Links

ARQUITETURA E DESIGN



Outros artigos:

2025-01-15


SANAA, SEJIMA + NISHIZAWA


2024-12-12


REVISITAR RAÚL HESTNES FERREIRA DENTRO E FORA DO MUSEU


2024-10-30


ENTRE O BANAL E O SINGULAR : UMA LEITURA DE LOOS, ROSSI E SIZA


2024-09-23


ATELIER RUA: O TRIUNFO DA SIMPLICIDADE QUE INSPIRA UMA GERAÇÃO


2024-08-22


ANA ARAGÃO E GONÇALO M. TAVARES: O EXERCÃCIO REPARADOR DA CIDADE


2024-07-14


SIZA: O SUJEITO ENTRE VERBOS, NA FUNDAÇÃO CALOUSTE GULBENKIAN


2024-05-22


EXOUSIA — É POSSÃVEL, É PERMITIDO...MAS NÃO, NÃO PODE


2024-04-13


PÃDUA RAMOS: DA ARQUITETURA AO DESIGN


2024-02-26


NO LUGAR DE UMA JANELA, NASCEU UMA PORTA


2024-01-21


TERCEIRO ANDAR DE LUCIANA FINA OU DESTINAÇÃO (EST)ÉTICA


2023-11-02


A PROPÓSITO DE ONDE VAMOS MORAR? — CICLO DE CINEMA POR ANDY RECTOR


2023-09-11


CARTOGRAFIA DO HORIZONTE: DO TERRITÓRIO AOS LUGARES


2023-08-05


O ESTALEIRO, O LABORATÓRIO, A SUA CAIXA E O CAVALETE DELA


2023-06-01


UMA CIDADE CONSTRUÃDA PARA O CONSUMO: DA LÓGICA DO MERCADO À DISNEYFICAÇÃO DA CIDADE


2023-04-30


ESCUTAR, UMA VEZ MAIS, GRÂNDOLA — OPERAÇÃO SAAL DE VALE PEREIRO


2023-04-03


NOTAS SOBRE UM ARQUITECTO ARTIFICIALMENTE INTELIGENTE


2023-02-24


MUSEU DA PAISAGEM. AS POSSIBILIDADES INFINITAS DE LER E REINTERPRETAR O TERRITÓRIO


2023-01-30


A DIVERSIDADE NA HABITAÇÃO DAS CLASSES LABORIOSAS, OS HIGIENISTAS E O CASO DA GRAÇA


2022-12-29


HABITAR: UM MANIFESTO SECRETO


2022-11-23


JONAS AND THE WHOLE


2022-10-16


CASA PAISAGEM OU UM PRESÉPIO ABERTO


2022-09-08


ENTREVISTA A ANA CATARINA COSTA, FRANCISCO ASCENSÃO, JOÃO PAUPÉRIO E MARIA REBELO


2022-08-11


ENTREVISTA A JOSÉ VELOSO, ARQUITETO DA OPERAÇÃO SAAL DA MEIA-PRAIA


2022-07-11


TERRA, TRIENAL DE ARQUITETURA DE LISBOA 2022. ENTREVISTA A CRISTINA VERÃSSIMO E DIOGO BURNAY


2022-05-31


OH, AS CASAS, AS CASAS, AS CASAS...


2022-04-23


A VIAGEM ARQUITETÓNICA COMO ENCONTRO: DA (RE)DESCOBERTA À (DES)COBERTA DAS ORIGENS


2022-03-29


PODERà O PATRIMÓNIO SER EMANCIPATÓRIO?


2022-02-22


EM VÃO: FECHA-SE UMA PORTA PARA QUE UMA JANELA FENOMENOLÓGICA SE ABRA


2022-01-27


SOBRE A 'ESTÉTICA DO CONHECIMENTO': UMA LEITURA DA PEDAGOGIA DE BAUKUNST


2021-12-29


CALL FOR ARCHITECTS


2021-11-27


DE QUE ME SERVE SER ARQUITECTA?


