Links


ARTES PERFORMATIVAS


ODONIS ODONIS € A QUESTÃO TECNOLÓGICA

RICARDO ESCARDUÇA

2016-07-27



 

 

No one really thinks about it”. Ninguém pensa que já ninguém se desvia dos miúdos na rua. Eles já não estão lá. Eles andavam por lá, nos passeios, nos jardins, em cada canto e em cada esquina, de cócoras e de mãos sujas de terra, a estender palmo e meio entre os três buracos do jogo do berlinde, ou a rodar piões de madeira e cordão nos círculos desenhados com a biqueira do sapato, ou a propulsionar à força de piparotes do dedo os carrinhos matchbox em autódromos traçados a giz. Jogos de competições e de corridas, sim. Mas acabavam com um abraço, um sorriso e um “até amanhã, à mesma hora, no quintal das traseiras do prédio da minha avó”. Laços de aço. Mas desapareceram, esses miúdos, esses laços. Invadidos, a invasão tecnológica. Hoje andam pelas mesmas ruas, pelos mesmos passeios, pelos mesmos jardins. Mas, individuais, solitários, estupidificados. Sem tirar os olhos do screen do smartphone a jogar pokemon go, aos encontrões uns aos outros. Estúpidos. Caem ao rio ou esbarram no poste. Estúpidos. Hoje estão enterrados nos sofás, lado a lado. Mas não se olham nem se falam. Estúpidos. Capturados por jogos de grafismos que são tão agressores quão agressivos, têm que explodir coisas e pessoas, têm que conquistar, têm que matar. Encarcerados em goggles 3d de tecnologia virtual reality enfiados na cabeça, que os isolam do que e de quem está ao seu redor, com armas destruidoras que, efectivamente, acreditam empunhar. Matar, explodir, e outros verbos e acções que tais. Palavras na boca de miúdos tornadas corriqueiras, substitutas do vocabulário dos outros, daqueles que, antes, com o abafador, se ficavam por abafar o guelas do amigo para a vida que devolviam no dia seguinte. E a língua? E a sintaxe? E a caligrafia? Ninguém pensa na violação constante ao património da língua, da gramática, e da caligrafia. Elas estavam lá, nas cartas escritas à mão e nos postais de viagem com imagens turísticas deitadas no marco do correio do bairro ou do destino visitado, nas agendas a substituir e renovar ano após ano, nos diários onde se deitavam as confissões mais pessoais e sonhadoras. Gravadas por palavras e letras que honravam o património da palavra escrita e falada. Desapareceram, também derrotados. As cartas, os postais, os diários. A língua, a caligrafia. E as emoções e os sentimentos que continham. Vencidos, ultrapassados, substituídos pelo “teclar” ensurdecedor dos touch screen digitalmente silenciosos em sms’s, em whatsapp’s, em ficheiros do office enviados por e-mail, pela versão 8.36 ou outra qualquer do software que é necessário actualizar no laptop e no smartphone a cada três dias porque já foi suplantada por mais um update quando ainda mal respirava. O património da língua aniquilado por espécies de textos. Por degenerações da língua, onde há mais emojis, estrangeirismos nacionalizados e abreviaturas indecifráveis de um vocabulário imperceptível composto por coisas, coisas de três consoantes e nenhuma vogal, do que reais palavras e real comunicação. E as reuniões, os grupos de trabalho, que começavam e terminavam com um aperto de mão trocado entre olhares frontais e pessoais, onde cada participante trabalhava não sem também partilhar o que é enquanto pessoa? Esses, coitados, destronados pelas conference-calls entaladas entre as 11.15 e as 11.25 e uma agenda de pontos engolida em sequência, que não deixa espaço para nada de humano além dela mesma nesses minutos ditatoriais. E a Inteligência Artificial? Fria, digital, feita de cabos e conectores de liga leve de compósitos de carbono e outros elementos da tabela periódica, de placas de hardware, de braços robóticos, de software e de processadores com memória RAM de milhões e milhões, que varrem para a prateleira dos obsoletos pessoas que têm carne em cima dos ossos, pele que transpira, olhos que choram e bocas que riem. E?... E?...

