Links

OPINIÃO


Cartaz anti-sufragistas s/data


Cartaz, Barbara Kruger, 1989


Zoe Leonard, “s/título”, 1992


Martha Rosler, “Bringing the war home”, 1969


Sarah Lucas, “Bitch”, 1995

Outros artigos:

PEDRO CABRAL SANTO

2024-04-20
NO TIME TO DIE

MARC LENOT

2024-03-17
WE TEACH LIFE, SIR.

LIZ VAHIA

2024-01-23
À ESPERA DE SER ALGUMA COISA

CONSTANÇA BABO

2023-12-20
ENTRE ÓTICA E MOVIMENTO, A PARTIR DA COLEÇÃO DA TATE MODERN, NO ATKINSON MUSEUM

INÊS FERREIRA-NORMAN

2023-11-13
DO FASCÍNIO DO TEMPO: A MORTE VIVA DO SOLO E DAS ÁRVORES, O CICLO DA LINGUAGEM E DO SILÊNCIO

SANDRA SILVA

2023-10-09
PENSAR O SILÊNCIO: JULIA DUPONT E WANDERSON ALVES

MARC LENOT

2023-09-07
EXISTE UM SURREALISMO FEMININO?

LIZ VAHIA

2023-08-04
DO OURO AOS DEUSES, DA MATÉRIA À ARTE

ELISA MELONI

2023-07-04
AQUELA LUZ QUE VEM DA HOLANDA

CATARINA REAL

2023-05-31
ANGUESÂNGUE, DE DANIEL LIMA

MIRIAN TAVARES

2023-04-25
TERRITÓRIOS INVISÍVEIS – EXPOSIÇÃO DE MANUEL BAPTISTA

MADALENA FOLGADO

2023-03-24
AS ALTER-NATIVAS DO BAIRRO DO GONÇALO M. TAVARES

RUI MOURÃO

2023-02-20
“TRANSFAKE”? IDENTIDADE E ALTERIDADE NA BUSCA DE VERDADES NA ARTE

DASHA BIRUKOVA

2023-01-20
A NARRATIVA VELADA DAS SENSAÇÕES: ‘A ÚLTIMA VEZ QUE VI MACAU’ DE JOÃO PEDRO RODRIGUES E JOÃO RUI GUERRA DA MATA

JOANA CONSIGLIERI

2022-12-18
RUI CHAFES, DESABRIGO

MARC LENOT

2022-11-17
MUNCH EM DIÁLOGO

CATARINA REAL

2022-10-08
APONTAMENTOS A PARTIR DE, SOB E SOBRE O DUELO DE INÊS VIEGAS OLIVEIRA

LUIZ CAMILLO OSORIO

2022-08-29
DESLOCAMENTOS DA REPRODUTIBILIDADE NA ARTE: AINDA DUCHAMP

FILIPA ALMEIDA

2022-07-29
A VIDA É DEMASIADO PRECIOSA PARA SER ESBANJADA NUM MUNDO DESENCANTADO

JOSÉ DE NORDENFLYCHT CONCHA

2022-06-30
CECILIA VICUÑA. SEIS NOTAS PARA UM BLOG

LUIZ CAMILLO OSORIO

2022-05-29
MARCEL DUCHAMP CURADOR E O MAM-SP

MARC LENOT

2022-04-29
TAKING OFF. HENRY MY NEIGHBOR (MARIKEN WESSELS)

TITOS PELEMBE

2022-03-29
(DES) COLONIZAR A ARTE DA PERFORMANCE

MADALENA FOLGADO

2022-02-25
'O QUE CALQUEI?' SOBRE A EXPOSIÇÃO UM MÊS ACORDADO DE ALEXANDRE ESTRELA

CATARINA REAL

2022-01-23
O PINTOR E O PINTAR / A PINTURA E ...

MIGUEL PINTO

2021-12-26
CORVOS E GIRASSÓIS: UM OLHAR PARA CEIJA STOJKA

POLLYANA QUINTELLA

2021-11-25
UMA ANÁLISE DA PARTICIPAÇÃO CHILENA NA 34ª BIENAL DE SÃO PAULO

JOANA CONSIGLIERI

2021-10-29
MULHERES NA ARTE – NUM ATELIÊ QUE SEJA SÓ MEU

LIZ VAHIA

2021-09-30
A FICÇÃO PARA ALÉM DA HISTÓRIA: O COMPLEXO COLOSSO

PEDRO PORTUGAL

2021-08-17
PORQUE É QUE A ARTE PORTUGUESA FICOU TÃO PEQUENINA?

MARC LENOT

2021-07-08
VIAGENS COM UM FOTÓGRAFO (ALBERS, MULAS, BASILICO)

VICTOR PINTO DA FONSECA

2021-05-29
ZEUS E O MINISTÉRIO DA CULTURA

RODRIGO FONSECA

2021-04-26
UMA REFLEXÃO SOBRE IMPROVISAÇÃO TOMANDO COMO EXEMPLO A GRAND UNION

CAIO EDUARDO GABRIEL

2021-03-06
DESTERRAMENTOS E SEUS FLUXOS NA OBRA DE FELIPE BARBOSA

JOÃO MATEUS

2021-02-04
INSUFICIÊNCIA NA PRODUÇÃO ARTÍSTICA. EM CONVERSA COM VÍTOR SILVA E DIANA GEIROTO.

