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ENTREVISTA



FERNANDO MARQUES PENTEADO


Fernando Marques Penteado explica-nos o processo de composição da sua última exposição apresentada na Culturgest entre Julho e Setembro de 2025. Partindo da ideia da figura do "Cafona", Fernando desenvolveu as diferentes potencialidades à volta da ideia de uma figura que habita o mundo no seu quotidiano, atravessando-o com uma determinação que, para Fernando, constitui uma fascinante forma de estar e habitar o mundo remetendo-nos para um espaço-tempo que apesar de familiar, nos parece distante. Ao longo de sete salas, Fernando compõe narrativas tão cândidas quanto atrevidas, cenários liminares que apresentam uma distância para com os dias de hoje sem a falta de um entendimento contemporâneo de olhar para as coisas de uma forma bela através da banalidade.
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O ESTADO DA ARTE



LEONOR VEIGA


RENCONTRES D’ARLES 2025: ENCONTRO COM O SUL GLOBAL
Todos os anos, o Rencontres d’Arles – o festival que começou em 1970, quando a fotografia foi reconsiderada, reavaliada, e desde então consagrada um meio artístico – impõe-se como o certame mais antigo do mundo deste medium, fazendo dele protagonista e simultaneamente influenciador das tendências da fotografia contemporânea. No entanto, o festival mostra sempre fotografia moderna, alicerçando a sua importância através de retrospectivas de grandes mestres e ícones da fotografia. Em 2025, destacam-se as exposições da vida e obra do americano Louis Stettner (1922-2016), da italiana Letizia Battaglia (1935-2022) e do ícone de moda Yves Saint Laurent (1936-2008).
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PERSPETIVA ATUAL

CRISTINA FILIPE


WARWICK FREEMAN. HOOK HAND HEART STAR
A exposição retrospetiva, Hook Hand Heart Star, na Pinakothek der Moderne, em Munique, apresentou a trajetória da obra de Warwick Freeman (Nelson, Nova Zelândia, 1953). Ao longo de cinco décadas, o joalheiro neozelandês criou um léxico de símbolos: desde o simbolismo cultural do gancho e da estrela até ao coração redesenhado na escória vulcânica da ilha de Rangitoto. Quando usadas, as suas joias comunicam algo sobre quem somos e como vivemos. Ao longo da sua carreira, Freeman nunca se cansou de explorar o que significa fazer joalharia em Aotearoa Nova Zelândia.
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OPINIÃO

CONSTANÇA BABO


WOLFGANG TILLMANS: O SENSÃVEL DO FOTOGRÃFICO. A ÚLTIMA EXPOSIÇÃO DO CENTRE GEORGES POMPIDOU
Wolfgang Tillmans é reconhecido por uma distinta e sensível abordagem tanto aos universos do íntimo e do privado, quanto a problemáticas culturais e sociais. Recorre, sobretudo, à prática fotográfica, mas também ao vídeo e, mais recentemente, a outros processos digitais. Assim, a sua obra abrange diferentes tipos de imagens, as quais ora nos confrontam com o real, ora instigam o nosso imaginário. Com um certo imediatismo, na medida em que inúmeras fotografias resultam da captura de ocasiões e instantes, o trabalho do artista é dotado de uma profunda autenticidade, refletindo a condição humana e a sua vulnerabilidade.
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ARQUITETURA E DESIGN

JOÃO ALMEIDA E SILVA


AALTO — ONDE ALVAR ENCONTRA ÃLVARO
Em Portugal, é difícil não pensar em Alvar Aalto (1898–1976) como uma das grandes referências da arquitectura moderna — e, em particular, como uma das influências mais profundas sobre um dos maiores arquitectos portugueses de todos os tempos: Ãlvaro Siza. A visita a esta mostra constitui uma excelente oportunidade para ver projectos e materiais inéditos da obra dos Aalto e, ao mesmo tempo, confrontá-los com um edifício projectado por um dos seus assumidos discípulos.Conta-se que, ainda jovem, Siza recebeu de Carlos Ramos — seu mestre na Escola de Belas-Artes do Porto — o conselho de comprar algumas revistas de arquitectura. Entre as quatro que adquiriu, uma era inteiramente dedicada a Alvar Aalto – L’Architecture d’Aujourd’hui, Aalto, Paris, n.º 29 (1950). Esse “encontro†fortuito acabaria por marcar, de forma silenciosa mas duradoura, o seu percurso.
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ARTES PERFORMATIVAS

VICTOR PINTO DA FONSECA


PARTE IV/5: MAIS UMA VEZ, REPENSAR A ARTE
Pode à primeira vista parecer estranho associar o método científico e as artes, mas, entrever um sistema de pensamento que inclua uma visão fundamental sobre a natureza, para transformar a compreensão e a apreciação da arte, poderá estar em função das regras da lógica matemática — por que outro fio condutor é que devemos então pensar o essencial da criação, a natureza da arte, se não por um fio condutor da matemática? Há algo + nisto: é a gramática de todo o funcionamento da arte que devemos aceitar mudar de questões materiais e formais para ser estudada como um ser-complexo matemático. A arte precisa da matemática lá “onde as perplexidades são maioresâ€, pensei. Assim, qualquer clareado da natureza da arte tem de começar por caminhos nunca antes percorridos, extremamente diferentes.
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:: MACAM recebe Juliet and Juliet de Isabel Cordovil, na segunda edição do projeto MURMUR

:: Coisas do Coração e Não Coisas e Fragment from an Invisible Masculinity inauguram novo espaço da MOVART

:: Nasce no Barrocal Algarvio o Museu Zer0, primeiro centro dedicado exclusivamente à Arte Digital



