Links

ARQUITETURA E DESIGN




Nuno Gama e Joana Vasconcelos. © Matheus Koelho


© Matheus Koelho


© Ricardo Marques


© Ricardo Marques


© Ricardo Marques


© Ricardo Marques


© Matheus Koelho


© Matheus Koelho


© Gonçalo Gouveia


© Gonçalo Gouveia


© Gonçalo Gouveia


© Gonçalo Gouveia


© Gonçalo Gouveia


© Gonçalo Gouveia


© Matheus Koelho


© Matheus Koelho


© Ricardo Marques

Outros artigos:

2025-10-19


AALTO — ONDE ALVAR ENCONTRA ÃLVARO


2025-09-05


LUÃS CRISTINO DA SILVA, UM PERCURSO ATÉ NOVA OEIRAS


2025-06-27


INTERESPECIES. POR UMA ARQUITECTURA MAIS-QUE-HUMANA


2025-04-26


O QUE (AINDA) FAZ FALTA?


2025-03-17


LEONARDO FINOTTI: O FOTÓGRAFO QUE TRANSFORMA A ARQUITETURA NUM LABORATÓRIO VISUAL


2025-01-15


SANAA, SEJIMA + NISHIZAWA


2024-12-12


REVISITAR RAÚL HESTNES FERREIRA DENTRO E FORA DO MUSEU


2024-10-30


ENTRE O BANAL E O SINGULAR : UMA LEITURA DE LOOS, ROSSI E SIZA


2024-09-23


ATELIER RUA: O TRIUNFO DA SIMPLICIDADE QUE INSPIRA UMA GERAÇÃO


2024-08-22


ANA ARAGÃO E GONÇALO M. TAVARES: O EXERCÃCIO REPARADOR DA CIDADE


2024-07-14


SIZA: O SUJEITO ENTRE VERBOS, NA FUNDAÇÃO CALOUSTE GULBENKIAN


2024-05-22


EXOUSIA — É POSSÃVEL, É PERMITIDO...MAS NÃO, NÃO PODE


2024-04-13


PÃDUA RAMOS: DA ARQUITETURA AO DESIGN


2024-02-26


NO LUGAR DE UMA JANELA, NASCEU UMA PORTA


2024-01-21


TERCEIRO ANDAR DE LUCIANA FINA OU DESTINAÇÃO (EST)ÉTICA


2023-11-02


A PROPÓSITO DE ONDE VAMOS MORAR? — CICLO DE CINEMA POR ANDY RECTOR


2023-09-11


CARTOGRAFIA DO HORIZONTE: DO TERRITÓRIO AOS LUGARES


2023-08-05


O ESTALEIRO, O LABORATÓRIO, A SUA CAIXA E O CAVALETE DELA


2023-06-01


UMA CIDADE CONSTRUÃDA PARA O CONSUMO: DA LÓGICA DO MERCADO À DISNEYFICAÇÃO DA CIDADE


2023-04-30


ESCUTAR, UMA VEZ MAIS, GRÂNDOLA — OPERAÇÃO SAAL DE VALE PEREIRO


2023-04-03


NOTAS SOBRE UM ARQUITECTO ARTIFICIALMENTE INTELIGENTE


2023-02-24


MUSEU DA PAISAGEM. AS POSSIBILIDADES INFINITAS DE LER E REINTERPRETAR O TERRITÓRIO


2023-01-30


A DIVERSIDADE NA HABITAÇÃO DAS CLASSES LABORIOSAS, OS HIGIENISTAS E O CASO DA GRAÇA


2022-12-29


HABITAR: UM MANIFESTO SECRETO


2022-11-23


JONAS AND THE WHOLE


2022-10-16


CASA PAISAGEM OU UM PRESÉPIO ABERTO


2022-09-08


ENTREVISTA A ANA CATARINA COSTA, FRANCISCO ASCENSÃO, JOÃO PAUPÉRIO E MARIA REBELO


2022-08-11


ENTREVISTA A JOSÉ VELOSO, ARQUITETO DA OPERAÇÃO SAAL DA MEIA-PRAIA


2022-07-11


TERRA, TRIENAL DE ARQUITETURA DE LISBOA 2022. ENTREVISTA A CRISTINA VERÃSSIMO E DIOGO BURNAY


2022-05-31


OH, AS CASAS, AS CASAS, AS CASAS...


2022-04-23


A VIAGEM ARQUITETÓNICA COMO ENCONTRO: DA (RE)DESCOBERTA À (DES)COBERTA DAS ORIGENS


2022-03-29


PODERà O PATRIMÓNIO SER EMANCIPATÓRIO?


