Links


ARTES PERFORMATIVAS


GENESIS P-ORRIDGE: ALMA PANDRÓGINA (PARTE 2)

RUI MIGUEL ABREU

2013-07-05



Segunda parte da entrevista realizada com Genesis Breyer P-Orridge, dono de uma longa carreira que passa pela criação do som industrial com os míticos Throbbing Gristle e que se prolonga até ao presente com diferentes encarnações dos Psychic Tv. A presente entrevista resulta de uma longa conversa com P-Orridge tida a propósito da vinda dos Psychic Tv a Portugal em 24 de abril último para uma apresentação no Cartaxo. Uma versão editada desta entrevista foi originalmente publicada na revista Blitz.

 

 

 

 

P: O seu output musical com os Psychic TV é impressionante em termos de variedade e quantidade também. Que pontos de entrada poderá sugerir a um recém-convertido?

R: Acabámos de editar a versão definitiva de Dreams Less Sweet em vinil. O Eddie trabalha na Sony agora e localizou as masters e depois de alguns anos de negociação conseguimos comprar os direitos de volta e reeditámos esse álbum de 1983 com material dos meus arquivos, versões alternativas, fotos inéditas, etc. Fizemos a versão perfeita desse álbum. E incluímos um CD extra com o vinil que reúne entrevistas, outras faixas e mais material. Esse seria um dos trabalhos-chave, sem dúvida. Allegory and Self, que mostra a primeira encarnação dos Psychic TV enquanto banda psicadélica que referencia os anos 60, esse é outro disco que pensamos ser realmente incrível. Inclui “Godstar”, claro. E provavelmente recomendaria os três discos mais recentes, Maggot Brain, Mother Sky e Silver Sundown Machine. Podem ser comprados como downloads, por isso não requerem grande investimento. Temos muito orgulho nesses. Para nós, estes novos discos são o melhor que alguma vez fizemos. Costumamos ouvi-los em casa por prazer, tal como ouvimos discos de outras bandas. E isso é uma coisa espantosa, porque raramente ouvimos música em casa.


 

P: Muitas das experiências pioneiras dos Throbbing Gristle e Psychic TV influenciaram claramente muitas bandas de gerações posteriores. Consegue ouvir essa influência?

R: Claro que sim. É engraçado porque por vezes saímos com alguns amigos para um bar ou para um clube em Nova Iorque e os meus ouvidos estão muito afinados para os samples, por estar constantemente a ouvir coisas em busca de novo material para trabalhar, e muitas vezes não nos podemos conter: “somos nós! Aquele é um sample de um dos nossos discos”. E quando nos lembramos que eu mesmo e o Monte Cazazza batizámos a corrente industrial em 1975 – a 3 de setembro (risos)… –, antes disso não existia o género de música industrial. E hoje há música industrial em todos os países, há clubes focados nesse género, há lojas que o vendem, t-shirts, djs que o tocam, há milhares de bandas e é espantoso perceber a influência que tivemos. E quando conheço gente nova com 20 e tal anos que cresceu com a música industrial sempre presente descubro sempre que eles acham muito estranho que esta música não tenha estado sempre presente para toda a gente. Acham que sempre houve bandas a fazerem este tipo de som. Mas pessoas como o Trent Reznor, o Marilyn Manson e outras já disseram que sem os Throbbing Gristle eles não teriam criado a sua música. Isso é gratificante e recompensa-nos por termos trabalhado tanto para converter o mundo à nossa visão musical. Esse é um aspeto excitante do trabalho que fiz ao longo da vida. E às vezes custa a acreditar no alcance de todo esse trabalho. Costumávamos sair com a Lady Jaye até um sítio em Nova Iorque chamado St. Marks, que é um pouco como Haight Ashbury, com muitas lojas hippies, gente a vender t-shirts, roupas góticas e tudo o mais, e ela costumava olhar para todos os miúdos e dizer: “tu é que és o culpado disto!” (risos)

 

 

 

 

P: O mundo das artes tem assistido a terríveis cortes nos subsídios nos últimos anos. Como é que vê a sobrevivência das artes neste contexto de crise económica?

