O seguinte guia de exposições é uma perspectiva prévia compilada pela ARTECAPITAL, antecipando as mostras. Envie-nos informação (Press-Release e imagem) das próximas inaugurações. Seleccionamos três exposições periodicamente, divulgando-as junto dos nossos leitores.
"Todos estes artistas, nomeados para o prémio Arendt, são titulares de uma forte visão pessoal que vai mais além dos habituais clichés sobre a identidade. Cihan Çakmak, com uma abordagem mais idiossincrática, explora a memória partilhada de uma identidade Curda fraturada, criando situações oníricas que desafiam a fragmentação social vigente e o isolamento vivido pela comunidade. A estética particular de Ulla Deventer, que vai beber tanto à fotografia documental como à arte da instalação contemporânea, vê o corpo como instrumento de poder com vista a desconstruir estereótipos sobre a prostituição. Quanto a Karolina Wojtas, as suas autorrepresentações desconstruídas e perceções fragmentárias do corpo estabelecem novas narrativas que desafiam as noções convencionais de tempo e espaço de um ponto de vista social e relacional. Num estilo diferente, a abordagem de Lívia Melzi consiste em examinar arquivos e representações ligadas à identidade no contexto da sua investigação sobre os mantos de Tupinambá, que eram usados em rituais antropofágicos pelas tribos guerreiras Tupi da costa do Brasil. A questão da identidade cultural está intimamente ligada com elementos autobiográficos no trabalho multimédia de Jojo Gronostay (nascido na Alemanha, com raízes Ganesas). Objetos, imagens de objetos e fragmentos do corpo são descontextualizados e apresentados a uma escala inusitada, brincando com a relação entre colonialismo e capitalismo. De modo geral, as perspetivas de todos estes artistas transmitem um leque de ideias sobre identidade, seja ela individual, familiar, cultural ou territorial."