Links

ARQUITETURA E DESIGN




Fig.01. Configuração do lote, entre o arruamento e a linha de costa.


Fig.02. Alçado de frente de rua durante festividades do Espírito Santo. Fotografia: Pedro M. Borges.


Fig.03. Escadas e entrada de luz. Fotografia: Pedro M. Borges.


Fig.04. Centro da casa - cozinha, sala, hall e zona de distribuição. Fotografia: Pedro M. Borges.


Fig.05. Planta de estudo do piso 1 e nível intermédio.


Fig.06. Planta de estudo do piso 2.


Fig.07. Estudo de corte e alçado interior.


Fig.08. Sala de estar do nível intermédio com óculo. Fotografia: Pedro M. Borges.


Fig.09. Sala do óculo. Fotografia: Pedro M. Borges.


Fig.10. Ligação entre o pátio e o centro da casa. Fotografia: Pedro M. Borges.


Fig.11. Relação visual entre escritório e sala e mirante. Fotografia: Pedro M. Borges.


Fig.12. Alçado interior do lote / continuidade entre a casa e o espaço exterior. Fotografia: Pedro M. Borges.


Fig.13. Esquisso da relação entre a casa e o terreno.


Fig.14. Porta do mar. Fotografia: Pedro M. Borges.


Fig.15. Caspar David Friedrich, Der Wanderer über dem Nebelmeer, 1818, Óleo sobre tela, 98×74cm, Kunsthalle Hamburg.

Outros artigos:

2024-02-26


NO LUGAR DE UMA JANELA, NASCEU UMA PORTA


2024-01-21


TERCEIRO ANDAR DE LUCIANA FINA OU DESTINAÇÃO (EST)ÉTICA


2023-11-02


A PROPÓSITO DE ONDE VAMOS MORAR? — CICLO DE CINEMA POR ANDY RECTOR


2023-09-11


CARTOGRAFIA DO HORIZONTE: DO TERRITÓRIO AOS LUGARES


2023-08-05


O ESTALEIRO, O LABORATÓRIO, A SUA CAIXA E O CAVALETE DELA


2023-06-01


UMA CIDADE CONSTRUÍDA PARA O CONSUMO: DA LÓGICA DO MERCADO À DISNEYFICAÇÃO DA CIDADE


2023-04-30


ESCUTAR, UMA VEZ MAIS, GRÂNDOLA — OPERAÇÃO SAAL DE VALE PEREIRO


2023-04-03


NOTAS SOBRE UM ARQUITECTO ARTIFICIALMENTE INTELIGENTE


2023-02-24


MUSEU DA PAISAGEM. AS POSSIBILIDADES INFINITAS DE LER E REINTERPRETAR O TERRITÓRIO


2023-01-30


A DIVERSIDADE NA HABITAÇÃO DAS CLASSES LABORIOSAS, OS HIGIENISTAS E O CASO DA GRAÇA


2022-12-29


HABITAR: UM MANIFESTO SECRETO


2022-11-23


JONAS AND THE WHOLE


2022-10-16


CASA PAISAGEM OU UM PRESÉPIO ABERTO


2022-09-08


ENTREVISTA A ANA CATARINA COSTA, FRANCISCO ASCENSÃO, JOÃO PAUPÉRIO E MARIA REBELO


2022-08-11


ENTREVISTA A JOSÉ VELOSO, ARQUITETO DA OPERAÇÃO SAAL DA MEIA-PRAIA


2022-07-11


TERRA, TRIENAL DE ARQUITETURA DE LISBOA 2022. ENTREVISTA A CRISTINA VERÍSSIMO E DIOGO BURNAY


2022-05-31


OH, AS CASAS, AS CASAS, AS CASAS...


2022-04-23


A VIAGEM ARQUITETÓNICA COMO ENCONTRO: DA (RE)DESCOBERTA À (DES)COBERTA DAS ORIGENS


2022-03-29


PODERÁ O PATRIMÓNIO SER EMANCIPATÓRIO?


2022-02-22


EM VÃO: FECHA-SE UMA PORTA PARA QUE UMA JANELA FENOMENOLÓGICA SE ABRA


2022-01-27


SOBRE A 'ESTÉTICA DO CONHECIMENTO': UMA LEITURA DA PEDAGOGIA DE BAUKUNST


2021-12-29


CALL FOR ARCHITECTS


2021-11-27


DE QUE ME SERVE SER ARQUITECTA?


