Links

NOTÍCIAS


ARQUIVO:

 


TÂNIA CARVALHO CONDECORADA PELA REPÚBLICA FRANCESA

2023-03-24




A cerimónia de entrega das insígnias de Cavaleiro na Ordem Nacional das Artes e das Letras teve lugar a 21 de março na Embaixada de França, em Lisboa. Tânia Carvalho junta-se, assim, a nomes como Amália, José Saramago, Manoel de Oliveira ou António Pinto Ribeiro, anteriormente distinguidos pelo Ministério da Cultura francês.

Tânia Carvalho mantém estreita relação com França desde 2008, sendo frequentemente convidada para criar, coreografar e apresentar-se em diversos contextos. O seu trabalho foi coproduzido, apoiado e apresentado em França por estruturas como ADC – Association pour la danse contemporaine; Ballet de l'Opéra de Lyon; Ballet National de Marseille; Biennal de la Danse de Lyon; Biennale de Danse du Val-de-Marne; Théâtre Jacques Carat Cachan; CCN Aix-en-Provence; CDC Uzès Danse; CENTQUATRE-PARIS; Centre Chorégraphique de Rillieux-la-Pape; Centre Pompidou; KLAP Maison pour la danse; La Briqueterie - CDCN du Val-de-Marne; La Chaudronnerie; La Comédie – CDN; La Passerelle - Scène nationale de Saint-Brieuc; Le Carreau du Temple; Le Gymnase CDCN Roubaix – Hauts-de-France; Le Majestic; LES SALINS - Scène Nationale; Les Subsistances; Maison de la danse; MC2 - Scène nationale de Grenoble; Rencontres chorégraphiques internationales de Seine-Saint-Denis; Théâtre de la Bastille; Théâtre de la Ville – Paris; Théâtre de St-Quentin-en-Yvelines; Théâtre du Châtelet; Théâtre la Villette; Théâtre Les Abbesses; Théâtre National de Marseille - La Criée; Théâtre Quintaou - Scène nationale du Sud-Aquitain, entre outras.

Alternando entre solos, concertos, peças de grande envergadura e colaborações artísticas, Tânia Carvalho foi esculpindo, desde os anos 90, um trajeto multidisciplinar – com mais de 40 obras – que se expande entre a dança, a música, o desenho e o cinema.

Com produção própria, destacam-se Inicialmente Previsto (1999), New Tan (2001), Como se pudesse ficar ali para sempre (2005), Orquéstica (2006), Barulhada (2007), De mim não posso fugir, paciência! (2008), Danza Ricercata (2008), Olhos Caídos (2010), Icosahedron (2011), 27 Ossos (2012), O reverso das palavras (2013), Síncopa (2013), A Tecedura do Caos (2014), GLIMPSE — 5 Room Puzzle (2016), Captado pela Intuição (2017), onironauta (2020) e Versa-vice (2023).

A convite de outras companhias, realçam-se as criações I Walk, You Sing (2007) para Company of Elders; Como é que eu vou fazer isto? (2013) para a Companhia Paulo Ribeiro; 3 (2014) para o Ballet Contemporâneo do Norte; Xilografia (2016) para o Ballet de l'Opéra de Lyon; Doesdicon (2017) para a Companhia Dançando com a Diferença; S (2018) para a Companhia Nacional de Bailado; one of four periods in time (ellipsis) (2021) para o Ballet National de Marseille-(LA)HORDE, companhia que também remontou em 2022 a peça Xilografia e o solo Como se pudesse ficar ali para sempre (2005). A companhia ŻfinMalta - National Dance Company remontou, em 2021, a peça A Tecedura do Caos (2014).

No universo da composição musical, além de trabalhar as bandas sonoras de grande parte das suas peças, desenvolveu os projetos Madmud (2007), Idiolecto (2013) e duploc barulin (2019), e cocriou sob o nome Papillons d’éternité (duo formado com Matthieu Ehrlacher) Concerto (2021), Greta Oto (2021) e LYROPTERYX APPOLLONIA (2022).

Em 2018, realizou o seu primeiro filme Um Saco e uma Pedra – peça de dança para ecrã, estreado no Teatro Maria Matos, com orquestração ao vivo por um quarteto de cordas e percussão, e apresentado depois no Festival Chantiers d'Europe (Théâtre de la Ville em Paris), no Festival Abril Dança em Coimbra (TAGV), na BoCA Biennal of Contemporary Arts na Cinemateca Portuguesa, no Théâtre Les Abbesses, no Festival Planalto, entre outros.

Toledo, a sua exposição de desenhos sempre em mutação, que tem um percurso com quase uma década, já foi exibida no CAAA (Guimarães), na BoCA (Lisboa), KLAP Maison pour la Danse (Marselha), Théâtre de la Ville (Paris), entre outros.

Ao longo dos anos, o trabalho de Tânia Carvalho foi reconhecido e celebrado em diversas ocasiões.

A sua peça Inicialmente previsto recebeu, em 2000, o Prémio Jovens Criadores 2000. Icosahedron foi galardoada com o Prémio Melhor Coreografia, em 2012, pela Sociedade Portuguesa de Autores. Em 2019 Tânia Carvalho foi distinguida com o título de Cidadã de Mérito pela Câmara Municipal de Viana do Castelo e, em 2021, voltou a receber o Prémio de Melhor Coreografia, pela SPA, com a peça onironauta.

Em 2018, o Teatro Municipal Maria Matos coorganizou, com o São Luiz Teatro Municipal e a Companhia Nacional de Bailado, o Ciclo Tânia Carvalho, apresentando uma seleção de obras criadas entre 2008 e 2018, incluindo a estreia de uma nova criação para a Companhia Nacional de Bailado.

Ao longo de 2022, o Théâtre de la Ville – Paris dedicou, no âmbito da Temporada Cruzada Portugal-França, um especial enfoque ao percurso de Tânia Carvalho, apresentando alguns dos seus trabalhos mais emblemáticos em várias salas da capital francesa.


FONTE: Agência 25