Links

Subscreva agora a ARTECAPITAL - NEWSLETTER quinzenal para saber as últimas exposições, entrevistas e notícias de arte contemporânea.



ARTECAPITAL RECOMENDA


Outras recomendações:

Juntos | Eu Paisagem


Artur Rosa e Helena Almeida | Andreia Nóbrega
CAV - Centro de Artes Visuais, Coimbra

Terceiro Round


Atelier Contencioso
Galeria Monumental, Lisboa

Al Tramonto


Ana Santos, Fala Mariam, Juliana Matsumura e Manuela Marques
Galeria Vera Cortês (Alvalade), Lisboa

WHO WHERE / QUEM ONDE


COLECTIVA
Espaço Coleção Arte Contemporânea - Lisboa Cultura, Lisboa

“Nada Foi Pós”. 50 anos da Independência dos PALOP


COLECTIVA
Árvore - Cooperativa de Actividades Artísticas, C.R.L. , Porto

Muungano (1975–2025): 50 Anos de História, Arte e Cultura de Moçambique Independente


COLECTIVA
Sociedade Nacional de Belas Artes, Lisboa

Through It All


Aidan Duffy
ADZ, Lisboa

O que nos Olha | lápis de pintar dias cinzentos – Obras da Coleção de Arte Fundação EDP


Miriam Cahn | Colectiva
MAAT, Lisboa

Matéria / Ação


Escultura e vídeo dos anos 1960 e 1970
Museu Leopoldo de Almeida, Caldas da Rainha

Continuidad de los Parques | Da Sebe ao Ser


Rubén Rodrigo | André Vaz
Galeria Fernando Santos (Porto), Porto

ARQUIVO:

O seguinte guia de exposições é uma perspectiva prévia compilada pela ARTECAPITAL, antecipando as mostras. Envie-nos informação (Press-Release e imagem) das próximas inaugurações. Seleccionamos três exposições periodicamente, divulgando-as junto dos nossos leitores.

 


BáRBARA FONTE

Neste corpo não há poesia




CAAA - CENTRO PARA OS ASSUNTOS DE ARTE E ARQUITECTURA
Rua Padre Augusto Borges de Sá
4810-523 GUIMARãES

20 JUN - 08 AGO 2020


INAUGURAÇÃO: 20 de Junho, às 16h no Centro para os Assuntos da Arte e Arquitectura, Guimarães



Neste corpo não há poesia
de Bárbara Fonte

Curadoria: Paula Parente Pinto



:::


BÁRBARA FONTE: Neste corpo não há poesia

“Um dia, há muito tempo, encontrei uma fotografia do irmão mais novo de Napoleão, Jerôme (1852). Disse então para comigo, com um espanto que, desde então, nunca consegui reduzir: ‘Vejo os olhos que viram o Imperador.’ Por vezes falava desse espanto, mas como ninguém parecia partilhá-lo nem sequer compreendê-lo (a vida é feita assim de pequenas solidões), esqueci-o.”1 O espanto sentido por Roland Barthes reflectia a capacidade que a fotografia tem de fixar até ao infinito aquilo que só acontece uma única vez: “isto, é isto, é assim!” e não se repete mais.

Bárbara Fonte (1981) descobre esta experiência da fotografia na imagem de uma raposa inerte no asfalto de uma via rodoviária, na emoção que excede o referente colado à fotografia. Apesar da morte do animal, a fotografia parece surpreendê-la pela capacidade de comunicar para além do limite do corpo. Esta é a descoberta de uma expressão e de uma linguagem que ultrapassa o corpo, de uma existência que excede o comportamento social do corpo. A história de Bárbara Fonte, a forma de existir com que se narra e identifica, não tem uma tradução corporal e, pelo contrário, transpõe-no. As fotografias que mostra não são documentos, são imagens performativas de rituais que denunciam a inépcia corporal para chegar mais perto de uma alma ou essência.

(excerto do texto de Paula Parente Pinto)