 

 

É a trans-humanização. A transformação das condições fundamentais que nos distingue como humanos através da tecnologia. É a desumanização. A ditadura da tecnologia sobre o humanismo. A ausência de qualquer ligação social, cultural, emocional e biológica para a qual, aos olhos de alguns, porventura de muitos, se caminha conscientemente. Ou, diríamos, se caminha, perigosamente, inconscientemente. Reflexões e conceitos do já desaparecido filósofo, escritor e professor de futurologia Fereidoun Esfandiary, naturalizado americano e de raízes iranianas, cujo corpo se encontra actualmente crio-preservado, também conhecido por FM-2030. Nome de série, como um código de barras ou algo semelhante, adoptado pelo próprio convictamente para realçar a sua causa trans-humanista. Um nostálgico saudoso de um futuro que está ainda por chegar. Um pensador deambulante nos terrenos das possibilidades para a raça humana uma vez transposta tecnologicamente a sua forma orgânica e biológica para um qualquer outro formato. Um defensor de que, na década de 2030, por via da extinção da diversidade das raças, das culturas, das identidades, seremos todos iguais ao mesmo, iguais a todos. Um defensor de que, por via do progresso tecnológico, viveremos como imortais, para sempre libertados das nossas restrições biológicas. Um opositor da diversidade humana e da sua natureza inerente biológica e, por consequência, diversa, um combatente dos diferentes colectivos e sociedades humanas que se distinguem pelas suas raças, pelas suas heranças culturais, pelas suas crenças religiosas, pelos seus hábitos sociais, pelas suas identidades nacionais e históricas, e pelas limitações biológicas inerentes à sua condição humana.

“Post Plague”, lançado em 17 de Junho pela canadiana Telephone Explosion e no resto do mercado pela Felte Records, o mais recente álbum do trio Odonis Odonis originário de Toronto, liderado por Constantin Tzenos, a quem se juntam Jarod Gibson e Denholm Whale, nasce inspirado no pensamento trans-humanista de FM-2030.

 

 

Mas, em oposição ao culto da ficção científica que, muitas vezes tomando a pele de mero entretenimento cinematográfico, em vídeo-jogos, ou em outros registos, e vai, sub-repticiamente, gradualmente, entranhando e banalizando a des-humanização promovida pela inteligência artificial, pela realidade virtual, pela invenção científica que fecha os olhos à ética, “Post Plague” propõe-se ir mais além. Odonis Odonis expõem e exploram, de forma conceptual, o desenvolvimento tecnológico desenfreado e não-regulado, e os temíveis lugares para onde nos pode levar e que podem não compensar as vantagens que essa evolução possa trazer. A outra face da moeda. Já nos entra pelos olhos dentro, e pode vir a ser paranoicamente estarrecedora. Numa era actual de constantes e avassaladores conflitos, colisões, divergências de uma realidade, que parecia virtual há uns segundos atrás, se aproxima vertiginosamente de dias que nos são ainda desconhecidos ou que conhecemos em atraso face a ela, OO perguntam-se o que significará ser humano uma vez percorridos os vários caminhos e atingidos os vários desfechos hipotéticos que se afiguram em 2030, de hoje a cem anos, ou nos próximos cinco minutos, se o património humano e ético não for respeitado e defendido. “Post Plague” é um alerta para a progressiva amputação da condição e da natureza humanas que nos faz perder algo fundamental, profundo e irrecuperável, é um aviso de que é necessário parar para pensar, é um apelo à resiliência que impeça o apocalipse antropológico. É urgente tomar medidas.