FILOMENA SERRA

2020-12-31
SEED/SEMENTE DE ISABEL GARCIA

VICTOR PINTO DA FONSECA

2020-11-19
O SENTIMENTO É TUDO

PEDRO PORTUGAL

2020-10-17
OS ARTISTAS TAMBÉM MORREM

CATARINA REAL

2020-09-13
CAVAQUEAR SOBRE UM INQUÉRITO - SARA&ANDRÉ ‘INQUÉRITO A 471 ARTISTAS’ NA CONTEMPORÂNEA

LUÍS RAPOSO

2020-08-07
MUSEUS, PATRIMÓNIO CULTURAL E “VISÃO ESTRATÉGICA”

PAULA PINTO

2020-07-19
BÁRBARA FONTE: NESTE CORPO NÃO HÁ POESIA

JULIA FLAMINGO

2020-06-22
O PROJETO INTERNACIONAL 4CS E COMO A ARTE PODE, MAIS DO QUE NUNCA, CRIAR NOVOS ESPAÇOS DE CONVIVÊNCIA

LUÍS RAPOSO

2020-06-01
OS EQUÍVOCOS DA MUSEOLOGIA E DA PATRIMONIOLOGIA

DONNY CORREIA

2020-05-19
ARTE E CINEMA EM WALTER HUGO KHOURI

CONSTANÇA BABO

2020-05-01
GALERISTAS EM EMERGÊNCIA - ENTREVISTA A JOÃO AZINHEIRO

PEDRO PORTUGAL

2020-04-07
SEXO, MENTIRAS E HISTÓRIA

VERA MATIAS

2020-03-05
CARLOS BUNGA: SOMETHING NECESSARY AND USEFUL

INÊS FERREIRA-NORMAN

2020-01-30
PORTUGAL PROGRESSIVO: ME TOO OU MEET WHO?

DONNY CORREIA

2019-12-27
RAFAEL FRANÇA: PANORAMA DE UMA VIDA-ARTE

NUNO LOURENÇO

2019-11-06
O CENTRO INTERPRETATIVO DO MUNDO RURAL E AS NATUREZAS-MORTAS DE SÉRGIO BRAZ D´ALMEIDA

INÊS FERREIRA-NORMAN

2019-10-05
PROBLEMAS NA ERA DA SMARTIFICAÇÃO: O ARQUIVO E A VIDA ARTÍSTICA E CULTURAL REGIONAL

CARLA CARBONE

2019-08-20
FERNANDO LEMOS DESIGNER

DONNY CORREIA

2019-07-18
ANA AMORIM: MAPAS MENTAIS DE UMA VIDA-OBRA

CARLA CARBONE

2019-06-02
JOÃO ONOFRE - ONCE IN A LIFETIME [REPEAT]

LAURA CASTRO

2019-04-16
FORA DA CIDADE. ARTE E ARQUITECTURA E LUGAR

ISABEL COSTA

2019-03-09
CURADORIA DA MEMÓRIA: HANS ULRICH OBRIST INTERVIEW PROJECT

BEATRIZ COELHO

2018-12-22
JOSEP MAYNOU - ENTREVISTA

CONSTANÇA BABO

2018-11-17
CHRISTIAN BOLTANSKI NO FÓRUM DO FUTURO

KATY STEWART

2018-10-16
ENTRE A MEMÓRIA E O SEU APAGAMENTO: O GRANDE KILAPY DE ZÉZÉ GAMBOA E O LEGADO DO COLONIALISMO PORTUGUÊS

HELENA OSÓRIO

2018-09-13
JORGE LIMA BARRETO: CRIADOR DO CONCEITO DE MÚSICA MINIMALISTA REPETITIVA

CONSTANÇA BABO

2018-07-29
VER AS VOZES DOS ARTISTAS NO METRO DO PORTO, COM CURADORIA DE MIGUEL VON HAFE PÉREZ

JOANA CONSIGLIERI

2018-06-14
EXPANSÃO DA ARTE POR LISBOA, DUAS VISÕES DE FEIRAS DE ARTE: ARCOLISBOA E JUSTLX - FEIRAS INTERNACIONAIS DE ARTE CONTEMPORÂNEA

RUI MATOSO

2018-05-12
E AGORA, O QUE FAZEMOS COM ISTO?

HELENA OSÓRIO

2018-03-30
PARTE II - A FAMOSA RAINHA NZINGA (OU NJINGA) – TÃO AMADA, QUANTO TEMIDA E ODIADA, EM ÁFRICA E NO MUNDO

HELENA OSÓRIO

2018-02-28
PARTE I - A RAINHA NZINGA E O TRAJE NA PERSPECTIVA DE GRACINDA CANDEIAS: 21 OBRAS DOADAS AO CONSULADO-GERAL DA REPÚBLICA DE ANGOLA NO PORTO. POLÉMICAS DO SÉCULO XVII À ATUALIDADE

MARIA VLACHOU

2018-01-25
CAN WE LISTEN? (PODEMOS OUVIR?)

FERNANDA BELIZÁRIO E RITA ALCAIRE

2017-12-23
O QUE HÁ DE QUEER EM QUEERMUSEU?

ALEXANDRA JOÃO MARTINS

2017-11-11
O QUE PODE O CINEMA?