2021-10-26


'OS CAMINHOS DA ÃGUA'


2021-09-30


A ARQUITETURA PORTUGUESA: O TRAJETO DO SÉCULO XX E DESAFIOS DO SÉCULO XXI


2021-08-22


CERAMISTAS E ILUSTRADORES: UMA RESIDÊNCIA EM VIANA DO ALENTEJO


2021-07-27


COMPREENSÃO DA CIDADE DO PORTO ATÉ AO SÉCULO XX


2021-06-20


O ANTECEDENTE CULTURAL DO PORTO NA TRANSIÇÃO PARA O SÉCULO XXI


2021-05-12


JOÃO NISA E AS 'PRIMEIRAS IMPRESSÕES DE UMA PAISAGEM'


2021-02-16


A ORDEM INVISÃVEL DA ARQUITECTURA


2021-01-10


SURENDER, SURENDER


2020-11-30


AS MULHERES NO PRIVATE PRESS MOVEMENT: ESCRITAS, LETRAS DE METAL E CHEIRO DE TINTA


2020-10-30


DES/CONSTRUÇÃO - OS ESPACIALISTAS EM PRO(EX)CESSO


2020-09-19


'A REALIDADE NÃO É UM DESENCANTO'


2020-08-07


FORA DA CIDADE. ARTE E LUGAR


2020-07-06


METROPOLIS, WORLD CITY & E.P.C.O.T. - AS VISÕES PARA A CIDADE PERFEITA IMAGINADAS POR GILLETTE, ANDERSEN E DISNEY


2020-06-08


DESCONFI(N)AR, O FUTURO DA ARQUITECTURA E DAS CIDADES


2020-04-13


UM PRESENTE AO FUTURO: MACAU – DIÃLOGOS SOBRE ARQUITETURA E SOCIEDADE


2020-03-01


R2/FABRICO SUSPENSO: ITINERÃRIOS DE TRABALHO


2019-12-05


PRÃTICAS PÓS-NOSTÃLGICAS / POST-NOSTALGIC KNOWINGS


2019-08-02


TEMPOS MODERNOS, CERÂMICA INDUSTRIAL PORTUGUESA ENTRE GUERRAS


2019-05-22


ATELIER FALA - ARQUITECTURA NA CASA DA CERCA


2019-01-21


VICARA: A ESTÉTICA DA NATUREZA


2018-11-06


PARTE II - FOZ VELHA E FOZ NOVA: PATRIMÓNIO CLASSIFICADO (OU NEM POR ISSO)


2018-09-28


PARTE I - PORTO ELEITO TRÊS VEZES O MELHOR DESTINO EUROPEU: PATRIMÓNIO AMEAÇADO PARA UNS, RENOVADO PARA OUTROS. PARA INGLÊS (NÃO) VER


2018-08-07


PAULO PARRA – “UMA TRAJECTÓRIA DE VIDA†NA GALERIA ROCA LISBON


2018-07-12


DEPOIS, A HISTÓRIA: GO HASEGAWA, KERSTEN GEERS, DAVID VAN SEVEREN


2018-05-29


NU LIMITE


2018-04-18


POLAROID


2018-03-18


VICO MAGISTRETTI NO DIA DO DESIGN ITALIANO


2018-02-10


GALERIA DE ARQUITETURA


2017-12-18


RHYTHM OF DISTANCES: PROPOSITIONS FOR THE REPETITION


2017-11-15


SHAPINGSHAPE NA BIENAL DA MAIA


2017-10-14


O TEATRO CARLOS ALBERTO DIALOGA COM A CIDADE: PELA MÃO DE NUNO LACERDA LOPES


2017-09-10


“VINTE E TRÊSâ€. AUSÊNCIAS E APARIÇÕES NUMA MOSTRA DE JOALHARIA IBEROAMERICANA PELA PIN ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE JOALHARIA CONTEMPORÂNEA