 

 

A história é ampla e conduz a uma reflexão que tem tanto de catastrófico quanto de maravilhoso. O primeiro capítulo é “Vanta Black”; não como a primeira faixa da tacklist, mas a primeira a ser disponibilizada pela banda como apresentação do álbum. “Let’s get ready / For modern life / Let me take a minute / Take some time and think about it”. Vantablack é um ladrão de luz. É uma substância composta por microscópicos tubos de carbono alinhados verticalmente lado a lado. A luz incide e é reflectida de tubo em tubo no interior desta floresta artificial e diabólica, o maior grau negro conhecido. Mas fica aprisionada sem ser devolvida ao olho humano. É a escuridão.

”That’s How It Goes” é uma das primeiras faixas a ter sido composta para o álbum e segue o mesmo caminho contra-cultura e denunciador da vitória da tecnologia sobre o que é natural e humano com o decurso do tempo: “… / Crawling / Further down that hole”. O niilismo positivo de OO, que critica e denuncia, mas que quer construir. Dedo acusador em riste e apontado à ausência de emoções e sentimentos, quando o que vale é a conquista material e a conquista da imortalidade: “… / You want control / When it all comes down / Your house gets bigger / Your heart grows cold / Your world gets sicker / That’s how it goes.” Há algo de aceitação do futuro, mas não à custa de qualquer preço.

“Needs” não dá tréguas. “They say go to the throat / …/ Design / Complete / Evolve / Repeat / I´ve got my needs”. A destruição do sentido de comunidade. Passo esmagador após passo esmagador, é fácil pisar os outros à distância e por detrás do escudo de um écran de computador, o egoísmo e o individualismo da ânsia de controlo, de poder e de sucesso.

Live a life / Of solitude / … / Lie / To my face / It’s time / I walk away / From your game”. Em “Game” vislumbra as relações pessoais, ou melhor, a solidão e o isolamento nos tempos das relações pessoais on-line, das relações virtuais em que não se olha, não se toca, não se ouve e não se cheira, só se clicka. Mas traz esperança no espírito humano, que consegue ainda tomar consciência de que é altura de abandonar esse jogo.

 

 

Há ainda a desilusão. A desilusão que apenas existe quando há expectativas. O sentimento de traição das expectativas criadas quanto ao futuro faz com que, nesse momento em que se toma consciência da traição, esse future deixe de existir. “From now on I can’t afford it / From now on I can’t ignore it / Betray / Betrayed / … / The Future / No Future”. “Betrayal”, sobre aqueles que, supostamente, mobilizados por convicções comunitárias, deveriam guiar a sociedade, mas traem a sua palavra e o seu compromisso em favor das suas ambições pessoais, substituindo a esperança e expectativa das promessas anunciadas aos outros de um futuro bom por nada, pelo vazio, pelo caos.

 

 

Não é por acaso que “Lust” encerra o álbum. “I just want some lust / To knock me off of my feet / Till your heart beat stops / I wanna feel it beat”. Consumado o desastre do domínio tecnológico que aniquila qualquer vestígio de sentimento e emoção humanos num futuro, felizmente, ainda hipotético, é o resgate da humanidade no lamento da sua perda, desejando algo emocional e carnal – e há humanidade nesse lamento. Resta saber quando será tarde demais.

Paradoxalmente, o território musical de “Post Plague” é todo ele tecnologia. Sem vénias diminuidoras da sua personalidade e individualidade musical, o primeiro contacto com “Post Plague” invoca-nos, por momentos, referências e inspirações em Nine Inch Nails ou, mais distantes, Depeche Mode ou New Order, entre outros. Curiosamente, estes últimos contemporâneos de um tempo em que, apesar da tecnologia aplicada à sua música, podíamos encontrar miúdos na rua a brincar ao berlinde e ao pião.

“Post Plague” é uma marreta de decibéis implacável e bombardeadora nos ouvidos. Uma combinação frenética e desvairada de elementos sonoros que surgem, que se escondem, que se transformam, imprevisível a cada momento. São dois anos de reflexão, exploração e descoberta de fórmulas musicais. São dois anos de cuidada composição e produção, atenta aos detalhes que transformam “Post Plague” num álbum, ainda que difícil, relevante, consistente e personalizado.

