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THE NEW ART FEST'18 DE 9 A 30 DE NOVEMBRO EM LISBOA

2018-10-25




Entre 9 e 30 de novembro, a 3ª edição do The New Art Fest elege como tema a arte digital no continente americano, convocando artistas e curadores internacionais, e o público, para refletir sobre o que acontece quando as artes se desmaterializam.

Sob o tema “America online /Net Generation”, esta edição traça um percurso que recua até aos primórdios da arte eletrónica, a seguir à II Guerra Mundial, e prossegue pelo aparecimento da internet, até aos dias de hoje, através de exposições de arte digital, conferências, performances e workshops.

Que significa falar de original, de direitos de autor, de exposição, de público, de economia da arte e de conservação quando as artes se desmaterializam tão rápida e radicalmente, é o tema da conferência “When Art Becomes Data”, que marca o início do The New Art Fest, a 9 de novembro, no Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado (MNAC).

Às 18h00, ainda no MNAC, é inaugurada a exposição “Turbulence”, com curadoria de Gustavo Romano e que apresenta uma seleção de obras da coleção net art do MEIAC – Museu Estremeño e Iberoamericano de Arte Contemporáneo, parceiro desta edição do The New Art Fest.

Patente até 30 de novembro, em “Turbulence” podem ser vistas obras do acervo eletrónico com o mesmo nome, que constitui atualmente um dos maiores arquivos mundiais deste tipo de trabalhos.


"Hands On" e "Temporal de Santa Rosa" na abertura oficial

A abertura oficial do The New Art Fest está marcada também para dia 9, às 21h00, no Picadeiro do Museu Nacional de História Natural e da Ciência (MUNHAC), com a inauguração da exposição “Hands On”, que pode ser visitada até ao fim de novembro.

Com curadoria partilhada por António Cerveira Pinto, Brian Mackern e Nilo Casares, “Hands On” apresenta obras de arte materiais e imateriais, sensoriais, mentais, ou especialmente interativas, de 38 autores seminais no aparecimento e desenvolvimento das artes de base tecnológica e cognitiva, nomeadamente na Internet e nas redes sociais. As obras expostas provêm dos arquivos digitais da Rhizome, da NETescópio e La Maquina Podrida, de Brian Mackern.

Uma hora mais tarde, às 22h00, apresenta-se a live performance “Temporal de Santa Rosa”, de Brian Mackern, baseada na documentação de interferências radioelétricas geradas por uma conhecida e recorrente tempestade no Rio de la Plata (Uruguai) cuja presença é recriada no espetáculo.

Brian Mackern vai estar também na Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa, nos dias 12 e 13 de novembro, para um workshop intitulado “Ruídos e Interferências”, uma aula prática sobre arte, eletrónica e computação.

Durante o The New Art Fest’18, o Picadeiro do MUNHAC acolhe também o projeto NitroPortugal, do Instituto Superior de Agronomia da Universidade de Lisboa e da Cultivamos Cultura, em que a arte e a tecnologia se aliam para explicar os reais efeitos do excesso de azoto no ambiente.


2018 estreia parceria com MONSTRA e FUSO

Numa parceria do The New Art Fest com os festivais Monstra – Lisbon animation festival e FUSO - Anual de vídeo arte internacional de Lisboa, são realizadas, também no Picadeiro do MUNHAC e entre 10 e 30 de novembro, as sessões MOTION PICTURES, dedicadas a vídeo e cinema do continente americano.

A MONSTRA apresenta 2 programas de filmes de animação, um dedicado ao realizador independente Bill Plympton e outro dedicado à Call Arts, uma das melhores escolas de animação americanas. Já o FUSO mergulha na sua experiência de 10 anos de programação para apresentar um programa de vídeo que enfatiza as vozes singulares de artistas norte e sul americanos.

A 17 de novembro, na Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa, a conferência “American Century” propõe um painel de discussão sobre o que poderá ter sido o "século americano", i.e. o período compreendido entre 1918 e 2018.

Reunindo artistas de várias gerações - David Blair, Jeremy Bailey, Tony Katai, Sophia Brueckner e Zoe Beloff -, o objetivo é conversar também sobre quais têm sido os impactos da Internet e, em geral, dos novos meios de reprodutibilidade técnica (digitalização do mundo, 'realidade aumentada', 'realidade mista'), bem como da nova economia interativa e da biotecnologia na vida dos artistas e na realidade mutante das suas obras.

No mesmo dia, mas no Picadeiro do MUNHAC, às 22h00, Adriana Sá e John Klima apresentam a performance STRING PRACTICE 2.3, uma construção musical que explora uma partitura gráfica, cujo sistema de notação coreografa vocabulário musical, sequência, textura e densidade.


Como falar hoje de arquitetura, tecnologia e gentrificação?

“Utopia e Gentrificação” é o tema da conferência que se realiza a 21 de novembro na Secção Regional Sul da Ordem dos Arquitectos que convida os oradores Fabiana Pavel, Joana Braga, Junia Ferrari, Matthias Bühler, Ulrich Gehmann (estes dois últimos do Ideal Spaces Working Group) para uma conversa que questiona em que termos, no mundo de hoje, se podem abordar a arquitetura, a tecnologia e a gentrificação.

Também na Secção Regional Sul da Ordem dos Arquitectos, às 20h30, inaugura a exposição que apresenta os projetos “Favela, Ibirapuera Park & Babel IID”, do Ideal Spaces Working Group, sobre cidades utópicas e “BH120 - Belo Horizonte: 120 Anos de Gentrificação”, pelo coletivo espanhol Left Hand Rotation. A exposição pode ser visitada até 30 de novembro.

A 28 de novembro abre as portas, na Sociedade Nacional de Belas Artes, a MAKER ART – Feira de Arte Tecnológica, uma plataforma de experimentação e divulgação de projetos artísticos e tecnológicos e um ponto para o encontro de fazedores de arte tecnológica e os seus públicos e clientes.

A edição de 2018 do The New Art Fest estará também presente nas ruas de Lisboa, através de obras de vídeo realizadas com smartphone para os painéis eletrónicos de informação (Tomi Lx) e de instalações pensadas para algumas montras de lojas localizadas no Chiado.

Em 2018 o The New Art Fest estreia também o boletim de bordo do diretor artístico do festival, António Cerveira Pinto, intitulado “the curator's blog”, onde é desde já possível seguir o trabalho de investigação que suporta esta terceira edição.