2017-08-01


23 – JOALHARIA CONTEMPORÂNEA NA IBERO-AMÉRICA


2017-06-30


PASSAGENS DE SERRALVES PELO TERMINAL DE CRUZEIROS DO PORTO DE LEIXÕES


2017-05-30


EVERYTHING IN THE GARDEN IS ROSY: AS PERIFERIAS EM IMAGENS


2017-04-18


“ÃRVORE†(2002), UMA OBRA COM A AUTORIA EM SUSPENSO


2017-03-17


ÃLVARO SIZA : VISÕES DA ALHAMBRA


2017-02-14


“NÃO TOCARâ€: O NOVO MUSEU DO DESIGN EM LONDRES


2017-01-17


MAXXI ROMA


2016-12-10


NOTAS SOBRE ESPAÇO E MOVIMENTO


2016-11-15


X BIAU EM SÃO PAULO: JOÃO LUÃS CARRILHO DA GRAÇA À CONVERSA COM PAULO MENDES DA ROCHA E EDUARDO SOUTO DE MOURA


2016-10-11


CENAS PARA UM NOVO PATRIMÓNIO


2016-08-31


DREAM OUT LOUD E O DESIGN SOCIAL NO STEDELIJK MUSEUM


2016-06-24


MATÉRIA-PRIMA. UM OLHAR SOBRE O ARQUIVO DE ÃLVARO SIZA


2016-05-28


NA PEGADA DE LE CORBUSIER


2016-04-29


O EFEITO BREUER – PARTE 2


2016-03-24


O EFEITO BREUER - PARTE 1


2016-02-16


GEORGE BEYLERIAN CELEBRA O DESIGN ITALIANO COM LANÇAMENTO DE “DESIGN MEMORABILIAâ€


2016-01-08


RESOLUÇÕES DE ANO NOVO PARA A ARQUITETURA E DESIGN EM 2016


2015-11-30


BITTE LEBN. POR FAVOR, VIVE.


2015-10-30


A FORMA IDEAL


2015-09-14


DOS FANTASMAS DE SERRALVES AO CLIENTE COMO ARQUITECTO


2015-08-01


“EXTRA ORDINARY†- JOVENS DESIGNERS EXPLORAM MATERIAIS, PRODUTOS E PROCESSOS


2015-06-25


PODE A TIPOGRAFIA AJUDAR-NOS A CRIAR EMPATIA COM OS OUTROS?


2015-05-20


BIJOY JAIN, STUDIO MUMBAI


2015-04-14


O FIM DA ARQUITECTURA


2015-03-12


TESOURO, MISTÉRIO OU MITO? A ESCOLA DO PORTO EM TRÊS EXPOSIÇÕES (PARTE II/II)


2015-02-11


TESOURO, MISTÉRIO OU MITO? A ESCOLA DO PORTO EM TRÊS EXPOSIÇÕES (PARTE I/II)


2015-01-11


ESPECTADOR


2014-12-09


ARQUITECTAS: ENSAIO PARA UM MANUAL REVOLUCIONÃRIO


2014-11-10


A MARCA QUE TEM O MEU NOME


2014-10-04


NEWS FROM VENICE


2014-09-08


A INCONSCIÊNCIA DE ZENO. MÃQUINAS DE SUBJECTIVIDADE NO SUPERSTUDIO*


2014-07-30


ENTREVISTA A JOSÉ ANTÓNIO PINTO


2014-06-17


ÃNDICES, LISTAGENS E DIAGRAMAS: the world is all there is the case


2014-05-15


FILME COMO ARQUITECTURA, ARQUITECTURA COMO AUTOBIOGRAFIA


2014-04-14


O MUNDO NA MÃO


2014-03-13


A CASA DA PORTA DO MAR


2014-02-13


O VERNACULAR CONTEMPORÂNEO


2014-01-07


PÓS-TRIENAL 2013 [RELAÇÕES INSTÃVEIS ENTRE EVENTOS, ARQUITECTURAS E CIDADES]


2013-11-12


UMA SUBTIL INTERFERÊNCIA: A MONTAGEM DA EXPOSIÇÃO “FERNANDO TÃVORA: MODERNIDADE PERMANENTE†EM GUIMARÃES OU UMA EXPOSIÇÃO TEMPORÃRIA NUMA ESCOLA EM PLENO FUNCIONAMENTO


2013-09-24


DESIGN E DELITO


2013-08-12


“NADA MUDAR PARA QUE TUDO SEJA DIFERENTEâ€: CONVERSA COM BEYOND ENTROPY


2013-08-11


“CHANGING NOTHING SO THAT EVERYTHING IS DIFFERENTâ€: CONVERSATION WITH BEYOND ENTROPY


2013-07-04


CORTA MATO. Design industrial do ponto de vista do utilizador


2013-05-20


VÃTOR FIGUEIREDO: A MISÉRIA DO SUPÉRFLUO


2013-04-02


O DESIGNER SOCIAL


2013-03-11


DRESS SEXY AT MY FUNERAL: PARA QUE SERVE A BIENAL DE ARQUITECTURA DE VENEZA?