Como cientistas alternativos e alucinados num laboratório experimental que, doentiamente meticulosos, calculam e inventam novos compostos, OO pegam em tubos de ensaio e misturam um pouco de muito. Num revivalismo futurista dos anos ’80 de identidade sombria e gótica, não poupam no peso rítmico e robótico dos teclados e do baixo sintetizados do synth-pop e do new-wave, carregam nas percussões e nos beats pesados e enérgicos do electro e do techno, juntam umas gotas compactas e abstractas de sons e efeitos experimentais do noise e do industrial e outras das guitarras ferozes e ruidosas do post-punk e do garage-rock. Sobre os arranjos musicais e o estado emocional caótico, convicto de que o desastre está ao virar da esquina, Tzenos não hesita, faz destacar a sua voz e coloca os seus versos minimalistas, quase lacónicos, que, nessa síntese de poucas palavras que muito dizem, na verdade realçam a gravidade dos conceitos e as suas implicações e as suas consequências. Tudo junto, misturado e aquecido até ferver em temperatura ácida e escaldante, sem deixar de lado a natureza melódica, da bancada química saem dez faixas intensas, poderosas e saturadas de música científica que rebentam o palco e o cenário onde o status-quo tecnológico avança, e deixam um rasto profético, demolidor em horror e catástrofe, de que é necessário tomar consciência e evitar.

“Post Plague” é a afirmação de ideias políticas e sociais cépticas face à realidade, é o escoamento emocional de ansiedades, de frustrações e de receios, numa era em que o debate de ideias e os valores emocionais pode não ser suficiente para derrubar a ditadura tecnológica. Não ambiciona nem se arroga fornecer respostas mas, esperançado e positivo, convoca à responsabilidade que anda a par da liberdade.

 

 

Não menos paradoxalmente, os três membros de OO são confessadamente atraídos por todo o fenómeno tecnológico e científico, real ou ficcionado. “Fearless”, a faixa de abertura do álbum, ilustra o momento singular, anunciado e defendido por alguns isentos de dúvidas e de medos, em que a perfeição tecnológica da inteligência artificial se sobreponha à consciência e à biologia humanas: “Conscious / Barely conscious / Fully conscious / … / Painless / Weightless / Thankless / Fearless”. O gatilho para todo o álbum está nas palavras de FM-2030: "So long as we are confined to these biological makeups, there will always be inequality, human tragedy, and human suffering.". Mas é precisamente nessa busca pela perfeição da qual o sofrimento e a tragédia foram expurgados que pode residir a extinção da própria condição humana, que deve incluir essas imperfeições e tantas outras – eis a questão provocadora que OO levantam ao longo do resto do álbum.

No seu todo, o álbum varia em contrastes de tonalidade, de ritmo e de atmosfera musical. Assume a sua marca principal na maior parte das faixas, a severidade impiedosa e agressiva, como que a imposição de uma casca áspera e espessa necessária para defesa em tempos agrestes, ainda que sem elevar o noise ruidoso a exageros explosivos; quando à beira da erupção, OO sabem quando recuar e equilibrar as coisas com alguma suavidade e serenidade: um contraste dual que se alimenta e se realça a si mesmo.

Contrastes a que, aliás, OO não são estranhos: “Post Plague” representa um significativo desvio face aos trabalhos anteriores. Em 2010, Tzenos mergulha no punk-rock alternativo dos anos ’80 e, multi-instrumentalista, grava uma série de demos ao longo de alguns meses. Juntam-se Jarod Gibson na bateria e Denholm Whale no baixo. A estreia surge em Novembro de 2011 com o álbum “Hollandaze” a que se segue o EP “Better” em Abril de 2013: um noise-rock agressivo e industrial que usa e abusa dos efeitos dos pedais, espremendo das guitarras, do baixo e da bateria todo o ruído que conseguiam; deu para meter o pé na porta desse mercado. Revelando a sua inclinação para não seguir trajectos lineares, um ano mais tarde surge o segundo LP “Hard Boiled Soft Boiled” – como o nome indica, duas metades distintas; a primeira ainda em linha com a sonoridade anterior, enquanto as arestas sonoras da segunda se suavizam com base num post-punk menos abrasivo.

