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Matheus Novaes
Artista
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Qual a ultima boa exposição que viu?
Atelier, de Cabrita Reis.
Que livro está a ler?
Tudo, a Toda Hora, em Todo Lado – Stuart Jeffries.
Que música está no topo da sua playlist actual?
Once Upon A Time In The West – Dire Straits.
Um filme que gostaria de rever…
Advogado do Diabo.
O que deve mudar?
Guerras.
O que deve ficar na mesma?
Natureza.
Qual foi a primeira obra de arte que teve importância real para si?
Tive o privilégio de ver uma pintura do Brice Marden no hall de entrada do MoMA, eu era muito novo para entender, tinha 11 anos, em 2002, mas a luz da obra, no espectro do arco-íris, marcou-me para sempre.
Vista da exposição "Brice Marden: A Retrospective of Paintings and Drawings", 2006-2007. Foto: Jonathan Muzikar.
Qual a próxima viagem a fazer?
Gostava de conhecer Roma.
O que imagina que poderia fazer se não fizesse o que faz?
Carpinteiro.
Se receber um amigo de fora por um dia, que programa faria com ele?
Com certeza irmos à praia.
Imaginando que organiza um jantar para 4 convidados, quem estaria na sua lista para convidar? Pode considerar contemporâneos ou já desaparecidos.
Richard Serra, Brice Marden, Robert Ryman e Philip Glass.
Quais os seus projetos para o futuro?
Lanço no próximo dia 3 de abril no coletivo Maria 16 em Alcântara, a minha exposição Avesso, no qual procuro criar um diálogo conceptual com a matéria, e aproximo a minha produção do universo do surf, paixão que me acompanha há anos. Essa influência manifesta-se tanto na escolha dos materiais como na relação com o espaço e a forma.
A borracha dos fatos de neoprene, essencial para a prática do desporto em águas frias, torna-se um elemento de reflexão sobre a interseção entre natureza e artifício. O uso do silicone como meio pictórico adiciona uma dimensão conceptual ainda mais ampla, ressignificando o próprio ato de pintar.
Se antes a pintura era uma superfície tensionada e contida, agora abre-se, revelando a sua mecânica interna. Agrafos, parafusos e ferragens deixam de ser meros suportes para se tornarem protagonistas visuais.
Além disso, desejo desenvolver cada vez mais meu trabalho artístico, ampliando horizontes e desejo conseguir tocar no coração/intelecto de quem se depara com meu trabalho.