Links


ARTES PERFORMATIVAS


JOHN MAUS – “SCREEN MEMORIES”

RICARDO ESCARDUÇA

2017-12-22



 

 

 

A plasticidade cultural produzida pelas intensas dinâmicas contemporâneas tecnológicas, económicas e comunicacionais, promovedora de interacções de convergência e assimilação da heterogeneidade, gera na rede globalizada processos de hibridização identitária marcados pelo obcecado desejo da novidade. Questionar-se-á, contudo, se esta afirmação de diversidade e descoberta possibilitadas por estas dinâmicas não está afinal a priori confinada a um determinado caleidoscópio, a uma amplitude com limites, controladas e manobradas por uma invisible hand – recorrendo ao conceito proposto por Adam Smith já lá vai um par de séculos – de interesses e efeitos perversos e objectivos favorecedores de uns em detrimento de outros. Há vinte anos, interpretando e extrapolando a noção de dispositif de Foucault – um conjunto heterogéneo constituído por discursos, instituições, decisões regulatórias, leis, normas administrativas, princípios filosóficos e morais, axiomas e declarações científicas, interligados e a funcionar em rede –, Deleuze sugere a ideia da sociedade de controlo contemporânea. Esta obsessão pela diversidade e pela novidade, nas questões de identidade em constante comparação com o Outro para além da sua aceitação ou rejeição, induzida pelo dispositivo daquelas dinâmicas contemporâneas, acaba, porventura, por adormecer, por anestesiar – interesses, talvez, deste dispositivo de controlo – a primordialidade irrestrita da própria capacidade individual de questionar e de criticar porque permite, mas impondo limites e condições por infiltração.

Há, felizmente, umas cabeças peculiares e saudáveis por aí. Plenas de contrastes, profundidade e ar limpo, optam por concentrar a questão e a crítica em si próprios, seja no Eu ou na formação social em que estão inseridos.

Do California Institute of the Arts em Los Angeles, onde estudou Composição e Música Experimental, ganhou interesse por música medieval, renascentista e barroca, mas também pela pop por influência do colega de turma e amigo Ariel Rosenberg – que dá pelo nome de Ariel Pink, dispensando apresentações enquanto nome frontal da sonoridade lo-fi, retro, nostálgica e algo psicadélica do dream-pop e do chillwave –, e da Universidade do Hawaii onde se doutorou em Filosofia Política com uma tese sobre comunicação e controlo e “as tecnologias moleculares de poder”, que também o fez passar pela Suiça onde se cruza com o filósofo Alain Badiou, ao contraste do isolamento quase total, enfiado em casa no meio do nada da amplidão da paisagem agrícola e dos invernos glaciais e austeros que duram meses a fio no Minnesota natal, ligado ao mundo quase apenas pelo feed de notícias e pelo dono da mercearia local. Da generosidade e abundância de palavras e irrequietude e profundidade de ideias, conceitos e opiniões que concede em extensas e densas entrevistas onde facilmente uma questão sobre opções líricas e musicais descarrila, ou melhor, encarrila, numa reflexão crítica complexa e multidisciplinar levada cirurgicamente ao mais ínfimo detalhe de que não abdica analisar, descascar e discutir incansavelmente, sobre poder, a ideologia de Sillicon Valley, globalização, capitalismo, inteligência artificial e os Bot’s, media e comunicação social, consumismo, internet e redes sociais, privacidade e o comércio de Big Data, ou nacionalismos recentes, ao contraste do minimalismo das letras da sua música que, por convicção em expurgar e alhear a música da palavra e fixar-se na estrita dimensão musical da obra e, também, devido a uma assumida falta de vocação para a escrita poética, resume intencionalmente na presença secundária de esboços fonéticos em loops padronizados que se encrustam nos ouvidos como pregões ou mantras ao serviço da experiência sensorial e que, podendo parecer ineptos, inexpressivos e ocos de conteúdo, constituem-se na verdade como veículos que fazem germinar perturbantes imagens mentais, assim revelando, em resultado da sua percepção e interpretação emocional, psicológica e intelectual, os reais e complexos significados políticos que carregam dissimulados.

John Maus é uma dessas cabeças e deu nas vistas em 2011. Não foi um acaso que o seu álbum “We Must Become the Pitiless Censors of Ourselves” colheu o título de uma das “Fifteen Theses on Contemporary Art” de Alain Badiou: “Since it is sure of its ability to control the entire domain of the visible and the audible via the laws governing commercial circulation and democratic communication, Empire no longer censures anything. All art, and all thought, is ruined when we accept this permission to consume, to communicate and to enjoy. We should become the pitiless censors of ourselves.” Unindo a música e a criatividade à reflexão e à crítica, é a invulgaridade e excentricidade da sua magnética personalidade que tornam a sua música vibrante e arrebatadora. Basta assistir aos seus concertos.

