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SAÍDA DA EXPOSIÇÃO 1ª AVENIDA, ‘UMA QUESTÃO DE GÉNERO’, NO PORTO

2013-05-09




Publicamos aqui uma declaração, divulgada ontem, por um grupo de artistas participantes na exposição Uma Questão de Género, inserida no projeto 1ª Avenida:


“Nós, artistas participantes na Exposição Uma Questão de Género, inserida no projeto 1ª Avenida, declaramos a propósito do cancelamento da mesma:
- a nossa solidariedade para com a curadora Raquel Guerra na sua decisão de encerrar prematuramente a exposição;
- a nossa indignação perante a desmontagem unilateral por parte da equipa de produção do projeto 1ª Avenida de uma obra da Exposição - da Cristina Regadas, rompendo pura e simplesmente a confiança mínima exigível entre os criadores e as instituições culturais.
Queremos ainda sublinhar:
- a nossa repulsa, transmitida na altura aos responsáveis curatoriais, de todo o processo em torno da obra Portuguesa Monochrome, do artista Paulo Mendes;
- a nossa insatisfação face às explicações fornecidas através da comunicação social pela Porto Lazer, recusando por um lado a acusação de censura, mas confirmando que a obra não poderia permanecer exposta no local escolhido pelo artista após o dia 3 de maio, alegando que esta seria “contaminante da identidade diversa que se pretende construir para o programa imaterial” do 1ª Avenida;
- por fim, a nossa recusa absoluta em coabitar no edifício AXA com a sede de campanha da candidatura autárquica de Rui Moreira, essa sim claramente “contaminante” da identidade das propostas artísticas, coincidentemente (?) inaugurada no passado dia 4 de maio.
Esperamos assim esclarecer os motivos da nossa saída do projeto 1ª Avenida, precipitada pelo sucedido na exposição Uma Questão de Género, embora ponderada desde os incidentes graves acima evocados. Saída adiada até hoje por consideração pelo projeto desenvolvido pelo curador e responsável artístico José Maia, cujo empenho nos inspirou a confiança necessária para integrar o 1ª Avenida. Isto apesar das deficientes condições de produção constatadas no local, o que apenas reforçou a nossa posição crítica perante as instituições promotoras, Porto Vivo e Porto Lazer.”

Assinam a declaração: Amarante Abramovici e Tiago Afonso, Carla Cruz, Cristina Regadas, Dalila Gonçalves, Paula Tavares, Rita Castro Neves e Sónia Carvalho”