R: De facto, o que está a acontecer é muito importante e é importante recordar que quando começámos os Throbbing Gristle em Inglaterra era comum quase todos os músicos estarem a receber subsídio de desemprego e terem assim liberdade para se entregarem à música. Era possível viver legalmente em squats e podia-se ir a lojas depois de fecharem e apanhar alimentos de borla, coisas que não podiam ser vendidas e seriam deitadas fora. Era possível viver com quase nada e isso deu-nos uma liberdade imensa, permitiu que não nos importássemos com o que pensariam de nós. Agora é tudo muito mais complicado: não é possível viver em casas ocupadas, já não se pode viver do subsídio de desemprego, já nem é legal dar comida que não se vendeu às pessoas. E por isso as bandas mais jovens têm que encontrar uma forma de financiar a sua vida e ainda ter tempo de se dedicarem à sua música. Claro que hoje há a internet e computadores. Isso permite que as pessoas possam fazer música sem terem que pagar estúdios muito caros. Mas isso também limita o som que se consegue, há um som digital muito particular de que não se consegue escapar: há um valor tonal nas frequências do som digital que é muito distinto. Hoje em dia é muito mais difícil sobreviver, sem dúvida. Mas toda a gente que conhecemos tem empregos em part-time. Muitos músicos em Nova Iorque, especialmente as mulheres, trabalham na indústria do sexo. Dançam em clubes, são strippers ou dominatrixes, como a Lady Jaye era. É uma forma relativamente simples de conseguir dinheiro. É mais difícil para os homens, para os homens biológicos, mas muitos deles trabalham em bares, são empregados de mesa. Mas é mais difícil conseguir dinheiro e progredir por causa dessa pressão, dessa falta de tempo. E como tudo está disponível com a internet é mais complicado perceber o que é realmente criativo.

 

 

 

 

 

P: Os Psychic TV vão tocar no Cartaxo na noite de aniversário da revolução portuguesa. Celebrar a revolução com a sua música parece-me apropriado…

R: A sério? Fantástico. Isso é lindo. Isso faz-nos sentir honrados, a sério. Nós apoiamos a mudança, a liberdade de pensar e criar o que cada um quiser. E viver de acordo com qualquer orientação sexual que se escolha. E apoiamos a vontade de evoluir, de crescer. E somos contra a opressão, as ditaduras e os totalitarismos burocráticos – que é aquilo em que muitas democracias se tornaram, países que olham para a China como uma secreta inveja: uma população imensa de escravos mal pagos e uma elite. Estamos numa fase em que isso nos devia preocupar a todos. Porque anda toda a gente tão distraída com as novas tecnologias, os telemóveis e tudo isso o que torna fácil deixar passar as desigualdades económicas. Os telemóveis são mesmo o novo ópio das massas. Há uma razão para que estes aparelhos desliguem as pessoas dos seus grupos sociais: entra-se num restaurante agora e vêem-se pessoas sentadas à mesma mesa, mas cada uma a escrever no seu telemóvel. Vê-se isso todos os dias, gente a descer a rua a falar ao telefone, mas desligada fisicamente do mundo que as rodeia. E isso acontece cada vez mais. E é muito mais fácil controlar pessoas que são indivíduos desligados do que é controlar grupos de pessoas motivadas e criativas. E é por isso que pensamos que há um subtexto para toda esta tecnologia: criar um futuro em que seja tarde demais para nos revoltarmos, tarde demais para a revolução.

 

 

 

 

P: E por falar em conversas telefónicas: foi a última pessoa a falar com Ian Curtis antes dele se suicidar. Poderia contar-nos essa história?

