Links

OPINIÃO


Entrada do edifício Bucksbaum Center for Arts


Entrada da Faulconer Gallery


Alfinetes no mapa-mundo colocados por visitantes da exposição


Pedro Valdez Cardoso, "No man's land"


Teresa Furtado, “Dollhouse”


João Leonardo, “Calendar to Jane”


Manuel Santos Maia, “Alheava”


Miguel Palma, “A minha tetrávo era preta”


Rui Toscano, “To the mountain top”


António Pinto e Paula Reaes Pinto, “Ramification”


Marta de Menezes, “In the beginning there was the Word”


Rui Toscano, “Lisbon Calling”


Eduardo Matos, “(Mesa II - Jardim)”


Carlos Bunga, “Cut”


Vista geral das fotografias de André Cepeda


Rodrigo Oliveira, “Avançados”


Ana Perez-Quiroga, “Pronúncia”


Miguel Palma, “Deep Breath”


Dina Campos Lopes, “Eu sou daqui”


Marta de Menezes, “In the beginning there was the Word”


António Caramelo, “Antonym”


Pedro Portugal, “A alabarda de Viriato”


Rui Valério, “Imaginary Landscape #5”


Rui Valério, “Just a minute”


Nuno Pedrosa, “Verticals” (ao fundo) e “Horizontals” (ao centro)


José Carlos Teixeira, “(38 minutes of Anthropology)”


Filipe Rocha da Silva, “Condensed People”


Filipe Rocha da Silva, “Babel”

Outros artigos:

CATARINA REAL

2024-07-17
PAVILHÃO DO ZIMBABUÉ NA BIENAL DE VENEZA

FREDERICO VICENTE

2024-05-28
MARINA TABASSUM: MODOS E MEIOS PARA UMA PRÁTICA CONSEQUENTE

PEDRO CABRAL SANTO

2024-04-20
NO TIME TO DIE

MARC LENOT

2024-03-17
WE TEACH LIFE, SIR.

LIZ VAHIA

2024-01-23
À ESPERA DE SER ALGUMA COISA

CONSTANÇA BABO

2023-12-20
ENTRE ÓTICA E MOVIMENTO, A PARTIR DA COLEÇÃO DA TATE MODERN, NO ATKINSON MUSEUM

INÊS FERREIRA-NORMAN

2023-11-13
DO FASCÍNIO DO TEMPO: A MORTE VIVA DO SOLO E DAS ÁRVORES, O CICLO DA LINGUAGEM E DO SILÊNCIO

SANDRA SILVA

2023-10-09
PENSAR O SILÊNCIO: JULIA DUPONT E WANDERSON ALVES

MARC LENOT

2023-09-07
EXISTE UM SURREALISMO FEMININO?

LIZ VAHIA

2023-08-04
DO OURO AOS DEUSES, DA MATÉRIA À ARTE

ELISA MELONI

2023-07-04
AQUELA LUZ QUE VEM DA HOLANDA

CATARINA REAL

2023-05-31
ANGUESÂNGUE, DE DANIEL LIMA

MIRIAN TAVARES

2023-04-25
TERRITÓRIOS INVISÍVEIS – EXPOSIÇÃO DE MANUEL BAPTISTA

MADALENA FOLGADO

2023-03-24
AS ALTER-NATIVAS DO BAIRRO DO GONÇALO M. TAVARES

RUI MOURÃO

2023-02-20
“TRANSFAKE”? IDENTIDADE E ALTERIDADE NA BUSCA DE VERDADES NA ARTE

DASHA BIRUKOVA

2023-01-20
A NARRATIVA VELADA DAS SENSAÇÕES: ‘A ÚLTIMA VEZ QUE VI MACAU’ DE JOÃO PEDRO RODRIGUES E JOÃO RUI GUERRA DA MATA

JOANA CONSIGLIERI

2022-12-18
RUI CHAFES, DESABRIGO

MARC LENOT

2022-11-17
MUNCH EM DIÁLOGO

CATARINA REAL

2022-10-08
APONTAMENTOS A PARTIR DE, SOB E SOBRE O DUELO DE INÊS VIEGAS OLIVEIRA

LUIZ CAMILLO OSORIO

2022-08-29
DESLOCAMENTOS DA REPRODUTIBILIDADE NA ARTE: AINDA DUCHAMP

FILIPA ALMEIDA

2022-07-29
A VIDA É DEMASIADO PRECIOSA PARA SER ESBANJADA NUM MUNDO DESENCANTADO

JOSÉ DE NORDENFLYCHT CONCHA

2022-06-30
CECILIA VICUÑA. SEIS NOTAS PARA UM BLOG

LUIZ CAMILLO OSORIO

2022-05-29
MARCEL DUCHAMP CURADOR E O MAM-SP

MARC LENOT

2022-04-29
TAKING OFF. HENRY MY NEIGHBOR (MARIKEN WESSELS)

TITOS PELEMBE

2022-03-29
(DES) COLONIZAR A ARTE DA PERFORMANCE

MADALENA FOLGADO

2022-02-25
'O QUE CALQUEI?' SOBRE A EXPOSIÇÃO UM MÊS ACORDADO DE ALEXANDRE ESTRELA

CATARINA REAL

2022-01-23
O PINTOR E O PINTAR / A PINTURA E ...

MIGUEL PINTO

2021-12-26
CORVOS E GIRASSÓIS: UM OLHAR PARA CEIJA STOJKA

POLLYANA QUINTELLA

2021-11-25
UMA ANÁLISE DA PARTICIPAÇÃO CHILENA NA 34ª BIENAL DE SÃO PAULO

JOANA CONSIGLIERI

2021-10-29
MULHERES NA ARTE – NUM ATELIÊ QUE SEJA SÓ MEU

LIZ VAHIA

2021-09-30
A FICÇÃO PARA ALÉM DA HISTÓRIA: O COMPLEXO COLOSSO

PEDRO PORTUGAL

2021-08-17
PORQUE É QUE A ARTE PORTUGUESA FICOU TÃO PEQUENINA?

MARC LENOT

2021-07-08
VIAGENS COM UM FOTÓGRAFO (ALBERS, MULAS, BASILICO)

VICTOR PINTO DA FONSECA

2021-05-29
ZEUS E O MINISTÉRIO DA CULTURA

RODRIGO FONSECA

2021-04-26
UMA REFLEXÃO SOBRE IMPROVISAÇÃO TOMANDO COMO EXEMPLO A GRAND UNION

CAIO EDUARDO GABRIEL

2021-03-06
DESTERRAMENTOS E SEUS FLUXOS NA OBRA DE FELIPE BARBOSA

JOÃO MATEUS

2021-02-04
INSUFICIÊNCIA NA PRODUÇÃO ARTÍSTICA. EM CONVERSA COM VÍTOR SILVA E DIANA GEIROTO.