2021-10-26


'OS CAMINHOS DA ÁGUA'


2021-09-30


A ARQUITETURA PORTUGUESA: O TRAJETO DO SÉCULO XX E DESAFIOS DO SÉCULO XXI


2021-08-22


CERAMISTAS E ILUSTRADORES: UMA RESIDÊNCIA EM VIANA DO ALENTEJO


2021-07-27


COMPREENSÃO DA CIDADE DO PORTO ATÉ AO SÉCULO XX


2021-06-20


O ANTECEDENTE CULTURAL DO PORTO NA TRANSIÇÃO PARA O SÉCULO XXI


2021-05-12


JOÃO NISA E AS 'PRIMEIRAS IMPRESSÕES DE UMA PAISAGEM'


2021-02-16


A ORDEM INVISÍVEL DA ARQUITECTURA


2021-01-10


SURENDER, SURENDER


2020-11-30


AS MULHERES NO PRIVATE PRESS MOVEMENT: ESCRITAS, LETRAS DE METAL E CHEIRO DE TINTA


2020-10-30


DES/CONSTRUÇÃO - OS ESPACIALISTAS EM PRO(EX)CESSO


2020-09-19


'A REALIDADE NÃO É UM DESENCANTO'


2020-08-07


FORA DA CIDADE. ARTE E LUGAR


2020-07-06


METROPOLIS, WORLD CITY & E.P.C.O.T. - AS VISÕES PARA A CIDADE PERFEITA IMAGINADAS POR GILLETTE, ANDERSEN E DISNEY


2020-06-08


DESCONFI(N)AR, O FUTURO DA ARQUITECTURA E DAS CIDADES


2020-04-13


UM PRESENTE AO FUTURO: MACAU – DIÁLOGOS SOBRE ARQUITETURA E SOCIEDADE


2020-03-01


R2/FABRICO SUSPENSO: ITINERÁRIOS DE TRABALHO


2019-12-05


PRÁTICAS PÓS-NOSTÁLGICAS / POST-NOSTALGIC KNOWINGS


2019-08-02


TEMPOS MODERNOS, CERÂMICA INDUSTRIAL PORTUGUESA ENTRE GUERRAS


2019-05-22


ATELIER FALA - ARQUITECTURA NA CASA DA CERCA


2019-01-21


VICARA: A ESTÉTICA DA NATUREZA


2018-11-06


PARTE II - FOZ VELHA E FOZ NOVA: PATRIMÓNIO CLASSIFICADO (OU NEM POR ISSO)


2018-09-28


PARTE I - PORTO ELEITO TRÊS VEZES O MELHOR DESTINO EUROPEU: PATRIMÓNIO AMEAÇADO PARA UNS, RENOVADO PARA OUTROS. PARA INGLÊS (NÃO) VER


2018-08-07


PAULO PARRA – “UMA TRAJECTÓRIA DE VIDA” NA GALERIA ROCA LISBON


2018-07-12


DEPOIS, A HISTÓRIA: GO HASEGAWA, KERSTEN GEERS, DAVID VAN SEVEREN


2018-05-29


NU LIMITE


2018-04-18


POLAROID


2018-03-18


VICO MAGISTRETTI NO DIA DO DESIGN ITALIANO


2018-02-10


GALERIA DE ARQUITETURA


2017-12-18


RHYTHM OF DISTANCES: PROPOSITIONS FOR THE REPETITION


2017-11-15


SHAPINGSHAPE NA BIENAL DA MAIA


2017-10-14


O TEATRO CARLOS ALBERTO DIALOGA COM A CIDADE: PELA MÃO DE NUNO LACERDA LOPES


2017-09-10


“VINTE E TRÊS”. AUSÊNCIAS E APARIÇÕES NUMA MOSTRA DE JOALHARIA IBEROAMERICANA PELA PIN ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE JOALHARIA CONTEMPORÂNEA