2013-02-08


O CONSUMIDOR EMANCIPADO


2013-01-08


SOBRE-QUALIFICAÇÃO E REBUSCO


2012-10-29


“REGIONALISM REDIVIVUSâ€: UM OUTRO OLHAR SOBRE UM TEMA PERSISTENTE


2012-10-08


LEVINA VALENTIM E JOAQUIM PAULO NOGUEIRA


2012-10-07


HOMENAGEM A ROBIN FIOR (1935-2012)


2012-09-08


A PROMESSA DA ARQUITECTURA. CONSIDERAÇÕES SOBRE A GERAÇÃO POR VIR


2012-07-01


ENTREVISTA | ANDRÉ TAVARES


2012-06-10


O DESIGN DA HISTÓRIA DO DESIGN


2012-05-07


O SER URBANO: UMA EXPOSIÇÃO COMO OBRA ABERTA. NO CAMINHO DOS CAMINHOS DE NUNO PORTAS


2012-04-05


UM OBJECTO DE RONAN E ERWAN BOUROULLEC


2012-03-05


DEZ ANOS DE NUDEZ


2012-02-13


ENCONTROS DE DESIGN DE LISBOA ::: DESIGN, CRISE E DEPOIS


2012-01-06


ARCHIZINES – QUAL O TAMANHO DA PEQUENÊS?


2011-12-02


STUDIO ASTOLFI


2011-11-01


TRAMA E EMOÇÃO – TRÊS DISCURSOS


2011-09-07


COMO COMPOR A CONTEMPLAÇÃO? – UMA HISTÓRIA SOBRE O PAVILHÃO TEMPORÃRIO DA SERPENTINE GALLERY E O PROCESSO CRIATIVO DE PETER ZUMTHOR


2011-07-18


EDUARDO SOUTO DE MOURA – PRITZKER 2011. UMA SISTEMATIZAÇÃO A PROPÓSITO DA VISITA DE JUHANI PALLASMAA


2011-06-03


JAHARA STUDIO


2011-05-05


FALEMOS DE 1 MILHÃO DE CASAS. NOTAS SOBRE O CONCURSO E EXPOSIÇÃO “A HOUSE IN LUANDA: PATIO AND PAVILLIONâ€


2011-04-04


A PROPÓSITO DA CONFERÊNCIA “ARQUITECTURA [IN] ]OUT[ POLÃTICAâ€: UMA LEITURA DISCIPLINAR SOBRE A MEDIAÇÃO E A ESPECIFICIDADE


2011-03-09


HUGO MADUREIRA: O ARTISTA-JOALHEIRO


2011-02-07


O QUE MUDOU, O QUE NÃO MUDOU E O QUE PRECISA MUDAR


2011-01-11


nada


2010-12-02


PEQUENO ELOGIO DO ARCAICO


2010-11-02


CABRACEGA


2010-10-01


12ª BIENAL DE ARQUITECTURA DE VENEZA — “PEOPLE MEET IN ARCHITECTUREâ€


2010-08-02


ENTREVISTA | FILIPA GUERREIRO E TIAGO CORREIA


2010-07-09


ATYPYK PRODUCTS ARE NOT MADE IN CHINA


2010-06-03


OS PRÓXIMOS 20 ANOS. NOTAS SOBRE OS “DISCURSOS (RE)VISITADOSâ€


2010-05-07


OBJECTOS SEM MEDO


2010-04-01


O POTENCIAL TRANSFORMADOR DO EFÉMERO: A PROPÓSITO DO PAVILHÃO SERPENTINE EM LONDRES


2010-03-04


PEDRO + RITA = PEDRITA


2010-02-03


PARA UMA ARQUITECTURA SWISSPORT


2009-12-12


SOU FUJIMOTO


2009-11-10


THE HOME PROJECT


2009-10-01


ESTRATÉGIA PARA HABITAÇÃO EVOLUTIVA – ÃNDIA


2009-09-01


NA MANGA DE LIDIJA KOLOVRAT


2009-07-24


DA HESITAÇÃO DE HANS, OU SOBRE O MEDO DE EXISTIR (Parte II)


2009-06-16


DA HESITAÇÃO DE HANS, OU SOBRE O MEDO DE EXISTIR


2009-05-19


O QUE É QUE SE SEGUE?


