Links

O ESTADO DA ARTE


Coleção Alberto Caetano. Fotografia: FG+SG Fotografia de Arquitetura


Nazi Milk, 1979. General Idea. Colecção Lempert. Cortesia Esther Schipper, Berlim


Insultai o Perigo, 1971. Carlos Gentil-Homem, Ernesto de Sousa, 55,5 x 83 cm. Coleção de Cartazes Ernesto de Sousa. Fotografia: Cláudio Balas.


Thomas, Visconde Wentworth, com Sir Philip Mainwaring, c. 1639-1640. Van Dyck. © Trustees of the Rt. Hone Olive, Countess Fitzwilliam's Chattels Settlement By Permission of Lady Juliet Tadgell.


Diana e Actéon. Inglaterra, c. 1798-1811. James Ward (1769-1859). Óleo sobre tela. Colecção Calouste Gulbenkian. Fotografia: Catarina Gomes Ferreira


D. Manuel II e os livros de Camões. Uma colaboração Fundação Calouste Gulbenkian e Fundação Casa de Bragança. Fotografia: Márcia Lessa


Uma Biblioteca Humanista. Os objetos procuram aqueles que os amam. 27 de fevereiro a 26 de maio, 2015 . Museu Calouste Gulbenkian


Lourdes Castro. Todos os livros. 9 de julho a 26 de outubro, 2015 . Galeria Exposições temporárias do Museu Gulbenkian


Jesus é despojado das suas vestes (pormenor), C. 1577-1579. El Greco. Óleo sobre madeira. ©Fundación María Cristina Masaveu Peterson, 2013/Marcos Morilla


Vertigem V, 1988/89. Rui Chafes. Colecção Julião Sarmento. Fotografia: André Cepeda


A vida, o Mundo, n.º 8841, 2013. Catarina Cardoso. Edições Pulcinoelefante.

Outros artigos:

2024-04-23


ÁLBUM DE FAMÍLIA – UMA RECORDAÇÃO DE MARIA DA GRAÇA CARMONA E COSTA
 

2024-03-09


CAMINHOS NATURAIS DA ARTIFICIALIZAÇÃO: CUIDAR A MANIPULAÇÃO E ESMIUÇAR HÍPER OBJETOS DA BIO ARTE
 

2024-01-31


CRAGG ERECTUS
 

2023-12-27


MAC/CCB: O MUSEU DAS NOSSAS VIDAS
 

2023-11-25


'PRATICAR AS MÃOS É PRATICAR AS IDEIAS', OU O QUE É ISTO DO DESENHO? (AINDA)
 

2023-10-13


FOMOS AO MUSEU REAL DE BELAS ARTES DE ANTUÉRPIA
 

2023-09-12


VOYEURISMO MUSEOLÓGICO: UMA VISITA AO DEPOT NO MUSEU BOIJMANS VAN BEUNINGEN, EM ROTERDÃO
 

2023-08-10


TEHCHING HSIEH: HOW DO I EXPLAIN LIFE AND CHANGE IT INTO ART?
 

2023-07-10


BIENAL DE FOTOGRAFIA DO PORTO: REABILITAR A EMPATIA COMO UMA TECNOLOGIA DO OUTRO
 

2023-06-03


ARCOLISBOA, UMA FEIRA DE ARTE CONTEMPORÂNEA EM PERSPETIVA
 

2023-05-02


SOBRE A FOTOGRAFIA: POIVERT E SMITH
 

2023-03-24


ARTE CONTEMPORÂNEA E INFÂNCIA
 

2023-02-16


QUAL É O CINEMA QUE MORRE COM GODARD?
 

2023-01-20


TECNOLOGIAS MILLENIALS E PÚBLICO CONTEMPORÂNEO. REFLEXÕES SOBRE A EXPOSIÇÃO 'OCUPAÇÃO XILOGRÁFICA' NO SESC BIRIGUI EM SÃO PAULO
 

2022-12-20


VENEZA E A CELEBRAÇÃO DO AMOR
 

2022-11-17


FALAR DE DESENHO: TÃO DEPRESSA SE COMEÇA, COMO ACABA, COMO VOLTA A COMEÇAR
 

2022-10-07


ARTISTA COMO MEDIADOR. PRÁTICAS HORIZONTAIS NA ARTE E EDUCAÇÃO NO BRASIL
 

2022-08-29


19 DE AGOSTO, DIA MUNDIAL DA FOTOGRAFIA
 

2022-07-31


A CULTURA NÃO ESTÁ FORA DA GUERRA, É UM CAMPO DE BATALHA
 

2022-06-30


ARTE DIGITAL E CIRCUITOS ONLINE
 

2022-05-29


MULHERES, VAMPIROS E OUTRAS CRIATURAS QUE REINAM
 

2022-04-29


EGÍDIO ÁLVARO (1937-2020). ‘LEMBRAR O FUTURO: ARQUIVO DE PERFORMANCES’
 

2022-03-27


PRATICA ARTÍSTICA TRANSDISCIPLINAR: A INVESTIGAÇÃO NAS ARTES
 

2022-02-26


OS HÁBITOS CULTURAIS… DAS ORGANIZAÇÕES CULTURAIS PORTUGUESAS
 

2022-01-27


ESPERANÇA SIGNIFICA MAIS DO QUE OPTIMISMO
 

2021-12-26


ESCOLA DE PROCRASTINAÇÃO, UM ESTUDO
 

2021-11-26


ARTE = CAPITAL
 

2021-10-30


MARLENE DUMAS ENTRE IMPRESSIONISTAS, ROMÂNTICOS E SUMÉRIOS
 

2021-09-25


'A QUE SOA O SISTEMA QUANDO LHE DAMOS OUVIDOS'
 