2017-08-01


23 – JOALHARIA CONTEMPORÂNEA NA IBERO-AMÉRICA


2017-06-30


PASSAGENS DE SERRALVES PELO TERMINAL DE CRUZEIROS DO PORTO DE LEIXÕES


2017-05-30


EVERYTHING IN THE GARDEN IS ROSY: AS PERIFERIAS EM IMAGENS


2017-04-18


“ÁRVORE” (2002), UMA OBRA COM A AUTORIA EM SUSPENSO


2017-03-17


ÁLVARO SIZA : VISÕES DA ALHAMBRA


2017-02-14


“NÃO TOCAR”: O NOVO MUSEU DO DESIGN EM LONDRES


2017-01-17


MAXXI ROMA


2016-12-10


NOTAS SOBRE ESPAÇO E MOVIMENTO


2016-11-15


X BIAU EM SÃO PAULO: JOÃO LUÍS CARRILHO DA GRAÇA À CONVERSA COM PAULO MENDES DA ROCHA E EDUARDO SOUTO DE MOURA


2016-10-11


CENAS PARA UM NOVO PATRIMÓNIO


2016-08-31


DREAM OUT LOUD E O DESIGN SOCIAL NO STEDELIJK MUSEUM


2016-06-24


MATÉRIA-PRIMA. UM OLHAR SOBRE O ARQUIVO DE ÁLVARO SIZA


2016-05-28


NA PEGADA DE LE CORBUSIER


2016-04-29


O EFEITO BREUER – PARTE 2


2016-03-24


O EFEITO BREUER - PARTE 1


2016-02-16


GEORGE BEYLERIAN CELEBRA O DESIGN ITALIANO COM LANÇAMENTO DE “DESIGN MEMORABILIA”


2016-01-08


RESOLUÇÕES DE ANO NOVO PARA A ARQUITETURA E DESIGN EM 2016


2015-11-30


BITTE LEBN. POR FAVOR, VIVE.


2015-10-30


A FORMA IDEAL


2015-09-14


DOS FANTASMAS DE SERRALVES AO CLIENTE COMO ARQUITECTO


2015-08-01


“EXTRA ORDINARY” - JOVENS DESIGNERS EXPLORAM MATERIAIS, PRODUTOS E PROCESSOS


2015-06-25


PODE A TIPOGRAFIA AJUDAR-NOS A CRIAR EMPATIA COM OS OUTROS?


2015-05-20


BIJOY JAIN, STUDIO MUMBAI


2015-04-14


O FIM DA ARQUITECTURA


2015-03-12


TESOURO, MISTÉRIO OU MITO? A ESCOLA DO PORTO EM TRÊS EXPOSIÇÕES (PARTE II/II)


2015-02-11


TESOURO, MISTÉRIO OU MITO? A ESCOLA DO PORTO EM TRÊS EXPOSIÇÕES (PARTE I/II)


2015-01-11


ESPECTADOR


2014-12-09


ARQUITECTAS: ENSAIO PARA UM MANUAL REVOLUCIONÁRIO


2014-11-10


A MARCA QUE TEM O MEU NOME


2014-10-04


NEWS FROM VENICE


2014-09-08


A INCONSCIÊNCIA DE ZENO. MÁQUINAS DE SUBJECTIVIDADE NO SUPERSTUDIO*


2014-07-30


ENTREVISTA A JOSÉ ANTÓNIO PINTO


2014-06-17


ÍNDICES, LISTAGENS E DIAGRAMAS: the world is all there is the case


2014-05-15


FILME COMO ARQUITECTURA, ARQUITECTURA COMO AUTOBIOGRAFIA


2014-04-14


O MUNDO NA MÃO


2014-02-13


O VERNACULAR CONTEMPORÂNEO


2014-01-07


PÓS-TRIENAL 2013 [RELAÇÕES INSTÁVEIS ENTRE EVENTOS, ARQUITECTURAS E CIDADES]


2013-11-12


UMA SUBTIL INTERFERÊNCIA: A MONTAGEM DA EXPOSIÇÃO “FERNANDO TÁVORA: MODERNIDADE PERMANENTE” EM GUIMARÃES OU UMA EXPOSIÇÃO TEMPORÁRIA NUMA ESCOLA EM PLENO FUNCIONAMENTO


2013-09-24


DESIGN E DELITO


2013-08-12


“NADA MUDAR PARA QUE TUDO SEJA DIFERENTE”: CONVERSA COM BEYOND ENTROPY


2013-08-11


“CHANGING NOTHING SO THAT EVERYTHING IS DIFFERENT”: CONVERSATION WITH BEYOND ENTROPY


2013-07-04


CORTA MATO. Design industrial do ponto de vista do utilizador


2013-05-20


VÍTOR FIGUEIREDO: A MISÉRIA DO SUPÉRFLUO


2013-04-02


O DESIGNER SOCIAL


2013-03-11


DRESS SEXY AT MY FUNERAL: PARA QUE SERVE A BIENAL DE ARQUITECTURA DE VENEZA?