2009-04-17


À MESA COM SAM BARON


2009-03-24


HISTÓRIAS DE UMA MALA


2009-02-18


NOTAS SOBRE PROJECTOS, ESPAÇOS, VIVÊNCIAS


2009-01-26


OUTONO ESCALDANTE OU LAPSO CRÃTICO? 90 DIAS DE DEBATE DE IDEIAS NA ARQUITECTURA PORTUENSE


2009-01-16


APRENDER COM A PASTELARIA SEMI-INDUSTRIAL PORTUGUESA OU PORQUE É QUE SÓ Hà UMA RECEITA NO LIVRO FABRICO PRÓPRIO


2008-11-20


ÃLVARO SIZA E O BRASIL


2008-10-21


A FORMA BONITA – PETER ZUMTHOR EM LISBOA


2008-09-18


“DELIRIOUS NEW YORK†EXPLICADO ÀS CRIANÇAS


2008-08-15


A ROOM WITH A VIEW


2008-07-16


DEBATER CRIATIVAMENTE A CIDADE: A EXPERIÊNCIA PORTO REDUX


2008-06-17


FOTOGRAFIA DE ARQUITECTURA, DEFEITO E FEITIO


2008-05-14


A PROPÓSITO DA DEMOLIÇÃO DO ROBIN HOOD GARDENS


2008-04-08


INTERFACES URBANOS: O CASO DE MACAU


2008-03-01


AS CORES DA COR


2008-02-02


Notas sobre a produção arquitectónica portuguesa e sua cartografia na Architectural Association


2008-01-03


TARZANS OF THE MEDIA JUNGLE


2007-12-04


MÚSICA INTERIOR


2007-11-04


O CIRURGIÃO INGLÊS


2007-10-02


NÓS E OS CARROS


2007-09-01


Considerações sobre Tempo e Limite na produção e recepção da Arquitectura


2007-08-01


A SUBLIMAÇÃO DA CONTEMPORANEIDADE


2007-07-01


UMA MITOLOGIA DE CARNE E OSSO


2007-06-01


O LUGAR COMO ARMADILHA


2007-05-02


ESPAÇOS DE FILMAR


2007-04-02


ARTES DO ESPAÇO: ARQUITECTURA/CENOGRAFIA


2007-03-01


TERRAIN VAGUE – Notas de Investigação para uma Identidade


2007-02-02


ERRARE HUMANUM EST…


2007-01-02


QUANDO A CIDADE É TELA PARA ARTE CONTEMPORÂNEA


2006-12-02


ARQUITECTURA: ESPAÇO E RITUAL


2006-11-02


IN SUSTENTÃVEL ( I )


2006-10-01


VISÕES DO FUTURO - AS NOVAS CIDADES ASIÃTICAS


2006-09-03


NOTAS SOLTAS SOBRE ARQUITECTURA E TECNOLOGIA


2006-07-30


O BANAL E A ARQUITECTURA


2006-07-01


NOVAS MORFOLOGIAS NO PORTO INDUSTRIAL DE LISBOA


2006-06-02


SOBRE O ESPAÇO DE REPRESENTAÇÃO MODERNO


2006-04-27


MODOS DE “VER†O ESPAÇO - A PROPÓSITO DE MONTAGENS FOTOGRÃFICAS



TESTEMUNHOS

PARTE I - PORTO ELEITO TRÊS VEZES O MELHOR DESTINO EUROPEU: PATRIMÓNIO AMEAÇADO PARA UNS, RENOVADO P


 

 

 

A CIDADE DE NÉVOA E GRANITO 

 