Mas a reinvenção é radical em “Post Plague”, e basta uma visita aos álbuns anteriores para a constatar evidente. Dir-se-ia uma manipulação genética voluntária. Programação, sintetizadores, samplers dominam e fazem as guitarras praticamente desaparecer, só se lhes notando a presença em acordes e riffs pré-gravados e transformados em samples filtrados muito mais discretos; a bateria é substituída por caixas de ritmos electrónicas – toda a ideia é contenção, refinamento e simplificação sustentados na electrónica, ainda que o nível de decibéis continue bem elevado. Mantendo a densidade que os caracteriza mas a quem trocam a identidade sonora, “Post Plague” é musicalmente mais acessível que os seus antecessores. OO assumem conscientes a provável desilusão de alguns fãs do seu som anterior, mas não pretendem abafar o seu impulso e intuição criativos e evolutivos em função das expectativas dos outros, e ainda se arriscam a ver novos seguidores juntar-se às suas fileiras.

Globalmente, “Post Plague” é agradavelmente desconfortável. Um álbum provocador e desorientador, que não encanta musicalmente no primeiro contacto, e dificilmente encanta nos contactos posteriores, que exige. Mas nem todo o valor reside nesse encanto que aflora à superfície das coisas. Marca uma presença longe da banalidade a que não é possível permanecer indiferente e traz recompensas se lhe dado tempo e espaço. As referências musicais dos anos ’80 são trazidas para os dias de hoje pelo conjunto das dez faixas que afirmam singularidade, diversidade e exalam poder e energia. E vale pela mensagem, a inquietude e vulnerabilidade humanas face aos desafios a que se expõe, a denúncia e consciência dos riscos inerentes. E à música, enquanto forma de expressão artística, cabe também a mensagem e o conteúdo. Para onde “Post Plague” levará Odonis Odonis? É difícil antever, mas seguiremos com interesse os resultados desta e das suas futuras mutações.

 


Tracklist Post Plague:
1. Fearless
2. Needs
3. That’s How It Goes
4. Nervous
5. BLTZ
6. Pencils
7. Game
8. Vanta Black
9. Betrayal
10. Lust

 




Outros artigos:

2024-10-21


AO SER NINGUÉM, DUVALL TORNOU-SE TODAS. I AM NO ONE, DE NÁDIA DUVALL, NOS GIARDINI, BIENAL DE VENEZA 2024
 

2024-09-18


JOSÈFA NTJAM : SWELL OF SPÆC(I)ES
 

2024-08-13


A PROPÓSITO DE ZÉNITE
 

2024-06-20


ONDE ESTÁ O PESSOA?
 

2024-05-17


ΛƬSUMOЯI, DE CATARINA MIRANDA
 

2024-03-24


PARADIGMAS DA CONTÍNUA METAMORFOSE NA CONSTRUÇÃO DO TEMPO EM MOVIMENTO // A CONQUISTA DE UMA PAISAGEM AUTORAL HÍBRIDA EM CONTÍNUA CAMINHADA
 