Ao contrário do que seria de esperar - continuar a produzir, capitalizando o sucesso de 2011 que o retirou de um anonimato apenas contrariado por um punhado de escassos mas ávidos fãs que seguiam devotadamente a sua produção musical, e que produziu o efeito secundário da revisitação dos seus álbuns anteriores “Songs”, de 2006, e “Love is Real”, de 2007, até então quase despercebidos – Maus desapareceu quase sem deixar rasto até 27 de Outubro passado. Não é de espantar em Maus. A ausência foi apenas intermediada em 2012 pelo lançamento de uma compilação de temas compostos entre 1999 e 2010. O longo período de seis anos terminou com o lançamento de “Screen Memories”, o muito aguardado LP de originais sucedâneo de “We Must Become the Pitiless Censors of Ourselves”; quem passou pela Zé dos Bois ou pelos Maus Hábitos recentemente teve a oportunidade de assistir à apresentação de algumas das novas faixas, a par de outras antigas, em mais uma apresentação ao vivo com a singularidade da marca de Maus em palco: um transe em turbilhão extravagante, estridente, incontrolado.

 

 

Objecto de crítica e denúncia do dispositivo de controlo contemporâneo, o álbum traduz a visão pessoal do cataclismo social e cultural que Maus augura quando disseca as dinâmicas pós-modernas. A complexidade desta impressão ameaçadoramente distópica é habilmente sintetizada nas frases curtas e directas das letras, repetidas sucessivamente ao longo de cada faixa, que, mais do que literais, são metáforas da lâmina da sua bagagem teórica – veja-se, por exemplo, “The Combine” praticamente limitada aos versos “I see the combine coming / It´s gonna dust us all to nothing” ou “Walls of Silence” que não passa de “It´s written in the walls of silence”. O laconismo compulsivo destes versos são engates de encaixe perfeito à voz cavernosa das suas performances em palco e à viciante e hipnótica fixação mental da sua música. A irreverência conceptual de Maus também recorre à ironia na profecia da catástrofe em letras um pouco mais elaboradas. Em “Pets”, esmurra-nos com a crueldade do destino inevitável de que ninguém escapa “Your pets are gonna die!”, nem mesmo os animais de estimação, para depois se assumir mais metafísico ao referir-se à morte “Let this be the time of the end, standing between time and its end”. A morte é também aludida em “Over Phantom”, neste caso a sua própria às mãos das forças destruidoras “I am the phantom over the battlefield”, depois ironizando acusador e autoritário para a inércia e apatia generalizadas dos que se aprisionam e morrem eles-próprios na estupidez “The zebra stripe the zebra stripe of stupidity /…/ Take a look here, there take a look it´s always more of the same / Take a seat there in the electric chair”.

 

 

A recusa da comparação com que o rodeia e da perseguição obcecada da novidade é aplicada à música. Maus está a borrifar-se para o forjar do próximo género ou sub-género musical. Pelo contrário, não há truques nem embustes: “Screen Memories” segue exactamente a mesma palette sonora dos seus antecessores, preterindo reinvenções que muitas vezes dão em nada em favor de uma identidade de continuidade que revela a confiança e convicção enquanto artista. A voz ecoante de barítono, muito à moda de Ian Curtis, é acompanhada por uma instrumentação synth-pop e post-punk evocativa dos anos ´80 sustentada por teclados sintetizadores analógicos que derramam espessas e espaçosas progressões e padrões melódicos, por linhas de baixo impulsionadoras, precisas e vívidas e pelo ritmo programado das drum-machines em cadência persistente, uniforme e regular, costurados com dedicação aos detalhes numa sonoridade atmosférica gótica e enérgica cheia de echos e reverbs que enfatiza a tonalidade e o timbre em privilégio das tensões emocionais que é desejado provocar. Contudo, alguma prudência é necessária. Típico em Maus, nada é directamente simples e o que parece. A sua criatividade musical está longe de ser alimentada por uma evocação nostálgica dos anos ´80. Bem mais importante é a sua afirmada postura experimental que mistura as várias vertentes e influências do seu percurso musical e alia as harmonias barrocas da Renascença e o post-punk nas suas características camadas melódicas minimalistas e vocais profundos, ecoantes e distorcidos, embrulhados numa pop bizarra que se impõe ao resto do território da pop-music.