FILOMENA SERRA

2020-12-31
SEED/SEMENTE DE ISABEL GARCIA

VICTOR PINTO DA FONSECA

2020-11-19
O SENTIMENTO É TUDO

PEDRO PORTUGAL

2020-10-17
OS ARTISTAS TAMBÉM MORREM

CATARINA REAL

2020-09-13
CAVAQUEAR SOBRE UM INQUÉRITO - SARA&ANDRÉ ‘INQUÉRITO A 471 ARTISTAS’ NA CONTEMPORÂNEA

LUÍS RAPOSO

2020-08-07
MUSEUS, PATRIMÓNIO CULTURAL E “VISÃO ESTRATÉGICA”

PAULA PINTO

2020-07-19
BÁRBARA FONTE: NESTE CORPO NÃO HÁ POESIA

JULIA FLAMINGO

2020-06-22
O PROJETO INTERNACIONAL 4CS E COMO A ARTE PODE, MAIS DO QUE NUNCA, CRIAR NOVOS ESPAÇOS DE CONVIVÊNCIA

LUÍS RAPOSO

2020-06-01
OS EQUÍVOCOS DA MUSEOLOGIA E DA PATRIMONIOLOGIA

DONNY CORREIA

2020-05-19
ARTE E CINEMA EM WALTER HUGO KHOURI

CONSTANÇA BABO

2020-05-01
GALERISTAS EM EMERGÊNCIA - ENTREVISTA A JOÃO AZINHEIRO

PEDRO PORTUGAL

2020-04-07
SEXO, MENTIRAS E HISTÓRIA

VERA MATIAS

2020-03-05
CARLOS BUNGA: SOMETHING NECESSARY AND USEFUL

INÊS FERREIRA-NORMAN

2020-01-30
PORTUGAL PROGRESSIVO: ME TOO OU MEET WHO?

DONNY CORREIA

2019-12-27
RAFAEL FRANÇA: PANORAMA DE UMA VIDA-ARTE

NUNO LOURENÇO

2019-11-06
O CENTRO INTERPRETATIVO DO MUNDO RURAL E AS NATUREZAS-MORTAS DE SÉRGIO BRAZ D´ALMEIDA

INÊS FERREIRA-NORMAN

2019-10-05
PROBLEMAS NA ERA DA SMARTIFICAÇÃO: O ARQUIVO E A VIDA ARTÍSTICA E CULTURAL REGIONAL

CARLA CARBONE

2019-08-20
FERNANDO LEMOS DESIGNER

DONNY CORREIA

2019-07-18
ANA AMORIM: MAPAS MENTAIS DE UMA VIDA-OBRA

CARLA CARBONE

2019-06-02
JOÃO ONOFRE - ONCE IN A LIFETIME [REPEAT]

LAURA CASTRO

2019-04-16
FORA DA CIDADE. ARTE E ARQUITECTURA E LUGAR

ISABEL COSTA

2019-03-09
CURADORIA DA MEMÓRIA: HANS ULRICH OBRIST INTERVIEW PROJECT

BEATRIZ COELHO

2018-12-22
JOSEP MAYNOU - ENTREVISTA

CONSTANÇA BABO

2018-11-17
CHRISTIAN BOLTANSKI NO FÓRUM DO FUTURO

KATY STEWART

2018-10-16
ENTRE A MEMÓRIA E O SEU APAGAMENTO: O GRANDE KILAPY DE ZÉZÉ GAMBOA E O LEGADO DO COLONIALISMO PORTUGUÊS

HELENA OSÓRIO

2018-09-13
JORGE LIMA BARRETO: CRIADOR DO CONCEITO DE MÚSICA MINIMALISTA REPETITIVA

CONSTANÇA BABO

2018-07-29
VER AS VOZES DOS ARTISTAS NO METRO DO PORTO, COM CURADORIA DE MIGUEL VON HAFE PÉREZ

JOANA CONSIGLIERI

2018-06-14
EXPANSÃO DA ARTE POR LISBOA, DUAS VISÕES DE FEIRAS DE ARTE: ARCOLISBOA E JUSTLX - FEIRAS INTERNACIONAIS DE ARTE CONTEMPORÂNEA

RUI MATOSO

2018-05-12
E AGORA, O QUE FAZEMOS COM ISTO?

HELENA OSÓRIO

2018-03-30
PARTE II - A FAMOSA RAINHA NZINGA (OU NJINGA) – TÃO AMADA, QUANTO TEMIDA E ODIADA, EM ÁFRICA E NO MUNDO

HELENA OSÓRIO

2018-02-28
PARTE I - A RAINHA NZINGA E O TRAJE NA PERSPECTIVA DE GRACINDA CANDEIAS: 21 OBRAS DOADAS AO CONSULADO-GERAL DA REPÚBLICA DE ANGOLA NO PORTO. POLÉMICAS DO SÉCULO XVII À ATUALIDADE

MARIA VLACHOU

2018-01-25
CAN WE LISTEN? (PODEMOS OUVIR?)

FERNANDA BELIZÁRIO E RITA ALCAIRE

2017-12-23
O QUE HÁ DE QUEER EM QUEERMUSEU?

ALEXANDRA JOÃO MARTINS

2017-11-11
O QUE PODE O CINEMA?

LUÍS RAPOSO

2017-10-08
A CASA DA HISTÓRIA EUROPEIA: AFINAL A MONTANHA NÃO PARIU UM RATO, MAS QUASE

MARC LENOT

2017-09-03
CORPOS RECOMPOSTOS

MARC LENOT

2017-07-29
QUER PASSAR A NOITE NO MUSEU?

LUÍS RAPOSO

2017-06-30
PATRIMÓNIO CULTURAL E MUSEUS: O QUE ESTÁ POR DETRÁS DOS “CASOS”

