ISABEL CARVALHOCASTING A SOUNDING VOICE![]() CAAA - CENTRO PARA OS ASSUNTOS DE ARTE E ARQUITECTURA Rua Padre Augusto Borges de Sá 4810-523 GUIMARãES 11 NOV - 13 JAN 2024 ![]() ![]() INAUGURAÇÃO: 11 de Novembro no Centro para os Assuntos da Arte e Arquitectura (CAAA), Guimarães Curadoria: Paula Parente Pinto ::: Casting a Sounding Voice Em Casting a Sounding Voice é explorada a relação entre a voz, o toque e a sua marca visÃvel, com um foco especial na voz humana enquanto integrada na “voz†dos materiais, ou da matéria. O tÃtulo é o elemento central que une muitas das derivações semânticas aqui presentes. Casting a Sounding Voice abrange a voz no seu sentido amplo, como som emitido com o propósito de comunicação ou de estar em contacto, desdobra-se na impressão de som na expressão audÃvel e ao de tradução sonora na moldagem de matrizes a serem fundidas em peças metálicas. A premissa subjacente é revelar como o toque contÃnuo, enquanto forma de contacto que existe em toda a matéria, emite sons, vozes plurais, que variam em termos de perceção, tanto sonora, como visual e tátil. Estas peças podem ser enquadradas numa intenção de “descolonização da audiçãoâ€, como parte de um processo de descolonização cultural — processo que implica a ampliação do nosso re- conhecimento da diversidade sonora e vocal, bem como um ajuste percetivo que permita uma audição particular, muito atenta, consciente e ética. Através deste propósito, questionam-se quais as vozes e quais as sonoridades que foram historicamente subalternizadas e marginalizadas, assim como quem ou o que foi silenciado, e quais, por sua vez, foram as “vozes†autorizadas a ressoar. A escolha do bronze, um material extraÃdo do solo, é simbólica e representa a memória, não apenas da humanidade, mas também da Terra, anterior à presença humana. O bronze foi o material eleito para destacar a herança que recebemos da era da industrialização, na qual a visão mecânica do mundo prevaleceu. Foi nessa visão mecanicista que se alicerçou a exploração mais intensiva dos recursos naturais, dividindo o mundo entre natureza e cultura, com a natureza sendo vista como inerte, passiva e silenciada para servir a cultura humana. O bronze nestas peças não é uma escolha somente estética que poderia passar pela fetichização do seu valor enquanto material nobre, mas também uma representação simbólica desse contexto histórico e da crÃtica à cultura extrativista, que se aplica não apenas à s matérias-primas usadas na energia (quer fóssil, quer dita “limpaâ€), mas também extensÃvel aos nossos corpos num sistema capitalista. PROGRAMA PARALELO 8 e 9 de dezembro CAAA Centro para os Assuntos da Arte e Arquitectura (Guimarães) Sexta-feira, 8.12.2023 15:00H-16:30H VÃDEOS, Duração 90' Mikhail Karikis. Vozes, Comunidades, Ecologias 16:45H-18:00H CONVERSA Rosa Alice Branco, Isabel Carvalho, Raquel Castro, Mikhail Karikis e Maruan Sipert Moderação: Paula Parente Pinto 18:15H-18:45H ENSAIO ABERTO DA PERFORMANCE Mikhail Karikis e Maruan Sipert. soundings Sábado, 9.12.2023 16:00-17:30H VÃDEOS Mikhail Karikis. Vozes, Comunidades, Ecologias 17:45H-18:30H PERFORMANCE: Duração 45´ Mikhail Karikis e Maruan Sipert. soundings ![]() |