LUÍS RAPOSO

2017-10-08
A CASA DA HISTÓRIA EUROPEIA: AFINAL A MONTANHA NÃO PARIU UM RATO, MAS QUASE

MARC LENOT

2017-09-03
CORPOS RECOMPOSTOS

MARC LENOT

2017-07-29
QUER PASSAR A NOITE NO MUSEU?

LUÍS RAPOSO

2017-06-30
PATRIMÓNIO CULTURAL E MUSEUS: O QUE ESTÁ POR DETRÁS DOS “CASOS”

MARZIA BRUNO

2017-05-31
UM LAMPEJO DE LIBERDADE

SERGIO PARREIRA

2017-04-26
ENTREVISTA COM AMANDA COULSON, DIRETORA ARTÍSTICA DA VOLTA FEIRA DE ARTE

LUÍS RAPOSO

2017-03-30
A TRAGICOMÉDIA DA DESCENTRALIZAÇÃO, OU DE COMO SE ARRISCA ESTRAGAR UMA BOA IDEIA

SÉRGIO PARREIRA

2017-03-03
ARTE POLÍTICA E DE PROTESTO | THE TRUMP EFFECT

LUÍS RAPOSO

2017-01-31
ESTATÍSTICAS, MUSEUS E SOCIEDADE EM PORTUGAL - PARTE 2: O CURTO PRAZO

LUÍS RAPOSO

2017-01-13
ESTATÍSTICAS, MUSEUS E SOCIEDADE EM PORTUGAL – PARTE 1: O LONGO PRAZO

SERGIO PARREIRA

2016-12-13
A “ENTREGA” DA OBRA DE ARTE

ANA CRISTINA LEITE

2016-11-08
A MINHA VISITA GUIADA À EXPOSIÇÃO...OU COISAS DO CORAÇÃO

NATÁLIA VILARINHO

2016-10-03
ATLAS DE GALANTE E BORRALHO EM LOULÉ

MARIA LIND

2016-08-31
NAZGOL ANSARINIA – OS CONTRASTES E AS CONTRADIÇÕES DA VIDA NA TEERÃO CONTEMPORÂNEA

LUÍS RAPOSO

2016-06-23
“RESPONSABILIDADE SOCIAL”, INVESTIMENTO EM ARTE E MUSEUS: OS PONTOS NOS IS

TERESA DUARTE MARTINHO

2016-05-12
ARTE, AMOR E CRISE NA LONDRES VITORIANA. O LIVRO ADOECER, DE HÉLIA CORREIA

LUÍS RAPOSO

2016-04-12
AINDA OS PREÇOS DE ENTRADA EM MUSEUS E MONUMENTOS DE SINTRA E BELÉM-AJUDA: OS DADOS E UMA PROPOSTA PARA O FUTURO

DÁRIA SALGADO

2016-03-18
A PAISAGEM COMO SUPORTE DE REPRESENTAÇÃO CINEMATOGRÁFICA NA OBRA DE ANDREI TARKOVSKY

VICTOR PINTO DA FONSECA

2016-02-16
CORAÇÃO REVELADOR

MIRIAN TAVARES

2016-01-06
ABSOLUTELY

CONSTANÇA BABO

2015-11-28
A PROCURA DE FELICIDADE DE WOLFGANG TILLMANS

INÊS VALLE

2015-10-31
A VERDADEIRA MUDANÇA ACABA DE COMEÇAR | UMA ENTREVISTA COM O GALERISTA ZIMBABUEANO JIMMY SARUCHERA PELA CURADORA INDEPENDENTE INÊS VALLE

MARIBEL MENDES SOBREIRA

2015-09-17
PARA UMA CONCEPÇÃO DA ARTE SEGUNDO MARKUS GABRIEL

RENATO RODRIGUES DA SILVA

2015-07-22
O CONCRETISMO E O NEOCONCRETISMO NO BRASIL: ELEMENTOS PARA REFLEXÃO CRÍTICA

LUÍS RAPOSO

2015-07-02
PATRIMÓNIO CULTURAL E OS MUSEUS: VISÃO ESTRATÉGICA | PARTE 2: O PRESENTE/FUTURO

LUÍS RAPOSO

2015-06-17
PATRIMÓNIO CULTURAL E OS MUSEUS: VISÃO ESTRATÉGICA | PARTE 1: O PASSADO/PRESENTE

ALBERTO MORENO

2015-05-13
OS CORVOS OLHAM-NOS

Ana Cristina Alves

2015-04-12
PSICOLOGIA DA ARTE – ENTREVISTA A ANTÓNIO MANUEL DUARTE

J.J. Charlesworth

2015-03-12
COMO NÃO FAZER ARTE PÚBLICA

JOSÉ RAPOSO

2015-02-02
FILMES DE ARTISTA: O ESPECTRO DA NARRATIVA ENTRE O CINEMA E A GALERIA.

MARIA LIND

2015-01-05
UM PARQUE DE DIVERSÕES EM PARIS RELEMBRA UM CONTO DE FADAS CLÁSSICO

Martim Enes Dias

2014-12-05
O PRINCÍPIO DO FUNDAMENTO: A BIENAL DE VENEZA EM 2014

MARIA LIND

2014-11-11
O TRIUNFO DOS NERDS

Jonathan T.D. Neil

2014-10-07
A ARTE É BOA OU APENAS VALIOSA?