A BELEZA do Porto é um postal de “Recuerdo”. O Porto na sua neblina junto ao Douro e ao casario, nas aguarelas icónicas do pintor António Cruz. Essa luz única do entardecer que atinge os habitantes. E, claro, as gaivotas que sobrevoam a cidade, desesperadamente famintas. Talvez por isso o Porto seja uma cidade de poetas e pintores. Uma cidade enleada na prosa de Camilo. A tragédia, a sombra. Torturada por emoções enlameadas. Mesmo nas zonas favorecidas como a Foz, existe mendicidade. É como se o Porto de Camilo, Agustina, e Eugénio, continuasse no século passado. Mas estas são as verdadeiras características do Porto, seja na Foz, seja na Baixa. O Porto actual é outro. Os traços do seu carácter estão a ser branqueados, destruídos, grafitados. A Baixa repleta de mendigos. A Foz transformou-se num Arraial de Feiras Populares, a Festa do Marisco, da Cerveja, do Artesanato. O sossego fugiu. A praia transformou-se num local de Festivais. Os fins de semana são para esquecer. O ruído, os carros, o excesso de passeantes, desporto, corridas, bicicletas. Uma zona litoral desorganizada, entregue a negócios de Feira. É triste observar que a minha cidade perde os traços genuínos e transforma-se a pouco e pouco numa cidade formatada, igual a qualquer cidade europeia. A obsessão pelo dinheiro fácil do turismo afasta os habitantes reais da cidade, tudo se transforma em hotéis ou hostels e os Portuenses ficam em segundo lugar. Quando o Porto deixar de ser referenciado nos folhetos turísticos surgirá uma cidade fantasma. Porque a moda é efémera.

 

Graça Martins
Pintora, ilustradora e designer, natural de Vila do Conde. É  filha do pintor Martins Lhano, irmã das pintoras Isabel Lhano e Bárbara Martins. Formou-se em Design/Artes Gráficas na Faculdade de Belas-Artes da Universidade do Porto. Em Milão, tirou o curso de Modelismo/Estilismo na Escola Ars Utoria. Iniciou a carreira artística em 1977, na Galeria Alvarez, no Porto.

 

 

 

O QUE DE BEM E DE MAL SE ESTÁ A FAZER NA FOZ E NO PORTO

 

“A variedade é o prelúdio da monotonia, para evita-la repete o teu elemento” (Luigi Snozzi)
Quando perguntei aos colegas indianos que estão a fazer estágio no meu escritório qual foi o edifício que gostaram mais de visitar no Porto, estava à espera que identificassem uma obra contemporânea dos arquitectos consagrados que amamos.

Em vez disso, a resposta deles ia geralmente para os edifícios tradicionais da Ribeira e do centro histórico. Existem valores que são compartilháveis entre pessoas que não tenham os mesmos preconceitos culturais, e um destes valores é a beleza. Enquanto indianos a distância cultural faz deles juízes imparciais que, assim como o Conselho do Unesco de 1996, julgou que existe no Porto um valor notável.
Os edifícios do centro histórico do Porto compartilham algumas regras, poucas e simples e a repetição de edifícios que respeitam tais regras constitui a causa da beleza que um ponto de vista objectivo deve atribuir ao património construído da cidade.

Estas regras, são:

• Lotes com largura de 5-6 metros que dá origem ao ritmo das frentes com face para a rua e comprimento variável, dependente da distância entre as duas ruas confinantes;
• Materiais: cantaria prefabricada a marcar as aberturas e azulejos de cores fortes;
• Vãos com aberturas verticais, raramente horizontais;
• Vão de escada central que origina clarabóias típicas;
• Altura dos edifícios uniforme.

Apesar do respeito destas regras mantém-se muita liberdade expressiva na proporção compositiva dos alçados e nos pormenores construtivos e, além disso, existem locais peculiares que podem ser exonerados do respeito de algumas destas regras, por causas de relações urbanísticas com o contexto.

A arquitectura é feita de continuidade e baseia-se no melhoramento de um padrão. Por exemplo na Roma antiga por milhares de anos os templos foram feitos e refeitos sempre da mesma forma, melhorando um pouco em cada intervenção. Seria ingénuo pensar que um individuo possa desafiar um contexto com formas que o desrespeitem.

Até os melhores arquitectos do mundo respeitam as regras do contexto, como por exemplo Álvaro Siza fez na reabilitação do Chiado em Lisboa. Mesmo assim nos pisos mais altos do projecto dos terraços de Bragança, aproveitando o desnível da rua, alguns volumes podem adquirir uma plasticidade sem precedentes no contexto antigo, mantendo o diálogo.

O mesmo arquitecto num contexto de liberdade que um continente mais novo lhe permite, o Brasil, em Porto Alegre, criou um museu de forma nova e inesperada – a Fundação Iberê Camargo.