2013-02-08


O CONSUMIDOR EMANCIPADO


2013-01-08


SOBRE-QUALIFICAÇÃO E REBUSCO


2012-10-29


“REGIONALISM REDIVIVUS”: UM OUTRO OLHAR SOBRE UM TEMA PERSISTENTE


2012-10-08


LEVINA VALENTIM E JOAQUIM PAULO NOGUEIRA


2012-10-07


HOMENAGEM A ROBIN FIOR (1935-2012)


2012-09-08


A PROMESSA DA ARQUITECTURA. CONSIDERAÇÕES SOBRE A GERAÇÃO POR VIR


2012-07-01


ENTREVISTA | ANDRÉ TAVARES


2012-06-10


O DESIGN DA HISTÓRIA DO DESIGN


2012-05-07


O SER URBANO: UMA EXPOSIÇÃO COMO OBRA ABERTA. NO CAMINHO DOS CAMINHOS DE NUNO PORTAS


2012-04-05


UM OBJECTO DE RONAN E ERWAN BOUROULLEC


2012-03-05


DEZ ANOS DE NUDEZ


2012-02-13


ENCONTROS DE DESIGN DE LISBOA ::: DESIGN, CRISE E DEPOIS


2012-01-06


ARCHIZINES – QUAL O TAMANHO DA PEQUENÊS?


2011-12-02


STUDIO ASTOLFI


2011-11-01


TRAMA E EMOÇÃO – TRÊS DISCURSOS


2011-09-07


COMO COMPOR A CONTEMPLAÇÃO? – UMA HISTÓRIA SOBRE O PAVILHÃO TEMPORÁRIO DA SERPENTINE GALLERY E O PROCESSO CRIATIVO DE PETER ZUMTHOR


2011-07-18


EDUARDO SOUTO DE MOURA – PRITZKER 2011. UMA SISTEMATIZAÇÃO A PROPÓSITO DA VISITA DE JUHANI PALLASMAA


2011-06-03


JAHARA STUDIO


2011-05-05


FALEMOS DE 1 MILHÃO DE CASAS. NOTAS SOBRE O CONCURSO E EXPOSIÇÃO “A HOUSE IN LUANDA: PATIO AND PAVILLION”


2011-04-04


A PROPÓSITO DA CONFERÊNCIA “ARQUITECTURA [IN] ]OUT[ POLÍTICA”: UMA LEITURA DISCIPLINAR SOBRE A MEDIAÇÃO E A ESPECIFICIDADE


2011-03-09


HUGO MADUREIRA: O ARTISTA-JOALHEIRO


2011-02-07


O QUE MUDOU, O QUE NÃO MUDOU E O QUE PRECISA MUDAR


2011-01-11


nada


2010-12-02


PEQUENO ELOGIO DO ARCAICO


2010-11-02


CABRACEGA


2010-10-01


12ª BIENAL DE ARQUITECTURA DE VENEZA — “PEOPLE MEET IN ARCHITECTURE”


2010-08-02


ENTREVISTA | FILIPA GUERREIRO E TIAGO CORREIA


2010-07-09


ATYPYK PRODUCTS ARE NOT MADE IN CHINA


2010-06-03


OS PRÓXIMOS 20 ANOS. NOTAS SOBRE OS “DISCURSOS (RE)VISITADOS”


2010-05-07


OBJECTOS SEM MEDO


2010-04-01


O POTENCIAL TRANSFORMADOR DO EFÉMERO: A PROPÓSITO DO PAVILHÃO SERPENTINE EM LONDRES


2010-03-04


PEDRO + RITA = PEDRITA


2010-02-03


PARA UMA ARQUITECTURA SWISSPORT


2009-12-12


SOU FUJIMOTO


2009-11-10


THE HOME PROJECT


2009-10-01


ESTRATÉGIA PARA HABITAÇÃO EVOLUTIVA – ÍNDIA


2009-09-01


NA MANGA DE LIDIJA KOLOVRAT


2009-07-24


DA HESITAÇÃO DE HANS, OU SOBRE O MEDO DE EXISTIR (Parte II)


2009-06-16


DA HESITAÇÃO DE HANS, OU SOBRE O MEDO DE EXISTIR


2009-05-19


O QUE É QUE SE SEGUE?


