Exposição “NO PAST NO FUTURE: THE PRESENT IS LOOPEDâ€, Ana Leonor Madeira Rodrigues, “PINTURA Iâ€, 1990 | Imagem: Mandy Fraga


Vista da exposição “NO PAST NO FUTURE: THE PRESENT IS LOOPED†| Imagem: Mandy Fraga


Exposição “NO PAST NO FUTURE: THE PRESENT IS LOOPEDâ€, Anabela Soares, “Sem título 10â€, 2019 | Imagem: Mandy Fraga


Exposição “NO PAST NO FUTURE: THE PRESENT IS LOOPEDâ€, Anabela Soares, “Sem título 36â€, 2021 | Imagem: Mandy Fraga


Vista da exposição “NO PAST NO FUTURE: THE PRESENT IS LOOPED†| Imagem: Mandy Fraga


Exposição “NO PAST NO FUTURE: THE PRESENT IS LOOPEDâ€, Suzy Bila, “Dança ao ventoâ€, 2020 | Imagem: Mandy Fraga


Exposição “NO PAST NO FUTURE: THE PRESENT IS LOOPEDâ€, Suzy Bila, “Ecos do Passadoâ€, 2018 | Imagem: Mandy Fraga


Vista da exposição “NO PAST NO FUTURE: THE PRESENT IS LOOPED†| Imagem: Mandy Fraga


Exposição “NO PAST NO FUTURE: THE PRESENT IS LOOPEDâ€, Miguel Branco, “Série s/ título (loop)â€, 2021 | Imagem: Mandy Fraga


Vista da exposição “NO PAST NO FUTURE: THE PRESENT IS LOOPED†| Imagem: Mandy Fraga


Exposição “NO PAST NO FUTURE: THE PRESENT IS LOOPEDâ€, Cláudia R. Sampaio, “Santa Serotoninaâ€, 2021 | Imagem: Mandy Fraga


Exposição “NO PAST NO FUTURE: THE PRESENT IS LOOPEDâ€, Cláudia R. Sampaio, “A Exageradaâ€, 2021 | Imagem: Mandy Fraga


Exposição “NO PAST NO FUTURE: THE PRESENT IS LOOPEDâ€, Cláudia R. Sampaio, “A Equilibristaâ€, 2021 | Imagem: Mandy Fraga


Exposição “NO PAST NO FUTURE: THE PRESENT IS LOOPEDâ€, Paulo Quintas, “Star #2â€, 2015-2016 | Imagem: Mandy Fraga


Exposição “NO PAST NO FUTURE: THE PRESENT IS LOOPEDâ€, Pedro Cabral Santo, “The ‘small gestures and silent perfection’ of Giorgio Morandiâ€, 2019-2021 (fotograma)


Vista da exposição “NO PAST NO FUTURE: THE PRESENT IS LOOPED†| Imagem: Mandy Fraga


Vista da exposição “NO PAST NO FUTURE: THE PRESENT IS LOOPED†| Imagem: Mandy Fraga


Exposição “NO PAST NO FUTURE: THE PRESENT IS LOOPEDâ€, Inês Brites, “Relaxing Sound of Rain Drippingâ€, 2021 | Imagem: Mandy Fraga


Exposição “NO PAST NO FUTURE: THE PRESENT IS LOOPEDâ€, Inês Brites, “Unfreeze a Shower Drain Using Simple Chemistryâ€, 2021 | Imagem: Mandy Fraga

Exposições anteriores:

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NO PAST NO FUTURE: THE PRESENT IS LOOPED


 

 

Ana Leonor Madeira Rodrigues, Anabela Soares, Cláudia R. Sampaio, Inês Brites, Mariana Gomes, Miguel Branco, Paulo Quintas, Pedro Cabral Santo, Suzy Bila

 

Curadoria de Victor Pinto da Fonseca

 

 

NO PAST NO FUTURE: THE PRESENT IS LOOPED

20 Novembro – 29 Janeiro 2022

 

O meu campo, diz Goethe, é o tempo.

Desde as suas origens a arte tem sido o elemento regulador entre um antes e um depois. Mas, “no past no future - the present is looped”, não trata de dissertar sobre o tempo, antes pretende recordar como a arte pode dar uma forma alternativa de reflectir mais integrada, de encontro, que permite oferecer soluções de igualdade na diferença. E como a arte pode ajudar a estimular a empatia social e afectiva. A arte e só a arte, diz Nietzsche, resta-nos a arte para não morrermos de verdade.

E é bem isso a arte.