2021-08-16


MULHERES ARTISTAS: O PARADOXO PORTUGUÊS
 

2021-06-29


VIVER NUMA REALIDADE PÓS-HUMANA: CIÊNCIA, ARTE E ‘OUTRAMENTOS’
 

2021-05-24


FRESTAS, UMA TRIENAL PROJETADA EM COLETIVIDADE. ENTREVISTA COM DIANE LINA E BEATRIZ LEMOS
 

2021-04-23


30 ANOS DO KW
 

2021-03-06


A QUESTÃO INDÍGENA NA ARTE. UM CAMINHO A PERCORRER
 

2021-01-30


DUAS EXPOSIÇÕES NO PORTO E MUITOS ARQUIVOS SOBRE A CIDADE
 

2020-12-29


TEORIA DE UM BIG BANG CULTURAL PÓS-CONTEMPORÂNEO - PARTE II
 

2020-11-29


11ª BIENAL DE BERLIM
 

2020-10-27


CRITICAL ZONES - OBSERVATORIES FOR EARTHLY POLITICS
 

2020-09-29


NICOLE BRENEZ - CINEMA REVISITED
 

2020-08-26


MENSAGENS REVOLUCIONÁRIAS DE UM TEMPO PERDIDO
 

2020-07-16


LIÇÕES DE MARINA ABRAMOVIC
 

2020-06-10


FRAGMENTOS DO PARAÍSO
 

2020-05-11


TEORIA DE UM BIG BANG CULTURAL PÓS-CONTEMPORÂNEO
 

2020-04-24


QUE MUSEUS DEPOIS DA PANDEMIA?
 

2020-03-24


FUCKIN’ GLOBO 2020 NAS ZONAS DE DESCONFORTO
 

2020-02-21


ELECTRIC: UMA EXPOSIÇÃO DE REALIDADE VIRTUAL NO MUSEU DE SERRALVES
 

2020-01-07


SEMANA DE ARTE DE MIAMI VIA ART BASEL MIAMI BEACH: UMA EXPERIÊNCIA MAIS OU MENOS ESTÉTICA
 

2019-11-12


36º PANORAMA DA ARTE BRASILEIRA
 

2019-10-06


PARAÍSO PERDIDO
 

2019-08-22


VIVER E MORRER À LUZ DAS VELAS
 

2019-07-15


NO MODELO NEGRO, O OLHAR DO ARTISTA BRANCO
 

2019-04-16


MICHAEL BIBERSTEIN: A ARTE E A ETERNIDADE!
 

2019-03-14


JOSÉ MAÇÃS DE CARVALHO – O JOGO DO INDIZÍVEL
 

2019-02-08


A IDENTIDADE ENTRE SEXO E PODER
 

2018-12-20


@MIAMIARTWEEK - O FUTURO AGENDADO NO ÉDEN DA ARTE CONTEMPORÂNEA
 

2018-11-17


EDUCAÇÃO SENTIMENTAL. A COLEÇÃO PINTO DA FONSECA
 

2018-10-09


PARTILHAMOS DA CRÍTICA À CENSURA, MAS PARTILHAMOS DA FALTA DE APOIO ÀS ARTES?
 

2018-09-06


O VIGÉSIMO ANIVERSÁRIO DA BIENAL DE BERLIM
 

2018-07-29


VISÕES DE UMA ESPANHA EXPANDIDA
 

2018-06-24


O OLHO DO FOTÓGRAFO TAMBÉM SOFRE DE CONJUNTIVITE, (UMA CONVERSA EM TORNO DO PROJECTO SPECTRUM)
 

2018-05-22


SP-ARTE/2018 E A DIFÍCIL TAREFA DE ESCOLHER O QUE VER
 

2018-04-12


NO CORAÇÂO DESTA TERRA
 

2018-03-09


ÁLVARO LAPA: NO TEMPO TODO
 

2018-02-08


SFMOMA SAN FRANCISCO MUSEUM OF MODERN ART: NARRATIVA DA CONTEMPORANEIDADE
 

2017-12-20


OS ARQUIVOS DA CARNE: TINO SEHGAL CONSTRUCTED SITUATIONS
 

2017-11-14


DA NATUREZA COLABORATIVA DA DANÇA E DO SEU ENSINO
 

2017-10-14


ARTE PARA TEMPOS INSTÁVEIS
 

2017-09-03


INSTAGRAM: CRIAÇÃO E O DISCURSO VIRTUAL – “TO BE, OR NOT TO BE” – O CASO DE CINDY SHERMAN
 

2017-07-26


CONDO: UM NOVO CONCEITO CONCORRENTE À TRADICIONAL FEIRA DE ARTE?
 

