difícil não pensar em Alvar Aalto (1898–1976) como uma das grandes referências da arquitectura moderna — e, em particular, como uma das influências mais profundas sobre um dos maiores arquitectos portugueses de todos os tempos: Ãlvaro Siza. A visita a esta mostra constitui uma excelente oportunidade para ver projectos e materiais inéditos da obra dos Aalto e, ao mesmo tempo, confrontá-los com um edifício projectado por um dos seus assumidos discípulos. Conta-se que, ainda jovem, Siza recebeu de Carlos Ramos — seu mestre na Escola de Belas-Artes do Porto — o conselho de comprar algumas revistas de arquitectura. Entre as quatro que adquiriu, uma era inteiramente dedicada a Alvar Aalto – L’Architecture d’Aujourd’hui, Aalto, Paris, n.º 29 (1950). Esse “encontro†fortuito acabaria por marcar, de forma silenciosa mas duradoura, o seu percurso.
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ARTES PERFORMATIVAS

VICTOR PINTO DA FONSECA


PARTE IV/5: MAIS UMA VEZ, REPENSAR A ARTE
Pode à primeira vista parecer estranho associar o método científico e as artes, mas, entrever um sistema de pensamento que inclua uma visão fundamental sobre a natureza, para transformar a compreensão e a apreciação da arte, poderá estar em função das regras da lógica matemática — por que outro fio condutor é que devemos então pensar o essencial da criação, a natureza da arte, se não por um fio condutor da matemática? Há algo + nisto: é a gramática de todo o funcionamento da arte que devemos aceitar mudar de questões materiais e formais para ser estudada como um ser-complexo matemático. A arte precisa da matemática lá “onde as perplexidades são maioresâ€, pensei. Assim, qualquer clareado da natureza da arte tem de começar por caminhos nunca antes percorridos, extremamente diferentes.
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:: XXIV Bienal Internacional de Arte de Cerveira: concurso internacional aberto com 50 mil euros em prémios aquisição

:: Open Call da 1ª Edição dos Prémios Manuel Cargaleiro

:: Notre Feu traz ao MAAT memórias da emigração portuguesa



PREVIEW

1ª Parte do Ciclo Cinema Experimental Português: O Cinema dos Artistas, Anos 60 e 70 | 5 a 27 de Novembro, Cinemateca Portuguesa


Este será o mais exaustivo programa sobre a obra de um conjunto de artistas que, nos anos 60 e 70, expandiram a sua prática ao cinema, prosseguindo neste novo meio experiências que vinham a desenvolver em áreas como a pintura, a escultura, a performance, o desenho ou a fotografia.
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EXPOSIÇÕES ATUAIS

ALEXANDRA BIRCKEN

SOMASEMASOMA


Culturgest, Lisboa

Há na exposição um diálogo e uma dissolução constante entre o corpo e a veste, o interior e o exterior, o natural e o fabricado. O eventual rasgo ao meio de determinada obra, expondo a sua maquinaria interna, é expressivo dessa dissolução. Bem como as pedras plastificadas que se dispersam entre as salas. Outras vezes tecidos lado a lado, dos pólos anteriormente opostos, emergem esculturas por meio dessa inflexão mútua, compondo um espaço de estranha assemblage. Novas configurações emergem de uma escolha de materiais e alegorias, escolha esta que confere ao espectador espaço ao mesmo tempo para a o estranhamento, a sugestão e o reconhecimento.
LER MAIS MARIANA VARELA

ROSÂNGELA RENNÓ

COISAS VIVAS [E O DESLETRAMENTO PELA PEDRA]


Cristina Guerra Contemporary Art, Lisboa
A pedra, na sua mudez, fala tanto que se alonga. As pedras e as rochas guardam qualquer segredo da terra. Os monumentos, por sua vez, guardam a história da história. São o registro das coisas de longa duração. Na exposição Coisas Vivas [e o Desletramento Pela Pedra], esses interesses se reúnem em um conjunto fotográfico e visual que tem a pedra como elemento principal. Mas a pedra, como eu dizia, não é a pedra enquanto elemento. Da pedra só resta, aqui, a sua temporalidade tão longa, a sua permanência e resistência no tempo, diferente de outros elementos mais voláteis.
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JOÃO PIMENTA GOMES

