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DESFILE DE 100 ESCULTURAS DE ELEFANTES INDIANOS FAZ ENTRADA EM NOVA IORQUE

2024-09-11




Uma manada de elefantes entrou em Nova Iorque, no que está a ser aclamado como a maior instalação de arte pública ao ar livre na cidade desde “The Gatesâ€, de Christo e Jeanne-Claude, em 2005.

Intitulada “A Grande Migração de Elefantesâ€, o projeto apresenta 100 esculturas em tamanho real de elefantes indianos criados nos últimos cinco anos pela Coexistência Colectiva, uma equipa de 200 artesãos indígenas da Reserva Bishephere da Nilgiri, no sul da Ãndia.

A exposição itinerante está a angariar dinheiro para 22 organizações não governamentais de conservação em parceria, ou ONG dedicadas a poupar não só os elefantes, mas também a vários tipos de vida selvagem. Cada paragem do passeio também beneficiará uma organização sem fins lucrativos local. Em Nova Iorque, este é o Wild Bird Fund.

Tem o apoio de apoiantes de celebridades, incluindo Cher, Padma Lakshmi, Susan Sarandon, Waris Ahluwalia e Diane von Furstenberg, bem como Ann Philbin, diretora do Museu de Hammer da Universidade da Califórnia, Los Angeles, e a artista Joana Vasconcelos. (Num aceno à estrutura familiar dos elefantes, o grupo em grande parte feminino é chamado de Matriarcado.)

O projeto de arte pública é uma ideia de Ruth Ganesh, uma ativista britânica dos direitos dos animais. Ela cofundou o coletivo, que faz parte da organização sem fins lucrativos do Real Elephant Collective, com Tarsh Thekaekara, investigador e cientista de elefantes que vive na Ãndia.

Foi ideia dele fazer a manada escultural a partir de uma erva invasiva conhecida como lantana camara, que ameaça espécies nativas e os seus habitats em toda a Ãndia, ultrapassando as florestas e expulsando os animais das suas casas. A planta espalhou-se por florestas e reservas protegidas da Ãndia.

Isto significa que o projeto está, na verdade, a combater diretamente a ameaça de uma espécie invasora, ao mesmo tempo que angaria dinheiro e sensibilização para as questões ambientais. O coletivo não está apenas a usar o lantana como material esculpido; está também a converter toneladas dele em biochar, um carbono negro produzido a partir de resíduos agrícolas ricos em nutrientes. O biochar é então enterrado para melhorar o solo na Ãndia.

Os elefantes estão à venda, com os artesãos a criarem continuamente novos membros – cada um demora três meses. Um elefante bebé com um metro e meio de altura custa 8.000 dólares, adultos com presas 22.000 dólares.

Os organizadores já venderam mais de 100 e angariaram mais de 1 milhão de dólares. O objetivo é vender 1.000 elefantes, para angariar 10 milhões de dólares no total. (A exposição custou 2 milhões de dólares, com patrocinadores corporativos, incluindo a casa de moda indiana Sabyasachi.)

Cada escultura é desenhada pela esposa de Thekaekara, Shubhra Nayar, e baseia-se e tem o nome de um elefante individual real, vivendo hoje em Nilgiri Hills reserva da biosfera.

o nome de um elefante individual e baseado no nome que vive hoje em Nilgiri Hills da reserva de biosfera.

O projeto apareceu pela primeira vez em Kochi, na Ãndia, durante a Bienal de Kochi em 2019, e em Londres, em 2021. A digressão começou a sério este ano no Lalbagh Botanical Garden, em Bangalore, na Ãndia.

A próxima paragem será em Miami Beach em dezembro, mesmo a tempo da Art Basel Miami Beach. O itinerário continua no próximo ano com a Blackfeet Nation em Browning, Montana, em maio; Jackson Hole, Wyoming, em junho; e Los Angeles em julho. O passeio, que espera adicionar paragens no Parque Nacional Glacier de Houston e Montana, é organizado pelo grupo de conservação Elephant Family USA.

Em Nova Iorque, “Migração†será acompanhada por duas exposições adicionais de elefantes, pelo artista Hadi Falapishi, na 82 Gansevoort Street, no final deste mês, e pelo fotógrafo Michael Turek na 423 West 14th Street, de 18 a 20 de outubro.


Fonte: Artnet News