2022-02-22


EM VÃO: FECHA-SE UMA PORTA PARA QUE UMA JANELA FENOMENOLÓGICA SE ABRA


2022-01-27


SOBRE A 'ESTÉTICA DO CONHECIMENTO': UMA LEITURA DA PEDAGOGIA DE BAUKUNST


2021-12-29


CALL FOR ARCHITECTS


2021-11-27


DE QUE ME SERVE SER ARQUITECTA?


2021-10-26


'OS CAMINHOS DA ÃGUA'


2021-09-30


A ARQUITETURA PORTUGUESA: O TRAJETO DO SÉCULO XX E DESAFIOS DO SÉCULO XXI


2021-08-22


CERAMISTAS E ILUSTRADORES: UMA RESIDÊNCIA EM VIANA DO ALENTEJO


2021-07-27


COMPREENSÃO DA CIDADE DO PORTO ATÉ AO SÉCULO XX


2021-06-20


O ANTECEDENTE CULTURAL DO PORTO NA TRANSIÇÃO PARA O SÉCULO XXI


2021-05-12


JOÃO NISA E AS 'PRIMEIRAS IMPRESSÕES DE UMA PAISAGEM'


2021-02-16


A ORDEM INVISÃVEL DA ARQUITECTURA


2021-01-10


SURENDER, SURENDER


2020-11-30


AS MULHERES NO PRIVATE PRESS MOVEMENT: ESCRITAS, LETRAS DE METAL E CHEIRO DE TINTA


2020-10-30


DES/CONSTRUÇÃO - OS ESPACIALISTAS EM PRO(EX)CESSO


2020-09-19


'A REALIDADE NÃO É UM DESENCANTO'


2020-08-07


FORA DA CIDADE. ARTE E LUGAR


2020-07-06


METROPOLIS, WORLD CITY & E.P.C.O.T. - AS VISÕES PARA A CIDADE PERFEITA IMAGINADAS POR GILLETTE, ANDERSEN E DISNEY


2020-06-08


DESCONFI(N)AR, O FUTURO DA ARQUITECTURA E DAS CIDADES


2020-04-13


UM PRESENTE AO FUTURO: MACAU – DIÃLOGOS SOBRE ARQUITETURA E SOCIEDADE


2020-03-01


R2/FABRICO SUSPENSO: ITINERÃRIOS DE TRABALHO


2019-12-05


PRÃTICAS PÓS-NOSTÃLGICAS / POST-NOSTALGIC KNOWINGS


2019-08-02


TEMPOS MODERNOS, CERÂMICA INDUSTRIAL PORTUGUESA ENTRE GUERRAS


2019-05-22


ATELIER FALA - ARQUITECTURA NA CASA DA CERCA


2019-01-21


VICARA: A ESTÉTICA DA NATUREZA


2018-11-06


PARTE II - FOZ VELHA E FOZ NOVA: PATRIMÓNIO CLASSIFICADO (OU NEM POR ISSO)


2018-09-28


PARTE I - PORTO ELEITO TRÊS VEZES O MELHOR DESTINO EUROPEU: PATRIMÓNIO AMEAÇADO PARA UNS, RENOVADO PARA OUTROS. PARA INGLÊS (NÃO) VER


2018-08-07


PAULO PARRA – “UMA TRAJECTÓRIA DE VIDA†NA GALERIA ROCA LISBON


2018-07-12


DEPOIS, A HISTÓRIA: GO HASEGAWA, KERSTEN GEERS, DAVID VAN SEVEREN


2018-05-29


NU LIMITE


2018-04-18


POLAROID


2018-03-18


VICO MAGISTRETTI NO DIA DO DESIGN ITALIANO


2018-02-10


GALERIA DE ARQUITETURA


2017-12-18


RHYTHM OF DISTANCES: PROPOSITIONS FOR THE REPETITION


2017-11-15


SHAPINGSHAPE NA BIENAL DA MAIA


2017-10-14


O TEATRO CARLOS ALBERTO DIALOGA COM A CIDADE: PELA MÃO DE NUNO LACERDA LOPES


2017-09-10


“VINTE E TRÊSâ€. AUSÊNCIAS E APARIÇÕES NUMA MOSTRA DE JOALHARIA IBEROAMERICANA PELA PIN ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE JOALHARIA CONTEMPORÂNEA