José Raposo

2014-09-08
RUMORES DE UMA REVOLUÇÃO: O CÓDIGO ENQUANTO MEIO.

Mike Watson

2014-08-04
Em louvor da beleza

Ana Catarino

2014-06-28
Project Herácles, quando arte e política se encontram no Parlamento Europeu

Luís Raposo

2014-05-27
Ingressos em museus e monumentos: desvario e miopia

Filipa Coimbra

2014-05-06
Tanto Mar - Arquitectura em DERIVAção | Parte 2

Filipa Coimbra

2014-04-15
Tanto Mar - Arquitectura em DERIVAção | Parte 1

Rita Xavier Monteiro

2014-02-25
O AGORA QUE É LÁ

Aimee Lin

2014-01-15
ZENG FANZHI

FILIPE PINTO

2013-12-20
PERSPECTIVA E EXTRUSÃO. Uma História da Arte (parte 4 de 4)

FILIPE PINTO

2013-11-28
PERSPECTIVA E EXTRUSÃO. Uma História da Arte (parte 3 de 4)

FILIPE PINTO

2013-10-25
PERSPECTIVA E EXTRUSÃO. Uma História da Arte (parte 2 de 4)

FILIPE PINTO

2013-09-16
PERSPECTIVA E EXTRUSÃO. Uma História da Arte (parte 1 de 4)

JULIANA MORAES

2013-08-12
O LUGAR DA ARTE: O “CASTELO”, O LABIRINTO E A SOLEIRA

JUAN CANELA

2013-07-11
PERFORMING VENICE

JOSÉ GOMES PINTO (ECATI/ULHT)

2013-05-05
ARTE E INTERACTIVIDADE

PEDRO CABRAL SANTO

2013-04-11
A IMAGEM EM MOVIMENTO NO CONTEXTO ESPECÍFICO DAS ARTES PLÁSTICAS EM PORTUGAL

MARCELO FELIX

2013-01-08
O ESPAÇO E A ORLA. 50 ANOS DE ‘OS VERDES ANOS’

NUNO MATOS DUARTE

2012-12-11
SOBRE A PERTINÊNCIA DAS PRÁTICAS CONCEPTUAIS NA FOTOGRAFIA CONTEMPORÂNEA

FILIPE PINTO

2012-11-05
ASSEMBLAGE TROCKEL

MIGUEL RODRIGUES

2012-10-07
BIRD

JOSÉ BÁRTOLO

2012-09-21
CHEGOU A HORA DOS DESIGNERS

PEDRO PORTUGAL

2012-09-07
PORQUE É QUE OS ARTISTAS DIZEM MAL UNS DOS OUTROS + L’AFFAIRE VASCONCELOS

PEDRO PORTUGAL

2012-08-06
NO PRINCÍPIO ERA A VERBA

ANA SENA

2012-07-09
AS ARTES E A CRISE ECONÓMICA

MARIA BEATRIZ MARQUILHAS

2012-06-12
O DECLÍNIO DA ARTE: MORTE E TRANSFIGURAÇÃO (II)

MARIA BEATRIZ MARQUILHAS

2012-05-21
O DECLÍNIO DA ARTE: MORTE E TRANSFIGURAÇÃO (I)

JOSÉ CARLOS DUARTE

2012-03-19
A JANELA DAS POSSIBILIDADES. EM TORNO DA SÉRIE TELEVISION PORTRAITS (1986–) DE PAUL GRAHAM.

FILIPE PINTO

2012-01-16
A AUTORIDADE DO AUTOR - A PARTIR DO TRABALHO DE DORIS SALCEDO (SOBRE VAZIO, SILÊNCIO, MUDEZ)

JOSÉ CARLOS DUARTE

2011-12-07
LOUISE LAWLER. QUALQUER COISA ACERCA DO MUNDO DA ARTE, MAS NÃO RECORDO EXACTAMENTE O QUÊ.

ANANDA CARVALHO

2011-10-12
RE-CONFIGURAÇÕES NO SISTEMA DA ARTE CONTEMPORÂNEA - RELATO DA CONFERÊNCIA DE ROSALIND KRAUSS NO III SIMPÓSIO DE ARTE CONTEMPORÂNEA DO PAÇO DAS ARTES

MARIANA PESTANA

2011-09-23
ARQUITECTURA COMISSÁRIA: TODOS A BORDO # THE AUCTION ROOM

FILIPE PINTO

2011-07-27
PARA QUE SERVE A ARTE? (sobre espaço, desadequação e acesso) (2.ª parte)

FILIPE PINTO

2011-07-08
PARA QUE SERVE A ARTE? (sobre espaço, desadequação e acesso) (1ª parte)