“no past no future - the present is looped” não está interessada em subordinar a arte a um moralismo; todo o contexto histórico da arte é muito complexo: nenhum significado é irrefutável. Mas, numa época em que a cultura é totalmente mediada por tecnologias de informação e microelectronica, por meio de computadores pessoais, internet e e-mail, novos medias, que estão a criar mudanças na dinâmica da arte, modificando, por consequência, as experiências estéticas tradicionalmente clássicas — Em contramão do conceito new media, dos ambientes multimedia, caracterizados por ambientes que envolvem o espectador em experiências multi-sensoriais, “no past no future - the present is looped”, procura uma experiencia de 'percepção estética' que é um dos legados da Alta Arte; ao mesmo tempo, a exposição investe em lugares muito particulares, entre arte e craft, entre arte e também a interioridade da saúde mental, entre arte e diáspora africana. (Se o discurso eurocêntrico molda a história de arte portuguesa e a imaginação dela, o que acontece com a arte contemporânea da diáspora negra?)

Além disso, é privilegiando a diversidade e a inclusão, que fica claro que podemos quebrar com as convenções que permanecem dominantes: Essa liberdade superior, de reverter a perspectiva canónica, é exactamente o espaço que “no past no future” tenta representar: E, uma forma de fazer isso, é incluir e dar poder de reconhecimento a artistas sub-representados (um universo inesgotável em quantidade) dentro do cânone convencionado da arte contemporânea, colocando-os no centro, ao lado de artistas dos mais conhecidos e bem representados em galerias, coleções privadas, museus e instituições.

“no past no future - the present is looped” relaciona artistas pouco visíveis (ou difíceis de encontrar sem alguma pesquisa), como a Suzy Bila, a Ana Leonor, e ceramistas contemporâneas como a Anabela Soares e a Claudia R. Sampaio, com artistas com bastante visibilidade e bem referenciados como o Miguel Branco, o Pedro Cabral Santo, o Paulo Quintas, e as muito jovens Mariana Gomes e Inês Brites; a exposição permite criar dinâmicas distintas; mas que todos esses diferentes estilos e sensibilidades seja o prazer de encontrar/ descobrir uma exposição acima de tudo baseada no conceito intencional que a arte em todos os lugares se faz mais de diversidade do que de homogeneidade. Com efeito, são menos as conclusões idênticas que fazem as inteligências parentes do que as contradições que lhes são comuns. O mesmo acontece com a arte e com a criação. 

 Victor Pinto da Fonseca

 

 

 

>>Folha de Sala

 

 

 

 

Biografias

 

Ana Leonor Madeira Rodrigues vive e trabalha em Lisboa. Licenciada em Artes Plásticas, Pintura, (ESBAL), durante um semestre assiste às aulas práticas de Anatomia na Faculdade de Medicina no Campo de Santana de que resulta a 1º exposição individual de desenho. Foi bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian, em Munique, onde frequenta a Akademie der Bildenden Kunst. É doutorada em Arquitectura, Comunicação Visual, com a tese: “O Desenho, Ordem Estruturante e Universalizante do Pensamento Arquitectónico”. É Professora Catedrática da FA-ULisboa. Expõe regularmente desde os anos 90. O trabalho, como artista, coloca-se na fronteira de diferentes áreas do conhecimento, usando hipóteses científicas que são alteradas e transformadas poética e ironicamente em possibilidades plásticas. 

 

 

Anabela Soares (Anadia, 1969) começou no atelier de arte do Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa (CHPL) em 2013. A sua escultura “Urso” integrou a exposição coletiva Deslocado (2015) no Pavilhão 31 (CHPL) em Lisboa, com diversos artistas brasileiros, como Alexandre Baltazar e Rafael Uzai. No mesmo local teve diversas esculturas na exposição coletiva Entrevista (2016) com Emir Kusturica. Fez parte das exposições coletivas Insubordinar (2019) no Espaço Fidelidade Chiado8 Arte Contemporânea e Incómodo (2020) no Museu Municipal de Faro. Teve a sua primeira exposição individual Os Monstros na Casa Família Oliveira Guimarães em Penela (2019), seguida de O dia em que perdi o pé (2020), no Museu Bordalo Pinheiro em Lisboa. Em 2021, esteve exposta no Museu de São Roque, em Lisboa, integrada no projeto coletivo O Outro como epifania do belo. É co-autora dos vídeos-arte “Arte” e “Pátio das Emoções”. Está presente em diversas coleções privadas de arte. É representada pelo MANICÓMIO desde 2018.

