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BRUXELAS FECHA MUSEUS COM SEGUNDA ONDA DE INFECÇÕES

2020-10-29




Bruxelas fecha museus com segunda onda de infeções a varrer a Europa — e outras cidades podem em breve seguir o exemplo. O impacto financeiro de um segundo bloqueio poderá ser devastador para o sector cultural europeu.

O Governo belga pediu aos museus e galerias públicas de Bruxelas que encerrassem até 19 de novembro, num esforço para conter o aumento das taxas de infeção por coronavírus, que subiram ao seu ponto mais alto desde o início da pandemia. A sua capital é uma das regiões mais atingidas.

Um porta-voz do BOZAR Center for Fine Arts, em Bruxelas, disse à Artnet News que o museu, que anteriormente fechou de março a maio, estava preparado para a decisão. "Tínhamos vários cenários prontos, e como também vimos os números diários de corona a subir, fechar o Centro de Belas Artes foi um deles", conta.
O museu tinha acabado de abrir o seu programa de exposição de outono, que incluía uma mostra de trabalho do pintor belga Philippe Vandenberg que está agora fechado. Continuará a executar o seu programa de BOZAR@HOME online, que começou durante o primeiro bloqueio. "Este período de encerramento é, naturalmente, algo que esperávamos não ter de fazer de novo, mas compreendemos perfeitamente as razões destas medidas", diz a porta-voz.

Um porta-voz de outra instituição de Bruxelas, a WIELS, diz à Artnet News que o encerramento tem "um impacto imediato" nas suas receitas e que está a trabalhar para mitigar esse impacto agora e num futuro próximo. Durante o primeiro bloqueio, a instituição perdeu cerca de 10.000 euros (12.000 dólares) por semana, e estimou que o novo bloqueio lhes custará quase 40.000 euros (47.000 dólares). A porta-voz sublinhou, no entanto, que a instituição está mais preocupada com o impacto que terá em "todas as pessoas externas com quem estamos a trabalhar, como artistas, guias, técnicos cujas receitas dependem também da vivacidade do setor da arte".

As galerias comerciais de Bruxelas estão autorizadas a permanecer abertas por enquanto.


Fonte: ArtnetNews