 

 

Em dinamismo constante entre faixas que rondam os três minutos, “Screen Memories” afirma a sua identidade musical do princípio ao fim no retro-futurismo intemporal que é a marca personalizada de Maus. Ao longo da tracklist, a atmosfera sonora e emocional alterna entre as mais sombrias, como “The Combine” e “The People Are Missing”, e outras menos carregadas, como “Sensitive Recollections” e “Walls of Silence”. Em sincronia com a sua observação do desmoronamento social e cultural e em compromisso de resistência e resiliência através da criação artística, “Screen Memories” é o celebrado regresso de uma complexa e vibrante personalidade em afirmação da relevância de um artista que, ainda que instalado no seu cunho identitário, permanece alerta e crítico ao que o rodeia.

 

Screen Memories Tracklist

1. The Combine
2. Teenage Witch
3. Touchdown
4. Walls of Silence
5. Find Out
6. Decide Decide
7. Edge Of Forever
8. The People Are Missing
9. Pets
10. Sensitive Recollections
11. Over Phantom
12. Bombs Away




Outros artigos:

2024-03-24


PARADIGMAS DA CONTÍNUA METAMORFOSE NA CONSTRUÇÃO DO TEMPO EM MOVIMENTO // A CONQUISTA DE UMA PAISAGEM AUTORAL HÍBRIDA EM CONTÍNUA CAMINHADA
 

2024-02-26


A RESISTÊNCIA TEMPORAL, A PRODUÇÃO CORPORAL E AS DINÂMICAS DE LUTA NA ARTE CONTEMPORÂNEA
 

2023-12-15


CAFE ZERO BY SOREN AAGAARD, PERFORMA - BIENAL DE ARTES PERFORMATIVAS
 

2023-11-13


SOBRE O PROTEGER E O SUPLICAR – “OS PROTEGIDOS” DE ELFRIEDE JELINEK
 

2023-10-31


O REGRESSO DE CLÁUDIA DIAS. UM CICLO DE CRIAÇÃO DE 10 ANOS A EMERGIR DA COLEÇÃO DE LIVROS DO SEU PAI
 

2023-09-12


FESTIVAL MATERIAIS DIVERSOS - ENTREVISTA A ELISABETE PAIVA
 

2023-08-10


CINEMA INSUFLÁVEL: ENTREVISTA A SÉRGIO MARQUES
 

2023-07-10


DEPOIS DE METADE DOS MINUTOS - ENTREVISTA A ÂNGELA ROCHA
 

2023-05-20


FEIOS, PORCOS E MAUS: UMA CONVERSA SOBRE A FAMÍLIA
 

2023-05-03


UMA TERRA QUE TREME E UM MAR QUE GEME
 

2023-03-23


SOBRE A PARTILHA DO PROCESSO CRIATIVO
 

2023-02-22


ALVALADE CINECLUBE: A PROGRAMAÇÃO QUE FALTAVA À CIDADE
 

2023-01-11


'CONTRA O MEDO' EM 2023 - ENTREVISTA COM TEATROMOSCA
 

2022-12-06


SAIR DE CENA – UMA REFLEXÃO SOBRE VINTE ANOS DE TRABALHO
 

2022-11-06


SAMOTRACIAS: ENTREVISTA A CAROLINA SANTOS, LETÍCIA BLANC E ULIMA ORTIZ
 

2022-10-07


ENTREVISTA A EUNICE GONÇALVES DUARTE
 

2022-09-07


PORÉM AINDA. — SOBRE QUASE UM PRAZER DE GONÇALO DUARTE
 

2022-08-01


O FUTURO EM MODO SILENCIOSO. SOBRE HUMANIDADE E TECNOLOGIA EM SILENT RUNNING (1972)
 

2022-06-29


A IMPORTÂNCIA DE SER VELVET GOLDMINE
 

2022-05-31


OS ESQUILOS PARA AS NOZES
 

2022-04-28


À VOLTA DA 'META-PERSONAGEM' DE ORGIA DE PASOLINI. ENTREVISTA A IVANA SEHIC
 

2022-03-31


PAISAGENS TRANSDISCIPLINARES: ENTREVISTA A GRAÇA P. CORRÊA
 

2022-02-27


POÉTICA E POLÍTICA (VÍDEOS DE FRANCIS ALŸS)
 

2022-01-27


ESTAR QUIETA - A PEQUENA DANÇA DE STEVE PAXTON
 

2021-12-28


KILIG: UMA NARRATIVA INSPIRADA PELO LOST IN TRANSLATION DE ANDRÉ CARVALHO
 

2021-11-25


FESTIVAL EUFÉMIA: MULHERES, TEATRO E IDENTIDADES
 

2021-10-25


ENTREVISTA A GUILHERME GOMES, CO-CRIADOR DO ESPECTÁCULO SILÊNCIO
 

2021-09-19


ALBUQUERQUE MENDES: CORPO DE PERFORMANCE
 

2021-08-08


ONLINE DISTORTION / BORDER LINE(S)
 

