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PORTO RECEBE 1ª BIENAL DE DESIGN A PARTIR DESTA SEMANA2019-09-18Porto Design Biennale terá a semana inaugural entre 19 e 28 de Setembro e prolonga-se até ao dia 8 de Dezembro. Programação procura questionar o design enquanto prática, mais do que simplesmente expôr aquilo que tem sido feito. Anunciada em Maio de 2017 no European Design Festival está, por fim, a chegar a 1ª edição da Bienal de Design do Porto. Com curadoria-geral de José Bártolo, esta primeira Porto Design Biennale (PDB) procura mapear os projectos e processos de trabalho dos millennials, a geração que chega ao mercado profissional num quadro geral de mudança acelerada e de grandes tensões a nível global. Como se pode ler no texto curatorial escrito por José Bártolo – curador e designer com uma alargada experiência e conhecimento sobre o design nacional –, a PDB terá como objectivo contextualizar e debater o papel desta prática em resposta às tensões que as duas primeiras décadas do novo milénio trouxeram, para além da promoção da cultura do design. DE SETEMBRO A DEZEMBRO O evento terá a semana inaugural entre 19 e 28 de Setembro e prolonga-se até ao dia 8 de Dezembro, desmultiplicando-se por vários espaços das cidades do Porto e Matosinhos. A programação vasta que procura questionar o design enquanto prática, mais do que simplesmente expôr aquilo que tem sido feito, é subordinada ao tema “Post Millenium Tension”, e divide-se em três grandes grupos temáticos – Present Tense, Design and Democracy e Design Forum –, que englobando a programação deixa o mote para a reflexão. Present Tense centra-se no design português e internacional do novo milénio, procurando levar a cabo um levantamento de uma prática profissional multiforme. Design Forum parte da tematização e problematização do tema central da Porto Design Biennale. Trata-se de tecer um mapa crítico das tensões pós-milénio e de reflectir, por um lado, as especificidades da caraterização disciplinar e, por outro, linhas atuantes de interseção, conflito, confluência ou consequência entre design, outras áreas disciplinares e aspetos políticos, financeiros, tecnológicos e culturais. Design and Democracy coloca o enfoque no contexto político do design e, sobretudo, numa reflexão sobre possíveis modos de relacionamento entre estes dois eixos. ITÁLIA É PAÍS CONVIDADO Para além do eixo central de programação, a PDB contará ainda com a presença de um país convidado, neste caso Itália. Territorio Italia, com curadoria de Maria Milano, será o eixo de programação em torno do país convidado, apresentando, através de três exposições e uma conferência, uma nova prática do design italiano, indissociável do contexto de tensão e mudança sócio-política que afecta o território e é sintomático das tensões globais que marcam a Europa. O festival terá ainda uma componente pedagógica articulada através do Projecto Escolas, no âmbito do qual as instituições de ensino de design nacionais apresentam as suas visões e trabalhos, e uma programação paralela num circuito denominado Satélites, que dará espaço a projectos alternativos, entre eles 10 selecionados em open call. A programação é extensa e completa, e não dispensa a consulta do site e das brochuras informativas do evento; na semana de inauguração destaca-se a abertura da exposição Millenials – Design do Novo Milénio, uma mostra de trabalhos de design criados pela nova geração; Que Força É Essa, que dá a ver o espólio de cartazes artesanais do arquivo Ephemera de José Pacheco Pereira; e A Força da Forma, uma exposição-ensaio sobre publicações onde, através de pequenas histórias das formas, dos formatos e das formalidades, se mostram algumas das identidades que o design português assumiu ao longo do tempo. Fonte: Shifter |