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GULBENKIAN INAUGURA DUAS NOVAS EXPOSIÇÕES COM OBRAS DA COLEÇÃO DO FUNDADOR E CONTEMPORÂNEAS

2016-06-16




Duas exposições, uma com 160 obras provenientes da coleção de Calouste Gulbenkian e da coleção moderna, outra com peças de artistas contemporâneos, em confronto com a coleção do fundador, abrem ao público, a 24 de junho, em Lisboa.

As duas exposições - intituladas "Linhas do Tempo" e "Convidados de Verão" - vão estar patentes na sede da Fundação Calouste Gulbenkian, a partir desse dia, para assinalar o 60.º aniversário daquela instituição.
De acordo com um comunicado da Gulbenkian, estas são as duas primeiras exposições assinadas pela nova diretora do Museu Gulbenkian, Penelope Curtis, historiadora britânica de 53 anos, escolhida no ano passado num concurso internacional, para dirigir os museus da fundação.

No âmbito de uma reestruturação anunciada este ano, os museus Gulbenkian passam a designar-se Museu Gulbenkian/Coleção do Fundador e Museu Gulbenkian/Coleção Moderna, deixando de existir a designação Centro de Arte Moderna (CAM).
A exposição "Linhas do Tempo - As Coleções Gulbenkian. Caminhos Contemporâneos" vai reunir na galeria principal da sede cerca de 160 obras, num diálogo entre a coleção do fundador, adquirida por Calouste Sarkis Gulbenkian (1869-1955) e a coleção Moderna, constituída após a sua morte, formada por obras do século XX até à atualidade.
De acordo com a Gulbenkian, a mostra "gira em torno de uma data - 1956 - recuando e avançando 60 anos de modo a estabelecer diferentes linhas de tempo (1896-2016), onde as pontes, os encontros, as datas e as circunstâncias artísticas e históricas das coleções se vão manifestando".

Foram selecionadas cerca de 160 obras das duas coleções, "muitas delas nunca mostradas publicamente, outras deslocadas do seu espaço habitual nas galerias", segundo a entidade, acrescentando que esta mostra tem curadoria de Penelope Curtis, João Carvalho Dias e Patrícia Rosas Prior, ficando patente até 02 de janeiro de 2017.
A exposição "Convidados de Verão", que também é inaugurada a 24 de junho, nas salas da coleção histórica, ficará patente até 03 de outubro e coloca em diálogo peças da Coleção do Fundador com obras de artistas contemporâneos como Rui Chafes, Vasco Araújo, Francisco Tropa, Miguel Branco, Miguel Palma, Patrícia Garrido, Pedro Cabral Santo, Susanne Themlitz, Bela Silva, Diogo Pimentão e ainda Wiebke Siem, Yael Bartana e Asta Gröting.

"Estes encontros singulares pretendem sublinhar a transversalidade, as relações inesperadas e a proximidade formal ou conceptual de obras de épocas diferentes", segundo a Gulbenkian.

Inclui ainda um conjunto de intervenções escultóricas de Fernanda Fragateiro, criadas para locais específicos do Jardim Gulbenkian, com nove bancos de cimento a serem revestidos por chapas de aço coladas sobre o assento e laterais, num percurso que vai do edifício sede à zona de piqueniques, passando pelos roseirais, pelo pinhal, em frente do edifício da Coleção Moderna, seguindo as margens do lago.
Ainda segundo a Gulbenkian, a Coleção Moderna terá, a partir de 08 de julho, uma nova apresentação intitulada "Portugal em Flagrante", que vai "evidenciar novas linhas de leitura do acervo, propostas por Penelope Curtis e pela sua equipa".
O primeiro momento “vai aprofundar questões de âmbito político, social, cultural e artístico, que permitem uma melhor compreensão dos séculos XX e XXI (até 2015) em Portugal”, estendendo-se pelo piso 01 da Coleção Moderna, reunindo obras em papel, complementadas por documentação proveniente da Biblioteca de Arte da Fundação Gulbenkian.

A partir de 17 de novembro será exposta essencialmente pintura portuguesa, assim como obras tridimensionais de escultura e instalação e, a partir de fevereiro do próximo ano, terá lugar "uma nova apresentação com outras linhas condutoras".

No âmbito do Festival de Verão, de celebração dos 60 anos da Gulbenkian, serão exibidos alguns filmes da Coleção Moderna, no anfiteatro ao ar livre, nomeadamente de Vasco Araújo, João Onofre, João Tabarra, João Paulo Feliciano, Jane & Louise Wilson, Fernando José Pereira, Pedro Barateiro e Lida Abdul.

Fonte: Diário Digital