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O seguinte guia de exposições é uma perspectiva prévia compilada pela ARTECAPITAL, antecipando as mostras. Envie-nos informação (Press-Release e imagem) das próximas inaugurações. Seleccionamos três exposições periodicamente, divulgando-as junto dos nossos leitores.

 


RUI SANCHES

São Dinis de Paris?




GALERIA DA CASA A. MOLDER
Rua 1º de Dezembro nº 101- 3º andar
1249-970 LISBOA

11 MAI - 08 JUL 2023


INAUGURAÇÃO: 11 de Maio das 15h30 às 18h30 na Galeria da Casa A. Molder, Lisboa


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Rui Sanches (1954) é o artista da quarta exposição da segunda parte do projecto da Galeria da Casa A. Molder.
“São Dinis de Paris?” é o título da instalação que dá o nome à exposição e que o artista concebeu para este espaço.
Entramos na galeria. Algo mudou. De um mundo fez-se dois e não sabemos de que lado estamos. Passearemos do outro lado do espelho ou estaremos prestes a entrar no mesmo? Ficaremos presos se passarmos o arco? Teremos coragem de o fazer?
Sim, já a tivemos muitas outras vezes, mas desta vez algo nos diz que podemos perder a cabeça. Do título, São Dinis, o santo mártir padroeiro de Paris, de quem se diz ter percorrido duas milhas com a sua própria cabeça entre as mãos, após ter sido degolado - e a pregar, do Monte dos Mártires (Montmartre) até à sua igreja.

Em “São Dinis de Paris?” a cabeça aparece duplamente, tal como todos os fragmentos transformados em caixas. São de madeira e já não estão vivas, porém não temos nenhuma certeza de que dentro delas não estejam relíquias.
Mas tomemos atenção, há ainda o espelho que de pequeno se transforma num todo envolvente. É este pequeno espelho que nos obriga a ter a coragem para passarmos para o outro lado. Deste e do outro há ainda as janelas. Outrora estavam lado a lado. Agora, fazem um frente-a-frente. Reparem: já não são janelas, mas sim portas. Os seus espelhos vão fazer do nosso corpo fragmentos e provavelmente separar-nos a cabeça do corpo.
Antes de fazermos a passagem para o outro lado, por segurança, podemos espreitar pela longa e esguia caixa. Talvez consigamos ver o outro lado, ou talvez nos vejamos a nós próprios: fragmentados, desorientados, maravilhados.