2017-08-01


23 – JOALHARIA CONTEMPORÂNEA NA IBERO-AMÉRICA


2017-06-30


PASSAGENS DE SERRALVES PELO TERMINAL DE CRUZEIROS DO PORTO DE LEIXÕES


2017-05-30


EVERYTHING IN THE GARDEN IS ROSY: AS PERIFERIAS EM IMAGENS


2017-04-18


“ÃRVORE†(2002), UMA OBRA COM A AUTORIA EM SUSPENSO


2017-03-17


ÃLVARO SIZA : VISÕES DA ALHAMBRA


2017-02-14


“NÃO TOCARâ€: O NOVO MUSEU DO DESIGN EM LONDRES


2017-01-17


MAXXI ROMA


2016-12-10


NOTAS SOBRE ESPAÇO E MOVIMENTO


2016-11-15


X BIAU EM SÃO PAULO: JOÃO LUÃS CARRILHO DA GRAÇA À CONVERSA COM PAULO MENDES DA ROCHA E EDUARDO SOUTO DE MOURA


2016-10-11


CENAS PARA UM NOVO PATRIMÓNIO


2016-08-31


DREAM OUT LOUD E O DESIGN SOCIAL NO STEDELIJK MUSEUM


2016-06-24


MATÉRIA-PRIMA. UM OLHAR SOBRE O ARQUIVO DE ÃLVARO SIZA


2016-05-28


NA PEGADA DE LE CORBUSIER


2016-04-29


O EFEITO BREUER – PARTE 2


2016-03-24


O EFEITO BREUER - PARTE 1


2016-02-16


GEORGE BEYLERIAN CELEBRA O DESIGN ITALIANO COM LANÇAMENTO DE “DESIGN MEMORABILIAâ€


2016-01-08


RESOLUÇÕES DE ANO NOVO PARA A ARQUITETURA E DESIGN EM 2016


2015-11-30


BITTE LEBN. POR FAVOR, VIVE.


2015-10-30


A FORMA IDEAL


2015-09-14


DOS FANTASMAS DE SERRALVES AO CLIENTE COMO ARQUITECTO


2015-08-01


“EXTRA ORDINARY†- JOVENS DESIGNERS EXPLORAM MATERIAIS, PRODUTOS E PROCESSOS


2015-06-25


PODE A TIPOGRAFIA AJUDAR-NOS A CRIAR EMPATIA COM OS OUTROS?


2015-05-20


BIJOY JAIN, STUDIO MUMBAI


2015-04-14


O FIM DA ARQUITECTURA


2015-03-12


TESOURO, MISTÉRIO OU MITO? A ESCOLA DO PORTO EM TRÊS EXPOSIÇÕES (PARTE II/II)


2015-02-11


TESOURO, MISTÉRIO OU MITO? A ESCOLA DO PORTO EM TRÊS EXPOSIÇÕES (PARTE I/II)


2015-01-11


ESPECTADOR


2014-12-09


ARQUITECTAS: ENSAIO PARA UM MANUAL REVOLUCIONÃRIO


2014-11-10


A MARCA QUE TEM O MEU NOME


2014-10-04


NEWS FROM VENICE


2014-09-08


A INCONSCIÊNCIA DE ZENO. MÃQUINAS DE SUBJECTIVIDADE NO SUPERSTUDIO*


2014-07-30


ENTREVISTA A JOSÉ ANTÓNIO PINTO


2014-06-17


ÃNDICES, LISTAGENS E DIAGRAMAS: the world is all there is the case


2014-05-15


FILME COMO ARQUITECTURA, ARQUITECTURA COMO AUTOBIOGRAFIA


2014-04-14


O MUNDO NA MÃO


2014-03-13


A CASA DA PORTA DO MAR


2014-02-13


O VERNACULAR CONTEMPORÂNEO


2014-01-07


PÓS-TRIENAL 2013 [RELAÇÕES INSTÃVEIS ENTRE EVENTOS, ARQUITECTURAS E CIDADES]


2013-11-12


UMA SUBTIL INTERFERÊNCIA: A MONTAGEM DA EXPOSIÇÃO “FERNANDO TÃVORA: MODERNIDADE PERMANENTE†EM GUIMARÃES OU UMA EXPOSIÇÃO TEMPORÃRIA NUMA ESCOLA EM PLENO FUNCIONAMENTO


2013-09-24


DESIGN E DELITO


2013-08-12


“NADA MUDAR PARA QUE TUDO SEJA DIFERENTEâ€: CONVERSA COM BEYOND ENTROPY


2013-08-11


“CHANGING NOTHING SO THAT EVERYTHING IS DIFFERENTâ€: CONVERSATION WITH BEYOND ENTROPY


2013-07-04


CORTA MATO. Design industrial do ponto de vista do utilizador


2013-05-20


VÃTOR FIGUEIREDO: A MISÉRIA DO SUPÉRFLUO


2013-04-02


O DESIGNER SOCIAL


2013-03-11


DRESS SEXY AT MY FUNERAL: PARA QUE SERVE A BIENAL DE ARQUITECTURA DE VENEZA?