2009-04-17


À MESA COM SAM BARON


2009-03-24


HISTÓRIAS DE UMA MALA


2009-02-18


NOTAS SOBRE PROJECTOS, ESPAÇOS, VIVÊNCIAS


2009-01-26


OUTONO ESCALDANTE OU LAPSO CRÍTICO? 90 DIAS DE DEBATE DE IDEIAS NA ARQUITECTURA PORTUENSE


2009-01-16


APRENDER COM A PASTELARIA SEMI-INDUSTRIAL PORTUGUESA OU PORQUE É QUE SÓ HÁ UMA RECEITA NO LIVRO FABRICO PRÓPRIO


2008-11-20


ÁLVARO SIZA E O BRASIL


2008-10-21


A FORMA BONITA – PETER ZUMTHOR EM LISBOA


2008-09-18


“DELIRIOUS NEW YORK” EXPLICADO ÀS CRIANÇAS


2008-08-15


A ROOM WITH A VIEW


2008-07-16


DEBATER CRIATIVAMENTE A CIDADE: A EXPERIÊNCIA PORTO REDUX


2008-06-17


FOTOGRAFIA DE ARQUITECTURA, DEFEITO E FEITIO


2008-05-14


A PROPÓSITO DA DEMOLIÇÃO DO ROBIN HOOD GARDENS


2008-04-08


INTERFACES URBANOS: O CASO DE MACAU


2008-03-01


AS CORES DA COR


2008-02-02


Notas sobre a produção arquitectónica portuguesa e sua cartografia na Architectural Association


2008-01-03


TARZANS OF THE MEDIA JUNGLE


2007-12-04


MÚSICA INTERIOR


2007-11-04


O CIRURGIÃO INGLÊS


2007-10-02


NÓS E OS CARROS


2007-09-01


Considerações sobre Tempo e Limite na produção e recepção da Arquitectura


2007-08-01


A SUBLIMAÇÃO DA CONTEMPORANEIDADE


2007-07-01


UMA MITOLOGIA DE CARNE E OSSO


2007-06-01


O LUGAR COMO ARMADILHA


2007-05-02


ESPAÇOS DE FILMAR


2007-04-02


ARTES DO ESPAÇO: ARQUITECTURA/CENOGRAFIA


2007-03-01


TERRAIN VAGUE – Notas de Investigação para uma Identidade


2007-02-02


ERRARE HUMANUM EST…


2007-01-02


QUANDO A CIDADE É TELA PARA ARTE CONTEMPORÂNEA


2006-12-02


ARQUITECTURA: ESPAÇO E RITUAL


2006-11-02


IN SUSTENTÁVEL ( I )


2006-10-01


VISÕES DO FUTURO - AS NOVAS CIDADES ASIÁTICAS


2006-09-03


NOTAS SOLTAS SOBRE ARQUITECTURA E TECNOLOGIA


2006-07-30


O BANAL E A ARQUITECTURA


2006-07-01


NOVAS MORFOLOGIAS NO PORTO INDUSTRIAL DE LISBOA


2006-06-02


SOBRE O ESPAÇO DE REPRESENTAÇÃO MODERNO


2006-04-27


MODOS DE “VER” O ESPAÇO - A PROPÓSITO DE MONTAGENS FOTOGRÁFICAS



A CASA DA PORTA DO MAR

SÉRGIO FAZENDA RODRIGUES





Casa na Atalhada, São Miguel, Açores
Arq. Pedro Maurício Borges




Situada num povoado de ocupação predominantemente linear que bordeja o mar e que dele, assim como da terra, retira a sua subsistência, a casa da Atalhada fica numa parcela de limite, no lado sul da Ilha de São Miguel, terminando directamente sobre a costa. [fig.01] Este é um terreno análogo àquele que referencia as memórias açorianas e os trabalhos da artista plástica Ana Vieira onde, por várias vezes, nos descreve uma sucessão de compartimentos exteriores que desembocam numa única porta, por onde se acede à água — “Absorvi esse espaço, a ambiguidade de ser simultaneamente aberto e fechado, e ainda o facto de haver passagens, de implicar tempo, cadências e percursos. A última porta dava para o mar.” [1] Se é essa relação especial de entrosamento com o meio que marca a memória de Ana Vieira, é essa mesma relação que, num encadeamento espacial, une esta casa e o local.