2017-06-30


"LEARNING FROM CAPITALISM"
 

2017-06-06


110.5 UM, 110.5 DOIS, 110.5 MILHÕES DE DÓLARES,… VENDIDO!
 

2017-05-18


INVISUALIDADE DA PINTURA – PARTE 2: "UMA HISTÓRIA DA VISÃO E DA CEGUEIRA"
 

2017-04-26


INVISUALIDADE DA PINTURA – PARTE 1: «O REAL É SEMPRE AQUILO QUE NÃO ESPERÁVAMOS»
 

2017-03-29


ALGUMAS REFLEXÕES SOBRE O CONCEITO CONTEMPORÂNEO DE FEIRA DE ARTE
 

2017-02-20


SOBRE AS TENDÊNCIAS DA ARTE ACTUAL EM ANGOLA: DA CRIAÇÃO AOS NOVOS CANAIS DE LEGITIMAÇÃO
 

2017-01-07


ARTLAND VERSUS DISNEYLAND
 

2016-12-15


VALORES DA ARTE CONTEMPORÂNEA: UMA CONVERSA COM JOSÉ CARLOS PEREIRA SOBRE A PUBLICAÇÃO DE O VALOR DA ARTE
 

2016-11-05


O VAZIO APOCALÍPTICO
 

2016-09-30


TELEPHONE WITHOUT A WIRE – PARTE 2
 

2016-08-25


TELEPHONE WITHOUT A WIRE – PARTE 1
 

2016-06-24


COLECCIONADORES NA ARCO LISBOA
 

2016-05-17


SONNABEND EM PORTUGAL
 

2016-04-18


COLECCIONADORES AMADORES E PROFISSIONAIS COLECCIONADORES (II)
 

2016-03-15


COLECCIONADORES AMADORES E PROFISSIONAIS COLECCIONADORES (I)
 

2016-02-11


FERNANDO AGUIAR: UM ARQUIVO POÉTICO
 

2016-01-06


JANEIRO 2016: SER COLECCIONADOR É…
 

2015-11-28


O FUTURO DOS MUSEUS VISTO DO OUTRO LADO DO ATLÂNTICO
 

2015-10-28


O FUTURO SEGUNDO CANDJA CANDJA
 

2015-09-17


PORQUE É QUE OS BLOCKBUSTERS DE MODA SÃO MAIS POPULARES QUE AS EXPOSIÇÕES DE ARTE, E O QUE É QUE PODEMOS DIZER SOBRE ISSO?
 

2015-08-18


OS DESAFIOS DO EFÉMERO: CONSERVAR A PERFORMANCE ART - PARTE 2
 

2015-07-29


OS DESAFIOS DO EFÉMERO: CONSERVAR A PERFORMANCE ART - PARTE 1
 

2015-06-06


O DESAFINADO RONDÒ ENWEZORIANO. “ALL THE WORLD´S FUTURES” - 56ª EXPOSIÇÃO INTERNACIONAL DE ARTE DE VENEZA
 

2015-05-13


A 56ª BIENAL DE VENEZA DE OKWUI ENWEZOR É SOMBRIA, TRISTE E FEIA
 

2015-04-08


A TUMULTUOSA FERTILIDADE DO HORIZONTE
 

2015-03-04


OS MUSEUS, A CRISE E COMO SAIR DELA
 

2015-02-09


GUIDO GUIDI: CARLO SCARPA. TÚMULO BRION
 

2015-01-13


IDEIAS CAPITAIS? OLHANDO EM FRENTE PARA A BIENAL DE VENEZA
 

2014-12-02


FUNDAÇÃO LOUIS VUITTON
 

2014-10-21


UM CONTEMPORÂNEO ENTRE-SERRAS
 

2014-09-22


OS NOSSOS SONHOS NÃO CABEM NAS VOSSAS URNAS: Quando a arte entra pela vida adentro - Parte II
 

2014-09-03


OS NOSSOS SONHOS NÃO CABEM NAS VOSSAS URNAS: Quando a arte entra pela vida adentro – Parte I
 

2014-07-16


ARTISTS' FILM BIENNIAL
 

2014-06-18


PARA UMA INGENUIDADE VOLUNTÁRIA: ERNESTO DE SOUSA E A ARTE POPULAR
 

2014-05-16


AI WEIWEI E A DESTRUIÇÃO DA ARTE
 

2014-04-17


QUAL É A UTILIDADE? MUSEUS ASSUMEM PRÁTICA SOCIAL
 

2014-03-13


A ECONOMIA DOS MUSEUS E DOS PARQUES TEMÁTICOS, NA AMÉRICA E NA “VELHA EUROPA”
 

2014-02-13


É LEGAL? ARTISTA FINALMENTE BATE FOTÓGRAFO
 

2014-01-06


CHOICES
 

2013-09-24


PAIXÃO, FICÇÃO E DINHEIRO SEGUNDO ALAIN BADIOU
 

2013-08-13


VENEZA OU A GEOPOLÍTICA DA ARTE
 

2013-07-10


O BOOM ATUAL DOS NEGÓCIOS DE ARTE NO BRASIL
 

2013-05-06


TRABALHAR EM ARTE
 

2013-03-11


A OBRA DE ARTE, O SISTEMA E OS SEUS DONOS: META-ANÁLISE EM TRÊS TEMPOS (III)
 

2013-02-12


A OBRA DE ARTE, O SISTEMA E OS SEUS DONOS: META-ANÁLISE EM TRÊS TEMPOS (II)
 

2013-01-07


A OBRA DE ARTE, O SISTEMA E OS SEUS DONOS. META-ANÁLISE EM TRÊS TEMPOS (I)
 

