Links

ARQUITETURA E DESIGN




© Ivo Tavares Studio/Casa da Arquitectura.


© Ivo Tavares Studio/Casa da Arquitectura.


© Ivo Tavares Studio/Casa da Arquitectura.


© Ivo Tavares Studio/Casa da Arquitectura.


© Ivo Tavares Studio/Casa da Arquitectura.


© Ivo Tavares Studio/Casa da Arquitectura.


© Ivo Tavares Studio/Casa da Arquitectura.


© Ivo Tavares Studio/Casa da Arquitectura.


© Ivo Tavares Studio/Casa da Arquitectura.


© Ivo Tavares Studio/Casa da Arquitectura.


© Ivo Tavares Studio/Casa da Arquitectura.


© Ivo Tavares Studio/Casa da Arquitectura.

Outros artigos:

2025-03-17


LEONARDO FINOTTI: O FOTÓGRAFO QUE TRANSFORMA A ARQUITETURA NUM LABORATÓRIO VISUAL


2025-01-15


SANAA, SEJIMA + NISHIZAWA


2024-12-12


REVISITAR RAÚL HESTNES FERREIRA DENTRO E FORA DO MUSEU


2024-10-30


ENTRE O BANAL E O SINGULAR : UMA LEITURA DE LOOS, ROSSI E SIZA


2024-09-23


ATELIER RUA: O TRIUNFO DA SIMPLICIDADE QUE INSPIRA UMA GERAÇÃO


2024-08-22


ANA ARAGÃO E GONÇALO M. TAVARES: O EXERCÃCIO REPARADOR DA CIDADE


2024-07-14


SIZA: O SUJEITO ENTRE VERBOS, NA FUNDAÇÃO CALOUSTE GULBENKIAN


2024-05-22


EXOUSIA — É POSSÃVEL, É PERMITIDO...MAS NÃO, NÃO PODE


2024-04-13


PÃDUA RAMOS: DA ARQUITETURA AO DESIGN


2024-02-26


NO LUGAR DE UMA JANELA, NASCEU UMA PORTA


2024-01-21


TERCEIRO ANDAR DE LUCIANA FINA OU DESTINAÇÃO (EST)ÉTICA


2023-11-02


A PROPÓSITO DE ONDE VAMOS MORAR? — CICLO DE CINEMA POR ANDY RECTOR


2023-09-11


CARTOGRAFIA DO HORIZONTE: DO TERRITÓRIO AOS LUGARES


2023-08-05


O ESTALEIRO, O LABORATÓRIO, A SUA CAIXA E O CAVALETE DELA


2023-06-01


UMA CIDADE CONSTRUÃDA PARA O CONSUMO: DA LÓGICA DO MERCADO À DISNEYFICAÇÃO DA CIDADE


2023-04-30


ESCUTAR, UMA VEZ MAIS, GRÂNDOLA — OPERAÇÃO SAAL DE VALE PEREIRO


2023-04-03


NOTAS SOBRE UM ARQUITECTO ARTIFICIALMENTE INTELIGENTE


2023-02-24


MUSEU DA PAISAGEM. AS POSSIBILIDADES INFINITAS DE LER E REINTERPRETAR O TERRITÓRIO


2023-01-30


A DIVERSIDADE NA HABITAÇÃO DAS CLASSES LABORIOSAS, OS HIGIENISTAS E O CASO DA GRAÇA


2022-12-29


HABITAR: UM MANIFESTO SECRETO


2022-11-23


JONAS AND THE WHOLE


2022-10-16


CASA PAISAGEM OU UM PRESÉPIO ABERTO


2022-09-08


ENTREVISTA A ANA CATARINA COSTA, FRANCISCO ASCENSÃO, JOÃO PAUPÉRIO E MARIA REBELO


2022-08-11


ENTREVISTA A JOSÉ VELOSO, ARQUITETO DA OPERAÇÃO SAAL DA MEIA-PRAIA


2022-07-11


TERRA, TRIENAL DE ARQUITETURA DE LISBOA 2022. ENTREVISTA A CRISTINA VERÃSSIMO E DIOGO BURNAY


2022-05-31


OH, AS CASAS, AS CASAS, AS CASAS...