Construída com base numa afincada ginástica orçamental e recorrendo ao conhecimento aprofundado dos construtores, métodos e materiais da região, esta casa é fruto de uma atenção dirigida à cultura local e produto de um acompanhamento directo e constante. Assim, da proposta inicial à fase de obra, este foi um processo que se foi apurando com o envolvimento, a convicção e a vontade do seu autor em construir uma casa para a sua família, tendo o mesmo participado na própria edificação. À semelhança das casas vizinhas e aproveitando uma construção pré-existente, a abordagem ao projecto passou por consolidar a frente de rua, por onde se faz o acesso principal, mantendo o perfil constante e homogéneo do arruamento, onde a intervenção surge de forma anónima. [fig.02]

Ao aceder, somos encaminhados a uma escada que nos leva ao centro da casa e a um gradual processo de abertura aos restantes compartimentos, ao terreno e à paisagem. Trata-se assim de graduar uma transição entre algo escuro, contido, anónimo e linear, para algo luminoso, amplo, marcante e quase caleidoscópico. O graduar desta transição começa de forma subtil, com a supressão dos “espelhos” (os troços verticais) dos degraus, permitindo filtrar a transparência e reforçar a transversalidade dos vários níveis, introduzindo alguma claridade ao escuro piso térreo. [fig.03]

À medida que vamos subindo e a luz natural aumenta, desembocamos então num espaço que, simultaneamente, funciona como cozinha, sala, hall e zona de distribuição. [fig.04] É neste espaço, de contornos vagos e carácter vincado que se encadeiam as restantes cotas, que nos apercebemos da elasticidade do programa e da eficácia do seu comportamento. Isto é, sendo um recinto de forma irregular, que em termos programáticos não é claramente nomeável, este é contudo um local que detém a capacidade de albergar várias funções, funcionando como centro e arranque do desenvolvimento da restante casa e espaço exterior. E é daí, desse lugar do núcleo familiar que desembocamos, naturalmente, no primeiro terraço ou pátio, na sala de estar ligeiramente elevada, aberta ao segundo terraço, e que ainda acedemos a dois quartos, a um conjunto de espaços de apoio (instalação sanitária e lavandaria) e a um outro piso superior. [fig.05-07]

Nesse outro piso superior surge um espaço de trabalho que se abre sobre a paisagem, um quarto, uma outra instalação sanitária e um compartimento que funciona como extensão da sala do nível intermédio e que com ela comunica através do recorte de um óculo de invocação tatiana. [2] Na verdade, se, nas palavras do autor, este óculo nasce da dimensão daqueles que reconhecemos em Mon Oncle, é na alteração do seu diâmetro que se cria uma passagem, permitindo alterar a proporção da sala e reforçar a profundidade da perspectiva, aproximando o fundo da casa ao terraço exterior e à paisagem. [fig.08] E tal como o anteriormente referido, este é um dos espaços mais marcantes da casa, precisamente pela igual ambiguidade do seu programa e pela igual elasticidade do seu uso. Será assim um outro ambiente em ligação com a sala, onde se pode estudar, brincar, arrumar utensílios, ou simplesmente contemplar o jardim. [fig.09]

Curiosamente, o tema da janela de Jacques Tati e do extrapolar da sua dimensão, enquanto óculo e passagem, volta a repetir-se numa das instalações sanitárias onde, numa dimensão mais pequena, se encara agora como um conjunto de focos estrategicamente posicionados e apontados a partes marcantes da paisagem próxima e distante. Ainda em relação a estes locais, é curioso notar que o grau de liberdade que surge no uso da cor, assumidamente escassa ou quase ausente no resto da construção, é aí deliberadamente acentuada. É assim notório que os lugares de maior individualidade, aqueles onde estamos tendencialmente sozinhos, se associam a uma expressividade que tende a afastar qualquer espécie de isolamento. Poder-se-á então dizer que, a par da gestão equilibrada entre o raciocínio e a intuição, há um igual grau de experimentação e divertimento, que é perceptível no projecto e que é presente e ganha corpo na vivência da casa.

