PAULO LISBOAUm esqueleto entra no bar...FUNDAÇÃO LEAL RIOS Rua do Centro Cultural, 17-B 1700-106 LISBOA 03 DEZ - 19 MAR 2021 INAUGURAÇÃO. 3 de Dezembro, 14-19h Um esqueleto entra no bar... Paulo Lisboa "Imagens que consistem em nada mais que luz manipulada, de inexorável perfeição, a metáfora mais antiga de todas – dia e noite, bem e mal, a luz como Ser e escuridão como não-Ser – o mesmo em complexidade crescente, mas o que é que isso interessa?" (...) "O antigo filósofo Demócrito, que ainda é lembrado pelo seu atomismo austero, (uma espécie de física quântica prototípica), também era conhecido pela sua gargalhada persistente perante o absurdo de pensarmos que sabemos seja o que for. Não existe nada além de átomos e vazio, escreveu. O resto é opinião." (...) In Um esqueleto entra no bar..., Alan Fishbone, 2020 Com uma grande economia de operações e também num espaço medial bastante preciso, a obra de Paulo Lisboa experimenta, com sistematicidade e rigor, um conjunto de ambiguidades e de oscilações em torno do desenho, ambiguidades que vão da absoluta ausência de imagem ao simulacro, da mancha à linha, de uma espacialidade etérea à presença saturada da matéria. Estas oscilações e ambiguidades mantêm a sua obra numa zona inquietante de mistério, mas também, ao mesmo tempo, num território laboratorial, marcado por uma experimentação muito consistente e por um grande disciplinamento do gesto artístico. A sua obra não obedece a um programa medial, mas as suas operações, ou modos de fazer arte, não abandonam uma meditação da matéria e do gesto, pelos quais toda a experiência cultural se constitui. A materialidade surge decomposta e resintetizada nos seus desenhos a traço, como a antevisão de uma nova idade da pedra (filosofal) ou do design da própria natureza, para o qual nos encaminhamos. Paralelamente, a manipulação de velhas máquinas modernas da imagem e da sua fantasmagoria da luz, é convertida em congeminação mecânica do seu próprio desenho. Em cada traço da obra de Paulo Lisboa é retraçado o mistério da relação entre o gesto, a matéria e o pensamento. UMA LULIK__, 2020 ::: Paulo Lisboa nasceu em Lisboa, Portugal, em 1977. Estudou Artes Plásticas – Pintura, na Escola Superior de Tecnologias | Instituto Politécnico de Tomar e frequentou o mestrado em Desenho na Faculdade de Belas-Artes de Lisboa | Universidade de Lisboa. Apresentou as exposições individuais Imagines Plumbi, Galeria Graça Brandão (2018), Lisboa, Portugal; Secção, Casa Museu Medeiros e Almeida (2016), Lisboa, Portugal; Plasma, Galeria Graça Brandão (2016), Lisboa, Portugal; Phosphora, Galeria Graça Brandão (2015), Lisboa, Portugal e Plateau, Sala Bébé, (2010), Lisboa, Portugal. Entre as exposições colectivas em que participou, destacam-se Anuário – Uma visão retrospectiva de arte no Porto, Galeria Municipal do Porto (2019), Porto, Portugal; Muitas vezes marquei encontro comigo próprio no ponto zero, com curadoria de Marta Rema , Atelier – Museu Júlio Pomar (2019); Portugal, Portugueses, Museu Afro Brasil (2016), São Paulo , Brasil; In Absentia, com curadoria de Marta Jecu, Galeria Graça Brandão (2015), Lisboa, Portugal; A Rainha Vermelha, com curadoria de Marko Stamenkovic (2013), Ghent, Bélgica; Straight ahead and then turn, Espaço Avenida (2011), Lisboa, Portugal; O movimento das coisas / Coisas em movimento, M.I.M.O. – Museu da Imagem em Movimento (2011), Leiria, Portugal; VLTRA TRAJECTVM, Expodium (2011), Utrecht, Holanda; Hotchpotch, LxFactory (2010). |