2022-04-23


A VIAGEM ARQUITETÓNICA COMO ENCONTRO: DA (RE)DESCOBERTA À (DES)COBERTA DAS ORIGENS


2022-03-29


PODERà O PATRIMÓNIO SER EMANCIPATÓRIO?


2022-02-22


EM VÃO: FECHA-SE UMA PORTA PARA QUE UMA JANELA FENOMENOLÓGICA SE ABRA


2022-01-27


SOBRE A 'ESTÉTICA DO CONHECIMENTO': UMA LEITURA DA PEDAGOGIA DE BAUKUNST


2021-12-29


CALL FOR ARCHITECTS


2021-11-27


DE QUE ME SERVE SER ARQUITECTA?


2021-10-26


'OS CAMINHOS DA ÃGUA'


2021-09-30


A ARQUITETURA PORTUGUESA: O TRAJETO DO SÉCULO XX E DESAFIOS DO SÉCULO XXI


2021-08-22


CERAMISTAS E ILUSTRADORES: UMA RESIDÊNCIA EM VIANA DO ALENTEJO


2021-07-27


COMPREENSÃO DA CIDADE DO PORTO ATÉ AO SÉCULO XX


2021-06-20


O ANTECEDENTE CULTURAL DO PORTO NA TRANSIÇÃO PARA O SÉCULO XXI


2021-05-12


JOÃO NISA E AS 'PRIMEIRAS IMPRESSÕES DE UMA PAISAGEM'


2021-02-16


A ORDEM INVISÃVEL DA ARQUITECTURA


2021-01-10


SURENDER, SURENDER


2020-11-30


AS MULHERES NO PRIVATE PRESS MOVEMENT: ESCRITAS, LETRAS DE METAL E CHEIRO DE TINTA


2020-10-30


DES/CONSTRUÇÃO - OS ESPACIALISTAS EM PRO(EX)CESSO


2020-09-19


'A REALIDADE NÃO É UM DESENCANTO'


2020-08-07


FORA DA CIDADE. ARTE E LUGAR


2020-07-06


METROPOLIS, WORLD CITY & E.P.C.O.T. - AS VISÕES PARA A CIDADE PERFEITA IMAGINADAS POR GILLETTE, ANDERSEN E DISNEY


2020-06-08


DESCONFI(N)AR, O FUTURO DA ARQUITECTURA E DAS CIDADES


2020-04-13


UM PRESENTE AO FUTURO: MACAU – DIÃLOGOS SOBRE ARQUITETURA E SOCIEDADE


2020-03-01


R2/FABRICO SUSPENSO: ITINERÃRIOS DE TRABALHO


2019-12-05


PRÃTICAS PÓS-NOSTÃLGICAS / POST-NOSTALGIC KNOWINGS


2019-08-02


TEMPOS MODERNOS, CERÂMICA INDUSTRIAL PORTUGUESA ENTRE GUERRAS


2019-05-22


ATELIER FALA - ARQUITECTURA NA CASA DA CERCA


2019-01-21


VICARA: A ESTÉTICA DA NATUREZA


2018-11-06


PARTE II - FOZ VELHA E FOZ NOVA: PATRIMÓNIO CLASSIFICADO (OU NEM POR ISSO)


2018-09-28


PARTE I - PORTO ELEITO TRÊS VEZES O MELHOR DESTINO EUROPEU: PATRIMÓNIO AMEAÇADO PARA UNS, RENOVADO PARA OUTROS. PARA INGLÊS (NÃO) VER


2018-08-07


PAULO PARRA – “UMA TRAJECTÓRIA DE VIDA†NA GALERIA ROCA LISBON


2018-07-12


DEPOIS, A HISTÓRIA: GO HASEGAWA, KERSTEN GEERS, DAVID VAN SEVEREN


2018-05-29


NU LIMITE


2018-04-18


POLAROID


2018-03-18


VICO MAGISTRETTI NO DIA DO DESIGN ITALIANO


2018-02-10


GALERIA DE ARQUITETURA


2017-12-18


RHYTHM OF DISTANCES: PROPOSITIONS FOR THE REPETITION


2017-11-15


SHAPINGSHAPE NA BIENAL DA MAIA


2017-10-14


O TEATRO CARLOS ALBERTO DIALOGA COM A CIDADE: PELA MÃO DE NUNO LACERDA LOPES


2017-09-10


“VINTE E TRÊSâ€. AUSÊNCIAS E APARIÇÕES NUMA MOSTRA DE JOALHARIA IBEROAMERICANA PELA PIN ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE JOALHARIA CONTEMPORÂNEA