Num conjunto coeso e homogéneo, destaca-se ainda um outro local, no ponto mais alto da construção, equilibrando o diálogo com a volumetria da chaminé da cozinha e, desde cedo, atenuando a preponderância da empena do lote vizinho. Este compartimento, que é acessível apenas por uma escada metálica (inicialmente amovível) invoca os mirantes de tradição local, assumindo-se como um espaço de retiro e observação, onde a marcação dos vãos, apontados ao topo da Montanha do Fogo e ao oceano, reforçam uma possível especificidade. Especificidade porque se trata inequivocamente de um espaço de natureza contemplativa, embora, tal como os demais, passível de diferentes usos. Assim, é este o local onde mais nos podemos afastar, sem nos isolarmos, por ainda pressentir a contínua respiração da casa.

É notável perceber que a arquitectura funciona aqui, em parte, como um dispositivo que fomenta um habitar muito próprio, onde a ocupação é espontânea, contínua e fluida, densificando a casa, ligando-a aos jardins, mas também ao mar, onde a intervenção verdadeiramente termina. Em paralelo ao mundo próprio que constrói, a casa surge assim como algo que nos potencia a experiência de um local, operando sobre a cultura em que se enraíza e sobre uma dada maneira de a viver. Do permanente cheiro e barulho das ondas, do odor das plantas que forram as rochas e ocupam os terraços, ao reflexo da luz dramatizada do clima insular (onde chove constantemente e as nuvens são escuras), são estes os elementos que, directa ou indirectamente, de forma intensa, nos acompanham ao longo do espaço. É disso de que nos apercebemos quando, por exemplo, nos sentamos à mesa de refeições e retemos o odor dos cozinhados, mas também o perfume das flores e o cheiro do mar, ou o barulho das ondas, que entra por uma chaminé quase escultórica e pelo grande envidraçado que dá para o pátio semiafundado. [fig.10]

Uma outra particularidade significativa, reforçando o que já anteriormente foi dito, é a capacidade de manter, simultaneamente, a privacidade e a comunhão de cada indivíduo. Permitindo a ocupação dos múltiplos níveis e a hipótese de neles nos podermos apartar, mas também, a capacidade de entre eles interagir, somos afastados pela distância, mas ligados pela percepção (a forma como vemos e ouvimos os outros). E esta é uma condição que se garante pela já dita flexibilidade do programa, mas também pelo criterioso encaminhamento do olhar. [fig.11] Olhar perceptível nas intencionais relações visuais, no cuidado desenho e dimensionamento dos vãos (molduras), e na já referida posição estratégica que os mesmos assumem. E é assim que, por exemplo, uma simples janela na proximidade das escadas nos permite uma visão diagonal (não esforçada), que encontra quem está no pátio, na zona de refeições, ou no escritório do nível superior.

De alguma forma, é essa natureza que induz a informalidade espontânea que atravessa o filme A Minha Casa nos Açores, de Alice Albergaria, produzida pela associação La Mipa — http://www.lamipa.com/a-minha-casa-nos-acores/ —, mostrando-nos a casa mas, sobretudo, uma forma de nela viver. A maneira como no filme a arquitectura se relega, naturalmente, para uma espécie de segundo plano, ou suporte de um quotidiano onde uma criança se interpõe à câmara, captura de forma simples e perspicaz aquilo que é a vivência da casa, ou, por outras palavras, aquilo que a arquitectura potencia e tem como mira. Diria assim que à intencionalidade das imagens, focando os alinhamentos ou um percurso que se desenvolve deliberadamente da rua para o mar, percorrendo a totalidade do lote, se sobrepõe a vivência de um dia comum e a forma de ocupar aquele lugar.

Na verdade, esta casa de pretensões muito simples — ser uma casa de família — revela simultaneamente uma complexidade espacial que a torna única, sediando-a na articulação de um espaço evolutivo e comunicante. A questão de fundo é que tudo isto se processa de uma forma natural, despretensiosa, adaptada ao terreno, ao local (geográfico, paisagístico e cultural) e à natureza solta dos seus habitantes. O encanto desta casa surge então da forma como esta complementaridade — entre algo que se ocupa de uma forma espontânea e algo que se apoia na sensível, inteligente e complexa relação espacial —, se articula, quer pela generosidade programática, quer pela atenção à percepção do indivíduo. E é essa capacidade de surpresa que a casa afirma, ao ser simultaneamente banal e marcadamente elaborada. É interessante perceber que uma e outra coisa, o apelo ao despretensiosismo do quotidiano e à vontade de uma espacialidade ambiciosa, estão intimamente ligadas, percebendo-se o mesmo na continuidade entre a casa e o espaço exterior. [fig.12]

