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ESCALADA DA PIRÂMIDE DE GIZÉ DE UM CÃO VADIO TORNA-SE VIRAL

2024-10-24




Um vídeo de um cão vadio a escalar uma das pirâmides de Gizé, no Egito, tornou-se viral na internet. O que começou como uma visão surpreendente para os parapentes que sobrevoam a Pirâmide de Quéfren, com 4500 anos, rapidamente se tornou uma sensação online. O vídeo, partilhado por um dos parapentes, mostra o cão a correr para a frente e para trás no topo do antigo monumento de 137 metros de altura. Para além do seu humor comovente, o vídeo também levanta sérias preocupações sobre a proteção de um dos locais patrimoniais mais apreciados do mundo.

Todos os anos, mais de 14 milhões de pessoas visitam as Pirâmides de Gizé, Património Mundial da UNESCO. Construídas como monumentos para albergar os túmulos dos faraós, as pirâmides são igualmente monumentos de valor cultural, histórico e arquitetónico. Ao longo dos séculos, as pirâmides sobreviveram a muitos desafios ambientais, desde a erosão às tempestades de areia, com o clima rigoroso do deserto do Saara a fazer já com que a pirâmide encolhesse 9 metros em relação à sua altura original. No entanto, a presença de animais vadios, especialmente cães, introduz um novo conjunto de preocupações.

Os cães vadios são uma visão comum no Egito, com centenas a vaguear alegadamente perto da base das pirâmides. O vídeo do cão vadio no topo de uma das pirâmides levanta questões importantes sobre a vulnerabilidade dos monumentos antigos à vida selvagem e à perturbação humana, uma vez que mesmo danos menores podem ter consequências a longo prazo.

Embora as autoridades egípcias ainda não tenham feito comentários, o incidente destaca desafios mais amplos na salvaguarda destes locais antigos. O acesso humano às pirâmides é estritamente regulamentado e a escalada das pirâmides é ilegal desde a década de 1980. No entanto, existem claramente lacunas na prevenção de visitantes não humanos e o vídeo serve como um lembrete de que preservar o património cultural é uma tarefa complexa.

Alguns utilizadores das redes sociais estabeleceram paralelos entre o cão e Anúbis, o antigo deus egípcio frequentemente representado com cabeça de chacal. Como deus da vida após a morte e protetor dos túmulos, acreditava-se que Anúbis cuidava dos falecidos, uma ligação adequada para o cão que vagueava no topo das pirâmides.


Fonte: Artnet News