2017-08-01


23 – JOALHARIA CONTEMPORÂNEA NA IBERO-AMÉRICA


2017-06-30


PASSAGENS DE SERRALVES PELO TERMINAL DE CRUZEIROS DO PORTO DE LEIXÕES


2017-05-30


EVERYTHING IN THE GARDEN IS ROSY: AS PERIFERIAS EM IMAGENS


2017-04-18


“ÃRVORE†(2002), UMA OBRA COM A AUTORIA EM SUSPENSO


2017-03-17


ÃLVARO SIZA : VISÕES DA ALHAMBRA


2017-02-14


“NÃO TOCARâ€: O NOVO MUSEU DO DESIGN EM LONDRES


2017-01-17


MAXXI ROMA


2016-12-10


NOTAS SOBRE ESPAÇO E MOVIMENTO


2016-11-15


X BIAU EM SÃO PAULO: JOÃO LUÃS CARRILHO DA GRAÇA À CONVERSA COM PAULO MENDES DA ROCHA E EDUARDO SOUTO DE MOURA


2016-10-11


CENAS PARA UM NOVO PATRIMÓNIO


2016-08-31


DREAM OUT LOUD E O DESIGN SOCIAL NO STEDELIJK MUSEUM


2016-06-24


MATÉRIA-PRIMA. UM OLHAR SOBRE O ARQUIVO DE ÃLVARO SIZA


2016-05-28


NA PEGADA DE LE CORBUSIER


2016-04-29


O EFEITO BREUER – PARTE 2


2016-03-24


O EFEITO BREUER - PARTE 1


2016-02-16


GEORGE BEYLERIAN CELEBRA O DESIGN ITALIANO COM LANÇAMENTO DE “DESIGN MEMORABILIAâ€


2016-01-08


RESOLUÇÕES DE ANO NOVO PARA A ARQUITETURA E DESIGN EM 2016


2015-11-30


BITTE LEBN. POR FAVOR, VIVE.


2015-10-30


A FORMA IDEAL


2015-09-14


DOS FANTASMAS DE SERRALVES AO CLIENTE COMO ARQUITECTO


2015-08-01


“EXTRA ORDINARY†- JOVENS DESIGNERS EXPLORAM MATERIAIS, PRODUTOS E PROCESSOS


2015-06-25


PODE A TIPOGRAFIA AJUDAR-NOS A CRIAR EMPATIA COM OS OUTROS?


2015-05-20


BIJOY JAIN, STUDIO MUMBAI


2015-04-14


O FIM DA ARQUITECTURA


2015-03-12


TESOURO, MISTÉRIO OU MITO? A ESCOLA DO PORTO EM TRÊS EXPOSIÇÕES (PARTE II/II)


2015-02-11


TESOURO, MISTÉRIO OU MITO? A ESCOLA DO PORTO EM TRÊS EXPOSIÇÕES (PARTE I/II)


2015-01-11


ESPECTADOR


2014-12-09


ARQUITECTAS: ENSAIO PARA UM MANUAL REVOLUCIONÃRIO


2014-11-10


A MARCA QUE TEM O MEU NOME


2014-10-04


NEWS FROM VENICE


2014-09-08


A INCONSCIÊNCIA DE ZENO. MÃQUINAS DE SUBJECTIVIDADE NO SUPERSTUDIO*


2014-07-30


ENTREVISTA A JOSÉ ANTÓNIO PINTO


2014-06-17


ÃNDICES, LISTAGENS E DIAGRAMAS: the world is all there is the case


2014-05-15


FILME COMO ARQUITECTURA, ARQUITECTURA COMO AUTOBIOGRAFIA


2014-04-14


O MUNDO NA MÃO


2014-03-13


A CASA DA PORTA DO MAR


2014-02-13


O VERNACULAR CONTEMPORÂNEO


2014-01-07


PÓS-TRIENAL 2013 [RELAÇÕES INSTÃVEIS ENTRE EVENTOS, ARQUITECTURAS E CIDADES]