MARZIA BRUNO

2017-05-31
UM LAMPEJO DE LIBERDADE

SERGIO PARREIRA

2017-04-26
ENTREVISTA COM AMANDA COULSON, DIRETORA ARTÍSTICA DA VOLTA FEIRA DE ARTE

LUÍS RAPOSO

2017-03-30
A TRAGICOMÉDIA DA DESCENTRALIZAÇÃO, OU DE COMO SE ARRISCA ESTRAGAR UMA BOA IDEIA

SÉRGIO PARREIRA

2017-03-03
ARTE POLÍTICA E DE PROTESTO | THE TRUMP EFFECT

LUÍS RAPOSO

2017-01-31
ESTATÍSTICAS, MUSEUS E SOCIEDADE EM PORTUGAL - PARTE 2: O CURTO PRAZO

LUÍS RAPOSO

2017-01-13
ESTATÍSTICAS, MUSEUS E SOCIEDADE EM PORTUGAL – PARTE 1: O LONGO PRAZO

SERGIO PARREIRA

2016-12-13
A “ENTREGA” DA OBRA DE ARTE

ANA CRISTINA LEITE

2016-11-08
A MINHA VISITA GUIADA À EXPOSIÇÃO...OU COISAS DO CORAÇÃO

NATÁLIA VILARINHO

2016-10-03
ATLAS DE GALANTE E BORRALHO EM LOULÉ

MARIA LIND

2016-08-31
NAZGOL ANSARINIA – OS CONTRASTES E AS CONTRADIÇÕES DA VIDA NA TEERÃO CONTEMPORÂNEA

LUÍS RAPOSO

2016-06-23
“RESPONSABILIDADE SOCIAL”, INVESTIMENTO EM ARTE E MUSEUS: OS PONTOS NOS IS

TERESA DUARTE MARTINHO

2016-05-12
ARTE, AMOR E CRISE NA LONDRES VITORIANA. O LIVRO ADOECER, DE HÉLIA CORREIA

LUÍS RAPOSO

2016-04-12
AINDA OS PREÇOS DE ENTRADA EM MUSEUS E MONUMENTOS DE SINTRA E BELÉM-AJUDA: OS DADOS E UMA PROPOSTA PARA O FUTURO

DÁRIA SALGADO

2016-03-18
A PAISAGEM COMO SUPORTE DE REPRESENTAÇÃO CINEMATOGRÁFICA NA OBRA DE ANDREI TARKOVSKY

VICTOR PINTO DA FONSECA

2016-02-16
CORAÇÃO REVELADOR

MIRIAN TAVARES

2016-01-06
ABSOLUTELY

CONSTANÇA BABO

2015-11-28
A PROCURA DE FELICIDADE DE WOLFGANG TILLMANS

INÊS VALLE

2015-10-31
A VERDADEIRA MUDANÇA ACABA DE COMEÇAR | UMA ENTREVISTA COM O GALERISTA ZIMBABUEANO JIMMY SARUCHERA PELA CURADORA INDEPENDENTE INÊS VALLE

MARIBEL MENDES SOBREIRA

2015-09-17
PARA UMA CONCEPÇÃO DA ARTE SEGUNDO MARKUS GABRIEL

RENATO RODRIGUES DA SILVA

2015-07-22
O CONCRETISMO E O NEOCONCRETISMO NO BRASIL: ELEMENTOS PARA REFLEXÃO CRÍTICA

LUÍS RAPOSO

2015-07-02
PATRIMÓNIO CULTURAL E OS MUSEUS: VISÃO ESTRATÉGICA | PARTE 2: O PRESENTE/FUTURO

LUÍS RAPOSO

2015-06-17
PATRIMÓNIO CULTURAL E OS MUSEUS: VISÃO ESTRATÉGICA | PARTE 1: O PASSADO/PRESENTE

ALBERTO MORENO

2015-05-13
OS CORVOS OLHAM-NOS

Ana Cristina Alves

2015-04-12
PSICOLOGIA DA ARTE – ENTREVISTA A ANTÓNIO MANUEL DUARTE

J.J. Charlesworth

2015-03-12
COMO NÃO FAZER ARTE PÚBLICA

JOSÉ RAPOSO

2015-02-02
FILMES DE ARTISTA: O ESPECTRO DA NARRATIVA ENTRE O CINEMA E A GALERIA.

MARIA LIND

2015-01-05
UM PARQUE DE DIVERSÕES EM PARIS RELEMBRA UM CONTO DE FADAS CLÁSSICO

Martim Enes Dias

2014-12-05
O PRINCÍPIO DO FUNDAMENTO: A BIENAL DE VENEZA EM 2014

MARIA LIND

2014-11-11
O TRIUNFO DOS NERDS

Jonathan T.D. Neil

2014-10-07
A ARTE É BOA OU APENAS VALIOSA?

José Raposo

2014-09-08
RUMORES DE UMA REVOLUÇÃO: O CÓDIGO ENQUANTO MEIO.

Mike Watson

2014-08-04
Em louvor da beleza

Ana Catarino

2014-06-28
Project Herácles, quando arte e política se encontram no Parlamento Europeu

Luís Raposo

2014-05-27
Ingressos em museus e monumentos: desvario e miopia

Filipa Coimbra

2014-05-06
Tanto Mar - Arquitectura em DERIVAção | Parte 2

Filipa Coimbra

2014-04-15
Tanto Mar - Arquitectura em DERIVAção | Parte 1

Rita Xavier Monteiro

2014-02-25
O AGORA QUE É LÁ

Aimee Lin

2014-01-15
ZENG FANZHI

FILIPE PINTO

2013-12-20
PERSPECTIVA E EXTRUSÃO. Uma História da Arte (parte 4 de 4)

FILIPE PINTO

2013-11-28
PERSPECTIVA E EXTRUSÃO. Uma História da Arte (parte 3 de 4)

FILIPE PINTO

2013-10-25
PERSPECTIVA E EXTRUSÃO. Uma História da Arte (parte 2 de 4)

FILIPE PINTO

2013-09-16
PERSPECTIVA E EXTRUSÃO. Uma História da Arte (parte 1 de 4)

JULIANA MORAES

2013-08-12
O LUGAR DA ARTE: O “CASTELO”, O LABIRINTO E A SOLEIRA

JUAN CANELA

2013-07-11
PERFORMING VENICE

JOSÉ GOMES PINTO (ECATI/ULHT)

2013-05-05
ARTE E INTERACTIVIDADE

PEDRO CABRAL SANTO

2013-04-11
A IMAGEM EM MOVIMENTO NO CONTEXTO ESPECÍFICO DAS ARTES PLÁSTICAS EM PORTUGAL

MARCELO FELIX

2013-01-08
O ESPAÇO E A ORLA. 50 ANOS DE ‘OS VERDES ANOS’

NUNO MATOS DUARTE

2012-12-11
SOBRE A PERTINÊNCIA DAS PRÁTICAS CONCEPTUAIS NA FOTOGRAFIA CONTEMPORÂNEA

FILIPE PINTO

2012-11-05
ASSEMBLAGE TROCKEL

MIGUEL RODRIGUES

2012-10-07
BIRD

JOSÉ BÁRTOLO

2012-09-21
CHEGOU A HORA DOS DESIGNERS

PEDRO PORTUGAL

2012-09-07
PORQUE É QUE OS ARTISTAS DIZEM MAL UNS DOS OUTROS + L’AFFAIRE VASCONCELOS

PEDRO PORTUGAL

2012-08-06
NO PRINCÍPIO ERA A VERBA

ANA SENA

2012-07-09
AS ARTES E A CRISE ECONÓMICA

MARIA BEATRIZ MARQUILHAS

2012-06-12
O DECLÍNIO DA ARTE: MORTE E TRANSFIGURAÇÃO (II)

MARIA BEATRIZ MARQUILHAS

2012-05-21
O DECLÍNIO DA ARTE: MORTE E TRANSFIGURAÇÃO (I)

JOSÉ CARLOS DUARTE

2012-03-19
A JANELA DAS POSSIBILIDADES. EM TORNO DA SÉRIE TELEVISION PORTRAITS (1986–) DE PAUL GRAHAM.