2021-07-06


AURORA NEGRA
 

2021-05-26


A CONFUSÃO DE SE SER NÓMADA EM NOMADLAND
 

2021-04-30


LODO
 

2021-03-24


A INSUSTENTÁVEL ORIGINALIDADE DOS GROWLERS
 

2021-02-22


O ESTRANHO CASO DE DEVLIN
 

2021-01-20


O MONSTRO DOS PUSCIFER
 

2020-12-20


LOURENÇO CRESPO
 

2020-11-18


O RETORNO DE UM DYLAN À PARTE
 

2020-10-15


EMA THOMAS
 

2020-09-14


DREAMIN’ WILD
 

2020-08-07


GABRIEL FERRANDINI
 

2020-07-15


UMA LIVRE ASSOCIAÇÃO DO HERE COME THE WARM JETS
 

2020-06-17


O CLASSICISMO DE NORMAN FUCKING ROCKWELL!
 

2019-07-31


R.I.P HAYMAN: DREAMS OF INDIA AND CHINA
 

2019-06-12


O PUNK QUER-SE FEIO - G.G. ALLIN: UMA ABJECÇÃO ANÁRQUICA
 

2019-02-19


COSEY FANNI TUTTI – “TUTTI”
 

2019-01-17


LIGHTS ON MOSCOW – Aorta Songs Part I
 

2018-11-30


LLAMA VIRGEM – “desconseguiste?”
 

2018-10-29


SRSQ – “UNREALITY”
 

2018-09-25


LIARS – “1/1”
 

2018-07-25


LEBANON HANOVER - “LET THEM BE ALIEN”
 

2018-06-24


LOMA – “LOMA”
 

2018-05-23


SUUNS – “FELT”
 

2018-04-22


LOLINA – THE SMOKE
 

2018-03-17


ANNA VON HAUSSWOLFF - DEAD MAGIC
 

2018-01-28


COUCOU CHLOÉ
 

2017-12-22


JOHN MAUS – “SCREEN MEMORIES”
 

2017-11-12


HAARVÖL | ENTREVISTA
 

2017-10-07


GHOSTPOET – “DARK DAYS + CANAPÉS”
 

2017-09-02


TATRAN – “EYES, “NO SIDES” E O RESTO
 

2017-07-20


SUGESTÕES ADICIONAIS A MEIO DE 2017
 

2017-06-20


TIMBER TIMBRE – A HIBRIDIZAÇÃO MUSICAL
 

2017-05-17


KARRIEM RIGGINS: EXPERIÊNCIAS E IDEIAS SOBRE RITMO E HARMONIAS
 

2017-04-17


PONTIAK – UM PASSO EM FRENTE
 

2017-03-13


TRISTESSE CONTEMPORAINE – SEM ILUSÕES NEM DESILUSÕES
 

2017-02-10


A PROJECTION – OBJECTOS DE HOJE, SÍMBOLOS DE ONTEM
 

2017-01-13


AGORA QUE 2016 TERMINOU
 

2016-12-13


THE PARKINSONS – QUINZE ANOS PUNK
 

2016-11-02


patten – A EXPERIÊNCIA DOS SENTIDOS, A ALTERAÇÃO DA PERCEPÇÃO
 

2016-10-03


GONJASUFI – DESCIDA À CAVE REAL E PSICOLÓGICA
 

2016-08-29


AGORA QUE 2016 VAI A MEIO
 

2016-07-27


ODONIS ODONIS – A QUESTÃO TECNOLÓGICA
 

2016-06-27


GAIKA – ENTRE POLÍTICA E MÚSICA
 

2016-05-25


PUBLIC MEMORY – A TRANSFORMAÇÃO PASSO A PASSO
 

2016-04-23


JOHN CALE – O REECONTRO COM O PASSADO EM MAIS UMA FACE DO POLIMORFISMO
 

2016-03-22


SAUL WILLIAMS – A FORÇA E A ARTE DA PALAVRA ALIADA À MÚSICA
 

2016-02-11


BIANCA CASADY & THE C.I.A – SINGULARES EXPERIMENTALISMO E IMAGINÁRIO
 

2015-12-29


AGORA QUE 2015 TERMINOU
 

2015-12-15


LANTERNS ON THE LAKE – SOBRE FORÇA E FRAGILIDADE
 

2015-11-11


BLUE DAISY – UM VÓRTEX DE OBSCURA REALIDADE E HONESTA REVOLTA
 

2015-10-06


MORLY – EM REDOR DE REVOLUÇÕES, REFORMULAÇÕES E REINVENÇÕES
 

2015-09-04


ABRA – PONTO DE EXCLAMAÇÃO, PONTO DE EXCLAMAÇÃO!! PONTO DE INTERROGAÇÃO?...
 