R: O que aconteceu foi que eu próprio enquanto membro dos Throbbing Gristle cheguei a um momento em que assumi o cansaço de trabalhar com os outros três membros da banda. Quando se veem velhos vídeos percebe-se que, sim, estão a criar música belíssima, mas estão sempre estáticos lá atrás. E nós pensávamos que também devíamos de alguma maneira entreter as pessoas, dar-lhes o máximo de energia possível. Esse público assumiu um compromisso, decidiu gastar o seu dinheiro connosco, decidiu gastar o seu tempo e até decidiu entregar-nos a sua paixão. E por isso começámos a ficar muito desiludidos com a minha situação pessoal dentro dos TG. Ian Curtis estava a passar por algo de semelhante com os Joy Division. Ele estava cansado de ser uma estrela pop e queria ser mais experimental. Por isso quando nos encontrávamos, lá para o fim da sua vida, costumávamos falar disso: “Como é que escapamos desta armadilha em que nos metemos?” E por isso decidimos criar uma nova banda os dois. Isso fazia parte dos nossos planos e a ideia era irmos a Paris e através do Brion Gysin iríamos encontrar-nos com as pessoas que geriam o Le Palace, um clube muito em voga na altura. O nosso plano era dizer que queríamos fazer lá um concerto com os Joy Division e os Throbbing Gristle. Mas não lhes diríamos qual era a parte final do plano: o Ian ia tentar convencer os Joy Division a tocarem uma música com os TG, nós cantaríamos juntos e no final anunciaríamos que íamos deixar as nossas bandas e começar um projeto novo. Mas, claro, ele morreu antes de irmos a Paris. Mas ele costumava ligar-me muitas vezes por estar tão infeliz e querer falar. Ele sentia um enorme conflito por estar apaixonado pela sua nova namorada e da última vez que ele me ligou nós estávamos em Londres e ele em Manchester e ele disse que estava farto de tudo e cantou-me a canção “Weeping” dos Throbbing Gristle, um tema que ele sabia que tinha sido escrito depois de termos tentado cometer suicídio. E conseguimos perceber pela forma como ele falava e pela forma como se entregou aquela canção que ele estava a contemplar o suicídio. Quando desligámos o telefone, começámos a ligar a toda a gente que conhecíamos em Manchester para tentar que alguém fosse a casa do Ian. Mas estes eram os tempos antes dos telefones móveis e ninguém tinha atendedores de chamada. Não mencionaremos nomes, mas apanhámos algumas pessoas que desvalorizaram a nossa sensação dizendo: “ele está sempre deprimido, ele é mesmo assim, ele não vai fazer nada”. Não conseguimos apanhar ninguém que fizesse alguma coisa. E depois recebemos a notícia da morte dele e sempre pensámos porque não conseguimos fazer mais nada? Mas não sabíamos que mais poderíamos ter feito. Foi uma experiência terrível e durante mais de 10 anos nem conseguíamos ouvir os Joy Division por ser tão perturbador. A faixa “Atmosphere” foi originalmente gravada para a editora francesa Sordide Sentimental e isso aconteceu porque os Throbbing Gristle tinham feito o single We Hate You (Liitle Girls) / Five Knuckle Shuffle para o nosso amigo Jean Pierre Turmel da Sordide Sentimental. E o Ian adorava o disco e a sua capa e perguntou-me se eu achava que o Jean Pierre aceitaria editar os Joy Division. Eu respondi que sim, que ele adorava os Joy Division. E portanto ele acabou por lançar o “Atmosphere”, uma canção que me perturba ainda hoje porque essa é uma canção em que tivemos alguma responsabilidade, ao colocá-los em contacto. É uma canção belíssima.

 

 


LINKS


http://en.wikipedia.org/wiki/Genesis_P_Orridge
http://en.wikipedia.org/wiki/Throbbing_Gristle
http://en.wikipedia.org/wiki/Psychic_TV
http://www.discogs.com/artist/Psychic+TV
www.genesisbreyerporridge.com
 




Outros artigos:

2024-03-24


PARADIGMAS DA CONTÍNUA METAMORFOSE NA CONSTRUÇÃO DO TEMPO EM MOVIMENTO // A CONQUISTA DE UMA PAISAGEM AUTORAL HÍBRIDA EM CONTÍNUA CAMINHADA
 