ROSANA SANCIN

2011-06-14
54ª BIENAL DE VENEZA: ILLUMInations

SOFIA NUNES

2011-05-17
GEDI SIBONY

SOFIA NUNES

2011-04-18
A AUTONOMIA IMPRÓPRIA DA ARTE EM JACQUES RANCIÈRE

PATRÍCIA REIS

2011-03-09
IMAGE IN SCIENCE AND ART

BÁRBARA VALENTINA

2011-02-01
WALTER BENJAMIN. O LUGAR POLÍTICO DA ARTE

UM LIVRO DE NELSON BRISSAC

2011-01-12
PAISAGENS CRÍTICAS

FILIPE PINTO

2010-11-25
TRINTA NOTAS PARA UMA APROXIMAÇÃO A JACQUES RANCIÈRE

PAULA JANUÁRIO

2010-11-08
NÃO SÓ ALGUNS SÃO CHAMADOS MAS TODA A GENTE

SHAHEEN MERALI

2010-10-13
O INFINITO PROBLEMA DO GOSTO

PEDRO PORTUGAL

2010-09-22
ARTE PÚBLICA: UM VÍCIO PRIVADO

FILIPE PINTO

2010-06-09
A PROPÓSITO DE LA CIENAGA DE LUCRECIA MARTEL (Sobre Tempo, Solidão e Cinema)

TERESA CASTRO

2010-04-30
MARK LEWIS E A MORTE DO CINEMA

FILIPE PINTO

2010-03-08
PARA UMA CRÍTICA DA INTERRUPÇÃO

SUSANA MOUZINHO

2010-02-15
DAVID CLAERBOUT. PERSISTÊNCIA DO TEMPO

SOFIA NUNES

2010-01-13
O CASO DE JOS DE GRUYTER E HARALD THYS

ISABEL NOGUEIRA

2009-10-26
ANOS 70 – ATRAVESSAR FRONTEIRAS

LUÍSA SANTOS

2009-09-21
OS PRÉMIOS E A ASSINATURA INDEX:

CAROLINA RITO

2009-08-22
A NATUREZA DO CONTEXTO

LÍGIA AFONSO

2009-08-03
DE QUEM FALAMOS QUANDO FALAMOS DE VENEZA?

LUÍSA SANTOS

2009-07-10
A PROPÓSITO DO OBJECTO FOTOGRÁFICO

LUÍSA SANTOS

2009-06-24
O LIVRO COMO MEIO

EMANUEL CAMEIRA

2009-05-31
LA SPÉCIALISATION DE LA SENSIBILITÉ À L’ ÉTAT DE MATIÈRE PREMIÈRE EN SENSIBILITÉ PICTURALE STABILISÉE

ROSANA SANCIN

2009-05-23
RE.ACT FEMINISM_Liubliana

IVO MESQUITA E ANA PAULA COHEN

2009-05-03
RELATÓRIO DA CURADORIA DA 28ª BIENAL DE SÃO PAULO

EMANUEL CAMEIRA

2009-04-15
DE QUE FALAMOS QUANDO FALAMOS DE TEHCHING HSIEH? *

MARTA MESTRE

2009-03-24
ARTE CONTEMPORÂNEA NOS CAMARÕES

MARTA TRAQUINO

2009-03-04
DA CONSTRUÇÃO DO LUGAR PELA ARTE CONTEMPORÂNEA III_A ARTE COMO UM ESTADO DE ENCONTRO

PEDRO DOS REIS

2009-02-18
O “ANO DO BOI” – PREVISÕES E REFLEXÕES NO CONTEXTO ARTÍSTICO

MARTA TRAQUINO

2009-02-02
DA CONSTRUÇÃO DO LUGAR PELA ARTE CONTEMPORÂNEA II_DO ESPAÇO AO LUGAR: FLUXUS

PEDRO PORTUGAL

2009-01-08
PORQUÊ CONSTRUIR NOVAS ESCOLAS DE ARTE?

MARTA TRAQUINO

2008-12-18
DA CONSTRUÇÃO DO LUGAR PELA ARTE CONTEMPORÂNEA I

SANDRA LOURENÇO

2008-12-02
HONG KONG A DÉJÀ DISPARU?

PEDRO DOS REIS

2008-10-31
ARTE POLÍTICA E TELEPRESENÇA

PEDRO DOS REIS

2008-10-15
A ARTE NA ERA DA TECNOLOGIA MÓVEL

SUSANA POMBA

2008-09-30
SOMOS TODOS RAVERS

COLECTIVO

2008-09-01
O NADA COMO TEMA PARA REFLEXÃO

PEDRO PORTUGAL

2008-08-04
BI DA CULTURA. Ou, que farei com esta cultura?

PAULO REIS

2008-07-16
V BIENAL DE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE | PARTILHAR TERRITÓRIOS

PEDRO DOS REIS

2008-06-18
LISBOA – CULTURE FOR LIFE

PEDRO PORTUGAL

2008-05-16
SOBRE A ARTICIDADE (ou os artistas dentro da cidade)

JOSÉ MANUEL BÁRTOLO

2008-05-05
O QUE PODEM AS IDEIAS? REFLEXÕES SOBRE OS PERSONAL VIEWS

PEDRO DOS REIS

2008-04-04
IOWA: UMA SELECÇÃO IMPROVÁVEL, NUM LUGAR INVULGAR

CATARINA ROSENDO

2008-03-31
ROGÉRIO RIBEIRO (1930-2008): O PINTOR QUE ABRIU AO TEXTO

JOANA LUCAS

2008-02-18
RUY DUARTE DE CARVALHO: pela miscigenação das artes

DANIELA LABRA

2008-01-16
O MEIO DA ARTE NO BRASIL: um Lugar Nenhum em Algum Lugar

LÍGIA AFONSO

2007-12-24
SÃO PAULO JÁ ESTÁ A ARDER?