2024-02-26


A RESISTÊNCIA TEMPORAL, A PRODUÇÃO CORPORAL E AS DINÂMICAS DE LUTA NA ARTE CONTEMPORÂNEA
 

2023-12-15


CAFE ZERO BY SOREN AAGAARD, PERFORMA - BIENAL DE ARTES PERFORMATIVAS
 

2023-11-13


SOBRE O PROTEGER E O SUPLICAR – “OS PROTEGIDOS” DE ELFRIEDE JELINEK
 

2023-10-31


O REGRESSO DE CLÁUDIA DIAS. UM CICLO DE CRIAÇÃO DE 10 ANOS A EMERGIR DA COLEÇÃO DE LIVROS DO SEU PAI
 

2023-09-12


FESTIVAL MATERIAIS DIVERSOS - ENTREVISTA A ELISABETE PAIVA
 

2023-08-10


CINEMA INSUFLÁVEL: ENTREVISTA A SÉRGIO MARQUES
 

2023-07-10


DEPOIS DE METADE DOS MINUTOS - ENTREVISTA A ÂNGELA ROCHA
 

2023-05-20


FEIOS, PORCOS E MAUS: UMA CONVERSA SOBRE A FAMÍLIA
 

2023-05-03


UMA TERRA QUE TREME E UM MAR QUE GEME
 

2023-03-23


SOBRE A PARTILHA DO PROCESSO CRIATIVO
 

2023-02-22


ALVALADE CINECLUBE: A PROGRAMAÇÃO QUE FALTAVA À CIDADE
 

2023-01-11


'CONTRA O MEDO' EM 2023 - ENTREVISTA COM TEATROMOSCA
 

2022-12-06


SAIR DE CENA – UMA REFLEXÃO SOBRE VINTE ANOS DE TRABALHO
 

2022-11-06


SAMOTRACIAS: ENTREVISTA A CAROLINA SANTOS, LETÍCIA BLANC E ULIMA ORTIZ
 

2022-10-07


ENTREVISTA A EUNICE GONÇALVES DUARTE
 

2022-09-07


PORÉM AINDA. — SOBRE QUASE UM PRAZER DE GONÇALO DUARTE
 

2022-08-01


O FUTURO EM MODO SILENCIOSO. SOBRE HUMANIDADE E TECNOLOGIA EM SILENT RUNNING (1972)
 

2022-06-29


A IMPORTÂNCIA DE SER VELVET GOLDMINE
 

2022-05-31


OS ESQUILOS PARA AS NOZES
 

2022-04-28


À VOLTA DA 'META-PERSONAGEM' DE ORGIA DE PASOLINI. ENTREVISTA A IVANA SEHIC
 

2022-03-31


PAISAGENS TRANSDISCIPLINARES: ENTREVISTA A GRAÇA P. CORRÊA
 

2022-02-27


POÉTICA E POLÍTICA (VÍDEOS DE FRANCIS ALŸS)
 

2022-01-27


ESTAR QUIETA - A PEQUENA DANÇA DE STEVE PAXTON
 

2021-12-28


KILIG: UMA NARRATIVA INSPIRADA PELO LOST IN TRANSLATION DE ANDRÉ CARVALHO
 

2021-11-25


FESTIVAL EUFÉMIA: MULHERES, TEATRO E IDENTIDADES
 

2021-10-25


ENTREVISTA A GUILHERME GOMES, CO-CRIADOR DO ESPECTÁCULO SILÊNCIO
 

2021-09-19


ALBUQUERQUE MENDES: CORPO DE PERFORMANCE
 

2021-08-08


ONLINE DISTORTION / BORDER LINE(S)
 

2021-07-06


AURORA NEGRA
 

2021-05-26


A CONFUSÃO DE SE SER NÓMADA EM NOMADLAND
 

2021-04-30


LODO
 

2021-03-24


A INSUSTENTÁVEL ORIGINALIDADE DOS GROWLERS
 

2021-02-22


O ESTRANHO CASO DE DEVLIN
 

2021-01-20


O MONSTRO DOS PUSCIFER
 

2020-12-20


LOURENÇO CRESPO
 

2020-11-18


O RETORNO DE UM DYLAN À PARTE
 

2020-10-15


EMA THOMAS
 

2020-09-14


DREAMIN’ WILD
 

2020-08-07


GABRIEL FERRANDINI
 

2020-07-15


UMA LIVRE ASSOCIAÇÃO DO HERE COME THE WARM JETS
 

2020-06-17


O CLASSICISMO DE NORMAN FUCKING ROCKWELL!
 

