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ALGUÉM JÁ LOCALIZOU A ARCA DA ALIANÇA?

2025-05-02




No primeiro volume da adorada série de filmes de ação e aventura de Steven Spielberg e George Lucas, “Os Salteadores da Arca Perdida”, o arqueólogo Indiana Jones descobre a lendária Arca da Aliança num poço infestado de cobras em Tanis, no Egipto, com a ajuda de outro artefacto mágico: o Cajado de Rá.

Na vida real, o destino da Arca — um baú coberto de ouro que supostamente continha os Dez Mandamentos e a vara de Aarão, irmão de Moisés, entre outros tesouros — continua a ser um mistério.

Mencionada pela primeira vez no Livro do Êxodo, a Arca da Aliança é descrita como uma caixa de “dois côvados e meio de comprimento, um côvado e meio de largura e um côvado e meio de altura” feita de madeira de acácia. Revestido de ouro e preso a postes que "não serão removidos", foi dado a Moisés por Deus no Monte Sinai, depois de o profeta ter tirado os seus companheiros israelitas da escravidão.

Segundo a lenda, a Arca protegia os israelitas no seu caminho de regresso à Terra Prometida, afastando os animais peçonhentos e interrompendo o fluxo do rio Jordão. Diz-se que durante a conquista de Canaã pelos israelitas, a Arca ajudou a atacar a cidade de Jericó, cujas muralhas ruíram milagrosamente na presença divina do artefacto.

Após uma breve estadia na cidade santuário de Silo, de onde era ocasionalmente levada para as batalhas, a Arca foi transportada para Jerusalém pelo rei David. Colocado no Tabernáculo do Templo Sagrado pelo filho de David, Salomão, deixou de fazer aparições públicas. Apenas uma única pessoa — o sumo sacerdote de Israel — tinha permissão para o ver, e apenas num dia do ano: Yom Kippur.

Daqui em diante, o destino da Arca é desconhecido e, muito possivelmente, não verificável. Alguns historiadores e teólogos acreditam que pode ter sido perdida, destruída ou roubada durante o Cerco de Jerusalém, em 587 a.C., quando as forças do rei babilónico Nabucodonosor II reduziram grandes partes da cidade a escombros e cinzas.

Outros questionam esta hipótese. Em 1963, o estudioso bíblico Menahem Haran observou que, embora as escrituras forneçam uma extensa lista de itens que foram “quebrados ou levados para a Babilónia” pelos generais de Nabucodonosor, não mencionam a Arca.

Segundo Haran, alguns sábios talmúdicos acreditavam que a Arca estava escondida num local desconhecido por Josias, o 16º rei de Judá, cujo reinado antecedeu a invasão babilónica. Outros, por sua vez, acreditam que os israelitas levaram consigo o artefacto para o exílio, após o fim do cerco de Jerusalém.

Algumas teorias afirmam que a Arca repousa num local de fácil acesso, como por exemplo debaixo do Domo da Rocha, um santuário islâmico sagrado em Jerusalém. A catedral de Santa Maria de Sião, em Aksum, na Etiópia, afirma estar na posse da Arca, mas não permite que ninguém a veja ou estude.

Em 2000, o governo dos EUA desclassificou documentos da CIA afirmando que a agência tinha utilizado “visualizadores remotos” psíquicos para localizar a Arca durante a década de 1980. De acordo com os documentos, um desses espectadores alegou que o alvo, “feito de madeira, ouro e prata”, estava localizado num contentor num local não revelado.

Não é de estranhar que a experiência nunca tenha levado à recuperação da Arca. Hoje, o esforço é amplamente considerado pseudo-científico e "falso", nas palavras de um chefe do exército dos EUA. Por enquanto, a Arca continua a ser matéria de ficção.


Fonte: Artnet News