JOSÉ LUIS BREA

2007-12-05
A TAREFA DA CRÍTICA (EM SETE TESES)

SÍLVIA GUERRA

2007-11-11
ARTE IBÉRICA OU O SÍNDROME DO COLECCIONADOR LOCAL

SANDRA VIEIRA JURGENS

2007-11-01
10ª BIENAL DE ISTAMBUL

TERESA CASTRO

2007-10-16
PARA ALÉM DE PARIS

MARCELO FELIX

2007-09-20
TRANSNATURAL. Da Vida dos Impérios, da Vida das Imagens

LÍGIA AFONSO

2007-09-04
skulptur projekte münster 07

JOSÉ BÁRTOLO

2007-08-20
100 POSTERS PARA UM SÉCULO

SOFIA PONTE

2007-08-02
SOBRE UM ESTADO DE TRANSIÇÃO

INÊS MOREIRA

2007-07-02
GATHERING: REECONTRAR MODOS DE ENCONTRO

FILIPA RAMOS

2007-06-14
A Arte, a Guerra e a Subjectividade – um passeio pelos Giardini e Arsenal na 52ª BIENAL DE VENEZA

SÍLVIA GUERRA

2007-06-01
MAC/VAL: Zones de Productivités Concertées. # 3 Entreprises singulières

NUNO CRESPO

2007-05-02
SEXO, SANGUE E MORTE

HELENA BARRANHA

2007-04-17
O edifício como “BLOCKBUSTER”. O protagonismo da arquitectura nos museus de arte contemporânea

RUI PEDRO FONSECA

2007-04-03
A ARTE NO MERCADO – SEUS DISCURSOS COMO UTOPIA

ALBERTO GUERREIRO

2007-03-16
Gestão de Museus em Portugal [2]

ANTÓNIO PRETO

2007-02-28
ENTRE O SPLEEN MODERNO E A CRISE DA MODERNIDADE

ALBERTO GUERREIRO

2007-02-15
Gestão de Museus em Portugal [1]

JOSÉ BÁRTOLO

2007-01-29
CULTURA DIGITAL E CRIAÇÃO ARTÍSTICA

MARCELO FELIX

2007-01-16
O TEMPO DE UM ÍCONE CINEMATOGRÁFICO

PEDRO PORTUGAL

2007-01-03
Artória - ARS LONGA VITA BREVIS

ANTÓNIO PRETO

2006-12-15
CORRESPONDÊNCIAS: Aproximações contemporâneas a uma “iconologia do intervalo”

ROGER MEINTJES

2006-11-16
MANUTENÇÃO DE MEMÓRIA: Alguns pensamentos sobre Memória Pública – Berlim, Lajedos e Lisboa.

LUÍSA ESPECIAL

2006-11-03
PARA UMA GEOSOFIA DAS EXPOSIÇÕES GLOBAIS. Contra o safari cultural

ANTÓNIO PRETO

2006-10-18
AS IMAGENS DO QUOTIDIANO OU DE COMO O REALISMO É UMA FRAUDE

JOSÉ BÁRTOLO

2006-10-01
O ESTADO DO DESIGN. Reflexões sobre teoria do design em Portugal

JOSÉ MAÇÃS DE CARVALHO

2006-09-18
IMAGENS DA FOTOGRAFIA

INÊS MOREIRA

2006-09-04
ELLIPSE FOUNDATION - NOTAS SOBRE O ART CENTRE

MARCELO FELIX

2006-08-17
BAS JAN ADER, TRINTA ANOS SOBRE O ÚLTIMO TRAJECTO

JORGE DIAS

2006-08-01
UM PERCURSO POR SEGUIR

SÍLVIA GUERRA

2006-07-14
A MOLDURA DO CINEASTA

AIDA CASTRO

2006-06-30
BIO-MUSEU: UMA CONDIÇÃO, NO MÍNIMO, TRIPLOMÓRFICA

COLECTIVO*

2006-06-14
NEM TUDO SÃO ROSEIRAS

LÍGIA AFONSO

2006-05-17
VICTOR PALLA (1922 - 2006)

JOÃO SILVÉRIO

2006-04-12
VIENA, 22 a 26 de Março de 2006


BREVE CARTOGRAFIA DAS CORRENTES DESCONSTRUTIVISTAS FEMINISTAS



PAULA TAVARES

2008-04-22




Breve cartografia das correntes desconstrutivas feministas na produção artística da segunda metade do século XX


“Esta não é, nem será, uma revolução de veludo. A paisagem humana da libertação feminina está repleta de cadáveres de vidas destruídas, como acontece em todas as verdadeiras revoluções. Entretanto, apesar da violência do conflito, a mudança da consciencialização da mulher e dos valores sociais, que ocorreu em menos de três décadas em quase todas as sociedades, é impressionante e traz consequências fundamentais para toda a experiência humana, desde o poder político até à estrutura da personalidade.” (1)

“Ainda que o que continua a conhecer-se como o movimento das mulheres tenha – na sua encarnação mais recente – apenas três décadas de antiguidade, já foi descrito alternativamente como triunfante, superado e reemergente, e isto apesar de que, desde uma perspectiva mais contida, se possa afirmar claramente que ainda não começou a sua materialização em todo o seu potencial.” (2)


