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ARTECAPITAL RECOMENDA



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Miguel Palma, 'Ascensão', 2024. Cortesia do artista

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ARQUIVO:

O seguinte guia de exposições é uma perspectiva prévia compilada pela ARTECAPITAL, antecipando as mostras. Envie-nos informação (Press-Release e imagem) das próximas inaugurações. Seleccionamos três exposições periodicamente, divulgando-as junto dos nossos leitores.

 


COLECTIVA

ABRIL VERMELHO




CAV - CENTRO DE ARTES VISUAIS
Pátio da Inquisição 10
3001-221 COIMBRA

05 ABR - 16 JUN 2024


INAUGURAÇÃO: 5 de Abril às 22h00 no CAV, Coimbra

Curadoria: Miguel von Hafe Pérez

Artistas: Ângela Ferreira, António Olaio, Daniel Barroca, Délio Jasse, Filipe Marques, Isabel Ribeiro, João Tabarra, João Vasco Paiva, Luísa Jacinto, Manuel Santos Maia, Manuel Vieira, Miguel Palma, Nuno Nunes-Ferreira, Osias André, Patrícia Almeida, Pedro Medeiros, Pedro Portugal, Pedro Pousada, Roger Paulino, Ruben Santiago e Vanda Madureira



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No ano em que se comemoram os cinquenta anos do 25 de Abril, o CAV vai propor uma exposição onde artistas nacionais e internacionais problematizem o significado deste meio século de liberdade e democracia no nosso País. Estruturada a partir de obras existentes e projetos encomendados, a exposição vai dar visibilidade a modos de entender a Revolução em sentidos polissémicos, abrindo um espaço de discussão desejado sobre o que se cumpriu e o que falta cumprir.
Estruturada a partir da participação maioritária de artistas nascidos depois de 1974, esta será uma oportunidade de aferir que tipo de valores e preocupações estes autores preferem discutir através das suas propostas visuais, atualizando assim o acervo iconográfico associado à história da Revolução dos Cravos.
Neste contexto dar-se-á particular ênfase aos países que saíram da esfera colonial do antigo regime, aduzindo vozes que reflitam sobre as próprias narrativas de empoderamento social, político e individual.


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Celebrar o 25 de Abril não é um capricho. É criar uma ponte entre a liberdade conquistada e o fantasma de um país atrasado, isolado, arrastado para uma guerra colonial insustentável.

A memória não é um bem negociável. É um exercício crítico quotidiano.

Vivemos numa encruzilhada civilizacional. São inúmeros os fatores para uma apreensão tensiva da realidade: das alterações climáticas ao rebaixamento até ao grau zero da política enquanto ins- trumento de governabilidade sensível e sensata, da impotência perante um terrorismo atomizado (de fações a Estados), passando pela imposição de um capitalismo desregrado e pela crescente digitalização das relações interpessoais, tudo converge para um sentimento de inquietude mais ou menos generalizado. Não há inteligência artificial que possa resolver a angústia contemporânea. A criação artística convoca de forma mais ou menos literal esse confronto com a realidade envol- vente, quer seja por adesão ou por distanciamento crítico. Por vezes, confundimos aquilo que fal- samente se intitula como arte política com aquilo que se deveria antes apelidar de arte panfletária. A arte será sempre, na sua máxima expressão, um gesto político.

Abril Vermelho é uma exposição que cobre um período da criação contemporânea nas suas mais diversificadas expressões e meios que vai do início dos anos 1990 até aos dias de hoje.

Os artistas aqui apresentados pensam o mundo visualmente, interrogando-o. Do humor à crítica iconoclasta, do exercício rememorativo à desestruturação do real, muitas são as práticas questio- nantes agora mostradas.

A arte não transforma o mundo. A arte é mundo.


Miguel von Hafe Pérez