2012-11-12


ATENÇÃO: RISCO DE AMNÉSIA
 

2012-10-07


MANIFESTO PARA O DESIGN PORTUGUÊS
 

2012-06-12


MUSEUS, DESAFIOS E CRISE (II)


 

2012-05-16


MUSEUS, DESAFIOS E CRISE (I)
 

2012-02-06


A OBRA DE ARTE NA ERA DA SUA REPRODUTIBILIDADE DIGITAL (III - conclusão)
 

2012-01-04


A OBRA DE ARTE NA ERA DA SUA REPRODUTIBILIDADE DIGITAL (II)
 

2011-12-07


PARAR E PENSAR...NO MUNDO DA ARTE
 

2011-04-04


A OBRA DE ARTE NA ERA DA SUA REPRODUTIBILIDADE DIGITAL (I)
 

2010-10-29


O BURACO NEGRO
 

2010-04-13


MUSEUS PÚBLICOS, DOMÍNIO PRIVADO?
 

2010-03-11


MUSEUS – UMA ESTRATÉGIA, ENFIM
 

2009-11-11


UMA NOVA MINISTRA
 

2009-04-17


A SÍNDROME DOS COCHES
 

2009-02-17


O FOLHETIM DE VENEZA
 

2008-11-25


VANITAS
 

2008-09-15


GOSTO E OSTENTAÇÃO
 

2008-08-05


CRÍTICO EXCELENTÍSSIMO II – O DISCURSO NO PODER
 

2008-06-30


CRÍTICO EXCELENTÍSSIMO I
 

2008-05-21


ARTE DO ESTADO?
 

2008-04-17


A GULBENKIAN, “EM REMODELAÇÃO”
 

2008-03-24


O QUE FAZ CORRER SERRALVES?
 

2008-02-20


UM MINISTRO, ÓBICES E POSSIBILIDADES
 

2008-01-21


DEZ PONTOS SOBRE O MUSEU BERARDO
 

2007-12-17


O NEGÓCIO DO HERMITAGE
 

2007-11-15


ICONOLOGIA OFICIAL
 

2007-10-15


O CASO MNAA OU O SERVILISMO EXEMPLAR
 

JANEIRO 2016: SER COLECCIONADOR É…

CATARINA FIGUEIREDO CARDOSO

2016-01-06




 

2015 foi um ano marcado por exposições de coleccionadores [1].

A Culturgest dedicou boa parte de 2015 à Colecção Lempert, uma colecção de cartazes de artista e de exposição reunida desde os anos 1960 por Herbert Fritz Lempert e continuada pelo seu filho. Está anunciado um catálogo. [2]

O Museu Colecção Berardo apresenta outra colecção de cartazes, a de Ernesto de Sousa. A exposição “your body is my body — o teu corpo é o meu corpo” é uma selecção de cerca de trezentos cartazes de arte e política, nacionais e estrangeiros, da Colecção de Cartazes Ernesto de Sousa, um acervo reunido entre 1933 e 1988. Foi já publicado um catálogo. [3]

Museus de coleccionadores com exposições de colecções é uma combinação natural. É o que sucede no museu do meu coleccionador favorito, Calouste Sarkis Gulbenkian. Está a decorrer a exposição dedicada à Colecção Wentworth-Fitzwilliam, uma colecção particular inglesa, reunida ao longo de quase quatrocentos anos, com obras de Van Dyck e George Stubbs. Ao mesmo tempo, o Museu Gulbenkian explora a perspectiva sobre o coleccionismo de Calouste Gulbenkian a partir dos anos passados em Londres, que correspondem à génese da colecção, e a influência do gosto inglês no seu percurso de coleccionador. Foi publicado um catálogo para cada exposição. [4]

Outra colecção exposta na Fundação Gulbenkian é de livros, a parte da biblioteca de D. Manuel II dedicada aos livros de Luís de Camões, das primeiras edições portuguesas e espanholas até às edições comemorativos do terceiro centenário da morte de Camões em 1880. E variadas traduções, desde o Séc. XVII. A Fundação da Casa de Bragança faz acompanhar a exposição de um excelente catálogo. [5]

Já em Fevereiro o Museu Gulbenkian tinha exposto a biblioteca do bibliófilo José de Pina Martins (1920-2010). Ao longo da sua vida Pina Martins formou uma valiosa biblioteca especializada no Humanismo cristão do Renascimento, cada obra desempenhando um papel de relevo na História do pensamento ocidental, contribuindo para o desenvolvimento da ciência, da cultura e do conhecimento. Esta “Biblioteca de Estudos Humanísticos”, como Pina Martins a designava, foi recreada no espaço da exposição, incluindo quadros e gravuras que a acompanhavam na sua localização original. [6]

A grande exposição do ano na Gulbenkian, no entanto, não foi de uma colecção; foi a dos livros de artista de Lourdes Castro. Mas foi esta a exposição que mais interessou os coleccionadores, admiradores de Lourdes Castro e de livros de artista. A Biblioteca de Arte da Gulbenkian contribuiu para o entusiasmo: para além de organizar a exposição, publicou um catálogo “comprovado” (nomenclatura da artista) e um novo livro de artista de Lourdes Castro, com duas tiragens especiais. [7]

O Museu Nacional de Arte Antiga expõe 60 obras da colecção Masaveu, que vão do Séc. XV ao Séc. XX. A colecção Masaveu foi reunida por três gerações da família Masaveu, e presentemente pertence à Fundación María Cristina Masaveu Peterson, que integra a Corporación Masaveu, o grupo empresarial da família fundado em 1840. A fundação tem ainda uma colecção de arte contemporânea e desenvolve projectos artísticos que têm sido exibidos em Portugal, nomeadamente na Fundação EDP. Foi publicado um catálogo. [8]

Um momento alto nas exposições de colecções de 2015 foi a apresentação da colecção de Julião Sarmento. Foram seleccionadas mais de 300 obras de cerca de 100 artistas da colecção particular de Julião Sarmento, reunidas ao longo de três décadas, e que testemunham a rede de contactos e de colaborações artísticas, de amizades e de afinidades do artista.