PREVIEW

8.ª edição Drawing Room Lisboa | 23 a 26 Out, Sociedade Nacional de Belas Artes


Este ano estarão presentes na feira de arte dedicada ao desenho contemporâneo 23 galerias e mais de 65 artistas portugueses e internacionais, uma prova da consolidação da feira como uma referência no panorama artístico português.
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EXPOSIÇÕES ATUAIS

ROSÂNGELA RENNÓ

COISAS VIVAS [E O DESLETRAMENTO PELA PEDRA]


Cristina Guerra Contemporary Art, Lisboa

A pedra, na sua mudez, fala tanto que se alonga. As pedras e as rochas guardam qualquer segredo da terra. Os monumentos, por sua vez, guardam a história da história. São o registro das coisas de longa duração. Na exposição Coisas Vivas [e o Desletramento Pela Pedra], esses interesses se reúnem em um conjunto fotográfico e visual que tem a pedra como elemento principal. Mas a pedra, como eu dizia, não é a pedra enquanto elemento. Da pedra só resta, aqui, a sua temporalidade tão longa, a sua permanência e resistência no tempo, diferente de outros elementos mais voláteis.
LER MAIS MARIANA VARELA

JOÃO PIMENTA GOMES

DOIS STEREOS


Galerias Municipais - Galeria da Boavista, Lisboa
O título da mostra já expressa as questões que nos confrontam ao adentrar a Galeria da Boavista: os duplos, a imaginação do espaço, o aspecto sônico enquanto condutor da percepção espaço-temporal. “Dois Stereos†inclui a ideia de duplicação, entretanto é, também, um nome meta-semântico, uma vez que o próprio som estereofônico é um sistema binário: dois “estéreos†são, na verdade, quatro saídas de som. A multiplicação implícita no título indica o procedimento que apresentará as muitas outras camadas sensíveis emergentes no percurso expográfico.
LER MAIS ISABEL STEIN

JULIANA CAMPOS / PAISAGEM-FUGA

BÃRBARA FADEN / MAGNÓLIA


Mais Silva Gallery, Porto
A Galeria Mais Silva apresenta duas exposições e duas artistas: Magnólia, Bárbara Faden, e Paisagem-Fuga, de Juliana Campos. São mostras independentes (cada uma com direito à sua entrada pela rua), mas nem por isso a apresentação aparenta ignorar as relações - afinidades e diferenças - que podem existir entre elas. Encontro-me, portanto, nesse espaço intermédio, imóvel, tomada pela indecisão de começar primeiro por uma e não pela outra. Logo tento encontrar o que têm em comum as imagens que vejo, mesmo que tal surja por defeito da proximidade: existe um fundo científico onde se encontram para, de lá, divergirem.
LER MAIS CLÃUDIA HANDEM

JOÃO PENALVA

JOÃO PENALVA


Galeria Francisco Fino, Lisboa
Em 1972, em Londres, João Penalva estudava ballet na London Contemporary Dance School. Trabalharia a partir do ano seguinte com Pina Bausch, mas voltaria à capital inglesa, quatro anos depois, para estudar pintura, até 1981. Mostraria os seus trabalhos pela primeira vez, pouco depois, no Porto. Mais de quarenta anos depois, a exposição que apresenta na Galeria Francisco Fino, sem título, é composta por imagens fúmidas.
LER MAIS MIGUEL PINTO

COLECTIVA

VASOS COMUNICANTES II, INVENTAR SINAIS | REVER OLHARES


Fundação Gramaxo, Maia
Nem a escrita pode delimitar um campo exclusivo de intencionalidade ao arredio das forças penetrantes do exterior, nem a pintura pode estar a salvo de interpenetrações de agentes extra-visuais que por lá possam assentar estadia. Pinturas de escrita como escritas de pintura, não se apoucam nem se reduzem a uma estranha excrescência do foro conceptual contemporâneo, antes, desdobram polivalências e multiplicidades de permutas inusitadas, de dilatações, extensões, confusões positivas de signos e sinais que se espacializam em campos nómadas de representação. Vasos Comunicantes II, com curadoria e visão de Maria de Fátima Lambert, traz até à Fundação Gramaxo, uma intencionalidade de perturbação e conturbação dos campos delimitados da escrita e pintura.
LER MAIS RODRIGO MAGALHÃES

RUI CHAFES

ACREDITO EM TUDO


Galeria Filomena Soares, Lisboa
Nestas peças revestidas a negro, Chafes intensifica um processo de crescente desmaterialização volumétrica da escultura, retirando-lhe a carga densa, opaca, severa da gravidade inexorável do ferro, implicando nela uma certa estruturação em desequilíbrio que ressalta condições impressionantes de movimentação e oscilação impressas pela hábil modulação dos elementos tremulantes ancorados ao longo de um eixo vertical. Há de certo modo uma ambivalência entre os registos de densidade e leveza na construção desta série de 23 peças, coexistindo com uma irrefutável presença antropomórfica conferida pelas escalas e respectivos posicionamentos das peças em exposição.
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MIRIAM CAHN

O QUE NOS OLHA


MAAT, Lisboa
De maneira geral, Cahn pinta sobre temas contemporâneos e, ao mesmo tempo, longevos: a violência, a guerra, o estupro, a humilhação, a decadência e o horror. Inscreve, ainda, os estados de espírito que acompanham a tragédia humana: medo, pavor, desespero, pânico, sadismo. Na quase totalidade das obras, o corpo aparece como medium central e privilegiado da sua exposição, seja como recetáculo, como perpetuador ou como enigma sensível dos fenómenos da violência. Os estados de espírito macabros que acompanham os quadros figurativos apresentam-nos desde situações violentas até quadros de retratos - de rostos ou corpos.
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