2013-02-08


O CONSUMIDOR EMANCIPADO


2013-01-08


SOBRE-QUALIFICAÇÃO E REBUSCO


2012-10-29


“REGIONALISM REDIVIVUSâ€: UM OUTRO OLHAR SOBRE UM TEMA PERSISTENTE


2012-10-08


LEVINA VALENTIM E JOAQUIM PAULO NOGUEIRA


2012-10-07


HOMENAGEM A ROBIN FIOR (1935-2012)


2012-09-08


A PROMESSA DA ARQUITECTURA. CONSIDERAÇÕES SOBRE A GERAÇÃO POR VIR


2012-07-01


ENTREVISTA | ANDRÉ TAVARES


2012-06-10


O DESIGN DA HISTÓRIA DO DESIGN


2012-05-07


O SER URBANO: UMA EXPOSIÇÃO COMO OBRA ABERTA. NO CAMINHO DOS CAMINHOS DE NUNO PORTAS


2012-04-05


UM OBJECTO DE RONAN E ERWAN BOUROULLEC


2012-03-05


DEZ ANOS DE NUDEZ


2012-02-13


ENCONTROS DE DESIGN DE LISBOA ::: DESIGN, CRISE E DEPOIS


2012-01-06


ARCHIZINES – QUAL O TAMANHO DA PEQUENÊS?


2011-12-02


STUDIO ASTOLFI


2011-11-01


TRAMA E EMOÇÃO – TRÊS DISCURSOS


2011-09-07


COMO COMPOR A CONTEMPLAÇÃO? – UMA HISTÓRIA SOBRE O PAVILHÃO TEMPORÃRIO DA SERPENTINE GALLERY E O PROCESSO CRIATIVO DE PETER ZUMTHOR


2011-07-18


EDUARDO SOUTO DE MOURA – PRITZKER 2011. UMA SISTEMATIZAÇÃO A PROPÓSITO DA VISITA DE JUHANI PALLASMAA


2011-06-03


JAHARA STUDIO


2011-05-05


FALEMOS DE 1 MILHÃO DE CASAS. NOTAS SOBRE O CONCURSO E EXPOSIÇÃO “A HOUSE IN LUANDA: PATIO AND PAVILLIONâ€


2011-04-04


A PROPÓSITO DA CONFERÊNCIA “ARQUITECTURA [IN] ]OUT[ POLÃTICAâ€: UMA LEITURA DISCIPLINAR SOBRE A MEDIAÇÃO E A ESPECIFICIDADE


2011-03-09


HUGO MADUREIRA: O ARTISTA-JOALHEIRO


2011-02-07


O QUE MUDOU, O QUE NÃO MUDOU E O QUE PRECISA MUDAR


2011-01-11


nada


2010-12-02


PEQUENO ELOGIO DO ARCAICO


2010-11-02


CABRACEGA


2010-10-01


12ª BIENAL DE ARQUITECTURA DE VENEZA — “PEOPLE MEET IN ARCHITECTUREâ€


2010-08-02


ENTREVISTA | FILIPA GUERREIRO E TIAGO CORREIA


2010-07-09


ATYPYK PRODUCTS ARE NOT MADE IN CHINA


2010-06-03


OS PRÓXIMOS 20 ANOS. NOTAS SOBRE OS “DISCURSOS (RE)VISITADOSâ€


2010-05-07


OBJECTOS SEM MEDO


2010-04-01


O POTENCIAL TRANSFORMADOR DO EFÉMERO: A PROPÓSITO DO PAVILHÃO SERPENTINE EM LONDRES


2010-03-04


PEDRO + RITA = PEDRITA


2010-02-03


PARA UMA ARQUITECTURA SWISSPORT


2009-12-12


SOU FUJIMOTO


2009-11-10


THE HOME PROJECT


2009-10-01


ESTRATÉGIA PARA HABITAÇÃO EVOLUTIVA – ÃNDIA


2009-09-01


NA MANGA DE LIDIJA KOLOVRAT


2009-07-24


DA HESITAÇÃO DE HANS, OU SOBRE O MEDO DE EXISTIR (Parte II)


2009-06-16


DA HESITAÇÃO DE HANS, OU SOBRE O MEDO DE EXISTIR


2009-05-19


O QUE É QUE SE SEGUE?


