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ENTREVISTA



ANA LÉON


As palavras são sempre poucas com Ana Léon — mas compreendo hoje (ou penso compreender) que é no silêncio que ela melhor se expressa. Embora trabalhe com a imagem — por vezes de forma quase obsessiva — e a dimensão sonora dos seus filmes seja tão marcante quanto a visual, é naquilo que se insinua, na ambiguidade que provocam, que os seus filmes realmente falam. Tudo neles é sugerido, nunca imposto, para que no fim seja o espectador a decidir o que está, afinal, a ver. Esta entrevista tem como ponto de partida a exposição Gestos, atualmente patente no MAAT, onde a artista apresenta seis filmes.
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O ESTADO DA ARTE



FILIPA BOSSUET


VÂNIA DOUTEL VAZ: CADA DECISÃO É A PONTA DE UM ICEBERG
Em família era chamada de engenhocas e aqui poderá surgir o que Vânia Doutel Vaz refere uma questão antropológica “do que faz uma pessoaâ€. Manuseava qualquer objeto eletrónico intuitivamente, o manual de instruções era o conhecimento que tinha sobre o próprio corpo formado desde os cinco anos pelo ballet, ensinado pela professora Nanda (Fernanda Mafra) na Quimigal, pela expansão da relação dos mecanismos do mundo material com outras formas de existir mais orgânica, habilidade aplicada no seu mundo que se inicia na Margem Sul. O que faz de Vânia Doutel Vaz, Vânia Odete, estar nestes espaços com estas pessoas. Permitir-se elaborar sobre a ideia do que interpreta ser a prática do clown na realidade do seu corpo, hoje. “Chegou como um livro chega - chega porque tu chamaste, tu precisas deleâ€. Entre o imaginário e a realidade reflete "o que quero é liberdadeâ€.
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PERSPETIVA ATUAL

MIGUEL PINTO


RUI MOREIRA: TRANSE
É fundamental ao trabalho de Rui Moreira a construção de uma linguagem, de uma marca identificável. A sua intimidade, o aparente segredo da sua obsessão, é revelado pela autoconsciência, pela recorrência premeditada com que determinado elemento figura no desenho. É a essa vontade iconográfica que aponta o Transe da obra (e da exposição). A obra de Moreira é atravessada por um interesse, pelo menos, mitológico: através da repetição, a mitologia estabelece-se, sobretudo na figuração, e nas suas interseções extra-humanas, sejam elas divinas, ou simplesmente anti-naturalistas: apocalípticas ou utópicas?
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OPINIÃO

MAFALDA TEIXEIRA


ZANELE MUHOLI
Artista e ativista social; pessoa negra; não-binária e sul-africana, nascida em Durban durante o regime do Apartheid, Zanele Muholi (1972) é umas das vozes contemporâneas mais ativas no combate ao preconceito e à descriminação racial e de género, lutas que corporiza numa prática artística que visibiliza comunidades marginalizadas na promoção de uma sociedade equitativa. Entre composições, retratos, fotografias e escultura, abrangendo um corpo de trabalho que se estende desde o início da sua carreira artística até aos dias de hoje, a exposição antológica Zanele Muholi em Serralves, promove a inclusão e a representação justa da comunidade negra LGBTQIA+ no espaço museológico, reafirmando-o enquanto centro de discussão, de questionamento, de transformação e resistência.
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ARQUITETURA E DESIGN

JOÃO ALMEIDA E SILVA


O QUE (AINDA) FAZ FALTA?
Na Casa da Arquitectura, uma exposição percorre 50 anos de democracia através da arquitectura, entre as promessas do 25 de Abril e os dilemas do presente. A exposição “O que faz falta. 50 anos de arquitectura portuguesa em democracia†— título que cita a canção homónima de José Afonso, editada em 1974 — interpela o passado, o presente e o futuro da disciplina num país em contínua transformação. Organizada pela Casa da Arquitectura, a mostra convida o público a revisitar o percurso democrático do país, criando uma rara oportunidade para pensar as intersecções entre Arquitectura, Cultura e Política na contemporaneidade.
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ARTES PERFORMATIVAS

VICTOR PINTO DA FONSECA


PARTE I: 'DEUS, OS DADOS, GÖDEL E A NATUREZA DA ARTE'
Dividirei este longo texto em duas partes — a primeira, traduz o mundo para uma realidade indeterminada, para uma compreensão + ampla da arte a partir da definição de quanta, com a lógica contra-intuitiva da teoria quântica. Uma segunda parte, tem por objectivo uma perspectiva conceptual da dialéctica matemática e arte e se analise realmente o que está na base da arte. O que constitui o âmago da arte.
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:: Paraíso, hoje. é o projecto da Representação Oficial portuguesa na 19.ª Exposição Internacional de Arquitetura – La Biennale di Venezia