A exposição foi apresentada em dois pólos, o Museu da Electricidade e a galeria da Fundação Carmona e Costa, em mais um exemplo de instituição de coleccionadores (Graça e Vítor Carmona e Costa) que deu a ver outra colecção. O catálogo reúne as obras expostas nos dois pólos. [9]

A minha exposição favorita foi a do arquitecto Alberto Caetano no Museu do Chiado. As obras que integraram a exposição foram seleccionadas e montadas pelo próprio coleccionador em forma de diálogo. É claramente uma colecção que vive na casa do coleccionador: as peças são relativamente pequenas e são sobretudo quadros e esculturas que adivinhamos também como elementos de decoração. E não precisamos adivinhar muito: a casa do arquitecto coleccionador pode ser vista aqui. E foi publicado um catálogo. [10]

A exposição da Colecção Alberto Caetano foi organizada pelos Amigos do Museu do Chiado, com o objectivo de trazer para o Museu colecções particulares de arte moderna e contemporânea de qualidade, sublinhando a especificidade do gosto de quem as reuniu. Esta primeira exposição dos Amigos do Museu foi apresentada pelos mesmos como uma homenagem aos coleccionadores que aceitam o desafio da partilha [11].

É também esse o objectivo do conjunto de artigos que me proponho escrever para a Artecapital nos próximos meses: desafiar coleccionadoras e coleccionadores a falarem sobre as suas colecções, as suas motivações, o seu impulso para coleccionar. A partilharem a motivação do seu amor.

Mas é realmente de amor que falamos quando falamos com um/a coleccionador/a?

 

Psicopatologia do coleccionador?

O coleccionador é qualificado alternadamente como um maníaco inofensivo, um especulador que explora os artistas e alimenta intermediários, um titular vaidoso que exibe os móveis dos avoengos. O coleccionador é, segundo alguns autores, na maior parte dos casos [12] um homem só, maníaco, monomaníaco, obcecado, mesmo obsessivo. Compulsão é a palavra que surge quando falamos do impulso para coleccionar. No entanto, este é um hábito repetitivo e excessivo socialmente aceite, sobretudo se dedicado a objectos com um alto valor simbólico e monetário, como livros, obras de arte e antiguidades.

Coleccionar bens de prestígio transmite ao coleccionador a aura, o mana dos objectos. Confere-lhe status e são frequentes os casos de verdadeira ascensão social, e de aceitação em meios que de outra forma lhe estariam vedados. O que está em causa é muito mais do que a posse de grandes obras de arte ou objectos preciosos; é uma canonização, a entrada na grande cadeia dos proprietários anteriores, na mística da proveniência.

Uma análise psicanalítica de obediência estrita dirá que a tendência para coleccionar radica na infância, deriva de uma memória sensível de privação, perda ou vulnerabilidade, e o subsequente anseio por um substituto, aliada a melancolia ou tendências depressivas. Para o coleccionador, os objectos têm um significado avassalador. Preferir os objectos às pessoas pode ser uma solução para lidar com emoções que ecoam velhos traumas e incertezas. A afeição fica agarrada a coisas, mais fidedignas que as pessoas. O prazer e a segurança inspirados pelos objectos da colecção são inefáveis e insubstituíveis. Para a criança, tal como para o adulto coleccionador, coleccionar representa a forma mais rudimentar de exercer controlo sobre o mundo exterior.

No entanto, não faz muito sentido encarar o coleccionismo como um traço patológico, sobretudo num mundo dedicado à cultura do objecto. O comportamento do coleccionador corresponde ao de muitas pessoas consideradas normais. Ainda assim, o coleccionador não é um consumidor normal, pois a sua economia é baseada na despesa e não na acumulação. A economia dos verdadeiros coleccionadores coloca um problema: ela não é regulada pela utilidade ou pelo lucro, mas pela perda pura. Ao contrário do especulador, o coleccionador pratica uma virtude, elogiada no Renascimento, a magnificência, essa disposição de uma pessoa que gasta com brilho, sem fazer contas, para si mesma e para os outros. Mas essa virtude, no nosso mundo, tem um perfume de escândalo ou mesmo de subversão.

Baudrillard é optimista, pois entende que, na prática, o coleccionador não se transforma num maníaco irremediável, precisamente porque colecciona objectos, o que o impede de regressar à abstracção total ou ao delírio psicológico. O objecto é um corpo material resistente que pertence simultaneamente a um reino mental controlado pelo sujeito, uma coisa cujo significado é regido apenas pelo sujeito.

Coleccionar é uma actividade sublimatória mais do que recalcadora [13].