2009-04-17


À MESA COM SAM BARON


2009-03-24


HISTÓRIAS DE UMA MALA


2009-02-18


NOTAS SOBRE PROJECTOS, ESPAÇOS, VIVÊNCIAS


2009-01-26


OUTONO ESCALDANTE OU LAPSO CRÃTICO? 90 DIAS DE DEBATE DE IDEIAS NA ARQUITECTURA PORTUENSE


2009-01-16


APRENDER COM A PASTELARIA SEMI-INDUSTRIAL PORTUGUESA OU PORQUE É QUE SÓ Hà UMA RECEITA NO LIVRO FABRICO PRÓPRIO


2008-11-20


ÃLVARO SIZA E O BRASIL


2008-10-21


A FORMA BONITA – PETER ZUMTHOR EM LISBOA


2008-09-18


“DELIRIOUS NEW YORK†EXPLICADO ÀS CRIANÇAS


2008-08-15


A ROOM WITH A VIEW


2008-07-16


DEBATER CRIATIVAMENTE A CIDADE: A EXPERIÊNCIA PORTO REDUX


2008-06-17


FOTOGRAFIA DE ARQUITECTURA, DEFEITO E FEITIO


2008-05-14


A PROPÓSITO DA DEMOLIÇÃO DO ROBIN HOOD GARDENS


2008-04-08


INTERFACES URBANOS: O CASO DE MACAU


2008-03-01


AS CORES DA COR


2008-02-02


Notas sobre a produção arquitectónica portuguesa e sua cartografia na Architectural Association


2008-01-03


TARZANS OF THE MEDIA JUNGLE


2007-12-04


MÚSICA INTERIOR


2007-11-04


O CIRURGIÃO INGLÊS


2007-10-02


NÓS E OS CARROS


2007-09-01


Considerações sobre Tempo e Limite na produção e recepção da Arquitectura


2007-08-01


A SUBLIMAÇÃO DA CONTEMPORANEIDADE


2007-07-01


UMA MITOLOGIA DE CARNE E OSSO


2007-06-01


O LUGAR COMO ARMADILHA


2007-05-02


ESPAÇOS DE FILMAR


2007-04-02


ARTES DO ESPAÇO: ARQUITECTURA/CENOGRAFIA


2007-03-01


TERRAIN VAGUE – Notas de Investigação para uma Identidade


2007-02-02


ERRARE HUMANUM EST…


2007-01-02


QUANDO A CIDADE É TELA PARA ARTE CONTEMPORÂNEA


2006-12-02


ARQUITECTURA: ESPAÇO E RITUAL


2006-11-02


IN SUSTENTÃVEL ( I )


2006-10-01


VISÕES DO FUTURO - AS NOVAS CIDADES ASIÃTICAS


2006-09-03


NOTAS SOLTAS SOBRE ARQUITECTURA E TECNOLOGIA


2006-07-30


O BANAL E A ARQUITECTURA


2006-07-01


NOVAS MORFOLOGIAS NO PORTO INDUSTRIAL DE LISBOA


2006-06-02


SOBRE O ESPAÇO DE REPRESENTAÇÃO MODERNO


2006-04-27


MODOS DE “VER†O ESPAÇO - A PROPÓSITO DE MONTAGENS FOTOGRÃFICAS



JOANA VASCONCELOS X NUNO GAMA

HELENA OSÓRIO


11/12/2025

 

 

“Somos uma combinação poderosa e intensa, marcada pela atração magnética e pelo desejo de segurança e lealdade mútua, mas também por desafios”

 

Num tributo a Joana Vasconcelos, Nuno Gama apresentou surpreendentemente, no final de outubro, a sua nova coleção de outono-inverno 2025 no atelier junto ao Tejo da artista portuguesa natural de Paris que, a partir de 2023, depois de se estrear na Paris Fashion Week com pompa e circunstância, levou a ‘Miss Dior Valkyrie’ em viagem pelo mundo estreando a sua arte imponente na passerelle da maison de alta costura fundada em 1946 e nas emblemáticas flagships. Como um primeiro passo na moda.