2013-11-12


UMA SUBTIL INTERFERÊNCIA: A MONTAGEM DA EXPOSIÇÃO “FERNANDO TÃVORA: MODERNIDADE PERMANENTE†EM GUIMARÃES OU UMA EXPOSIÇÃO TEMPORÃRIA NUMA ESCOLA EM PLENO FUNCIONAMENTO


2013-09-24


DESIGN E DELITO


2013-08-12


“NADA MUDAR PARA QUE TUDO SEJA DIFERENTEâ€: CONVERSA COM BEYOND ENTROPY


2013-08-11


“CHANGING NOTHING SO THAT EVERYTHING IS DIFFERENTâ€: CONVERSATION WITH BEYOND ENTROPY


2013-07-04


CORTA MATO. Design industrial do ponto de vista do utilizador


2013-05-20


VÃTOR FIGUEIREDO: A MISÉRIA DO SUPÉRFLUO


2013-04-02


O DESIGNER SOCIAL


2013-03-11


DRESS SEXY AT MY FUNERAL: PARA QUE SERVE A BIENAL DE ARQUITECTURA DE VENEZA?


2013-02-08


O CONSUMIDOR EMANCIPADO


2013-01-08


SOBRE-QUALIFICAÇÃO E REBUSCO


2012-10-29


“REGIONALISM REDIVIVUSâ€: UM OUTRO OLHAR SOBRE UM TEMA PERSISTENTE


2012-10-08


LEVINA VALENTIM E JOAQUIM PAULO NOGUEIRA


2012-10-07


HOMENAGEM A ROBIN FIOR (1935-2012)


2012-09-08


A PROMESSA DA ARQUITECTURA. CONSIDERAÇÕES SOBRE A GERAÇÃO POR VIR


2012-07-01


ENTREVISTA | ANDRÉ TAVARES


2012-06-10


O DESIGN DA HISTÓRIA DO DESIGN


2012-05-07


O SER URBANO: UMA EXPOSIÇÃO COMO OBRA ABERTA. NO CAMINHO DOS CAMINHOS DE NUNO PORTAS


2012-04-05


UM OBJECTO DE RONAN E ERWAN BOUROULLEC


2012-03-05


DEZ ANOS DE NUDEZ


2012-02-13


ENCONTROS DE DESIGN DE LISBOA ::: DESIGN, CRISE E DEPOIS


2012-01-06


ARCHIZINES – QUAL O TAMANHO DA PEQUENÊS?


2011-12-02


STUDIO ASTOLFI


2011-11-01


TRAMA E EMOÇÃO – TRÊS DISCURSOS


2011-09-07


COMO COMPOR A CONTEMPLAÇÃO? – UMA HISTÓRIA SOBRE O PAVILHÃO TEMPORÃRIO DA SERPENTINE GALLERY E O PROCESSO CRIATIVO DE PETER ZUMTHOR


2011-07-18


EDUARDO SOUTO DE MOURA – PRITZKER 2011. UMA SISTEMATIZAÇÃO A PROPÓSITO DA VISITA DE JUHANI PALLASMAA


2011-06-03


JAHARA STUDIO


2011-05-05


FALEMOS DE 1 MILHÃO DE CASAS. NOTAS SOBRE O CONCURSO E EXPOSIÇÃO “A HOUSE IN LUANDA: PATIO AND PAVILLIONâ€


2011-04-04


A PROPÓSITO DA CONFERÊNCIA “ARQUITECTURA [IN] ]OUT[ POLÃTICAâ€: UMA LEITURA DISCIPLINAR SOBRE A MEDIAÇÃO E A ESPECIFICIDADE