FILIPE PINTO

2012-01-16
A AUTORIDADE DO AUTOR - A PARTIR DO TRABALHO DE DORIS SALCEDO (SOBRE VAZIO, SILÊNCIO, MUDEZ)

JOSÉ CARLOS DUARTE

2011-12-07
LOUISE LAWLER. QUALQUER COISA ACERCA DO MUNDO DA ARTE, MAS NÃO RECORDO EXACTAMENTE O QUÊ.

ANANDA CARVALHO

2011-10-12
RE-CONFIGURAÇÕES NO SISTEMA DA ARTE CONTEMPORÂNEA - RELATO DA CONFERÊNCIA DE ROSALIND KRAUSS NO III SIMPÓSIO DE ARTE CONTEMPORÂNEA DO PAÇO DAS ARTES

MARIANA PESTANA

2011-09-23
ARQUITECTURA COMISSÁRIA: TODOS A BORDO # THE AUCTION ROOM

FILIPE PINTO

2011-07-27
PARA QUE SERVE A ARTE? (sobre espaço, desadequação e acesso) (2.ª parte)

FILIPE PINTO

2011-07-08
PARA QUE SERVE A ARTE? (sobre espaço, desadequação e acesso) (1ª parte)

ROSANA SANCIN

2011-06-14
54ª BIENAL DE VENEZA: ILLUMInations

SOFIA NUNES

2011-05-17
GEDI SIBONY

SOFIA NUNES

2011-04-18
A AUTONOMIA IMPRÓPRIA DA ARTE EM JACQUES RANCIÈRE

PATRÍCIA REIS

2011-03-09
IMAGE IN SCIENCE AND ART

BÁRBARA VALENTINA

2011-02-01
WALTER BENJAMIN. O LUGAR POLÍTICO DA ARTE

UM LIVRO DE NELSON BRISSAC

2011-01-12
PAISAGENS CRÍTICAS

FILIPE PINTO

2010-11-25
TRINTA NOTAS PARA UMA APROXIMAÇÃO A JACQUES RANCIÈRE

PAULA JANUÁRIO

2010-11-08
NÃO SÓ ALGUNS SÃO CHAMADOS MAS TODA A GENTE

SHAHEEN MERALI

2010-10-13
O INFINITO PROBLEMA DO GOSTO

PEDRO PORTUGAL

2010-09-22
ARTE PÚBLICA: UM VÍCIO PRIVADO

FILIPE PINTO

2010-06-09
A PROPÓSITO DE LA CIENAGA DE LUCRECIA MARTEL (Sobre Tempo, Solidão e Cinema)

TERESA CASTRO

2010-04-30
MARK LEWIS E A MORTE DO CINEMA

FILIPE PINTO

2010-03-08
PARA UMA CRÍTICA DA INTERRUPÇÃO

SUSANA MOUZINHO

2010-02-15
DAVID CLAERBOUT. PERSISTÊNCIA DO TEMPO

SOFIA NUNES

2010-01-13
O CASO DE JOS DE GRUYTER E HARALD THYS

ISABEL NOGUEIRA

2009-10-26
ANOS 70 – ATRAVESSAR FRONTEIRAS

LUÍSA SANTOS

2009-09-21
OS PRÉMIOS E A ASSINATURA INDEX:

CAROLINA RITO

2009-08-22
A NATUREZA DO CONTEXTO

LÍGIA AFONSO

2009-08-03
DE QUEM FALAMOS QUANDO FALAMOS DE VENEZA?

LUÍSA SANTOS

2009-07-10
A PROPÓSITO DO OBJECTO FOTOGRÁFICO

LUÍSA SANTOS

2009-06-24
O LIVRO COMO MEIO

EMANUEL CAMEIRA

2009-05-31
LA SPÉCIALISATION DE LA SENSIBILITÉ À L’ ÉTAT DE MATIÈRE PREMIÈRE EN SENSIBILITÉ PICTURALE STABILISÉE

ROSANA SANCIN

2009-05-23
RE.ACT FEMINISM_Liubliana

IVO MESQUITA E ANA PAULA COHEN

2009-05-03
RELATÓRIO DA CURADORIA DA 28ª BIENAL DE SÃO PAULO

EMANUEL CAMEIRA

2009-04-15
DE QUE FALAMOS QUANDO FALAMOS DE TEHCHING HSIEH? *

MARTA MESTRE

2009-03-24
ARTE CONTEMPORÂNEA NOS CAMARÕES

MARTA TRAQUINO

2009-03-04
DA CONSTRUÇÃO DO LUGAR PELA ARTE CONTEMPORÂNEA III_A ARTE COMO UM ESTADO DE ENCONTRO

PEDRO DOS REIS

2009-02-18
O “ANO DO BOI” – PREVISÕES E REFLEXÕES NO CONTEXTO ARTÍSTICO

MARTA TRAQUINO

2009-02-02
DA CONSTRUÇÃO DO LUGAR PELA ARTE CONTEMPORÂNEA II_DO ESPAÇO AO LUGAR: FLUXUS

PEDRO PORTUGAL

2009-01-08
PORQUÊ CONSTRUIR NOVAS ESCOLAS DE ARTE?

MARTA TRAQUINO

2008-12-18
DA CONSTRUÇÃO DO LUGAR PELA ARTE CONTEMPORÂNEA I

SANDRA LOURENÇO

2008-12-02
HONG KONG A DÉJÀ DISPARU?

PEDRO DOS REIS

2008-10-31
ARTE POLÍTICA E TELEPRESENÇA

PEDRO DOS REIS

2008-10-15
A ARTE NA ERA DA TECNOLOGIA MÓVEL

SUSANA POMBA

2008-09-30
SOMOS TODOS RAVERS

COLECTIVO

2008-09-01
O NADA COMO TEMA PARA REFLEXÃO

PEDRO PORTUGAL

2008-08-04
BI DA CULTURA. Ou, que farei com esta cultura?