Existe também o exemplo dos clássicos de Antoní Gaudí em Barcelona, Casa Milá e Casa Batlló que respeitando as regras criaram um modelo tão diferente dos edifícios contíguos quanto difícil de reproduzir por causa da elevada qualidade construtiva e do talento de invenção formal do seu autor.

Contudo a arquitectura de Gaudí no seu tempo tornou-se moda e, como qualquer moda se for boa traduz-se depois em tradição, os poucos edifícios deles constituem o modelo sobre o qual a arquitectura de Barcelona se desenvolveu até hoje adquirindo um carácter de cidade artística.

Na base das reflexões anteriores, nos dias de hoje, o trabalho dos arquitectos do Porto é bom quando continua a respeitar estas regras. Existe ainda a possibilidade de reformular estas regras ou substitui-las, mas é difícil.

 

Alessandro Pepe 
Arquitecto italiano radicado no Porto. Formou-se em Arquitetura na Universidade Politécnica de Turim (Itália). Antes de abrir o próprio atelier em 2008, trabalhou para o arquitecto indiano vencedor do Prémio Pritzker 2018, Balkrishna Doshi (n. 1927), e para o arquitecto português, Álvaro Leite Siza Vieira (n. 1962). É membro da Ordem dos Arquitetos Portugueses e Ordem dos Arquitectos Italiana.

 

 

 

VISÃO SOBRE A ARQUITECTURA NO PORTO NOS DIAS DE HOJE

 

A arquitectura no Porto, principalmente nos últimos anos, tem tido exemplos muito positivos no que respeita à restauração de edifícios históricos.

A cidade tem tido um influxo muito grande de turismo nos últimos anos, o que se reflecte na economia da cidade e por consequência também na restauração de edifícios que de outro modo veriam o seu fim antecipado.
Isto é directamente perceptível na rápida expansão de hotéis, guesthouses e restaurantes. O Porto tem uma escola e tradição arquitectónica muito eficaz e apelativa e com um enorme respeito pela envolvente, o que se deve em parte a mentores como Álvaro Siza Vieira e Souto Moura. É possível vermos um conjunto magnífico de antigos edifícios que formam, por assim dizer, “reciclados” de modo a manterem todo o seu charme original, preservando a carismática identidade da cidade e satisfazendo ao mesmo tempo as necessidades contemporâneas.

Gostaria de nomear três exemplos em que colaborei directamente com o atelier Gauceme e J.Teixeira de Sousa Associados: o Hotel Carris Oporto na Ribeira, o restaurante Pizza Hut na Foz e a entrada do Hotel Boa Vista no Passeio Alegre. 

No Hotel Carris Oporto na Ribeira é possível observar uma mistura entre a arquitectura e a arqueologia, já que, no momento em que as fundações dos três edifícios a trabalhar começaram a ser escavadas, foram descobertas ruínas Romanas e, à medida que o projecto foi avançando, revelaram-se colunas e arcos do período Gótico. Aqui, o desafio foi preservar estas preciosidades arqueológicas e ao mesmo tempo converter o edifício num Hotel de 5 estrelas com todo o luxo e comodidades inerentes a esta categoria.

Assim, optou-se por integrar o lobby e restaurante nas ruínas góticas com um pavimento em vidro que permite observar os maravilhosos vestígios Romanos. Os pisos superiores foram renovados e decorados com todos os requisitos actuais, contudo respeitando a configuração do complexo dos 3 edifícios renovados, que foram conectados por pontes de modo a que fluíssem como um só.

O segundo exemplo é o restaurante Pizza Hut na Foz. Este edifício, que já era previamente um restaurante, continha características muito específicas que não estavam exploradas, nomeadamente a sua configuração em forma de “Barco” e a sua privilegiada localização com uma vista magnífica para o mar.

Neste projecto todas as funções do restaurante foram alteradas de modo a respeitarem a configuração peculiar da forma náutica do edifício e a estrutura original foi mantida, com excepção das paredes, que foram removidas e substituídas por grandes painéis de vidro reflector. Isto não só permite desfrutar-se da magnífica vista para o mar desde o interior, como atribui ao exterior do edifício uma leveza visual que se integra com a paisagem envolvente.