De saltos altos de sapatos vermelhos, cabelos ao vento, olhando por cima do ombro para o passado (3), as artistas deste século verificam que o mundo da arte moderna foi dominado pelo mito do herói vanguardista: Francis Picabia afirmava que a mulher era uma máquina animada, os surrealistas foram assumidamente sexistas e os futuristas no seu manifesto de 1909 gritavam “Queremos glorificar a guerra – o único acto de limpeza do mundo –, o militarismo, o patriotismo, o acto destrutivo dos anarquistas, as ideias bonitas que matam e o desprezo pela mulher. Queremos destruir os museus, as bibliotecas, combater o moralismo, o feminismo e todos aqueles actos oportunistas e utilitários da covardia.” (4) Teixeira de Pascoaes dizia que António Nobre era “a nossa maior poetiza”, menosprezando e minorando a poesia feminina.(5) Hans Hoffman (6) comentando a obra de Lee Krasner afirmava que a sua pintura era tão boa que não parecia feita por uma mulher, e Clement Greenberg costumava caracterizar como “efeminado” as obras que considerava ornamentais. A “condição” feminina foi considerada por Freud (7) e Jung como “energia natural” – o inconsciente, o irracional, frente à racionalidade masculina e lógica varonil...

Apesar da luta sufragista que inaugurou o século XX, os pensadores da modernidade, dando continuidade ao reforço do patriarcado, não deixaram espaço nem para a produção, nem para a recepção de obra feminina.

Em 1949, Simone de Beauvoir perguntava: “Mas é suficiente mudar as leis, as instituições, os costumes, a opinião pública e toda a estrutura social para que mulheres e homens se convertam em semelhantes?” (8) A resposta apenas chegaria algumas décadas mais tarde, com as feministas da chamada “segunda vaga” (considerando como primeira a das sufragistas), com um ‘sim’ e um ‘no entanto’... Resultado da consciencialização e consequente problematização do desejo de (real) igualdade, de paridade, ou antes e afirmativamente o desejo pelo respeito da diferença. As mulheres, as feministas, descobriram há mais de três décadas que definitivamente não queriam ser homens (9).

Desde a sua génese, lado a lado com outras minorias designadas como alteridade (10), o feminismo funcionou (e funciona) como uma variante na luta pelos direitos humanos, especificamente pelos direitos das mulheres. Foi no momento em que o pop galopava para o Maio de 68, culturalmente identificado como posmodernidade e economicamente situado no capitalismo tardio, que ressurgiram as questões (aparentemente) adormecidas das mulheres. Inspiradas pelas revoluções culturais protagonizadas por estudantes, mulheres reunidas em grupos, principalmente do mundo académico, começaram a trabalhar no reposicionamento e reconstrução da sua “condição”. Uma dessas mulheres, Griselda Pollock, partilha connosco a sua experiência (11), na tentativa de localização e caracterização da “segunda vaga” feminista, apresentando-a de forma evolutiva - do activismo (dos anos 70, suas campanhas e conferências, propiciadas pelo Movimento de Libertação das Mulheres) à institucionalização académica (dos anos 80, com a teoria feminista). Como estudante de história da arte, muito motivada pela constatação da ausência de nomes femininos na “grande narrativa” da arte, Pollock auto propôs-se reformular e repensar a história da arte a partir da história das mulheres: “Havia já muito tempo que líamos sistematicamente a obra de Michel Foucault, e muitas mulheres reconheciam que o saber é também uma articulação de poder. Aquilo que ele decreta e aquilo que veta, afecta muitas artistas cuja obra é simplesmente ignorada pelo facto de serem mulheres, termo que a história de arte tornou antagonista com o de artista. Assim, o meu projecto na história de arte era escrever histórias de e para o presente, escrever na presença real e simbólica das pessoas do sexo feminino que, existindo sob o signo Mulher numa cultura falocêntrica, sofrem as ofensas reais e materiais de classe e raça através das configurações de género.” (12) É com o materialismo histórico na perseguição da possibilidade de uma história social da arte que a autora começa; mas é com Foucault, Althusser e Lacan que estrutura a sua linha de pensamento, a par com a maioria das suas congéneres de então (Europa).

No final dos anos 60, o impacto do estruturalismo em França servia de mote, também, para as norte-americanas, que apesar da “manta” da guerra fria e da consequente “castração” da tradição marxista na sociedade, desenvolviam teorias experimentalmente nos corredores da academia e das artes visuais. Nos Estados Unidos deve-se sobretudo ao Movimento de Libertação das Mulheres a reivindicação da urgência do corte com a invisibilidade em que o género feminino estava cativo e a preparação do terreno que estabeleceria as condições para a reciprocidade crítica com a teoria europeia. Aliás, as formas e fórmulas teóricas mais radicais (feministas) acabaram por se desenvolver no mundo anglo-saxónico (tanto nos EUA, como na Grã-Bretanha), entrando muitas vezes em colisão com as propostas de carácter essencialista oriundas de França.