PAULO REIS

2008-07-16
V BIENAL DE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE | PARTILHAR TERRITÓRIOS

PEDRO DOS REIS

2008-06-18
LISBOA – CULTURE FOR LIFE

PEDRO PORTUGAL

2008-05-16
SOBRE A ARTICIDADE (ou os artistas dentro da cidade)

JOSÉ MANUEL BÁRTOLO

2008-05-05
O QUE PODEM AS IDEIAS? REFLEXÕES SOBRE OS PERSONAL VIEWS

PAULA TAVARES

2008-04-22
BREVE CARTOGRAFIA DAS CORRENTES DESCONSTRUTIVISTAS FEMINISTAS

CATARINA ROSENDO

2008-03-31
ROGÉRIO RIBEIRO (1930-2008): O PINTOR QUE ABRIU AO TEXTO

JOANA LUCAS

2008-02-18
RUY DUARTE DE CARVALHO: pela miscigenação das artes

DANIELA LABRA

2008-01-16
O MEIO DA ARTE NO BRASIL: um Lugar Nenhum em Algum Lugar

LÍGIA AFONSO

2007-12-24
SÃO PAULO JÁ ESTÁ A ARDER?

JOSÉ LUIS BREA

2007-12-05
A TAREFA DA CRÍTICA (EM SETE TESES)

SÍLVIA GUERRA

2007-11-11
ARTE IBÉRICA OU O SÍNDROME DO COLECCIONADOR LOCAL

SANDRA VIEIRA JURGENS

2007-11-01
10ª BIENAL DE ISTAMBUL

TERESA CASTRO

2007-10-16
PARA ALÉM DE PARIS

MARCELO FELIX

2007-09-20
TRANSNATURAL. Da Vida dos Impérios, da Vida das Imagens

LÍGIA AFONSO

2007-09-04
skulptur projekte münster 07

JOSÉ BÁRTOLO

2007-08-20
100 POSTERS PARA UM SÉCULO

SOFIA PONTE

2007-08-02
SOBRE UM ESTADO DE TRANSIÇÃO

INÊS MOREIRA

2007-07-02
GATHERING: REECONTRAR MODOS DE ENCONTRO

FILIPA RAMOS

2007-06-14
A Arte, a Guerra e a Subjectividade – um passeio pelos Giardini e Arsenal na 52ª BIENAL DE VENEZA

SÍLVIA GUERRA

2007-06-01
MAC/VAL: Zones de Productivités Concertées. # 3 Entreprises singulières

NUNO CRESPO

2007-05-02
SEXO, SANGUE E MORTE

HELENA BARRANHA

2007-04-17
O edifício como “BLOCKBUSTER”. O protagonismo da arquitectura nos museus de arte contemporânea

RUI PEDRO FONSECA

2007-04-03
A ARTE NO MERCADO – SEUS DISCURSOS COMO UTOPIA

ALBERTO GUERREIRO

2007-03-16
Gestão de Museus em Portugal [2]

ANTÓNIO PRETO

2007-02-28
ENTRE O SPLEEN MODERNO E A CRISE DA MODERNIDADE

ALBERTO GUERREIRO

2007-02-15
Gestão de Museus em Portugal [1]

JOSÉ BÁRTOLO

2007-01-29
CULTURA DIGITAL E CRIAÇÃO ARTÍSTICA

MARCELO FELIX

2007-01-16
O TEMPO DE UM ÍCONE CINEMATOGRÁFICO

PEDRO PORTUGAL

2007-01-03
Artória - ARS LONGA VITA BREVIS

ANTÓNIO PRETO

2006-12-15
CORRESPONDÊNCIAS: Aproximações contemporâneas a uma “iconologia do intervalo”

ROGER MEINTJES

2006-11-16
MANUTENÇÃO DE MEMÓRIA: Alguns pensamentos sobre Memória Pública – Berlim, Lajedos e Lisboa.

LUÍSA ESPECIAL

2006-11-03
PARA UMA GEOSOFIA DAS EXPOSIÇÕES GLOBAIS. Contra o safari cultural

ANTÓNIO PRETO

2006-10-18
AS IMAGENS DO QUOTIDIANO OU DE COMO O REALISMO É UMA FRAUDE

JOSÉ BÁRTOLO

2006-10-01
O ESTADO DO DESIGN. Reflexões sobre teoria do design em Portugal

JOSÉ MAÇÃS DE CARVALHO

2006-09-18
IMAGENS DA FOTOGRAFIA

INÊS MOREIRA

2006-09-04
ELLIPSE FOUNDATION - NOTAS SOBRE O ART CENTRE

MARCELO FELIX

2006-08-17
BAS JAN ADER, TRINTA ANOS SOBRE O ÚLTIMO TRAJECTO

JORGE DIAS

2006-08-01
UM PERCURSO POR SEGUIR

SÍLVIA GUERRA

2006-07-14
A MOLDURA DO CINEASTA

AIDA CASTRO

2006-06-30
BIO-MUSEU: UMA CONDIÇÃO, NO MÍNIMO, TRIPLOMÓRFICA

COLECTIVO*

2006-06-14
NEM TUDO SÃO ROSEIRAS

LÍGIA AFONSO

2006-05-17
VICTOR PALLA (1922 - 2006)

JOÃO SILVÉRIO

2006-04-12
VIENA, 22 a 26 de Março de 2006


IOWA: UMA SELECÇÃO IMPROVÁVEL, NUM LUGAR INVULGAR



PEDRO DOS REIS

2008-04-04




Where are you from? Contemporary Art from Portugal /
De onde vens? Arte Contemporânea de Portugal


LOCAL
Faulconer Gallery
Grinnell College
Bucksbaum Center for the Arts
Sixth Avenue and Park Street
Grinnell, Iowa 50112

DATA
1 de Fevereiro – 20 Abril



Inaugurada no passado dia 1 de Fevereiro na Faulconer Gallery, em Grinnell, Iowa, a exposição juntou 21 artistas portugueses que procuraram responder, com o seu trabalho, à pergunta “Where are you from?/De onde vens?”. A variedade de trabalhos e artistas – uns já conhecidos do público e outros algo esquecidos ou mesmo desconhecidos criou uma selecção improvável, visto que dificilmente seriam reunidos numa exposição, em qualquer outro lugar do mundo. Este aspecto torna esta exposição inédita e curiosa, sendo merecedora de atenção. A explicação para a concepção da exposição justifica-se após uma bolsa Fullbright, onde uma das mentoras do projecto e também artista, Jane Gilmor, passou uma temporada em Évora a partilhar a sua experiência artística na fábrica Leões pertencente à Universidade de Évora. O contacto que esta artista teve com artistas portugueses motivou-a a falar com Lesley Wright, da Faulconer Gallery para que se fizesse uma exposição reunindo artistas do nosso país, no Iowa (um estado norte-americano aproximadamente uma vez e meia maior que o Indiana). A Faulconer Gallery tem vindo a desenvolver um programa com artistas internacionais desde 1999 e a escolha de artistas portugueses apareceu como mais uma oferta, que a galeria poderia apresentar ao seu público.