DOIS STEREOS


Galerias Municipais - Galeria da Boavista, Lisboa
O título da mostra já expressa as questões que nos confrontam ao adentrar a Galeria da Boavista: os duplos, a imaginação do espaço, o aspecto sônico enquanto condutor da percepção espaço-temporal. “Dois Stereos†inclui a ideia de duplicação, entretanto é, também, um nome meta-semântico, uma vez que o próprio som estereofônico é um sistema binário: dois “estéreos†são, na verdade, quatro saídas de som. A multiplicação implícita no título indica o procedimento que apresentará as muitas outras camadas sensíveis emergentes no percurso expográfico.
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JULIANA CAMPOS / PAISAGEM-FUGA

BÃRBARA FADEN / MAGNÓLIA


Mais Silva Gallery, Porto
A Galeria Mais Silva apresenta duas exposições e duas artistas: Magnólia, Bárbara Faden, e Paisagem-Fuga, de Juliana Campos. São mostras independentes (cada uma com direito à sua entrada pela rua), mas nem por isso a apresentação aparenta ignorar as relações - afinidades e diferenças - que podem existir entre elas. Encontro-me, portanto, nesse espaço intermédio, imóvel, tomada pela indecisão de começar primeiro por uma e não pela outra. Logo tento encontrar o que têm em comum as imagens que vejo, mesmo que tal surja por defeito da proximidade: existe um fundo científico onde se encontram para, de lá, divergirem.
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JOÃO PENALVA

JOÃO PENALVA


Galeria Francisco Fino, Lisboa
Em 1972, em Londres, João Penalva estudava ballet na London Contemporary Dance School. Trabalharia a partir do ano seguinte com Pina Bausch, mas voltaria à capital inglesa, quatro anos depois, para estudar pintura, até 1981. Mostraria os seus trabalhos pela primeira vez, pouco depois, no Porto. Mais de quarenta anos depois, a exposição que apresenta na Galeria Francisco Fino, sem título, é composta por imagens fúmidas.
LER MAIS MIGUEL PINTO

COLECTIVA

VASOS COMUNICANTES II, INVENTAR SINAIS | REVER OLHARES


Fundação Gramaxo, Maia
Nem a escrita pode delimitar um campo exclusivo de intencionalidade ao arredio das forças penetrantes do exterior, nem a pintura pode estar a salvo de interpenetrações de agentes extra-visuais que por lá possam assentar estadia. Pinturas de escrita como escritas de pintura, não se apoucam nem se reduzem a uma estranha excrescência do foro conceptual contemporâneo, antes, desdobram polivalências e multiplicidades de permutas inusitadas, de dilatações, extensões, confusões positivas de signos e sinais que se espacializam em campos nómadas de representação. Vasos Comunicantes II, com curadoria e visão de Maria de Fátima Lambert, traz até à Fundação Gramaxo, uma intencionalidade de perturbação e conturbação dos campos delimitados da escrita e pintura.
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RUI CHAFES

ACREDITO EM TUDO


Galeria Filomena Soares, Lisboa
Nestas peças revestidas a negro, Chafes intensifica um processo de crescente desmaterialização volumétrica da escultura, retirando-lhe a carga densa, opaca, severa da gravidade inexorável do ferro, implicando nela uma certa estruturação em desequilíbrio que ressalta condições impressionantes de movimentação e oscilação impressas pela hábil modulação dos elementos tremulantes ancorados ao longo de um eixo vertical. Há de certo modo uma ambivalência entre os registos de densidade e leveza na construção desta série de 23 peças, coexistindo com uma irrefutável presença antropomórfica conferida pelas escalas e respectivos posicionamentos das peças em exposição.
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