Os bordados, inspirados nos painéis do ‘Bolo de Noiva’ exclusivamente em cerâmica, e a renda, que evoca as esculturas veladas da artista, conferem às peças um caráter fantasioso, sensual e onírico, incluindo um novo estampado que “dialoga com elementos que já fazem parte do meu repertório, que inclui sim o projeto que fiz com a Dior, com a Miss Dior Valkyrie que foi o destaque do desfile da maison”, confessa-nos a artista.

Segundo um comunicado da marca homónima Nuno Gama, esta coleção que pisou a passerelle improvisada no espaço lisboeta onde se reflete e faz desabrochar arte, reinterpreta o dandismo contemporâneo através de novas proporções e de um diálogo com a obra de Joana Vasconcelos. Os casacos encurtam-se, as calças ganham volume e as cores contrastam ou harmonizam-se, destacando a personalidade de cada peça.

Note-se que logo após este desfile, no limiar de novembro, Joana Vasconcelos inaugurou na Piazza Mignanelli, em Roma, em frente ao PM23 – o espaço de exposições inaugurado em 2025 pela Fondazione Valentino Garavani e Giancarlo Giammetti (FVGGG) – o primeiro capítulo de 'Vénus: I'll Be Your Mirror', uma máscara espelhada de grande envergadura composta por 255 molduras barrocas de bronze e 510 espelhos sobrepostos, convidando os espectadores a refletir sobre a identidade individual e coletiva, diz o comunicado da FVGGG.

“A obra de arte na Piazza Mignanelli marca o início de uma jornada artística por toda a cidade que, nas próximas semanas, se desdobrará em diversos locais de Roma – um processo de regeneração urbana viabilizado sob o Patrocínio da Roma Capitale e em colaboração com o Município I de Roma.”

O emaranhar de todos estes têxteis, objetos simbólicos e formas titânicas, bem como da evocação de momentos da História da Arte onde a História da Moda se cruza numa obra artística singular, leva as grandes casas da moda e do luxo a criarem parcerias exclusivas com Joana Vasconcelos, num espaço sem fronteiras.

Esta foi assim a homenagem que Nuno Gama debutou em Portugal, a uma artista arquiteta de formação ainda pouco entendida no seu país de sangue. Não obstante ter recebido mais de 30 prémios, e tendo sido agraciada em 2009 com o grau de Comendadora da Ordem do Infante D. Henrique pela Presidência da República Portuguesa, tornando-se em 2022 Oficial da Ordem das Artes e Letras pelo Ministério da Cultura Francês e criando, em 2012, a Fundação Joana Vasconcelos para conceder bolsas de estudo, apoiar causas sociais e promover a arte para todos. Também Nuno Gama foi agraciado diversas vezes, inclusive com a Comenda da Ordem do Infante D. Henrique em 2015.

A artista Joana Vasconcelos das esculturas e instalações gigantescas que fazem parar e pensar, e o couturier multidisciplinar Nuno Gama, que revive o mundo português no seu trabalho, e no cerne, unidos na obra artística pela elevação do artesanato Made in Portugal e pelo amor às origens, falam-nos desta parceria em primeira mão, mormente de outros projetos abordados anteriormente.



Por Helena Osório

 


>>>

 

 
Nuno Gama e Joana Vasconcelos. © Matheus Koelho

 

 

Helena Osório: Como despertou a inspiração na obra de Joana Vasconcelos e como aconteceu o desfile de Nuno Gama no atelier da artista? 

Nuno Gama: A Joana deu uma festa no seu Atelier, na última ARCO. Ao mostrar o espaço a uma pessoa amiga, de repente tive uma visão de um homem a atravessar todo o espaço, tipo um Dervixe rodopiante, com uma saia gota/valquírias, vestida. Ao mesmo tempo que tinha uma antevisão da coleção.

Joana Vasconcelos: Esta proposta partiu do Nuno, contou-me que teve uma visão. Achei uma ótima oportunidade, a de permitir que o meu espaço e a minha obra fossem palco e combustível para este momento. Quando aceitei abrir o Atelier, foi com o espírito de partilha: de potenciar uma conversa entre ambas as expressões artísticas.

 

© Ricardo Marques

 


HO: Já privaram, ou foi amor à primeira vista?

NG: Claro que sim, ambos, somos uma combinação poderosa e intensa, marcada pela atração magnética e pelo desejo de segurança e lealdade mútua, mas também por desafios – aceite pela Joana tanto pela “invasão” do seu espaço, pela abertura ao meu olhar como pelo meu regresso ao Universo feminino.


HO: A introdução de womenswear no desfile passa também pela homenagem a Joana Vasconcelos?

NG: Sim, fazia sentido pela Joana como por toda a conjetura e pela pressão feminina no desejo de anos, de voltar a fazer senhora.