2011-03-09


HUGO MADUREIRA: O ARTISTA-JOALHEIRO


2011-02-07


O QUE MUDOU, O QUE NÃO MUDOU E O QUE PRECISA MUDAR


2011-01-11


nada


2010-12-02


PEQUENO ELOGIO DO ARCAICO


2010-11-02


CABRACEGA


2010-10-01


12ª BIENAL DE ARQUITECTURA DE VENEZA — “PEOPLE MEET IN ARCHITECTUREâ€


2010-08-02


ENTREVISTA | FILIPA GUERREIRO E TIAGO CORREIA


2010-07-09


ATYPYK PRODUCTS ARE NOT MADE IN CHINA


2010-06-03


OS PRÓXIMOS 20 ANOS. NOTAS SOBRE OS “DISCURSOS (RE)VISITADOSâ€


2010-05-07


OBJECTOS SEM MEDO


2010-04-01


O POTENCIAL TRANSFORMADOR DO EFÉMERO: A PROPÓSITO DO PAVILHÃO SERPENTINE EM LONDRES


2010-03-04


PEDRO + RITA = PEDRITA


2010-02-03


PARA UMA ARQUITECTURA SWISSPORT


2009-12-12


SOU FUJIMOTO


2009-11-10


THE HOME PROJECT


2009-10-01


ESTRATÉGIA PARA HABITAÇÃO EVOLUTIVA – ÃNDIA


2009-09-01


NA MANGA DE LIDIJA KOLOVRAT


2009-07-24


DA HESITAÇÃO DE HANS, OU SOBRE O MEDO DE EXISTIR (Parte II)


2009-06-16


DA HESITAÇÃO DE HANS, OU SOBRE O MEDO DE EXISTIR


2009-05-19


O QUE É QUE SE SEGUE?


2009-04-17


À MESA COM SAM BARON


2009-03-24


HISTÓRIAS DE UMA MALA


2009-02-18


NOTAS SOBRE PROJECTOS, ESPAÇOS, VIVÊNCIAS


2009-01-26


OUTONO ESCALDANTE OU LAPSO CRÃTICO? 90 DIAS DE DEBATE DE IDEIAS NA ARQUITECTURA PORTUENSE


2009-01-16


APRENDER COM A PASTELARIA SEMI-INDUSTRIAL PORTUGUESA OU PORQUE É QUE SÓ Hà UMA RECEITA NO LIVRO FABRICO PRÓPRIO


2008-11-20


ÃLVARO SIZA E O BRASIL


2008-10-21


A FORMA BONITA – PETER ZUMTHOR EM LISBOA


2008-09-18


“DELIRIOUS NEW YORK†EXPLICADO ÀS CRIANÇAS


2008-08-15


A ROOM WITH A VIEW


2008-07-16


DEBATER CRIATIVAMENTE A CIDADE: A EXPERIÊNCIA PORTO REDUX


2008-06-17


FOTOGRAFIA DE ARQUITECTURA, DEFEITO E FEITIO


2008-05-14


A PROPÓSITO DA DEMOLIÇÃO DO ROBIN HOOD GARDENS


2008-04-08


INTERFACES URBANOS: O CASO DE MACAU


2008-03-01


AS CORES DA COR


2008-02-02


Notas sobre a produção arquitectónica portuguesa e sua cartografia na Architectural Association


2008-01-03


TARZANS OF THE MEDIA JUNGLE


2007-12-04


MÚSICA INTERIOR


2007-11-04


O CIRURGIÃO INGLÊS


2007-10-02


NÓS E OS CARROS


2007-09-01


Considerações sobre Tempo e Limite na produção e recepção da Arquitectura


2007-08-01


A SUBLIMAÇÃO DA CONTEMPORANEIDADE


2007-07-01


UMA MITOLOGIA DE CARNE E OSSO


2007-06-01


O LUGAR COMO ARMADILHA


2007-05-02


ESPAÇOS DE FILMAR


2007-04-02


ARTES DO ESPAÇO: ARQUITECTURA/CENOGRAFIA


2007-03-01


TERRAIN VAGUE – Notas de Investigação para uma Identidade


2007-02-02


ERRARE HUMANUM EST…


2007-01-02


QUANDO A CIDADE É TELA PARA ARTE CONTEMPORÂNEA


2006-12-02


ARQUITECTURA: ESPAÇO E RITUAL


2006-11-02


IN SUSTENTÃVEL ( I )


2006-10-01


VISÕES DO FUTURO - AS NOVAS CIDADES ASIÃTICAS


2006-09-03


NOTAS SOLTAS SOBRE ARQUITECTURA E TECNOLOGIA


2006-07-30


O BANAL E A ARQUITECTURA


2006-07-01


NOVAS MORFOLOGIAS NO PORTO INDUSTRIAL DE LISBOA


2006-06-02


SOBRE O ESPAÇO DE REPRESENTAÇÃO MODERNO


2006-04-27


MODOS DE “VER†O ESPAÇO - A PROPÓSITO DE MONTAGENS FOTOGRÃFICAS



O QUE (AINDA) FAZ FALTA?

