Links

Subscreva agora a ARTECAPITAL - NEWSLETTER quinzenal para saber as últimas exposições, entrevistas e notícias de arte contemporânea.



ARTECAPITAL RECOMENDA


Outras recomendações:

Bauhaus + Ulm - design e ensino: o impacto da pedagogia no design


COLECTIVA
Reitoria da Universidade de Lisboa, Lisboa

Tributo a Lawrence Weiner: I've Always Loved Jezebel


COLECTIVA
Cristina Guerra Contemporary Art, Lisboa

A Natureza Aborrece o Monstro


Alexandre Estrela
Culturgest, Lisboa

La Terra Contro i Dischi Volanti


João Fonte Santa
Oficina Homem do Saco, Lisboa

RITORNARE


Vasco Araújo
Galeria Francisco Fino, Lisboa

O Chão é Lava!


COLECTIVA
Culturgest (Porto), Porto

Tratado


José M. Rodrigues
Galerias Municipais - Galeria Avenida da Índia, Lisboa

Parque de Diversão


COLECTIVA
Museu Municipal de Faro, Faro

ODD


Luisa Cunha
Lumiar Cité - Maumaus, Lisboa

Madjoni-Djoni – Retratos de Mineiros e Famílias Moçambicanas em África do Sul


Nuno Silas
Rampa, Porto

ARQUIVO:

O seguinte guia de exposições é uma perspectiva prévia compilada pela ARTECAPITAL, antecipando as mostras. Envie-nos informação (Press-Release e imagem) das próximas inaugurações. Seleccionamos três exposições periodicamente, divulgando-as junto dos nossos leitores.

 


JOSé M. RODRIGUES

Tratado




GALERIAS MUNICIPAIS - GALERIA AVENIDA DA ÍNDIA
Av. da Índia, 170
1300-299 LISBOA

27 SET - 22 DEZ 2024


INAUGURAÇÃO: 27 de Setembro na Galeria Avenida da Índia, Lisboa

Curadoria: Óscar Faria



:::


Tratado é uma exposição centrada em retratos de familiares e de amigos de José M. Rodrigues. As fotografias agora reveladas relacionam-se também com os lugares onde foram tiradas, a natureza a envolver as pessoas, a paisagem como pano de fundo. Obras sobretudo inéditas, a cores, um vídeo formado por uma antologia de imagens, uma colecção de espelhos: há muitas histórias que nos chegam destes instantes onde artista e modelo comungam um mesmo propósito: a eternidade de um segundo.

A exposição pode ser descrita como um tratado do amigo e do amado, na senda do texto escrito pelo catalão Ramon Llull, no século XIII:

“Com a sua imaginação o amigo pintava e reproduzia as feições de seu Amado nos seres corporais, com seu entendimento as aprimorava nos seres espirituais, e com a vontade as adorava em todas as criaturas.”

Cada fotografia funciona como um versículo. Os instantâneos fixam o tipo de relações que José M. Rodrigues mantém com o retratado – palavra que inclui “tratado”. A negociação passa pela escolha de um lugar, que, no seu conjunto, compõem uma pessoalíssima geografia sentimental: Atlântico – Mediterrâneo.

O espelho, que reflecte, que distorce, que especula, é um objecto omnipresente neste novo conjunto de fotografias. Rostos e corpos contemplam-se e são contemplados pelo olhar de José M. Rodrigues, que procura também o horizonte da paisagem marítima como ponto de equilíbrio de uma imagem.

As dimensões cinematográfica e pictórica dos instantâneos são também uma evidência. Podiam ser fotografias de cena de um filme de autor ou pinturas de um mestre setecentista. São sobretudo imagens de uma limpidez, de uma lucidez, de uma fisicalidade tão intensas que nos sentimos próximos dos amigos e dos amores de José M. Rodrigues.

Em “Tratado” são dadas a ver obras de um fotógrafo na sua maturidade. De repente, é o mais próximo que se torna urgente dar a ver. Nada importa mais do que o amor e a amizade, o azul no céu em comunhão com um mar raso como o chão, uma flor que esconde a face de um ente querido entretanto falecido. A exposição é percorrida por alegrias e dores. A vida no seu esplendor.

– Óscar Faria, curador