PREVIEW

9.ª edição Festival DDD - Dias da Dança | 23 Abr a 4 Mai, Porto, Matosinhos e Vila Nova de Gaia


Migração, trabalho e género são os temas em destaque na 9.ª edição do Festival DDD - Dias da Dança. No total, serão 27 espetáculos, incluindo 19 estreias absolutas ou nacionais, distribuídos por 18 palcos e envolvendo 49 sessões.
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EXPOSIÇÕES ATUAIS

MATTIA DENISSE

RECTO VERSO E VICE VERSA


Mais Silva Gallery, Porto

O artista francês, residente há vários anos em Portugal, é detentor de um trabalho artístico extenso, prolífero, de uma capacidade experimental fora do comum. É já conhecida a compulsão com que desenha, lê, imagina, mistura. As suas exposições são sempre compostas por um número avantajado de obras, o que indicia a sua necessidade vital e incessante pelo gesto do desenho, da leitura e, consequentemente, do pensamento.
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SEBASTIÃO CASANOVA

MA MORT SERA PETITE, COMME MOI


Galeria Pedro Oliveira, Porto
Vir a ter uma morte banal e sem glória, tal como é sugerido por Sebastião Casanova através do curioso título em francês da sua mostra, configura logo à partida um desígnio existencial reservado a uma memória futura recriado a partir de um presente efémero e incerto, mas que encontra na pintura um espaço singular de vida próprio que permite, ao pintor, retratar o mundo como uma tela viva de sensações, percepções e estórias que se fundem num horizonte de eventos.
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TRACEY EMIN

SEX AND SOLITUDE


Palazzo Strozzi, Florença
Sex and Solitude não é apenas uma retrospectiva da obra de Tracey Emin, mas uma profunda imersão na experiência humana, uma investigação do corpo, da vulnerabilidade e da dor. Emin, uma das artistas mais provocadoras e irreverentes da arte contemporânea, é conhecida pela sua capacidade de transformar momentos pessoais e intensos da sua vida em poderosas declarações artísticas. Sex and Solitude oferece uma síntese profunda e abrangente da prática da artista britânica, reunindo mais de 60 obras que abordam questões como a sexualidade, a solidão, o luto e a aceitação.
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JANET CARDIFF & GEORGE BURES MILLER

A FÃBRICA DAS SOMBRAS


Mosteiro de Santa Clara-a-Nova, Coimbra
Nesta que é a primeira exposição da dupla canadiana em Portugal, é-nos mostrada uma retrospetiva selecionada das quais constam vídeos, instalações interativas, desenhos, e até obras sonoras a partir das quais mapeamos a exposição e nos aproximamos do jogo de sombras invisíveis quanto físicas a que se propõe a exposição e à qual se deve o nome da mesma. Umas obras convidam o visitante, outras mantêm a sua distância para se metamorfosearem com um espaço que preza por uma monumentalidade caraterizada por uma carga de matriz religiosa e militar.
LER MAIS PEDRO VAZ

JOÃO MARÇAL

PIZZA SPACE-TIME


ZDB - Galeria Zé dos Bois, Lisboa
Esta exposição não é uma surpresa no percurso do artista; continua a exploração, em pintura, de padrões, formas e cores que fazem referência à vida. Os estofos dos transportes públicos são referência demais evidente e repetida na pintura de Marçal, contudo aqui compreende-se um compromisso ainda mais metódico; a exploração do meio da pintura adensa-se num enganoso representar destes padrões. Quase os poderíamos dizer bordados, tingidos numa outra trama que não a janela.
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NADIR AFONSO

EUTOPIA


Ap'Arte Galeria Arte Contemporânea, Porto
Se de facto, Nadir Afonso escolhe o caminho utópico como a impassibilidade imutável das formas e posições estáveis da incidência sempiterna regedora do universo, as leis geométricas, existe uma constatação da contínua deviniência da estrutura não só puramente ontológica do homem enquanto condição essencial de ser, mas também enquanto ser percipiente e senciente que sente, intui, pressente, conhece e adequa o seu conhecimento numa instrumentalização racionalizante, mas afectada pela carga temporal da voragem transitiva da mudança.
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MANUEL SANTOS MAIA

NAMPULA MACUA SOCIALISMO


Galerias Municipais - Galeria Quadrum, Lisboa
Manuel Santos Maia encerra o projeto augurando ‘um grande futuro pela frente’. Deixou-nos e dançou-nos a sua estrada ampla, ao som da música "Nifungo" da banda Eyuphuro…E como dança bem! Mas não antes de dar voz à sua avó Celeste, a matriarca da família, que ao falecer, se fez perceber como nunca “A Chave da Casaâ€, título da performance do dia da inauguração.
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