COLECTIVA
Espaço Coleção Arte Contemporânea - Lisboa Cultura, Lisboa
ARQUIVO:
O seguinte guia de exposições é uma perspectiva prévia compilada pela ARTECAPITAL, antecipando as mostras. Envie-nos informação (Press-Release e imagem) das próximas inaugurações. Seleccionamos três exposições periodicamente, divulgando-as junto dos nossos leitores.
ARTUR ROSA E HELENA ALMEIDA | ANDREIA NóBREGA
Juntos | Eu Paisagem
CAV - CENTRO DE ARTES VISUAIS
Pátio da Inquisição 10
3001-221 COIMBRA
28 JUN - 07 SET 2025
INAUGURAÇÃO: dia 28 de Junho às 22h, no Centro de Artes Visuais
Ciclo a vida, apesar dela Curadoria de Miguel von Hafe Pérez
28 de junho a 07 de setembro Centro de Artes Visuais
Helena Almeida + Artur Rosa Juntos
Helena Almeida e Artur Rosa iniciaram as suas trajetórias artísticas na década de sessenta, rapidamente se afirmando no contexto das artes visuais portuguesas. Arquiteto de formação, Artur Rosa cultivou desde cedo um gosto particular pela geometria e a abstração ótica, ancorando a sua prática no desenho, na gravura e, essencialmente, na escultura. Já Helena Almeida inicia o seu percurso pela pintura sendo conhecido o processo de transição que a leva a expandir as suas criações para objetos híbridos onde determinados elementos começam a sobressair do plano bidimensional. A passagem para a fotografia (que viria a ser invariavelmente realizada pelo seu marido) reveste-se igualmente dessa duplicidade onde elementos tridimensionais podem perturbar a receção convencionada da imagem (nela eminentemente ligada à autorrepresentação).
Sempre por trás da câmara, a exceção acontece numa obra de 1979 da série Ouve-me, onde Artur Rosa aparece numa sequência em modo performativo com Helena Almeida. Depois de mais de trinta anos em que a autorrepresentação desviante da artista se foi cumprindo a solo, a partir de 2006 (com a obra Abraço) as fotografias onde o casal se retrata passam a ser recorrentes.
Juntos constituí uma oportunidade única para pôr em confronto duas práticas que se foram desenvolvendo paralelamente, onde as diferenças se vão justapor na concretização de algo maior: no respeito e amor mútuos, no rigor do delineamento de percursos individuais, na generosidade de uma certa ‘invisibilidade’ assumida por Artur Rosa e, finalmente, no extraordinário poder das representações conjuntas.
Andreia Nóbrega Eu paisagem
Andreia Nóbrega nasceu em 1973 no Funchal, onde vive e trabalha. A sua prática artística ancora-se no desenho que habitualmente vai trabalhando em enormes rolos de papel. Desdobrados, esses rolos contêm metros de desenho meticuloso com representações da natureza. A ideia de viagem e imersão na natureza repercute-se no caráter contínuo e hipoteticamente infindável de um só desenho-porvir. O exercício de concentração e a dimensão performativa que estão na génese destes trabalhos (e por vezes partilhados com o público ao vivo), remetem para uma postura de inspiração oriental, onde mais do que o resultado final é o processo que se exalta.