Na sala que antecede a sala principal de exposições, uma bancada com livros sobre Portugal (desde arte, política, economia a guias turísticos) encontra-se disponível ao visitante que quiser consultar mais informação sobre o nosso país oferecendo uma perspectiva mais didáctica sobre o que é o Portugal de hoje: Onde fica? Quais as suas fontes de rendimento? Que oportunidades existem para os seus jovens artistas (dada a presença de vários catálogos de diversas edições de prémios dirigidos aos mesmos, como o Anteciparte, por exemplo)? Que tipo de arte se produz (através de vários catálogos dos artistas presentes)? Qual é o contexto, que preocupações existem, que questões se discutem (notavelmente através de edições de arte, como as do Project Room do CCB)?

O visitante é também convidado a partilhar a resposta à pergunta – Where are you from? / De onde vens? - podendo colocar um alfinete na cidade de onde é, ou se sente, originário. Incrível ou nem por isso, vários eram os alfinetes colocados no Porto, Lisboa e Évora – maioritariamente dos artistas participantes e que foram convidados a ir até Grinnell para partilhar localmente a sua experiência artística e conhecer um pouco a realidade do local que os juntou.

Entrando na galeria, a vista geral apresenta um espaço aparentemente adormecido, onde as paredes cinza escuro contrariam o esperado white cube, numa opção que visa facilitar a separação entre a localização das obras em suporte vídeo e as realizadas com outros meios, aqui iluminadas de forma precisa. Porém, este cenário em suspensão vai sendo quebrado por acordes de guitarras eléctricas e sons mecânicos que fazem adivinhar que, por detrás da reduzida luz, há algo mais por descobrir.

Logo à entrada, o visitante é surpreendido por um carro de mão carregado de diversos objectos, conferidos de uma certa ausência de referências, devido à sua cor branca. Associado a esta escultura, existem ainda vários mapas que olhando em detalhe se apresentam como uma desconstrução geográfica do mapa-mundo. Trata-se de “No man’s land”, uma instalação mixed-media, de Pedro Valdez Cardoso. A resposta deste artista à questão colocada caracteriza-se pelo ser nómada (que faz também parte da memória colectiva portuguesa), que não se encontra propriamente confinado à sua geografia, mas que no fundo é um cidadão do mundo. Não pertence a lado algum, embora pertença a todo o lado, tal qual um vendedor ambulante; o que acaba por pôr em causa a questão da identidade cultural - se é parte de uma herança baseada na naturalidade ou se radica na sua opção enquanto individuo (como é também referido pelo artista).
Relativamente ainda aos mapas construídos numa amálgama apropriada de outros mapas, habilmente ligados através de costuras e linha, estes encontram-se dentro de uma moldura com passepartoutoval, numa alusão a um “novo atlas” ou ainda a um espelho antigo reflectindo um mundo centrado nas referências geopolíticas do indivíduo (como é referido na folha de sala).

Em oposição cromatográfica, encontramos outra instalação – uma casa de bonecas, “Dollhouse”, construída a uma escala mais “adulta”. Teresa Furtado convida-nos a entrar, a fechar janelas, portadas e a porta, e a assistir a um vídeo que nos faz regressar à infância. A história é que parece diferente – “The loveliest girl in the world”, desconstrói a visão paternalista e moralista da mulher perfeita presente nos contos de fadas, (re)escritos a partir do século XIX, mostrando em certa medida a existência da própria mulher portuguesa, instituída por um forte moralismo durante várias décadas. O vídeo inúmera as várias características da mulher (que se quer perfeita) e apresenta uma estética que é coerente com a casa onde está inserido. Bonecas e brinquedos, que se situam num cenário também ele quase infantil, servem para contar a história da rapariga perfeita - umas vezes uma boneca, outras vezes um esqueleto sem vida própria.

Avançando pelo espaço aparece uma mensagem mais pessoal. João Leonardo responde com o seu “Calendar to Jane” (Gilmor, como se imagina quando uma pessoa responde a alguém que lhe faz uma pergunta directa). Um journal, terminado com uma frase atribuída a Confúcio foi alterado dando as suas páginas lugar a um zig-zag de fotografias do artista, em momentos pessoais da sua vida. Uma resposta na primeira pessoa, em que as várias fases aparecem sem nenhuma ordem cronológica quebrando a continuidade do tempo, que se espera de um calendário.

Em frente, uma instalação vídeo – “Ramification”, de António Pinto e Paula Reaes Pinto, documenta a azáfama rotineira, de uma fábrica de conserva de sardinha. Os movimentos automáticos dos trabalhadores – maioritariamente mulheres, vão sendo quebrados por sons que parecem dar voz ao ritmo do trabalho. Curiosa é também a escultura criada a partir de rótulos de lata de sardinha, com uma forma “rizomática” (ou que também pode lembrar a parte posterior de um peixe) - da marca Ramirez, uma das poucas ainda a laborar em território nacional. A marca dá origem ao nome da instalação e ao mesmo tempo procura mostrar as ramificações (económicas, nomeadamente ao nível da actividade produtiva) que este tipo de indústria tem na economia local, intercalando as imagens da fábrica com imagens de barcos que antes chegavam às praias ou fotografias dos pescadores – memórias de tempos passados.

Manuel Santos Maia, por outro lado, relembra o recente passado colonial português, mas agora visto a uma distância temporal, num período pós-colonial. A voz do seu pai, vindo de Moçambique depois de 25 de Abril de 1974, junta-se a um conjunto de imagens de época também filmadas pelo mesmo, ou familiares seus, que se vai desenrolando por uma visita a memórias e expectativas perdidas e as razões que o levaram a voltar a Portugal, de onde o avô do artista partira décadas antes. “Alheava” é um vídeo forte, filmado em várias sessões, como parece sugerido pelo discurso do pai do artista – umas vezes voltando a lugares onde já estivera; outras vezes desenterrando outras lembranças do passado, que parece ter querido esquecer com o tempo. O vídeo apresenta assim, uma carga emocional criada pela voz que vai falando (e algumas vezes até mesmo justificando as suas opções) na primeira pessoa; ao mesmo tempo torna-se num importante documento sobre a própria guerra colonial e o momento de transição de poder, que aconteceu em Moçambique, na altura em que lá viveu. Este artista apresenta ainda, em adição às vídeo-memórias, um arquivo de filmes Kodachrome 8 mm de onde foram extraídas as imagens (e com notas pessoais do seu pai, imagina-se); assim como a câmara e o projector utilizados. Este “arquivo” protegido por uma vitrina torna-se assim uma testemunha viva da história relatada assistindo silenciosamente, com o visitante, às imagens que ajudou a gerar.