O terceiro exemplo consiste na restauração da entrada do Hotel Boa Vista no Passeio Alegre, em que reconfiguramos o lobby para enquadrar a vista marítima para o exterior, incluindo o Castelo da Foz, permitindo assim uma melhor comunicação entre exterior/interior.

Concluindo, acredito que grande parte das renovações, restaurações e novos edifícios na cidade do Porto reflectem um grande respeito pelo património histórico da cidade, assim como preservam uma fluida relação com a envolvente em que estão inseridos. Este resultado positivo vem sem dúvida dos bons conceitos arquitectónicos que foram passados de geração em geração na tradição da escola arquitectónica do Porto.

 

Tiago Azevedo
Arquitecto, pintor e ilustrador, natural da Ilha Terceira (Açores), vive entre Munique, Nova Iorque e Porto. Expõe em Paris, Nova Iorque, Dubai e Roma.

 

 

 

PATRIMÓNIO DA FOZ DO DOURO E NEVOGILDE

 

Desde que me conheço que ando por Nevogilde e pela Foz do Douro. Observo.

Ao longo dos séculos o progresso tem ditado muitas alterações, justificadas pela sua natural evolução. Durante o séc. XIX e XX, o espaço da Foz e Nevogilde tornou-se numa importante colónia balnear, levando à construção de habitações que foram destronando o espaço rural existente nestas localidades. No entanto, na última década e meia do séc. XX e nestes primeiros anos do séc. XXI, estas duas localidades estão a ficar completamente desfiguradas pela destruição desmesurada da sua paisagem arquitetónica única, com alguns exemplares de casas Arte Nova e Arte Déco. De modo a contrariar e proteger este crescimento desmesurado foram criadas algumas ferramentas de proteção dos imóveis já construídos e a identificação de áreas protegidas, tais como, o PDM (Plano Diretor Municipal) e a caracterização dos imóveis ou espaços de interesse municipal/nacional/público.

No entanto, este progresso não justifica todas as transformações que se têm vindo a constatar nestas duas localidades. Senão vejamos: A casa onde morreu o poeta António Nobre destruída e a casa contígua, um dos poucos exemplares de Arte Nova da avenida Brasil, a ser esventrada, para dar lugar a um prédio cuja fachada desvirtua totalmente as fachadas dos prédios da frente marítima. A descaracterização das avenidas Brasil e Montevideu, pela destruição das casas para dar lugar a prédios com volumetria muito acima das casas existentes, no caso da primeira e no caso da segunda, destruição dos jardins e espaços verdes envolventes das moradias do séc. XIX e do séc. XX para dar também lugar a prédios, hotéis semi-camuflados e condomínios de luxo com arquitetura que adulteram esteticamente a paisagem envolvente. Como exemplo, temos o prédio construído em frente à estação de Zoologia Marítima Dr. Augusto Nobre, na avenida Montevideu, e o Palacete dos Sousa Guedes, que ocupava um quarteirão entre as ruas da Cerca, do Alto de Vila e da Trinitária, na Foz do Douro e que deu lugar a um condomínio de luxo. Como se não bastasse, todas as ruas e ruelas de Nevogilde e Foz do Douro estão a sofrer “ataques” desenfreados das gruas e guindastes, desde casas representativas do período da Vilegiatura do séc XIX, a azulejos Arte Nova (início do séc. XX), destruídos sem dó nem piedade, sem sequer aproveitarem os seus elementos decorativos. Para além disso, a construção desmedida de condomínios de luxo, escolas e supermercados com volumetria duvidosa e, como exemplo, temos a escola de ensino privado CEBES e o Pingo Doce (destruíram duas vivendas por completo) na avenida Marechal Gomes da Costa, e na Foz Velha, junto aos Arcos Beneditinos da Foz, numa zona protegida, a construção de um lar para a 3ª idade que, neste momento, se encontra embargado. Pena é que estas obras só serem embargadas quando o património já foi destruído e as justificações para a sua destruição estejam assentes em pressupostos de que a Foz de antigamente já tinha sido destruída há muito tempo.

 

Rui de Souza Roza
Licenciado em Gestão de Marketing (IPAM). Mestre em Modelação, Análise de Dados e Sistemas de Apoio à Decisão (FEP)