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ARQUIVO:
O seguinte guia de exposições é uma perspectiva prévia compilada pela ARTECAPITAL, antecipando as mostras. Envie-nos informação (Press-Release e imagem) das próximas inaugurações. Seleccionamos três exposições periodicamente, divulgando-as junto dos nossos leitores.
PIZZ BUIN
Baahahal

ZDB - GALERIA Zé DOS BOIS
Rua da Barroca, 59
1200-049 LISBOA
28 FEV - 10 MAI 2025


INAUGURAÇÃO: 28 de Fevereiro à s 21h00 na Galeria Zé dos Bois, Lisboa Curadoria: Natxo Checa ::: Baahahal Baaaaahh Ah ah ah ah Há papel para isto tudo? O aço é duro O osso é mole Só sobrou cascalho O pilim virou pudim Nem cheta restou Do restolho ao olho O cascalho no fogo E o cão? ITA Ita ufa UFO Do Ouro aos Deuses No episódio do bezerro de ouro, contado no Livro do Êxodo, manifesta-se a tensão entre poder, representação e matéria, e a coexistência de extremos num mesmo objecto: a criação de imagens e a sua destruição, o visÃvel e o invisÃvel, o material e o imaterial, o animado e o inerte. O bezerro é sagrado não porque representa Deus ou porque é feito de ouro, mas porque é uma imagem divina. A imagem é tão poderosa que concorre com Deus como um seu rival. A sua materialidade consegue tornar visÃvel o que supostamente seria invisÃvel, consegue tornar presente a divindade. É esse paradoxo de concreto e abstracto que caracteriza também a arte. Uma intervenção Pizz Buiniana nesta história só podia provocar a intrusão de uma gargalhada, uma espécie de glitch na palavra Baal, deus dos cananeus representado como um bezerro. Pizz Buin pode cair na tentação idolátrica, mas fá-lo através de um «iconoclash», um lugar ambÃguo de destruição/criação: a imagem pode reinventar-se a si mesma e reproduzir-se como imagem tendo por base a destruição da própria imagem. Em Baahahal, propõe-se a veneração de uma forma que vive do disforme, um totem de corpos irreconhecÃveis. O fogo criador gera neste caso um processo de desdiferenciação, uma regressão a um estádio anterior que permite à matéria transformar-se ela mesma numa outra coisa — um processo de devir-outro que está em permanente acontecimento. Aqui, é a própria obra que instaura um espaço de procura de uma imagem em potência. Uma imagem-que-foi transformada agora numa imagem-ainda-a-ser, ou numa «arte ainda por vir» atingida já pela fúria do impacto da sua aparição. Liz Vahia A autora não segue o Acordo Ortográfico em vigor.

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