 

Dialéctica da conquista e da posse

Não será tanto o fenómeno de coleccionar que é estranho para os não iniciados. Estranho é o espectáculo dado pelos coleccionadores, o seu envolvimento emocional na busca dos objectos, a sua excitação quando os encontram ou aflição quando os perdem. Para o coleccionador dedicado, “viciado”, a experiência de coleccionar não é simplesmente recreativa, é uma suspensão das exigências tantas vezes frustrantes do dia-a-dia. A presença dos objectos reduz, ao menos temporariamente, a tensão entre o “id” e o “ego”, entre o anseio interior e a representação externa. Muito do tempo e esforço do coleccionador é absorvido pela busca incessante. Uma aquisição nova gera excitação, expectativas ansiosas, emoção, mas também incerteza e indecisão. Como um amante, o coleccionador guarda ciosamente os seus bens, e como um amante pensa neles e fala deles em termos eróticos e narcisistas, como objectos de desejo.
Para o coleccionador, a colecção é sempre motivo de ciúme. A satisfação mais completa provocada pela posse deriva do prestígio de que o objecto goza aos olhos das outras pessoas, dos outros coleccionadores que não podem tê-lo.

E a colecção pode ser um concreto motivo de inveja, se for valiosa. A maioria dos verdadeiros coleccionadores não tem em conta, ou como primeira preocupação, a faceta de investimento da sua actividade. Paradoxalmente, a maioria dos verdadeiros coleccionadores sonha com a glória por intermédio da sua colecção, com a glória do seu nome associado a esta, e com os valores astronómicos que a mesma ou os seus objectos poderão atingir pelo simples facto de a terem integrado; está sempre em causa o lucro, real ou imaginado.
A colecção é a grande obra do coleccionador. O desejo do coleccionador é o “autor” da colecção, ou seja, o sujeito pressuposto cujo desejo forma o ponto exterior que dá existência e coerência ao conjunto. É esta a estrutura do sistema de posse: a colecção é composta por uma sucessão de elementos, e o elemento final é necessariamente a pessoa do coleccionador. De forma recíproca, a pessoa do coleccionador é constituída como tal pelo facto de coleccionar. Há uma integração recíproca de sujeito e objecto.

A colecção é, na sua génese, um acto deliberado e livre, de liberdade pura, de desejo puro. Ou seja, concretizada sob o constrangimento, a coacção tirânica do objecto. Pois não há ninguém menos livre que o coleccionador. O desejo é movimento na direcção de outra coisa, o objecto mais importante está sempre alhures, mais longe, é sempre aquele que falta. O destino da colecção é permanecer incompleta, e a essência do coleccionador é estar insatisfeito. Nenhum objecto satisfará inteiramente o desejo do coleccionador. Se isso acontece, se o coleccionador dá a sua colecção por acabada, tal significa que ela deixou de lhe agradar e de lhe importar, e por isso pode vendê-la ou dispersá-la. Ainda assim, coleccionar na era da reprodução técnica, coleccionar objectos produzidos em massa, permite ter o conjunto fechado, a série completa, permite ao coleccionador a alegria de reunir muitas constelações no seu universo.

 

Uma colecção é…

Coleccionar é seleccionar, reunir e preservar objectos com um valor subjectivo.

O objecto coleccionado está desprovido da sua função. O objecto estritamente utilitário tem um estatuto social. Mas o objecto puro e simples, desprovido de função, abstraído de qualquer contexto prático, tem um estatuto estritamente subjectivo. O seu destino é ser coleccionado; deixa de ser um tapete, uma mesa, uma bússola, um saco de museu, e passa a ser designado como um “objecto” ou uma “peça”. Quando o objecto deixa de ser definido pela sua função, o seu significado recai exclusivamente no sujeito. O resultado é todos os objectos numa colecção se tornarem equivalentes, graças ao processo de abstracção apaixonada a que chamamos posse.

O coleccionador é o sujeito da colecção como um conjunto, como uma forma meditada, organizada e pensada. É o sujeito que realiza a operação misteriosa que transforma uma reunião, um amontoado de objectos, no conjunto chamado colecção, com poder e significado autónomos e próprios, uma alquimia prática que é uma demanda de sentido, do cerne da questão. No entanto, por a sua direcção ser inconsciente, pode aparecer como espontânea ou aleatória [14].

A colecção é uma pluralidade de objectos ligados uns aos outros (aberta ou secretamente) de forma organizada. A colecção pressupõe que alguém a concebeu, e exclui as reuniões espontâneas ou aleatórias de objectos. Acima e antes de tudo, pressupõe que alguém a quis. No meio da colecção, circulando entre os objectos da colecção, cimento subtil, está o desejo do sujeito pressuposto a que chamamos coleccionador.

A tirania da colecção sobre o coleccionador tem o seu contraponto na vontade despótica do coleccionador. É este que decide o que integra a colecção, que admite e exclui. A colecção é um mundo ordenado, estruturado, sujeito às regras do coleccionador. Permite um controlo que este provavelmente não terá nos outros âmbitos da sua vida. O coleccionador controla os objectos, dispõe deles, arruma-os, cataloga-os, exibe-os. Na colecção, o sujeito vê e o objecto mostra. A colecção é um paradigma de perfeição, pois é um espaço onde a demanda apaixonada da posse pode instituir um discurso inconscientemente triunfante.

