Links

Subscreva agora a ARTECAPITAL - NEWSLETTER quinzenal para saber as últimas exposições, entrevistas e notícias de arte contemporânea.



ARTECAPITAL RECOMENDA


Outras recomendações:

Bauhaus + Ulm - design e ensino: o impacto da pedagogia no design


COLECTIVA
Reitoria da Universidade de Lisboa, Lisboa

Tributo a Lawrence Weiner: I've Always Loved Jezebel


COLECTIVA
Cristina Guerra Contemporary Art, Lisboa

A Natureza Aborrece o Monstro


Alexandre Estrela
Culturgest, Lisboa

La Terra Contro i Dischi Volanti


João Fonte Santa
Oficina Homem do Saco, Lisboa

RITORNARE


Vasco Araújo
Galeria Francisco Fino, Lisboa

O Chão é Lava!


COLECTIVA
Culturgest (Porto), Porto

Tratado


José M. Rodrigues
Galerias Municipais - Galeria Avenida da Índia, Lisboa

Parque de Diversão


COLECTIVA
Museu Municipal de Faro, Faro

ODD


Luisa Cunha
Lumiar Cité - Maumaus, Lisboa

Madjoni-Djoni – Retratos de Mineiros e Famílias Moçambicanas em África do Sul


Nuno Silas
Rampa, Porto

ARQUIVO:

O seguinte guia de exposições é uma perspectiva prévia compilada pela ARTECAPITAL, antecipando as mostras. Envie-nos informação (Press-Release e imagem) das próximas inaugurações. Seleccionamos três exposições periodicamente, divulgando-as junto dos nossos leitores.

 


RUI SANCHES

São Dinis de Paris?




GALERIA DA CASA A. MOLDER
Rua 1º de Dezembro nº 101- 3º andar
1249-970 LISBOA

11 MAI - 08 JUL 2023


INAUGURAÇÃO: 11 de Maio das 15h30 às 18h30 na Galeria da Casa A. Molder, Lisboa


:::


Rui Sanches (1954) é o artista da quarta exposição da segunda parte do projecto da Galeria da Casa A. Molder.
“São Dinis de Paris?” é o título da instalação que dá o nome à exposição e que o artista concebeu para este espaço.
Entramos na galeria. Algo mudou. De um mundo fez-se dois e não sabemos de que lado estamos. Passearemos do outro lado do espelho ou estaremos prestes a entrar no mesmo? Ficaremos presos se passarmos o arco? Teremos coragem de o fazer?
Sim, já a tivemos muitas outras vezes, mas desta vez algo nos diz que podemos perder a cabeça. Do título, São Dinis, o santo mártir padroeiro de Paris, de quem se diz ter percorrido duas milhas com a sua própria cabeça entre as mãos, após ter sido degolado - e a pregar, do Monte dos Mártires (Montmartre) até à sua igreja.

Em “São Dinis de Paris?” a cabeça aparece duplamente, tal como todos os fragmentos transformados em caixas. São de madeira e já não estão vivas, porém não temos nenhuma certeza de que dentro delas não estejam relíquias.
Mas tomemos atenção, há ainda o espelho que de pequeno se transforma num todo envolvente. É este pequeno espelho que nos obriga a ter a coragem para passarmos para o outro lado. Deste e do outro há ainda as janelas. Outrora estavam lado a lado. Agora, fazem um frente-a-frente. Reparem: já não são janelas, mas sim portas. Os seus espelhos vão fazer do nosso corpo fragmentos e provavelmente separar-nos a cabeça do corpo.
Antes de fazermos a passagem para o outro lado, por segurança, podemos espreitar pela longa e esguia caixa. Talvez consigamos ver o outro lado, ou talvez nos vejamos a nós próprios: fragmentados, desorientados, maravilhados.