JOÃO ALMEIDA E SILVA


26/04/2025

 

 

Na Casa da Arquitectura, uma exposição percorre 50 anos de democracia através da arquitectura, entre as promessas do 25 de Abril e os dilemas do presente.

A exposição “O que faz falta. 50 anos de arquitectura portuguesa em democracia” — título que cita a canção homónima de José Afonso, editada em 1974 — interpela o passado, o presente e o futuro da disciplina num país em contínua transformação. Organizada pela Casa da Arquitectura, a mostra convida o público a revisitar o percurso democrático do país, criando uma rara oportunidade para pensar as intersecções entre Arquitectura, Cultura e Política na contemporaneidade.

Ao longo dos 900 m² da Nave Expositiva da Casa da Arquitectura, são analisadas em detalhe 50 obras em território português — representadas por maquetes, desenhos, fotografias e outros suportes — maioritariamente provenientes do próprio acervo da instituição [1]. A mostra reúne, deste modo, um conjunto alargado de conteúdos que ilustram a evolução e transformação da arquitectura no Portugal democrático.

A exposição organiza-se em sete áreas: uma instalação inicial, cinco módulos cronológicos e uma instalação final. O percurso expositivo inicia-se, assim, com a instalação Before, seguindo-se cinco módulos, por ordem cronológica: Revolution (1974-1983), Europa (1984-1993), Fin de Siècle (1994-2003), Troika (2004-2013) e Wi-Fi (2014-2023), terminando com a instalação After, sendo que os títulos dos módulos, em inglês, francês e alemão, reflectem a condição europeia (e internacional) da arquitectura portuguesa.

Entre Before e After, duas linhas paralelas, ao longo das quais os projectos de cada módulo se sucedem, configuram três corredores de leitura e circulação. Cada módulo é marcado superiormente por cinco estruturas suspensas de base quadrangular, nas quais, pelo exterior, se indicam as datas, títulos e pequenos textos/apresentações de cada núcleo e, pelo interior, se apresentam referências culturais correspondentes a cada período. Deste modo, a contribuição de arquitectos e arquitectas de várias gerações é contextualizada por manifestações artísticas, culturais e por figuras de referência que ajudam a situar cada período no respectivo imaginário colectivo.

Se em Before se evoca a repressão e a resistência cultural em Portugal, a partir das Novas Cartas Portuguesas (1972) [2], o primeiro módulo tem início com o projecto Vill’Alcina, de Sérgio Fernandez, iniciado em 1971 e finalizado em 1974 — o primeiro dos 50 projectos apresentados. A exposição resolve, deste modo e com sensibilidade, o início da cronologia, reconhecendo que a mudança trazida pelo 25 de Abril de 1974 à cultura e à arquitectura teve antecedentes que atravessaram o pré e o pós-25 de Abril.

De facto, em Revolution (1974-1983), explora-se o período revolucionário — com a emergência do social — e o pós-revolucionário, marcado pela estabilização liberal. Reflectem-se novos programas públicos e outros modos de fazer arquitectura, através de projectos como o Bairro da Bouça, de Álvaro Siza, ou a Casa dos Bicos, de Manuel Vicente e José Daniel Santa-Rita. O módulo convoca ainda figuras como Agustina Bessa-Luís, Sophia de Mello Breyner ou António Variações.

Segue-se Europa (1984-1993), onde se reflecte sobre a adesão de Portugal à Comunidade Europeia. Predominam os complexos habitacionais e os edifícios de uso público, destacando-se, neste módulo, a Cooperativa de Aldoar, de Manuel Correia Fernandes, o Bairro EPUL, no Restelo, de Teotónio Pereira, Portas, João Paciência, Pedro Botelho e Ribeiro Telles, a Pousada de Santa Marinha, de Fernando Távora, as Piscinas de Campo Maior, de Carrilho da Graça, ou o Complexo das Amoreiras, de Tomás Taveira. O interior do módulo suspenso relembra-nos a cultura coeva, da assinatura do tratado de adesão à então CEE a Saramago, passando por Eduardo Prado Coelho ou pelo filme Non, ou A Vã Glória de Mandar, de Manoel de Oliveira.