Tal como nas memórias que Ana Vieira invoca, o espaço exterior encadeia uma sucessão de compartimentos delimitados por muros de pedra seca (a pedra vulcânica dos Açores sobreposta), abertos ao céu. A diferença notória é que a recuperação destes recintos, antigos curraletes de vinha e actividade agrícola, que medeiam a casa e a costa, são aqui trabalhados em função da construção, da vista e da paisagem, estabelecendo um diálogo entre as variações do terreno, os desníveis da casa e a presença do mar. Assim, à semelhança dos terrenos contíguos, o resto do lote, de configuração irregular e longilínea, dividido em vários troços descentrados (evitando o atravessamento do vento marítimo), promove o acesso directo ao mar e estabelece uma forte ligação com a escala do território. [fig.13]

A intervenção no exterior, aparentemente invisível, é de um igual extremo cuidado e delicadeza (e me não refiro aqui a qualquer tipo de “sobriedade revisteira”), limitando-se, neste caso, a corrigir e/ou sublinhar algumas particularidades do existente. Demarca-se a inserção de um tanque enterrado, a recuperação das vinhas e dos apoios agrícolas mas, sobretudo, a maneira como, etapa a etapa, se controla a vista sobre a paisagem. O olhar distante que a casa alcança vai gradualmente diminuindo à medida que percorremos o lote e atravessamos os vários compartimentos, até, por fim, chegarmos ao último, onde a vista é negada por se ter subido uma fiada de pedra ao muro existente. E é aí, através da estreita porta que se abre sobre a encosta e nos emoldura o oceano [fig.14] que, potenciando o reencontro com as ondas, o horizonte, e a própria insularidade, a paisagem se entrega de forma intensamente romântica, próxima ao imaginário de Casper David Friedrich. [fig.15]

Digo assim, em tom de conclusão, que é interessante perceber como a intervenção (a casa e o espaço exterior) vive num curioso e delicado registo de fluidez. Não se trata pois de um elaborado virtuosismo formal, isolado, elegante e fotogénico, qual Villa Arpel de Jacques Tati, mas sim de um dispositivo que, com um ar humilde e natural, estimula a familiaridade e o entrusamento. Não se trata de uma casa que se opõe à natureza da envolvente, mas de uma articulação contínua de novos espaços informais que com ela se conjuga, interliga, e lhe dá um outro significado. Não se trata de uma construção em si, mas de uma maneira muito especial de se relacionar com o meio e a cultura da região, de forma simultaneamente enraizada e contemporânea. Ou em outras palavras, não se trata apenas de uma casa, mas de um lar muito próprio, intensa e carinhosamente enraizado no local.



(O presente texto suporta-se no filme A Minha Casa nos Açores — http://www.lamipa.com/a-minha-casa-nos-acores/ —, nas várias conversas mantidas com o autor e os moradores da casa, e na pontual vivência da mesma desde 2005.)



::::

Sérgio Fazenda Rodrigues
(Lisboa, 1973) Arquitecto, investigador e curador. Entre 2005-11, foi docente de Arquitectura na Universidade dos Açores/ ISCTE e, entre 2011-12, no Departamento de Arquitectura e Paisagem – Parq, da EUVG. Trabalhou com a imprensa açoriana (2007 e 2009) e foi Consultor Cultural do Governo dos Açores (2010–2012). Membro da secção portuguesa da Associação Internacional dos Críticos de Arte – AICA. Autor do livro de crónicas de arquitectura A Casa dos Sentidos (Uzina Books, 2013). Actualmente, está a concluir Doutoramento no IST.




::::


NOTAS

[1] Memória de Ana Vieira em torno da prática do seu trabalho – Catálogo da exposição Ana Vieira Muros de Abrigo/Shelter Walls. Fundação Calouste Gulbenkian - Centro de Arte Moderna / Presidência do Governo Regional dos Açores - D.R.A.C. - Museu Carlos Machado, Lisboa, 2011, ISBN 978-972-635-219-8, p.23.

[2] Referência ao filme Mon Oncle (Jacques Tati, 1958), satirizando o modernismo e a tecnologia celebrados numa lógica pequeno-burguesa.


::::



[o autor escreve de acordo com a antiga ortografia]