2024-02-26


A RESISTÊNCIA TEMPORAL, A PRODUÇÃO CORPORAL E AS DINÂMICAS DE LUTA NA ARTE CONTEMPORÂNEA
 

2023-12-15


CAFE ZERO BY SOREN AAGAARD, PERFORMA - BIENAL DE ARTES PERFORMATIVAS
 

2023-11-13


SOBRE O PROTEGER E O SUPLICAR – “OS PROTEGIDOS” DE ELFRIEDE JELINEK
 

2023-10-31


O REGRESSO DE CLÁUDIA DIAS. UM CICLO DE CRIAÇÃO DE 10 ANOS A EMERGIR DA COLEÇÃO DE LIVROS DO SEU PAI
 

2023-09-12


FESTIVAL MATERIAIS DIVERSOS - ENTREVISTA A ELISABETE PAIVA
 

2023-08-10


CINEMA INSUFLÁVEL: ENTREVISTA A SÉRGIO MARQUES
 

2023-07-10


DEPOIS DE METADE DOS MINUTOS - ENTREVISTA A ÂNGELA ROCHA
 

2023-05-20


FEIOS, PORCOS E MAUS: UMA CONVERSA SOBRE A FAMÍLIA
 

2023-05-03


UMA TERRA QUE TREME E UM MAR QUE GEME
 

2023-03-23


SOBRE A PARTILHA DO PROCESSO CRIATIVO
 

2023-02-22


ALVALADE CINECLUBE: A PROGRAMAÇÃO QUE FALTAVA À CIDADE
 

2023-01-11


'CONTRA O MEDO' EM 2023 - ENTREVISTA COM TEATROMOSCA
 

2022-12-06


SAIR DE CENA – UMA REFLEXÃO SOBRE VINTE ANOS DE TRABALHO
 

2022-11-06


SAMOTRACIAS: ENTREVISTA A CAROLINA SANTOS, LETÍCIA BLANC E ULIMA ORTIZ
 

2022-10-07


ENTREVISTA A EUNICE GONÇALVES DUARTE
 

2022-09-07


PORÉM AINDA. — SOBRE QUASE UM PRAZER DE GONÇALO DUARTE
 

2022-08-01


O FUTURO EM MODO SILENCIOSO. SOBRE HUMANIDADE E TECNOLOGIA EM SILENT RUNNING (1972)
 

2022-06-29


A IMPORTÂNCIA DE SER VELVET GOLDMINE
 

2022-05-31


OS ESQUILOS PARA AS NOZES
 

2022-04-28


À VOLTA DA 'META-PERSONAGEM' DE ORGIA DE PASOLINI. ENTREVISTA A IVANA SEHIC
 

2022-03-31


PAISAGENS TRANSDISCIPLINARES: ENTREVISTA A GRAÇA P. CORRÊA
 

2022-02-27


POÉTICA E POLÍTICA (VÍDEOS DE FRANCIS ALŸS)
 

2022-01-27


ESTAR QUIETA - A PEQUENA DANÇA DE STEVE PAXTON
 

2021-12-28


KILIG: UMA NARRATIVA INSPIRADA PELO LOST IN TRANSLATION DE ANDRÉ CARVALHO
 

2021-11-25


FESTIVAL EUFÉMIA: MULHERES, TEATRO E IDENTIDADES
 

2021-10-25


ENTREVISTA A GUILHERME GOMES, CO-CRIADOR DO ESPECTÁCULO SILÊNCIO
 

2021-09-19


ALBUQUERQUE MENDES: CORPO DE PERFORMANCE
 

2021-08-08


ONLINE DISTORTION / BORDER LINE(S)
 

2021-07-06


AURORA NEGRA
 

2021-05-26


A CONFUSÃO DE SE SER NÓMADA EM NOMADLAND
 

2021-04-30


LODO
 

2021-03-24


A INSUSTENTÁVEL ORIGINALIDADE DOS GROWLERS
 

2021-02-22


O ESTRANHO CASO DE DEVLIN
 

2021-01-20


O MONSTRO DOS PUSCIFER
 

2020-12-20


LOURENÇO CRESPO
 

2020-11-18


O RETORNO DE UM DYLAN À PARTE
 

2020-10-15


EMA THOMAS
 

2020-09-14


DREAMIN’ WILD
 

2020-08-07


GABRIEL FERRANDINI
 

2020-07-15


UMA LIVRE ASSOCIAÇÃO DO HERE COME THE WARM JETS
 

2020-06-17


O CLASSICISMO DE NORMAN FUCKING ROCKWELL!
 