JV: Vejo a proposta do Nuno como uma homenagem e como uma resposta. Penso que seria impossível dialogar com o meu trabalho sem pensar no feminino.


HO: Ambos ligados ao artesanato português que transportam ora para obras de arte ora para arte vestível, esta união parece existir muito para além do que aconteceu na passerelle. A ideia foi também estabelecer este paralelo?

NG: Considero que o paralelismo seja uma realidade inspiracional de ambos daí coincidirmos nesse ponto. Não faria sentido para mim se assim não fosse.

JV: A nossa convergência vem daí: eu trabalho com técnicas e materiais que evocam ofícios tradicionais; o Nuno transformou esses códigos em peças de vestir. É uma mesma conversa, traduzida por linguagens diferentes.

 

HO: É este o amor que os une e que Nuno Gama homenageia num imenso elogio?

NG: O que me une é o respeito, a admiração e o carinho mútuo que conquistámos.

JV: Sim, como diz o Nuno, o que nos une é principalmente o respeito, a admiração, mas também uma grande cumplicidade criativa e a vontade de celebrar a obra de cada um.


HO: Desde os bordados, inspirados nos painéis do 'Bolo de Noiva', à relevância da renda, presente em tantas esculturas. Unir a moda à arte não reserva também o gesto de elevar trabalhos de alguma forma paralelos que saem de um cérebro criativo, mas não vivem sem o savoir-faire de tantos desconhecidos por detrás da obra, no caso artesãos?

NG: Essa é a riqueza de cada uma das peças.
Cada trabalho, é tocado por cada um dos seus intervenientes impregnando a sua experiência energética, a sua herança da sabedoria da nossa cultura e consequentemente da raça humana.


HO: Podem contar-se em número os fazedores (de um lado e do outro) que contribuíram para esta bela homenagem?

NG: No nosso caso é incontável o número de intervenientes, pois começam nos fios, na tecelagem, no desenho, na tinturaria, no controlo de qualidade, na embalagem, no transporte e num sem fim de profissionais envolvidos até chegarem até nós.
E esta “longueza” aplica-se a cada um dos elementos necessários que compõem cada uma das peças.

JV: Não numericamente, no Atelier trabalham quase 60 pessoas, mais todos os intervenientes externos que nos ajudaram a materializar tudo isto o que, na prática, é incontável. É uma longa cadeia de mãos e saberes.

 

HO: Desta mesma renda aplicada nos 'dandies' de Nuno Gama, nasceu um estampado exclusivo prolongado aos jeans, com volumes e gomos inspirados nas Valquírias de Joana Vasconcelos que já correram o mundo com a Dior, desde a estreia no desfile da maison na Paris Fashion Week, em 2023. Tal como Joana Vasconcelos criou a 'Miss Dior Valkyrie', com 20 padrões diferentes de tecidos fornecidos pela Dior, Nuno Gama elogia e experimenta o ato desta criação no seu estampado único?

NG: Sim, claro que sim.
O interessante deste processo é o resultado do que a Joana inspira em mim.

JV: O estampado do Nuno dialoga com elementos que já fazem parte do meu repertório, que inclui sim o projeto que fiz com a Dior, com a Miss Dior Valkyrie que foi o destaque do desfile da maison. É muito interessante ver outras formas de o meu trabalho se desdobrar e inspirar outros universos criativos.

 

HO: As peças estruturadas e luminosas, que daí resultam, especialmente femininas, são também uma estreia na marca homónima Nuno Gama. Este foi o anúncio de desfiles mistos nas próximas coleções?

NG: Sim, sinto essa vontade em mim e gostaria muito de continuar com este processo de redescoberta, do hemisfério feminino.


HO: O womenswear vem complementar todo um percurso de 40 anos até aqui, que o identifica como designer de moda masculina, que abraça várias categorias. Sedimentou-se com este amor pela obra de Joana Vasconcelos, ou outro desafio?

NG: Sim, a Joana despoletou aquilo que se tornou uma necessidade em mim.

 

HO: Como interpreta Joana Vasconcelos esta coleção que, segundo Nuno Gama, "é uma carta de amor" à artista, mormente "uma celebração da sua ousadia, da sua beleza caótica, e da forma como transforma o comum em extraordinário"?

JV: Sinto que parte de um encontro estético genuíno, que celebra a ousadia, a transformação do quotidiano em extraordinário, e a energia que está presente no meu trabalho. Para mim, é sempre emocionante quando alguém pega numa imagem minha e a devolve reinventada.