A colecção é feita para ser vista. A colecção é um conjunto organizado de objectos que mostram, que se mostram, e que são mostrados. O coleccionador aprecia ser olhado na sua colecção. Esta reflecte o seu gosto, a sua cultura, o seu poderio económico, as suas relações, a sua engenhosidade; um dos maiores prazeres do coleccionador é explicar a outros coleccionadores como conseguiu a peça rara e magnífica que estes não encontraram antes dele ou que não conseguiram adquirir. Há coleccionadores que encaram a exibição da colecção como uma partilha e uma obrigação natural do coleccionador.

Mas o coleccionador pode decidir não mostrar a sua colecção. Pode ser por pudor, por saber que a colecção o mostra nu. Ou por achar que todos os Outros são intrusos face ao seu prazer. Ou por recear os males causados pela inveja despertada pela sua maravilhosa colecção.

 

Um prazer solitário

Coleccionar é uma questão pessoal, e normalmente solitária. Walter Benjamin, esse arquétipo do coleccionador, afirmou ser a posse a relação mais íntima que podemos ter com um objecto; aquele que possui vive no objecto. Os objectos são transfigurados na mente do coleccionador. O objecto ecoa emoções com raízes em antigas experiências afectivas de se ser único, em sensações de desejo realizado, no alívio da ansiedade e frustração da criança que se sente desprotegida e sozinha. Os objectos permitem ao coleccionador uma fuga mágica para um mundo remoto e privado. Como esta fuga representa uma experiência de triunfo na defesa contra a ansiedade e o medo da perda, o regresso a esse mundo deve ser repetido. Há uma comunicação silenciosa entre a peça e o coleccionador, que é sempre afectado por esta. Coleccionar é uma forma de preencher necessidades e ânsias. Querer e desejar possuir um objecto aponta para a necessidade inveterada e normalmente inconsciente de estar, literalmente, em contacto. Com objectos amados por perto, o coleccionador não teme estar sozinho. Os objectos assim santificados reenviam-nos para o início da Civilização, para fetiches e totens, para as relíquias de mártires e as imagens de santos da Igreja Católica.

Ainda assim, a colecção supõe e constitui um modo de ligação social. Há uma colectivização da colecção, o coleccionador tem que procurar os seus objectos, encontrar outros coleccionadores. A colecção cria uma colectividade que se encontra e unifica à volta do objecto. Amizades e rivalidades. Claro que um coleccionador não pode ser verdadeiramente amigo de outrem que tem uma colecção semelhante: tarde ou cedo vão ambos querer o mesmo objecto.
Enfim, a colecção corporiza um elemento irredutível de independência face ao mundo.

 

O fim

O apogeu da colecção é o catálogo. O objecto é simultaneamente “personalizável” e catalogável. Há um toque de exclusividade em recolher, ordenar e classificar; o objecto surge assim como o espelho ideal pois as imagens que reflecte não são as reais, são as desejadas. O catálogo é uma prova, e pode ser a única, da existência da colecção, ou seja, da existência do coleccionador.

Sem um catálogo, o coleccionador teme a dispersão da colecção e a sua própria queda no esquecimento. O catálogo garante a sobrevivência da colecção como conjunto, organismo e personalidade. É a garantia do coleccionador face à morte. Uma das grandes preocupações do coleccionador é o destino da colecção quando ela ou ele desaparecerem. Alguns contam com os seus descendentes para a manutenção e mesmo o crescimento da colecção; a colecção Lempert é continuada pelo filho do fundador, a Fundação María Cristina Masaveu Peterson prossegue a tradição coleccionadora da família, Lady Juliet Tadgell tenta recriar a colecção do seus antepassados Wentworth-Fitzwilliam, só para citar as exposições de 2015 que iniciam este artigo.

Mas muitos outros sabem que tal não vai acontecer. É comum o ódio da família à colecção, pois cônjuge e filhos foram privados, emocional e materialmente, do apoio e companhia do seu ente querido que lhes preferiu os quadros, ou os livros, ou as cintas de charuto. Se os objectos coleccionados são valiosos, o seu destino é a venda. Se o não são, ou se quem os herda não tem noção do seu valor, o destino pode ser o lixo. Por isso o coleccionador que prepara a sua morte antecipa a colocação a bom recato da colecção: cria uma fundação, doa a uma biblioteca ou a um museu, ou encarrega-se ele próprio da venda da colecção, no seu todo ou por lotes ou objectos isolados. Mas antes faz o catálogo, um registo, como testemunhas das glórias passadas e garantes da eternidade.

 

O projecto

A colecção é autobiográfica e confessional. É a obra de arte do coleccionador que não é artista, ou outra obra de arte do coleccionador artista. É uma promessa de amor que concentra todas as ambições e esperanças: beleza, identidade, distinção, posse, estatuto social, conquista, exibição, narcisismo, busca e realização. E a Morte como música de fundo.

Acredito que os grandes motivos para coleccionar sejam o amor, a vontade de conhecimento, a identidade e a imortalidade. E cada coleccionadora e coleccionador são-no de formas diferentes e por razões conscientes e inconscientes que podemos apenas intuir.

O meu projecto com esta série de artigos é dar voz a coleccionadoras e coleccionadores que aceitem mostrar as suas colecções, mesmo sabendo que revelam um pouco ou muito da sua alma. Atendendo ao campo de interesse da Artecapital, serão colecções de arte contemporânea nas suas múltiplas facetas.