2019-07-31


R.I.P HAYMAN: DREAMS OF INDIA AND CHINA
 

2019-06-12


O PUNK QUER-SE FEIO - G.G. ALLIN: UMA ABJECÇÃO ANÁRQUICA
 

2019-02-19


COSEY FANNI TUTTI – “TUTTI”
 

2019-01-17


LIGHTS ON MOSCOW – Aorta Songs Part I
 

2018-11-30


LLAMA VIRGEM – “desconseguiste?”
 

2018-10-29


SRSQ – “UNREALITY”
 

2018-09-25


LIARS – “1/1”
 

2018-07-25


LEBANON HANOVER - “LET THEM BE ALIEN”
 

2018-06-24


LOMA – “LOMA”
 

2018-05-23


SUUNS – “FELT”
 

2018-04-22


LOLINA – THE SMOKE
 

2018-03-17


ANNA VON HAUSSWOLFF - DEAD MAGIC
 

2018-01-28


COUCOU CHLOÉ
 

2017-12-22


JOHN MAUS – “SCREEN MEMORIES”
 

2017-11-12


HAARVÖL | ENTREVISTA
 

2017-10-07


GHOSTPOET – “DARK DAYS + CANAPÉS”
 

2017-09-02


TATRAN – “EYES, “NO SIDES” E O RESTO
 

2017-07-20


SUGESTÕES ADICIONAIS A MEIO DE 2017
 

2017-06-20


TIMBER TIMBRE – A HIBRIDIZAÇÃO MUSICAL
 

2017-05-17


KARRIEM RIGGINS: EXPERIÊNCIAS E IDEIAS SOBRE RITMO E HARMONIAS
 

2017-04-17


PONTIAK – UM PASSO EM FRENTE
 

2017-03-13


TRISTESSE CONTEMPORAINE – SEM ILUSÕES NEM DESILUSÕES
 

2017-02-10


A PROJECTION – OBJECTOS DE HOJE, SÍMBOLOS DE ONTEM
 

2017-01-13


AGORA QUE 2016 TERMINOU
 

2016-12-13


THE PARKINSONS – QUINZE ANOS PUNK
 

2016-11-02


patten – A EXPERIÊNCIA DOS SENTIDOS, A ALTERAÇÃO DA PERCEPÇÃO
 

2016-10-03


GONJASUFI – DESCIDA À CAVE REAL E PSICOLÓGICA
 

2016-08-29


AGORA QUE 2016 VAI A MEIO
 

2016-07-27


ODONIS ODONIS – A QUESTÃO TECNOLÓGICA
 

2016-06-27


GAIKA – ENTRE POLÍTICA E MÚSICA
 

2016-05-25


PUBLIC MEMORY – A TRANSFORMAÇÃO PASSO A PASSO
 

2016-04-23


JOHN CALE – O REECONTRO COM O PASSADO EM MAIS UMA FACE DO POLIMORFISMO
 

2016-03-22


SAUL WILLIAMS – A FORÇA E A ARTE DA PALAVRA ALIADA À MÚSICA
 

2016-02-11


BIANCA CASADY & THE C.I.A – SINGULARES EXPERIMENTALISMO E IMAGINÁRIO
 

2015-12-29


AGORA QUE 2015 TERMINOU
 

2015-12-15


LANTERNS ON THE LAKE – SOBRE FORÇA E FRAGILIDADE
 

2015-11-11


BLUE DAISY – UM VÓRTEX DE OBSCURA REALIDADE E HONESTA REVOLTA
 

2015-10-06


MORLY – EM REDOR DE REVOLUÇÕES, REFORMULAÇÕES E REINVENÇÕES
 

2015-09-04


ABRA – PONTO DE EXCLAMAÇÃO, PONTO DE EXCLAMAÇÃO!! PONTO DE INTERROGAÇÃO?...
 