Contíguo a este trabalho encontra-se o igualmente silencioso trabalho de Miguel Palma – “A minha tetravó era preta”. A lanterna mágica projecta uma imagem das filhas do artista, que apesar da sua aparência caucasiana (louras e com olhos azuis) possuem raízes africanas. O artista questiona assim, a verdadeira importância da raça de um indivíduo, ao mesmo tempo que faz emergir a factualidade da herança multi-racial portuguesa, por vezes oculta.

Mais à frente, descobre-se um dos sons de guitarra. Rui Toscano auto-retrata-se como alguém que vem de uma cidade, ou de várias cidades. S. Paulo e Lisboa são mostrados em “To the moutain top” e “Lisbon Calling”, respectivamente. A paisagem vertical e interminavelmente sólida e sem espaço, do primeiro vídeo, contrasta com a vibrante horizontalidade do segundo; que é apenas quebrada pela presença de um avião. Dois vídeos que mostram a existência urbana deste artista e ao mesmo tempo as diferenças de escala arquitectónica entre estas duas cidades e como essas escalas podem influenciar a dimensão existencial de um indivíduo nessas cidades.

Segue-se um espaço mais amplo. Neste espaço coabitam obras de cinco artistas.

Carlos Bunga responde com “Cut”. A casa – símbolo da unidade familiar - demonstra-se como um espaço frágil sendo cortada e apresenta com um interior com separações vazias, de aparência degradada. Um vídeo que tem uma forte carga emocional, ao mesmo tempo que é também fulcral no próprio processo artístico, presente nas suas esculturas e desenhos.

“Mesa II – Jardim”, de Eduardo Matos, uma obra também mixed-media, apresenta uma mesa (tal como o nome refere). A mesa porém apresenta-se ora descontextualizada da sua função normal de peça de mobiliário, ora como parte central do seu próprio processo artístico agregando escultura, desenho, vídeo e fotografia. Do seu tampo emergem formas arquitectónicas que variam entre a casa de vidro modernista (neste caso em acrílico escuro) e outras, que lembram ruínas de espaços urbanos - uma alegoria à decadência urbana que muitas das nossas cidades parecem estar a atravessar, por falta de conservação. O acrílico escuro serve ainda como mediador da luz indirecta que é projectada de um vídeo que passa repetidamente. Mais discretamente aparecem os desenhos – abaixo do nível criado pelo tampo, descobrindo-se num deles uma imagem de uma paisagem quase camuflada. A função da mesa (de trabalho) é ainda relembrada através da presença de um conjunto de gavetas, que contém, cada uma, uma fotografia que parece parte de uma narrativa disjunta no tempo. Eduardo Matos cria então um momento, em que o visitante vai descobrindo a obra e se demora nela tornando-se parte da mesma (em oposição a um mero observador) conferindo ao conjunto características escultóricas.

As fotografias de grande dimensão de André Cepeda dominam claramente esta secção da galeria. Cepeda confronta o visitante com imagens de lugares mais ou menos comuns à maioria dos portugueses – pertencentes a um quotidiano que lentamente vai sendo esquecido; contudo, em Grinnell, o confronto com o lugar-comum transforma-se num certo mistério, visto que para um visitante com diferente identidade e referências culturais, estes locais tornam-se quase exóticos.

“Eu sou daqui” – com esta afirmação que desarma o visitante, Dina Campos Lopes dá voz a três gerações de mulheres, entre as quais, ela própria. O vídeo desenvolve-se em formato de entrevista (no caso da sua avó e da sua mãe) ou quase em reflexão, como no seu caso. É uma mensagem que reflecte uma visão pessoal ou mais do domínio privado à sua família e em que a questão da hereditariedade, o meio, as memórias, as épocas, ambições e desejos de cada uma das diferentes gerações, aparecem retratados.

Mais resguardado, mas fonte de um dos ruídos que ciclicamente quebram também a tranquilidade do espaço aparece “Deep Breath”. Este trabalho, igualmente da autoria de Miguel Palma, desconstrói a existência uniforme do espaço-tempo urbano. Um espaço, por um lado, virado do avesso, como mostra a perspectiva da imagem da micro-câmara instalada na parte móvel da obra; e que sobe ou baixa ao ritmo de uma respiração artificial profunda. Ambos espaço e tempo surgem assim como uma soma de diversos focos e ritmos construídos a partir da relação dual espaço-tempo intrínsecos a cada indivíduo.

Na fronteira com o espaço mais amplo ergue-se uma nova escultura – “Avançados”, de Rodrigo Oliveira. Nesta escultura sente-se um pouco a esquizofrenia presente na arquitectura suburbana – neste caso com forte presença de elementos de tract houses, que caracterizam a paisagem suburbana americana, aos quais foram adicionados vidros escuros presentes em muitos dos prédios modernistas. Esta escultura alude também à questão do espaço privado das famílias modernas, protegido pelas paredes da construção que dificultam a expansão e a comunicação da realidade interna, com o exterior.

Mais irónico é o trabalho de Pedro Portugal – “A alabarda de Viriato”, que evoca para além do nome do lendário líder lusitano, outros símbolos nacionais menos ortodoxos: um “galo de Barcelos” domina a peça, em especial por também servir como saca-rolhas. Será uma proposta para uma arma “anti-ASAE”, em defesa das tradições portuguesas recentemente abaladas, em nome da segurança alimentar?

Marta de Menezes mostra por outro lado, um trabalho de aspecto mais sério mas não menos histórico – as raízes historicamente ligadas à Igreja Católica que estiveram na base unificadora de Portugal enquanto espaço geopolítico. Em “In the beginning there was the Word”, germinam sementes de trigo sobre uma Bíblia, que aludem a um passado agrícola (com maior força durante a Idade Média), muitas das vezes organizado pelas ordens religiosas, caso da Ordem de Cister, que para além de terem tido um papel importante ao nível do desenvolvimento da agricultura foram também importantes centros de conhecimento e de difusão tecnológica, no nosso país e noutros onde estavam implantadas. Desta forma Marta de Menezes reforça o seu corpo de trabalho em torno da junção entre a arte e o conhecimento científico.

Em frente, encontra-se “Pronúncia”, de Ana Pérez-Quiroga, instalação onde está também presente uma peça sonora. Esta última descreve a instalação como um inventário, em função dos objectos que a constituem. A questão levantada por este conjunto de peças aparece relacionada com a forma como nos relacionamos com os objectos e associada ao facto de eles poderem ser originários de diversos locais do mundo globalizado. O que leva o visitante a questionar de novo: “Where are you from?”