2019-07-31


R.I.P HAYMAN: DREAMS OF INDIA AND CHINA
 

2019-06-12


O PUNK QUER-SE FEIO - G.G. ALLIN: UMA ABJECÇÃO ANÁRQUICA
 

2019-02-19


COSEY FANNI TUTTI – “TUTTI”
 

2019-01-17


LIGHTS ON MOSCOW – Aorta Songs Part I
 

2018-11-30


LLAMA VIRGEM – “desconseguiste?”
 

2018-10-29


SRSQ – “UNREALITY”
 

2018-09-25


LIARS – “1/1”
 

2018-07-25


LEBANON HANOVER - “LET THEM BE ALIEN”
 

2018-06-24


LOMA – “LOMA”
 

2018-05-23


SUUNS – “FELT”
 

2018-04-22


LOLINA – THE SMOKE
 

2018-03-17


ANNA VON HAUSSWOLFF - DEAD MAGIC
 

2018-01-28


COUCOU CHLOÉ
 

2017-12-22


JOHN MAUS – “SCREEN MEMORIES”
 

2017-11-12


HAARVÖL | ENTREVISTA
 

2017-10-07


GHOSTPOET – “DARK DAYS + CANAPÉS”
 

2017-09-02


TATRAN – “EYES, “NO SIDES” E O RESTO
 

2017-07-20


SUGESTÕES ADICIONAIS A MEIO DE 2017
 

2017-06-20


TIMBER TIMBRE – A HIBRIDIZAÇÃO MUSICAL
 

2017-05-17


KARRIEM RIGGINS: EXPERIÊNCIAS E IDEIAS SOBRE RITMO E HARMONIAS
 

2017-04-17


PONTIAK – UM PASSO EM FRENTE
 

2017-03-13


TRISTESSE CONTEMPORAINE – SEM ILUSÕES NEM DESILUSÕES
 

2017-02-10


A PROJECTION – OBJECTOS DE HOJE, SÍMBOLOS DE ONTEM
 

2017-01-13


AGORA QUE 2016 TERMINOU
 

2016-12-13


THE PARKINSONS – QUINZE ANOS PUNK
 

2016-11-02


patten – A EXPERIÊNCIA DOS SENTIDOS, A ALTERAÇÃO DA PERCEPÇÃO
 

2016-10-03


GONJASUFI – DESCIDA À CAVE REAL E PSICOLÓGICA
 

2016-08-29


AGORA QUE 2016 VAI A MEIO
 

2016-07-27


ODONIS ODONIS – A QUESTÃO TECNOLÓGICA
 

2016-06-27


GAIKA – ENTRE POLÍTICA E MÚSICA
 

2016-05-25


PUBLIC MEMORY – A TRANSFORMAÇÃO PASSO A PASSO
 

2016-04-23


JOHN CALE – O REECONTRO COM O PASSADO EM MAIS UMA FACE DO POLIMORFISMO
 

2016-03-22


SAUL WILLIAMS – A FORÇA E A ARTE DA PALAVRA ALIADA À MÚSICA
 

2016-02-11


BIANCA CASADY & THE C.I.A – SINGULARES EXPERIMENTALISMO E IMAGINÁRIO
 

2015-12-29


AGORA QUE 2015 TERMINOU
 

2015-12-15


LANTERNS ON THE LAKE – SOBRE FORÇA E FRAGILIDADE
 

2015-11-11


BLUE DAISY – UM VÓRTEX DE OBSCURA REALIDADE E HONESTA REVOLTA
 

2015-10-06


MORLY – EM REDOR DE REVOLUÇÕES, REFORMULAÇÕES E REINVENÇÕES
 

2015-09-04


ABRA – PONTO DE EXCLAMAÇÃO, PONTO DE EXCLAMAÇÃO!! PONTO DE INTERROGAÇÃO?...
 