Já agora: em Janeiro de 2015 terminou uma exposição de parte da minha própria colecção, uma exposição dedicada à editora italiana Pulcinoelefante e ao seu mentor, Alberto Casiraghy, na Biblioteca Nacional de Portugal. [15]

 


Catarina Figueiredo Cardoso


:::


Agradeço à Doutora Maria Belo as observações a uma versão anterior deste artigo, determinantes para o enriquecimento do mesmo.


:::

 

Notas


[1] Embora procure, sempre que o género não é indefinido, utilizar o género feminino antes ou a par do masculino, reconheço a dificuldade, e sobretudo o desarranjo estético de o fazer em textos longos como o presente. Não quero no entanto deixar de sublinhar que, na generalidade dos casos, ao referir-me a “coleccionador” estou a designar coleccionadores de ambos os sexos, excepto se expressamente forem referidos uma coleccionadora ou um coleccionador concretos.
[2] Honey, I rearranged the collection... by artist. Cartazes da Colecção Lempert: http://www.culturgest.pt/arquivo/2015/expos/honey.html
[3] your body is my body — o teu corpo é o meu corpo: http://pt.museuberardo.pt/exposicoes/your-body-my-body-o-teu-corpo-e-o-meu-corpo#sthash.PebBoTIY.dpuf
[4] Wentworth-Fitzwilliam. Uma coleção inglesa: http://museu.gulbenkian.pt/museu/pt/Exposicoes/Exposicao?a=535
Calouste S. Gulbenkian e o gosto inglês: http://museu.gulbenkian.pt/museu/pt/Exposicoes/Exposicao?a=536
[5] D. Manuel II e os livros de Camões: http://www.gulbenkian.pt/Institucional/pt/Agenda/Exposicoes/Exposicao?a=5352
[6] Uma Biblioteca Humanista: Os objetos procuram aqueles que os amam: http://www.gulbenkian.pt/Institucional/pt/Agenda/Exposicoes/Exposicao?a=5156
[7] Lourdes Castro. Todos os livros: http://www.gulbenkian.pt/inst/pt/Agenda/Exposicoes/Exposicao?a=5241
[8] Colección Masaveu. Grandes Mestres da Pintura Espanhola Greco, Zurbarán, Goya, Sorolla: http://www.museudearteantiga.pt/exposicoes/coleccion-masaveu
[9] Afinidades Electivas. Julião Sarmento colecionador: http://www.fundacaoedp.pt/exposicoes/afinidades-electivas/197
[10] Eu e os outros. Coleção Alberto Caetano: http://www.museuartecontemporanea.pt/pt/programacao/1753
[11] http://www.museuartecontemporanea.pt/pt/programacao/1753
[12] Esta é uma referência consciente a alguns autores (nomeadamente Wajcaman e Blom) quanto à predominância de homens coleccionadores. Tal circunstância parece decorrer da maior prevalência, nos homens, de certas afecções psíquicas que conduzem ao coleccionismo, como o autismo. E em termos históricos, da maior quantidade de homens com acesso aos rendimentos, aos contactos e às deslocações que permitiam a constituição de colecções significativas que permaneceram, quer enquanto colecção concreta, quer enquanto notícia ou referência. No entanto, o acesso das mulheres ao mercado de trabalho e a consequente independência económica fez aumentar muito o número de mulheres coleccionadoras. Ainda assim, das colecções elencadas neste artigo apenas uma (a minha) é de uma mulher. A Colecção Wentworth-Fitzwilliam está a ser continuada pela sua actual detentora, Lady Juliet Tadgell, mas a sua motivação parece ser a reconstituição histórica da colecção da família, e não o adicionamento de novos elementos decididos de acordo com o seu gosto ou outras motivações pessoais. V. artigo no Público de 20-12-2015, http://www.publico.pt/culturaipsilon/noticia/lady-juliet-uma-aristocrata-inglesa-1717780
[13] Agradeço à Doutora Maria Belo a chamada de atenção para este ponto.
[14] Agradeço à Doutora Maria Belo a chamada de atenção para este ponto.
[15] 9000 formas da felicidade. As edições Pulcinoelefante: http://www.bnportugal.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=958%3Aexposicao-9000-formas-de-felicidade-as-edicoes-pulcinoelefante-&catid=164%3A2014&Itemid=980&lang=pt

:::


Bibliografia


Jean BAUDRILLARD, Le système des objets. Paris: Gallimard, 1978.
Philipp BLOM, To Have and To Hold: An Intimate History of Collectors and Collecting. Woodstock e Nova Iorque: The Overlook Press, 2002.
Werner MUENSTERBERGER, Collecting An Unrully Passion: Psyshological Perspectives. Princeton: Princeton University Press, 1994.
Krzysztof POMIAN, Collectionneurs, Amateurs et Curieux. Paris, Venise : XVIe-XVIIIe Siècle. Paris : Éditions Gallimard, 1987.
Ingrid SCHAFFNER (dir.), Pictures, Patents, Monkeys, and More… On Collecting. Nova Iorque: Independent Curators International, 2001.
Gérard WAJCMAN, Collection suivi de L’Avarice. Caen : Nous, 2014.
Gérard WAJCMAN, «Psychopathologie des collectionneurs? Six remarques générales sur la psychanalyse et la collection». Psychoanalytische Perspectieven, 2006, 24, 1: 41-53 http://www.psychoanalytischeperspectieven.be/file/2012/08/2006-1-Wajcman.pdf