2015-08-05


BILAL – A BANDEIRA EMPUNHADA POR QUEM SABE QUEM É
 

2015-07-05


ANNABEL (LEE) – NA PRESENÇA SUPERIOR DA PROFUNDIDADE E DA EXCELÊNCIA
 

2015-06-03


ZIMOWA – A SURPREENDENTE ORIGEM DO FUTURO
 

2015-05-04


FRANCESCA BELMONTE – A EMERGÊNCIA DE UMA ALMA VELHA JOVEM
 

2015-04-06


CHOCOLAT – A RELEVANTE EXTRAVAGÂNCIA DO VERDADEIRO ROCK
 

2015-03-03


DELHIA DE FRANCE, PENTATONES E O LIRISMO NA ERA ELECTRÓNICA
 

2015-02-02


TĀLĀ – VOLTA AO MUNDO EM DOIS EP’S
 

2014-12-30


SILK RHODES - Viagem no Tempo
 

2014-12-02


ARCA – O SURREALISMO FUTURISTA
 

2014-10-30


MONEY – É TEMPO DE PARAR
 

2014-09-30


MOTHXR – O PRAZER DA SIMPLICIDADE
 

2014-08-21


CARLA BOZULICH E NÓS, SOZINHOS NUMA SALA SOTURNA
 

2014-07-14


SHAMIR: MULTI-CAMADA AOS 19
 

2014-06-18


COURTNEY BARNETT
 

2014-05-19


KENDRA MORRIS
 

2014-04-15


!VON CALHAU!
 

2014-03-18


VANCE JOY
 

2014-02-17


FKA Twigs
 

2014-01-15


SKY FERREIRA – MORE THAN MY IMAGE
 

2013-09-24


ENTRE O MAL E A INOCÊNCIA: RUTH WHITE E AS SUAS FLOWERS OF EVIL
 

2013-07-05


GENESIS P-ORRIDGE: ALMA PANDRÓGINA (PARTE 2)
 

2013-06-03


GENESIS P-ORRIDGE: ALMA PANDRÓGINA (PARTE 1)
 

2013-04-03


BERNARDO DEVLIN: SEGREDO EXÓTICO
 

2013-02-05


TOD DOCKSTADER: O HOMEM QUE VIA O SOM
 

2012-11-27


TROPA MACACA: O SOM DO MISTÉRIO
 

2012-10-19


RECOLLECTION GRM: DAS MÁQUINAS E DOS HOMENS
 

2012-09-10


BRANCHES: DOS AFECTOS E DAS MEMÓRIAS
 

2012-07-19


DEVON FOLKLORE TAPES (II): SEGUNDA PARTE DA ENTREVISTA COM DAVID CHATTON BARKER
 

2012-06-11


DEVON FOLKLORE TAPES - PESQUISAS DE CAMPO, FANTASMAS FOLCLÓRICOS E LANÇAMENTOS EM CASSETE
 

2012-04-11


FC JUDD: AMADOR DA ELETRÓNICA
 

2012-02-06


SPETTRO FAMILY: OCULTISMO PSICADÉLICO ITALIANO
 

2011-11-25


ONEOHTRIX POINT NEVER: DA IMPLOSÃO DOS FANTASMAS
 

2011-10-06


O SOM E O SENTIDO – PÁGINAS DA MEMÓRIA DO RADIOPHONIC WORKSHOP
 

2011-09-01


ZOMBY. PARA LÁ DO DUBSTEP
 

2011-07-08


ASTROBOY: SONHOS ANALÓGICOS MADE IN PORTUGAL
 

2011-06-02


DELIA DERBYSHIRE: O SOM E A MATEMÁTICA
 

2011-05-06


DAPHNE ORAM: PIONEIRA ELECTRÓNICA E INVENTORA DO FUTURO
 

2011-03-29


TERREIRO DAS BRUXAS: ELECTRÓNICA FANTASMAGÓRICA, WITCH HOUSE E MATER SUSPIRIA VISION
 

2010-09-04


ARTE E INOVAÇÃO: A ELECTRODIVA PAMELA Z
 

2010-06-28


YOKO PLASTIC ONO BAND – BETWEEN MY HEAD AND THE SKY: MÚLTIPLA FANTASIA EM MÚLTIPLOS ESTILOS