 

 

 

Cláudia R. Sampaio (Lisboa, 1981) estudou na Escola Superior de Teatro e Cinema, tendo sido guionista em cinema e televisão, mas neste momento dedica-se apenas à escrita e à pintura. Tem seis livros de poesia publicados até ao momento: Os dias da corja (2014), A primeira urina da manhã (2015), Ver no escuro (2016), 1025mg (2017), Outro nome para a solidão (2018) e Já não me deito em pose de morrer (2020). Colaborou em várias revistas e antologias de poesia e escreveu um texto para teatro a convite da Culturgest no âmbito da 10ª edição do festival Panos (2017). Está também publicada no Brasil. Foi uma das poetas portuguesas convidadas para a Feira do Livro de Guadalajara, México, em 2019. Os seus quadros marcaram presença em 2020 na Outsider Art Fair, em Nova Iorque, e na exposição coletiva Incómodo, no Museu Municipal de Faro. Está em diversas coleções particulares. Cláudia R. Sampaio é representada desde 2018 por MANICÓMIO, estrutura dedicada à arte e saúde mental que tem como missão a capacitação e reinserção psicossocial e profissional de pessoas com experiência de doença mental.

 

 

Inês Brites (Coimbra, 1992) vive e trabalha em Lisboa. Licenciada em Pintura pela Faculdade de Belas-Artes de Lisboa e estudou no KASK: Conservatorium & School of Arts em Ghent, na Bélgica. Desde 2015, participa em vários projectos e exposições, nomeadamente: Dear Image Part II na 3+1 Arte Contemporânea, Lisboa (2020); White Safari Tent — com Aled Simons, na G39 em Cardiff, UK (2020); Se o Fio Partir, Veremos o Corpo Seguir em Linha Recta — com Tânia Geiroto Marcelino, no Ciclo de Amizades — projecto de parcerias no seu próprio atelier, Lisboa (2020); O Stand 1.1 — com Sara Mealha, n’O Stand Project, Lisboa (2020); Reality Check, no Las Palmas Project, Lisboa (2019); Feeling Blue, curadoria de Carolina Quintela, no Espaço Real, Lisboa (2019); Aguadilha — com Lea Managil, no Ciclo de Amizades, Lisboa (2019); Estrela Decadente #49, curadoria de Ana Cachola e Xavier Almeida, no Desterro, Lisboa (2019); Pausa, curadoria de Pedro Batista, no Esqina Cosmopolitan Lodge, Lisboa (2019); Tu Não Viste Nada, curadoria de Tiago Baptista, no Duplex AIR, Lisboa (2019); Mellifluous Elephant, curadoria de Francisca Aires Mateus, na Casa da Dona Laura, Lisboa (2019). A sua obra integra a coleção Norlinda e José Lima, bem como outras coleções privadas em Portugal.

 

 

Mariana Gomes (Faro, 1983) vive e trabalha em Lisboa, Portugal, e é formada em Pintura pela Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, Portugal. Em 2011 foi distinguida com menção honrosa pelo Prémio Fidelidade Mundial – Jovens Pintores 2011. Das exposições que realizou destacam-se: 'Solilóquio' (2020), Cristina Guerra Contemporary Art, Lisboa; “Canhota” (2019), Curadoria de Bruno Marchand, Fundação Carmona e Costa, Lisboa; Quote / Unquote. Between Appropriation and Dialogue, curadoria de Gabriela Vaz Pinheiro, Galeria Municipal do Porto, Porto, MAAT – Museu de Arte, Arquitectura e Tecnologia, Lisboa (2017); Romanian Dances, Galeria Baginski, Lisboa (2017); Bollocks, curadoria de Bruno Marchand, Appleton Square, Lisboa (2016); 10º Prémio Amadeu de Souza-Cardoso, Museu Municipal Amadeu de Souza-Cardoso, Amarante (2015); Breviário, Galeria Fernando Santos, Porto (2014); Stop Making sense!, com curadoria de João Pinharanda, Fundação EDP, Lisboa (2013); X Tentativas, Galeria Módulo – Centro Difusor de Arte, Lisboa (2009). O trabalho de Mariana Gomes encontra-se representada em várias colecções privadas e em colecções públicas como a Colecção de Arte Contemporânea da Fundação EDP e a Colecção Moderna do Museu Calouste Gulbenkian. 