Em Fin de Siècle (1994-2003), que traduz a tensão do final do século e a ilusão que, reflectindo o passado, viu o futuro na Expo 98 e no Euro 2004, destacam-se neste módulo, precisamente, obras como o Pavilhão de Portugal, de Álvaro Siza, o Estádio Municipal de Braga, de Eduardo Souto de Moura, ou a ambiciosa e visionária Reconversão dos Estaleiros da Margueira, do Atelier Contemporânea de Manuel Graça Dias e Egas José Vieira [3]. Em paralelo relembra-se Eduardo Lourenço, Herman José, Miguel Esteves Cardoso, ou o filme Zona J, de Leonel Vieira.

 

Teatro Azul - Contemporânea. © Ivo Tavares Studio/Casa da Arquitectura.

 

Já em Troika (2004-2013), módulo que aborda a crise económica que o país enfrentou, são analisadas as mudanças na prática arquitectónica e o crescimento desenfreado do turismo. Para além de obras marcantes nas respectivas cidades como o Teatro Azul, do Atelier Contemporânea, ou as estações do Metro do Porto, de Souto de Moura, o Mosteiro de Santa Clara-a-Velha, da autoria do Atelier 15 (Alexandre Alves Costa e Sérgio Fernandez) com Luís Urbano, ou o Museu Marítimo de Ílhavo e Aquário dos Bacalhaus, do Atelier ARX Portugal, são ainda apresentadas obras relacionadas com a Saúde, como o Centro de Saúde de Vila do Conde, de Paulo Providência, ou a Educação, como a Escola Secundária Dom Dinis, de Ricardo Bak Gordon, o Conservatório de Música de Vila Real, de António Belém Lima, ou o Complexo de Artes e Arquitectura da Universidade de Évora, de Inês Lobo e João Ventura Trindade. Das referências coevas, destaque para José Gil, o Euro 2004, Paula Rego ou o Filme do Desassossego, de João Botelho.

No último módulo, Wi-Fi (2014-2023), acompanha-se a recuperação económica, impulsionada pelo investimento europeu, ao mesmo tempo que se tratam das transformações tecnológicas e da urgência climática. Vemos o Arquipélago - Centro de Artes Contemporâneas, da autoria de João Mendes Ribeiro e do Atelier Menos é Mais (Francisco Vieira de Campos e Cristina Guedes), ou a Biblioteca de Grândola, da autoria de Pedro Matos Gameiro e Pedro Domingos, obras promotoras do acesso à cultura e à coesão territorial. Em paralelo, e à boleia do crescimento do Turismo, temos obras como o Terminal de Campanhã, de Nuno Brandão Costa, ou a revitalização do Mercado do Bolhão, de Nuno Valentim Arquitectura. E voltamos a ver Álvaro Siza, com o fascinante Museu Nadir Afonso [4], enquanto vemos também as gerações mais recentes a propor abordagens híbridas e também artísticas, das referências do fala atelier a Rousseau, em Six Houses and a Garden, ou do Corpo Atelier a Cy Twombly em Exposed Concrete. Acumulam-se, de igual modo, as referências socioculturais ao período, desde o Ronaldo do Euro 2016, que Portugal venceu em França, à modelo Sara Sampaio, ao poeta Herberto Helder ou à pandemia de Covid-19 que esvaziou as nossas cidades.

 

© Ivo Tavares Studio/Casa da Arquitectura.

 

Por fim, do outro lado da linha do tempo — aquela que aponta para o futuro —, a instalação After, composta por Anexo (2024), de Sandra Poulson [5], e O que faz falta: módulo multimédia participativo (2024), de Sérgio Rebelo, encerra a mostra. Poulson evoca, desde logo, um Portugal multicultural, de regresso a condições de habitação precárias, onde os sérios problemas contemporâneos no acesso à habitação são sublinhados. E Rebelo faz ecoar o espírito dos tempos do SAAL — o programa de habitação participativa surgido após o 25 de Abril —: junta as vozes de quem constrói e de quem habita, abrindo espaço para imaginar soluções colectivas e duradouras — quase como se esta fosse, afinal, a chave para recuperarmos o direito à cidade e à habitação.

