O seguinte guia de exposições é uma perspectiva prévia compilada pela ARTECAPITAL, antecipando as mostras. Envie-nos informação (Press-Release e imagem) das próximas inaugurações. Seleccionamos três exposições periodicamente, divulgando-as junto dos nossos leitores.
TIAGO BAPTISTA
O único espectáculo é o da espera
3 + 1 ARTE CONTEMPORÂNEA
Largo Hintze Ribeiro 2E-F
1250 – 122 LISBOA, PORTUGAL
14 JAN - 05 MAR 2022
Inauguração: 14 de Janeiro, das 14h às 20h, na galeria 3+1, em Lisboa
O único espectáculo é o da espera
A 3 + 1 Arte Contemporânea tem o prazer de apresentar O único espectáculo é o da espera, exposição individual de Tiago Baptista (n. 1986, Leiria). O trabalho de Tiago Baptista reflecte as relações estabelecidas entre aquele que pinta, aquele que olha, e o momento da pintura e o que ela apresenta. Perante o problema que é habitar um mundo carregado de significação, a obra de Tiago Baptista vive de uma tensão existente entre o momento da pintura, as figuras e formas representadas, mas também a linguagem e o sentido; uma tensão alimentada pelo silêncio, capaz de olhar sem excesso. Diante dela, somos convidados a olhar zonas de sombra, nascidas da tentativa de dar corpo a esse pacto revelado mudo - uma espécie de fé no visível. Em O único espectáculo é o da espera, é apresentado um conjunto de pinturas nas quais a desaceleração implicada no acto de pintar, desperta o corpo de figuras animais para as quais o tempo, e a sua extensão, são matérias elementares. A distância que separa o entendimento humano do modo de existir de outras espécies, é também o que afasta o humano de modalidades de conhecer e saber essenciais, qualquer coisa que em pintura passa por acolher o imponderável, e que nesta exposição, o artista aproxima de uma linguagem na qual as palavras são para ser vistas. Aqui é proposto que se conciliem línguas durante o tempo vital, no qual, desequilibrado, o tempo pode ser uma sombra com medidas tangíveis, as quais somos convidados a ver, na espera.
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Tiago Baptista (1986, Leiria, Portugal) vive e trabalha em Lisboa. Estudou Artes Plásticas na Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha. A sua pintura é, “num primeiro deslumbre (...) como uma sequência de paisagens que nos confronta com imagens que detêm uma forte componente cinematográfica, no sentido em que cada pintura é como um momento de uma narrativa que se encontra num espectro de outras narrativas” (João Silvério, 2017).