 

 

Miguel Branco (Castelo Branco, 1963) vive e trabalha em Lisboa. Estudou na FBAUL. Lecciona no Ar.co, escola onde foi Responsável pelo Departamento de Desenho e Pintura de 1994 a 2018. A sua prática está intimamente ligada à Pintura, à Escultura e ao Desenho e a uma forte ligação à História da Arte como fonte principal de referência para o seu trabalho. As suas imagens, aparentemente clássicas e fazendo uso de materiais tradicionais, são primeiramente trabalhadas digitalmente na construção de modelos que são posteriormente transformados, fragmentados, e multiplicados em inúmeras variações seguindo princípios de repetição e diferença. A sua prática está enraizada numa tradição pós-conceptual, de apropriação, deslocamento, descontextualização, em que os elementos são esvaziados dos seus conteúdos iniciais, produzindo imagens desconexas, irónicas, por vezes inquietantes. Destacam-se no seu percurso exposições na Gallery P.P.O.W. Nova Iorque; Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa; Pavilhão Branco, Museu da Cidade, Lisboa; Galerie Jeanne Bucher Jaeger, Paris; MUDAM, Musée D’Art Moderne Grand Duc Jean, Luxemburgo; Musée de la Chasse et de la Nature, Paris, França; Galeria Paule Anglim, São Francisco, EUA; entre outras. Está representado nas principais colecções nacionais e em várias colecções europeias e norte americanas. É representado em Portugal pela galeria Pedro Cera.

 

 

Paulo Quintas (Portugal, 1966) vive e trabalha em Santa Rita. Licenciatura e pós-graduação em Pintura pela Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa. Em 2009 ingressou no Curso de Doutoramento em Pintura na mesma instituição. Foi selecionado na 1ª edição do Prémio de Pintura da União Latina - 1990; de 1990 a 2001 obteve Bolsas de Investigação Plástica do Centro Nacional de Cultura e da Fundação Calouste Gulbenkian e uma Bolsa de Curta duração/ viagem de estudo a Nova Iorque, subsidiada pela Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento. Iniciou a sua carreira em 1990, com a exposição “Paulo Quintas. Pinturas” na galeria Pedro e o Lobo - Arte Contemporânea, em Lisboa. A sua obra encontra-se representada entre outas instituições nas coleções do AR.co – Centro de Arte e Comunicação de Lisboa; Coleção Norlinda e José Lima; Culturgest; Fundação Carmona e Costa; Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento, Fundação PLMJ e em coleções privadas em Portugal, Espanha e Suíça.

 

 

Pedro Cabral Santo (Lisboa, 1968) é licenciado em Artes Plásticas pela Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa e doutorado em Belas-Artes, especialidade Imagem, pela mesma Faculdade. Atualmente, é professor Auxiliar na Universidade do Algarve, onde leciona na Licenciatura de Artes Visuais, da qual é também o diretor. Foi também vice-diretor do doutoramento em Comunicação, Cultura e Artes (2015-2019). Em paralelo, nos últimos 20 anos, tem vindo a desenvolver as atividades de artista plástico e comissário de exposições, destacando-se os eventos Tilt (Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa), O Pedro e o Lobo (Museu do Neo-realismo, Vila Franca de Xira), Il Communication (com Carlos Roque, Sala do Veado, Lisboa), X-Rated/Autores em Movimento (Galeria ZDB, Lisboa), O Império Contra-Ataca (co-comissariado, Galeria ZDB/Institulo La Capella (MACBA), Lisboa e Barcelona), Fernando Brito 1983-2010 (Centro Cultural Vila Flor, Guimarães) e Manuel Vieira - CASA (Cordoaria Nacional, Lisboa). Recentemente expôs no Museu do Chiado (2011) a obra Sem Dó, com Ré (homenagem a Sá de Miranda), trabalho incluído nas comemorações dos painéis de São Vicente de Nuno Gonçaves, realizado em parceria com a artista Lula Pena e o projecto (triptico) Unconditionally (Colégio das Artes, Coimbra), Absolutely (Plataforma Revólver, Independent Art Space, Lisboa) e Unforeseeable (Ruínas de Milréu, Estói, Faro).

 

 

Suzy Bila (Maputo, 1974) tem dedicado a sua vida a investigar a inclusão das diferentes linguagens das crianças no desenvolvimento do seu currículo desde a creche, considerando a arte como uma ferramenta essencial ao desenvolvimento do pensamento das crianças. Em 2020/ 2021 implementa o seu projeto de doutoramento “Processo Criativo e Espaço Potencial de Ressignificação das Vivências de Crianças e Jovens em situação de negligência social” numa Unidade de Intervenção Familiar da SCML – Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. O projeto está vinculado à Universidade de Lisboa e à Universidade do Porto através das suas Faculdades de Belas Artes e Instituto de Educação (FBAUL, FBAUP e IE). Participa, desde 2011, em diferentes conferências e escreve vários artigos no âmbito da Educação Artística, colaborando com a Associação de Profissionais de Educação de Infância (APEI), e com o Centro de Investigação e Estudos de Belas Artes (CIEBA). Já em 2021, é editado o seu primeiro livro “Lamura”, uma crítica sobre a exploração infantil. 

 

 

 

 

 

  


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