2015-08-05


BILAL – A BANDEIRA EMPUNHADA POR QUEM SABE QUEM É
 

2015-07-05


ANNABEL (LEE) – NA PRESENÇA SUPERIOR DA PROFUNDIDADE E DA EXCELÊNCIA
 

2015-06-03


ZIMOWA – A SURPREENDENTE ORIGEM DO FUTURO
 

2015-05-04


FRANCESCA BELMONTE – A EMERGÊNCIA DE UMA ALMA VELHA JOVEM
 

2015-04-06


CHOCOLAT – A RELEVANTE EXTRAVAGÂNCIA DO VERDADEIRO ROCK
 

2015-03-03


DELHIA DE FRANCE, PENTATONES E O LIRISMO NA ERA ELECTRÓNICA
 

2015-02-02


TĀLĀ – VOLTA AO MUNDO EM DOIS EP’S
 

2014-12-30


SILK RHODES - Viagem no Tempo
 

2014-12-02


ARCA – O SURREALISMO FUTURISTA
 

2014-10-30


MONEY – É TEMPO DE PARAR
 

2014-09-30


MOTHXR – O PRAZER DA SIMPLICIDADE
 

2014-08-21


CARLA BOZULICH E NÓS, SOZINHOS NUMA SALA SOTURNA
 

2014-07-14


SHAMIR: MULTI-CAMADA AOS 19
 

2014-06-18


COURTNEY BARNETT
 

2014-05-19


KENDRA MORRIS
 

2014-04-15


!VON CALHAU!
 

2014-03-18


VANCE JOY
 

2014-02-17


FKA Twigs
 

2014-01-15


SKY FERREIRA – MORE THAN MY IMAGE
 

2013-09-24


ENTRE O MAL E A INOCÊNCIA: RUTH WHITE E AS SUAS FLOWERS OF EVIL
 

2013-07-05


GENESIS P-ORRIDGE: ALMA PANDRÓGINA (PARTE 2)
 

2013-06-03


GENESIS P-ORRIDGE: ALMA PANDRÓGINA (PARTE 1)
 

2013-04-03


BERNARDO DEVLIN: SEGREDO EXÓTICO
 

2013-02-05


TOD DOCKSTADER: O HOMEM QUE VIA O SOM
 

2012-11-27


TROPA MACACA: O SOM DO MISTÉRIO
 

2012-10-19


RECOLLECTION GRM: DAS MÁQUINAS E DOS HOMENS
 

2012-09-10


BRANCHES: DOS AFECTOS E DAS MEMÓRIAS
 

2012-07-19


DEVON FOLKLORE TAPES (II): SEGUNDA PARTE DA ENTREVISTA COM DAVID CHATTON BARKER
 

2012-06-11


DEVON FOLKLORE TAPES - PESQUISAS DE CAMPO, FANTASMAS FOLCLÓRICOS E LANÇAMENTOS EM CASSETE
 

2012-04-11


FC JUDD: AMADOR DA ELETRÓNICA
 

2012-02-06


SPETTRO FAMILY: OCULTISMO PSICADÉLICO ITALIANO
 

2011-11-25


ONEOHTRIX POINT NEVER: DA IMPLOSÃO DOS FANTASMAS
 

2011-10-06


O SOM E O SENTIDO – PÁGINAS DA MEMÓRIA DO RADIOPHONIC WORKSHOP
 

2011-09-01


ZOMBY. PARA LÁ DO DUBSTEP
 

2011-07-08


ASTROBOY: SONHOS ANALÓGICOS MADE IN PORTUGAL
 

2011-06-02


DELIA DERBYSHIRE: O SOM E A MATEMÁTICA
 

2011-05-06


DAPHNE ORAM: PIONEIRA ELECTRÓNICA E INVENTORA DO FUTURO
 

2011-03-29


TERREIRO DAS BRUXAS: ELECTRÓNICA FANTASMAGÓRICA, WITCH HOUSE E MATER SUSPIRIA VISION
 

2010-09-04


ARTE E INOVAÇÃO: A ELECTRODIVA PAMELA Z
 

2010-06-28


YOKO PLASTIC ONO BAND – BETWEEN MY HEAD AND THE SKY: MÚLTIPLA FANTASIA EM MÚLTIPLOS ESTILOS