HO: Mais recentemente, a 'Vénus: I'll Be Your Mirror' foi desvendada na Piazza Mignanelli, em Roma, junto à sede histórica da maison Valentino. É a moda nacional e internacional (no caso) que celebra a arte de Joana Vasconcelos, e/ou a obra da artista que sensibiliza e inspira a moda chegando aos mais altos patamares?

JV: Ambos, é recíproco. A apresentação de I’ll Be Your Mirror na Piazza Mignanelli, no coração histórico de Roma, é um exemplo muito claro disso. Este projeto integra-se numa iniciativa cultural da Fondazione Valentino Garavani e Giancarlo Giammetti, que pretende unir arte contemporânea, moda e comunidade, e é precisamente nesse cruzamento que o meu trabalho vive.

 

I’ll Be Your Mirror, de Joana Vasconcelos, 2019. © Atelier Joana Vasconcelos

 

HO: Trata-se de uma máscara veneziana espelhada de grandes dimensões, composta por 255 molduras barrocas de bronze e 510 espelhos sobrepostos, que convida a uma reflexão. Esta monumentalidade e evocação de tempos áureos, idos, e nomeadas vezes descurados, serve também como chamada de atenção global ao património artístico nas suas mais variadas expressões e às máscaras contemporâneas (neste caso) que nos tentam dar imagens filtradas e não reais?

JV: Sim, absolutamente. Ao ser instalada no espaço público, assume-se como um convite à reflexão sobre identidade individual e coletiva, algo muito presente tanto na minha obra como nas intenções deste projeto em Roma.
É também um comentário sobre a forma como hoje nos observamos através de filtros, de imagens mediadas ou distorcidas. Os espelhos multiplicam-nos, devolvem-nos fragmentados, pedem que nos reconheçamos para além da superfície.
No contexto do projeto da Fundação, cuja missão é a de aproximar a arte das pessoas, regenerar a cidade e promover um sentido comum de beleza e pertença, a obra funciona como um gesto de interrupção: obriga a parar, a olhar, a confrontar aquilo que mostramos e aquilo que escondemos.

 

© Tiago Mulhmann

 

HO: A máscara também se repete nos coordenados da nova coleção de Nuno Gama. O sentido é semelhante, ou trata-se de mais um elogio à obra?

NG: Claro que sim a ambas, as máscaras retiram-nos o julgamento imediato e obrigando-nos a escutar com o coração.


HO: Este sentido de crítica à sociedade através da arte e de outras expressões artísticas como a moda, é eficaz? Podem revelar-nos algumas manifestações com bons resultados?

NG: Pessoalmente ainda não escrevi nenhum livro de filosofia, nem vendo nada mais do que simples peças de roupa, mas agrada-me a ideia de poder inspirar os outros, num sentido qualificativo da nossa passagem por esta vida.
Para mim o interessante é cada um fazer do seu caminho uma aprendizagem num sentido de melhor evolução.

JV: A arte e a moda não mudam o mundo sozinhas, mas têm uma enorme capacidade de despertar a consciência. Muitas vezes, basta uma peça provocar uma pergunta ou um reconhecimento para iniciar a transformação. Já vi obras minhas gerarem conversas sobre identidade, tradição, feminilidade ou valor dos ofícios — e é aí que a crítica social acontece. Se uma criação consegue fazer alguém olhar para o mundo de outra forma, mesmo que por instantes, então já foi eficaz.


HO: Qual a previsão sensorial para a arte num futuro próximo, para a moda e luxo, para a humanidade?

NG: A melhoria da vida de todos nós, através da poesia.

JV: Vejo o futuro com esperança, porque acredito profundamente no poder transformador da criatividade. A arte — tal como a moda — tem a capacidade de aproximar as pessoas, de criar comunidade, de dar visibilidade ao que muitas vezes passa despercebido: o trabalho humano, os ofícios, o tempo, a memória, a energia coletiva que existe por detrás de cada peça.

 

 


:::

 

Helena Osório
Nascida em Benguela, Angola, é jornalista cultural e escritora; Doutora em Estudos sobre a História da Arte e da Música pela Universidade de Santiago de Compostela, com nota máxima (Cum Laude) e com reconhecimento da Universidade do Porto; Mestre pós-graduada em Artes Decorativas pela Universidade Católica Portuguesa; Licenciada em Estudos Europeus pela Universidade Moderna de Lisboa; Investigadora colaboradora do Instituto de Investigação em Arte, Design e Sociedade da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto (i2ADS / FBAUP).