RUI SANCHESEspelho/Mirror![]() FUNDAçãO CARMONA E COSTA Rua Soeiro Pereira Gomes, Lote 1- 6º A e D, EdifÃcio de Espanha (Bairro do Rego) 1600-196 LISBOA 18 DEZ - 18 DEZ 2019 ![]() ![]() Lançamento do livro: dia 18 de Dezembro, à s 18h, na Fundação Carmona e Costa Este livro documenta a exposição «Espelho/Mirror», de Rui Sanches, que teve lugar em Lisboa, no Torreão Nascente da Cordoaria Nacional entre 29 de Setembro de 2019 e 12 de Janeiro de 2020, com curadoria de Delfim Sardo, e no Museu Coleção Berardo entre 10 de Outubro de 2019 e 12 de Janeiro de 2020, com curadoria de Sara Antónia Matos. A obra de Rui Sanches tem vindo a desenvolver-se, ao longo dos últimos 35 anos (a sua primeira exposição individual em Portugal teve lugar em 1984), como uma extensa reflexão em torno de três questões fundamentais: a relação da criação moderna e contemporânea com a história e as diferentes linhagens que se foram definindo, a possibilidade de tematizar a questão do ponto de vista (do espectador e dos que a obra em si mesma propõe) — quer em termos fÃsico-percetivos, quer em termos representacionais — e a questão da relação da arte com o mundo, seja por processos de ressignificação, de relação com o contexto, de citação ou paráfrase ou pelo léxico material utilizado. Delfim Sardo Cada desenho fixa momentos ou estados, não tanto sobre a figura ou os objectos, antes sobre as suas qualidades lÃquidas, os movimentos e as vibrações que antecedem a forma. Na obra de Rui Sanches, o desenho parece sair da folha de papel, extravasando as suas margens, para lá dele, como se se estendesse pelo espaço. Assim, em certas circunstâncias, o desenho parece poder ser atravessado pelo espectador: este, não tendo base firme (referências de escala, perspectivas) onde assentar os pés, pode aproximar-se ou afastar-se daquele, afundar-se na janela que abre para o lado de lá ou ficar deste lado e vê-lo à distância. Sara Antónia Matos Os trabalhos produzidos por Rui Sanches nos últimos dois anos, Os espaços em volta, sugerem que os espaços, como vórtices em água turbulenta ou portais cósmicos (wormholes), se abrem por toda a parte em nosso redor. Dois destes trabalhos, os de maior dimensão, contêm mesmo portas, apesar de a entrada permanecer no domÃnio do imaginário, não no do possÃvel — o que, aliás, faz todo o sentido, pois se de facto entrássemos, muito provavelmente desaparecerÃamos. Richard Deacon ![]() |