2015-08-05


BILAL – A BANDEIRA EMPUNHADA POR QUEM SABE QUEM É
 

2015-07-05


ANNABEL (LEE) – NA PRESENÇA SUPERIOR DA PROFUNDIDADE E DA EXCELÊNCIA
 

2015-06-03


ZIMOWA – A SURPREENDENTE ORIGEM DO FUTURO
 

2015-05-04


FRANCESCA BELMONTE – A EMERGÊNCIA DE UMA ALMA VELHA JOVEM
 

2015-04-06


CHOCOLAT – A RELEVANTE EXTRAVAGÂNCIA DO VERDADEIRO ROCK
 

2015-03-03


DELHIA DE FRANCE, PENTATONES E O LIRISMO NA ERA ELECTRÓNICA
 

2015-02-02


TĀLĀ – VOLTA AO MUNDO EM DOIS EP’S
 

2014-12-30


SILK RHODES - Viagem no Tempo
 

2014-12-02


ARCA – O SURREALISMO FUTURISTA
 

2014-10-30


MONEY – É TEMPO DE PARAR
 

2014-09-30


MOTHXR – O PRAZER DA SIMPLICIDADE
 

2014-08-21


CARLA BOZULICH E NÓS, SOZINHOS NUMA SALA SOTURNA
 

2014-07-14


SHAMIR: MULTI-CAMADA AOS 19
 

2014-06-18


COURTNEY BARNETT
 

2014-05-19


KENDRA MORRIS
 

2014-04-15


!VON CALHAU!
 

2014-03-18


VANCE JOY
 

2014-02-17


FKA Twigs
 

2014-01-15


SKY FERREIRA – MORE THAN MY IMAGE
 

2013-09-24


ENTRE O MAL E A INOCÊNCIA: RUTH WHITE E AS SUAS FLOWERS OF EVIL
 

2013-07-05


GENESIS P-ORRIDGE: ALMA PANDRÓGINA (PARTE 2)
 

2013-06-03


GENESIS P-ORRIDGE: ALMA PANDRÓGINA (PARTE 1)
 

2013-04-03


BERNARDO DEVLIN: SEGREDO EXÓTICO
 

2013-02-05


TOD DOCKSTADER: O HOMEM QUE VIA O SOM
 

2012-11-27


TROPA MACACA: O SOM DO MISTÉRIO
 

2012-10-19


RECOLLECTION GRM: DAS MÁQUINAS E DOS HOMENS
 

2012-09-10


BRANCHES: DOS AFECTOS E DAS MEMÓRIAS
 

2012-07-19


DEVON FOLKLORE TAPES (II): SEGUNDA PARTE DA ENTREVISTA COM DAVID CHATTON BARKER
 

2012-06-11


DEVON FOLKLORE TAPES - PESQUISAS DE CAMPO, FANTASMAS FOLCLÓRICOS E LANÇAMENTOS EM CASSETE
 

2012-04-11


FC JUDD: AMADOR DA ELETRÓNICA
 

2012-02-06


SPETTRO FAMILY: OCULTISMO PSICADÉLICO ITALIANO
 

2011-11-25


ONEOHTRIX POINT NEVER: DA IMPLOSÃO DOS FANTASMAS
 

2011-10-06


O SOM E O SENTIDO – PÁGINAS DA MEMÓRIA DO RADIOPHONIC WORKSHOP
 

2011-09-01


ZOMBY. PARA LÁ DO DUBSTEP
 

2011-07-08


ASTROBOY: SONHOS ANALÓGICOS MADE IN PORTUGAL
 

2011-06-02


DELIA DERBYSHIRE: O SOM E A MATEMÁTICA
 

2011-05-06


DAPHNE ORAM: PIONEIRA ELECTRÓNICA E INVENTORA DO FUTURO
 

2011-03-29


TERREIRO DAS BRUXAS: ELECTRÓNICA FANTASMAGÓRICA, WITCH HOUSE E MATER SUSPIRIA VISION
 

2010-09-04


ARTE E INOVAÇÃO: A ELECTRODIVA PAMELA Z
 

2010-06-28


YOKO PLASTIC ONO BAND – BETWEEN MY HEAD AND THE SKY: MÚLTIPLA FANTASIA EM MÚLTIPLOS ESTILOS