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CENTRO DE ARTE MODERNA DA GULBENKIAN REABRE DOMINGO

2024-09-16




O Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, reabre domingo com uma festa de dois dias de entrada livre, que inclui performances, concertos, conversas e exposições, às quais o acesso gratuito se mantém até 07 de outubro.

De acordo com a diretora-adjunta do Centro de Arte Moderna (CAM), Ana Botella, a festa acontece nos dias 21 e 22 de setembro, "por todo o edifício e o jardim, sobretudo na Engawa".

A Engawa - um espaço de passagem, interior e exterior, encontrado habitualmente nas casas tradicionais japonesas - é um elemento central na remodelação do CAM, um projeto do arquiteto japonês Kengo Kuma, enquadrado pelo novo jardim desenhado pelo paisagista libanês Vladimir Djurovic.

A festa começa, em 21 de setembro, com uma conversa entre o diretor do CAM, Benjamin Weil, e o arquiteto Kengo Kuma, responsável pelo projeto do novo CAM, "que aborda a ideia de Engawa e culmina, nesse dia, com uma festa de três momentos, organizada com o icónico coletivo musical Filho Único",

"Queremos começar este capítulo a dançar, juntos, na Engawa", disse.

O segundo dia de festa, 22 de setembro, "centra-se no regresso da Temporada Japonesa, que se estende até 2025 com propostas arrojadas que vêm pela primeira vez a Portugal". "E fechamos o fim de semana com um concerto na exposição de Leonor Antunes, da lendária compositora Éliane Radigue", revelou Ana Botella, acrescentando que, ao longo dos dois dias, haverá também atividades para crianças e famílias.

Os artistas, nacionais e internacionais, que irão apresentar-se ao longo dos dois dias são "de diferentes contextos e disciplinas".

A nível local, o CAM trabalha "ativamente com todo o ecossistema - instituições artísticas de todas as escalas, festivais, universidade e escolas, organizações cívicas", já a nível internacional, a equipa está "em diálogo com outras instituições, para criar pontes entre os discursos globais e o contexto local".

"Durante o primeiro ano estamos a coproduzir exposições com o Barbican Centre, de Londres, La Casa Encendida, de Madrid, o Instituto Valenciano de Arte Moderna, em Valência, o Thyssen-Bornemisza, de Madrid e de Veneza", deu como exemplos Ana Botella, recordando que, em novembro, o CAM colhe a conferência anual do World Art Foundations, que irá juntar "mais de 200 delegados das principais organizações artísticas internacionais para discutir, coletivamente, as questões mais prementes do setor".

"Partilhar a vitalidade da cena artística de Lisboa será uma parte fundamental da nossa agenda", disse.