Ao associar-se às celebrações dos 50 anos da Revolução de Abril, a Casa da Arquitectura promove uma mostra que não só revisita momentos-chave do passado recente, como também reflecte criticamente sobre o presente e o futuro da disciplina. São obras que pertencem ao imaginário colectivo — e não apenas ao dos arquitectos — e que ajudam a construir o nosso território um pouco por todo o país e que habitam o quotidiano e evidenciam as idiossincrasias que colocam a arquitectura portuguesa entre as mais reconhecidas internacionalmente.

A exposição evoca também a diversidade de programas arquitectónicos — de escolas a habitação, de teatros a unidades de alojamento turístico — que, em diferentes escalas, resultam das promessas de Abril: o direito à habitação, à educação, à saúde, ao espaço público de qualidade e ao acesso à cultura. Ao revisitarmos os seus 50 melhores exemplos, somos chamados a pensar também naquilo que ainda falta construir. Não sendo nestes 50 anos que se inventou a arquitectura Portuguesa, é contudo seguro que esta mostra articula duas ideias centrais. Por um lado, torna visível o modo como a arquitectura portuguesa se consolidou enquanto produto cultural, com reconhecimento internacional. Por outro, apresenta uma disciplina culturalista, sempre em diálogo com outros campos do saber.

Poderíamos facilmente argumentar que se poderiam acrescentar (ou substituir) 50 obras da arquitectura portuguesa dos últimos 50 anos e que continuaríamos a ter um conjunto de excelência. Mais do que uma celebração, esta mostra funciona como um espelho — devolvendo-nos a imagem de uma arquitectura que se fez entre promessas e contradições, conquistas e silêncios. Importa, por isso, não esquecer que estes são os bons exemplos e aproveitar para reflectir sobre o modo de produção desta e de outras arquitecturas, sobre as condições em que Portugal foi sendo construindo e como trabalharam e continuam a trabalhar os arquitectos. Deste modo, num tempo em que o direito à cidade e à habitação volta a ser questionado, “O que faz falta” oferece um olhar lúcido e colectivo sobre a forma como a arquitectura portuguesa moldou e continua a moldar a nossa democracia. E por esta continua a ser moldada.

 

“O que faz falta. 50 anos de arquitectura portuguesa em democracia” tem curadoria de Jorge Figueira, curadoria-adjunta de Ana Neiva e projecto expositivo do Atelier do Corvo. A mostra foi inaugurada a 26 de Outubro de 2024 e estará patente na Casa da Arquitectura, em Matosinhos, até 7 de Setembro de 2025.

 

 

João Almeida e Silva
Arquitecto e Investigador no CEAU da FAUP, Visiting Scholar na Universidade de Princeton.

 


:::

Notas

[1] É a primeira exposição extraída do acervo da Casa da Arquitectura, a qual, para esse efeito, também recorreu a elementos de outras fontes de forma a enriquecer o olhar sobre os últimos 50 anos do panorama arquitectónico em Portugal
[2] De Maria Isabel Barreno, Maria Teresa Horta e Maria Velho da Costa, com locução de Catarina P.
[3] Na verdade, relembre-se que esta exposição mostra 49 obras e um projecto, precisamente a polémica Reconversão dos Estaleiros da Margueira, que propunha, em Almada, a criação de uma cidade intensa, com arranha-céus e grandes estruturas viárias, mas também equipamentos e espaços públicos qualificados.
[4] Uma nota final para a presença transversal de Álvaro Siza, que atravessa as cinco décadas com produção relevante, sendo, por isso, representado em três dos cinco núcleos — o Bairro da Bouça, no primeiro módulo, o Pavilhão de Portugal, no terceiro, e o Museu Nadir Afonso, no último.
[5] Sandra Poulson (Angola, n. 1995), artista interdisciplinar, adopta uma abordagem arqueológica aos símbolos, códigos e objectos culturais angolanos, com o intuito de desvelar histórias, tradições orais e estruturas políticas globais. Ao voltar a sua atenção para vestuário vernacular e mobiliário doméstico, Poulson explora a multiplicidade da vida quotidiana e dos costumes da sua cidade natal, Luanda — recorrendo a uma variedade de materiais frequentemente encontrados em mercados e casas angolanas, como cartão descartado, desperdícios têxteis, betão, publicidade e filme. Ao interpelar criticamente o discurso contemporâneo em torno do “Sul Global”, as esculturas e instalações de Poulson lançam nova luz sobre a circulação transnacional de imagens e da cultura material.