António Caramelo volta a situar o discurso dentro de um plano mais pessoal – neste caso enquanto artista.“Antonym” mostra a dificuldade sentida na transição entre os planos idealizados do autor e os actos, que resultam do processo de criação artística. O vídeo tem a particularidade de ser apresentado no interior duma televisão dos anos 60, o que aponta para uma reflexão retrospectiva sobre si mesmo – onde um bloco de mármore vai sendo consecutivamente serrado até existir pouco mais do que um vestígio... Apesar da existência de planos mais ou menos concretos, cada acto leva a repensar a etapa seguinte, até que no fim, pouco ou nada resta da ideia original, num total desvio.

Segue-se “Imaginary Landscape #5”, de Rui Valério. Juntando vários álbuns de música avant-garde americana (dos quais destaco compositores como John Cage e Phil Niblock – este último, o anfitrião dos bolseiros da Bolsa Ernesto de Sousa, na sua Experimental Intermedia, em Nova Iorque) aos quais se junta também um “We came in peace for all mankind” – aludindo também a um certo fascínio pela Era Espacial (sendo a mensagem que foi deixada por Neil Armstrong e Buzz Aldrin no Mar da Tranquilidade) e ainda álbuns de raízes mais étnicas (como por exemplo o virtuoso Bismillah Khan). O vídeo aparece como uma amálgama visual e sonora construída pelas capas e música destes álbuns conseguindo-se distinguir alguns dos sons e as mesmas capas, à medida que a duração de cada um vai expirando. Em todo o caso, para além da obra visual, a parte sonora resultante da mistura dos vários álbuns constitui-se como uma interessante composição noise. De Rui Valério também, e quebrando a ordem pela qual a exposição segue, existe ainda outro vídeo – “Just one minute”, a outra fonte de som de guitarra na exposição. Este trabalho volta a retratar uma juventude urbana portuguesa bastante influenciada por uma cultura anglo-saxónica e fortemente difundida pela música. É notável a associação que o artista parece querer fazer com o turntablism (também base da cultura DJ) de Christian Marclay caracterizado pela colagem (visual e sonora), com o movimento circular em torno de si mesmo, com a duração de um minuto, e regulado ao som de um acorde periódico de guitarra.

Intercalando estes dois trabalhos de Rui Valério estão dois trabalhos de Filipe Rocha da Silva – “Condensed People” e “Babel”. O primeiro trabalho apresenta-se como uma composição usando desenho e construída em várias camadas de acrílico, onde formas humanas parecem criar um diálogo entre si, embora denotando uma separação aparentemente invisível, numa alusão à própria organização social vivida actualmente. Por outro lado, “Babel” sugere-se como pintura, em que novamente várias camadas de acrílico encerram em si letras, que parecem discorrer numa junção quase fluida, jogando a sua posição com a sombra que criam no fundo amarelo – tal e qual uma sopa de letras, onde não se consegue descobrir uma palavra. Quererá este artista denotar alguma falha de comunicação não assumida, na sociedade do Portugal Moderno?

“Horizontals” e “Verticals” são duas instalações mixed media propostas por Nuno Pedrosa, que partem de duas escultura-invenção, que criou para capturar as diferenças do tecido suburbano português e o norte-americano, numa crítica a este tipo de “organização” urbana. Se nos Estados Unidos, os subúrbios caracterizam-se pelo tract housing que se distribui interminavelmente em área – na horizontal; pelo contrário, os subúrbios portugueses caracterizam-se mais por uma concentração de construções numa orientação vertical. “Verticals” mostra-nos imagens captadas por uma câmara que foi içada por um balão meteorológico cheio de hélio – também ele parte da instalação. Por outro lado, o engenho de “Horizontals” foi desenhado para ser usado pelo artista capturando imagens ao nível da altura do poste onde a câmara está colocada. Embora se pudessem denotar várias diferenças, em todas as imagens, quer sejam horizontais ou verticais, vão-se descobrindo interiores, carregados de objectos e luzes eléctricas, que por vezes expõem alguns dos seus residentes, numa devassidão voyeurística e assumida do espaço privado.

A exposição finaliza com a instalação “38 minutes of Antropology”,de José Carlos Teixeira. Esta encontra-se dividida por uma projecção principal onde se desenvolvem entrevistas a sete pessoas. A base do diálogo é realizada em torno da questão do nomadismo, em que a pertença ou o sentimento de divisão entre dois mundos, o que se deixou e a nova realidade, se encontra sempre presente, originando novas questões como as relações com a habitação e a língua, por exemplo, criando desafios ao desenvolvimento da identidade individual e cultural.
As imagens dos entrevistados com planos aproximados e fragmentados sugerem a presença de pessoas que de alguma forma são elas mesmas um fragmento da sua potencial possibilidade de ser, e que mostram a sua incompletude através de dúvidas sobre a sua própria condição de deslocados. Nesta projecção o artista faz uma auto-análise sobre a sua própria condição - igualmente de nómada, já que passou os últimos anos entre Portugal, Estados Unidos, Espanha e Escócia - através de um texto pessoal sobre si mesmo, que se vai descrevendo no mesmo vídeo. Ainda pertencente a esta instalação existe um ecrã LCD onde o artista continua a sua auto-análise e onde um par de auscultadores reproduz uma oitava entrevista. Neste caso uma portuguesa residente nos Estados Unidos há cerca de 30 anos, e que descreve – num discurso bilingue (e por vezes sem se perceber onde começa a sua “portugalidade”, ou onde começa a sua “americanidade”) acerca da sua relação com a família mais chegada, nomeadamente o seu irmão; e ainda, como a sua mudança afectou a relação entre os dois.

De notar que foram vários os apoios oficiais recebidos de Portugal pelas duas comissárias que organizaram a iniciativa, nomeadamente do Instituto Camões, Ministério da Cultura, Fundação Calouste Gulbenkian e Fundação Luso-Americana. Uma questão que à partida é discutível, dada a localização da exposição, mas que se entende perfeitamente após a visita à mesma e dada a constatação da qualidade da sua produção.

Complementarmente a esta exposição foram criadas outras três: em Cedar Falls, na University of North Iowa (UNI), com o título “New Polyphonies: Contemporary Art From Portugal”; e outras duas com o título “On the edge – in the middle, parts I and II”, em Cedar Rapids; para além de um debate e conversas com alguns dos artistas participantes na exposição que se deslocaram ao Iowa (entre os quais, Nuno Pedrosa, José Carlos Teixeira e Marta de Menezes). Estas actividades foram ainda complementadas por acções junto de um público mais jovem, através de serviços educativos. Da exposição resultou também um catálogo, com declarações pessoais de cada artista e com textos das comissárias e ainda de Miguel von Hafe Perez, que pela improbabilidade de uma eventual nova reunião destes artistas, será com certeza um objecto de colecção.


Pedro dos Reis



NOTA: O autor viajou a convite da Faulconer Gallery (Grinnell College).
Agradecimentos: Lesley Wright, Jane Gilmor e Donald Doe.



LINK
www.grinnell.edu/faulconergallery/