Para um entendimento da desconstrução feminista na arte, directamente proporcional ao desenvolvimento da teoria (apesar de muitas vezes negado), há que considerar as várias tipologias dos movimentos feministas. Não constituindo um estilo, o feminismo não pode ser arquivado como tal, a sua transversalidade (também geográfica) traduz-se numa multiplicidade de identidades: “O feminismo não está para o género do mesmo modo que o marxismo está para classe e a teoria pós-colonial para raça.” (13) Como foi referido, distinguem-se claramente a partir da sua génese diferentes linhas de acção, ideológica e interventivamente distintas. Por exemplo, o sociólogo Manuel Castells (14) identifica em análise seis categorias: o feminismo liberal e socialista (que apesar de ideologicamente divergentes centram a sua luta num mesmo objectivo – o direito à igualdade, incluindo o direito de escolha sobre a reprodução); o feminismo cultural, que a partir da comunidade feminina pretende a revisão das instituições assentes historicamente nos valores patriarcais (esta forma de feminismo esteve na origem do movimento de “consciencialização” instituído através das academias e que esteve ligado ao feminismo radical); o feminismo essencialista, que advoga pela especificidade da mulher a partir da biologia (o qual sofreu fortes ataques dento do movimento feminista, sendo acusado de redutor, como veremos mais à frente); o feminismo específico, relacionado com as etnias e nacionalidades (como por exemplo as feministas lésbicas negras); o feminismo lésbico, que tinha como objectivo a abolição do género pelo separatismo; e o que o autor denomina como feminismo pragmático, relativo aos movimentos de operárias e de mulheres agredidas, lutando pela conquista da dignidade e da sobrevivência.

A relação, interface, que se estabeleceu entre a teoria feminista e a arte pretendeu-se dialogante e reflexiva, não ilustrativa. Dentro da “segunda vaga” feminista aplicada à arte, e para além da amplitude da análise de Castells, com o apoio das artistas Helena Cabello e Ana Carceller (15), identificam-se claramente duas grandes vertentes do movimento, suas teóricas e principais artistas, são elas: a vertente essencialista (já citada), e a vertente construcionista [próxima (não só, mas também) ideologicamente do feminismo socialista]. Relativamente à primeira, que parte do essencialismo na procura da edificação de um imaginário e imagem da mulher próprios e positivos, tanto na exploração literária - écriture féminine (assunto que pela sua vastidão e especificidade não desenvolveremos aqui) como nas artes visuais, definiu o feminino por oposição ao masculino, a partir da sua especificidade biológica. Que na sua variante mais ortodoxa, de carácter universalista, pecou pela reificação do estereótipo que primeiro pretendia combater. Do outro lado do Atlântico, a partir da especificidade do feminino, encontramos Lucy Lippard na interrogação e tentativa de definição do “imaginário feminino” (16), lançando o debate que se tornaria intenso, frutífero e actual até hoje. Plataforma fundacional para o mundo da arte, onde são paradigmáticas as obras de Judy Chicago e Mirian Schapiro. Relativamente à segunda vertente, caracterizada como construcionista, mas também “aproximada” por Griselda Pollock à teoria da diferença, parte da afirmação fundacional de Beauvoir “Não se nasce mulher: tornamo-nos mulheres”, contradizendo e refutando o biologismo inerente à vertente de carácter essencialista, opondo-se claramente a uma qualquer definição de feminilidade como categoria inalienável às mulheres. Propondo a construção social do género como resposta à “natureza” inata dos seres, proposta que em muito ajudaria (também) na formulação das teorias queer. Júlia Kristeva, uma das mais influentes feministas francesas (17), afirmou numa entrevista com mulheres do grupo Psychanalyse et politique: “O acreditar que ‘se é mulher’ é quase tão absurdo como o acreditar que ‘se é homem’” (18). Rejeitando a literatura feita por mulheres sob a denominação écriture féminine, por considerá-la conivente com o mercado instituído patriarcalmente. A não aceitação do ser feminino intemporal, senão construído com o envolvente, potenciou a atitude crítica dos modos de representação e presentação tradicionais do sistema artístico e da cultura dominante. A produção artística “influenciada” por esta teoria afastou-se radicalmente da procura de imagens positivas das mulheres, concentrando-se na reflexão dos processos de produção e recepção da arte, assim como nas imagens “ocultas”, não mostradas da mulher, sendo exemplos as obras de Martha Rosler e de Mary Kelly respectivamente.

Judith Butler (19), uma das teóricas mais relevantes para a produção artística contemporânea (relacionada com a alteridade), dizia no seu Gender Trouble que quando a cultura constrói o género, apresenta-se em termos de lei (definitiva), convergindo facilmente para o determinismo tal como o “naturalismo” proposto pelo essencialismo. Para Butler, a substituição da biologia pela cultura funciona como uma nova divisão imposta (ou adoptada), redutora e perigosa que, no final, pode resultar em mais uma variante do exercício de poder. Também Ana Gabriela Macedo e Luísa Amaral na introdução do seu Dicionário da crítica feminista concluem “Se o apelo a uma identidade feminina homogénea é cada vez mais impossível de encontrar no feminismo, a mudança para uma política de diversidade será uma alternativa inadequada, se ignorar desigualdades sistemáticas entre as mulheres, no que diz respeito ao poder, ao saber e aos recursos materiais.” (20) Traduzindo-se esta diferença feminista integrada nas obras de artistas como Louise Bourgeois, Annette Messager, Valie Export, Adrian Pipper, Carrie Mae Weems, Nancy Spero, Hanna Wilke, Suzanne Lacy, Laurie Anderson, Dara Birnbaum, entre tantas outras,… Efectivamente, nos primeiros anos de afirmativa actividade feminista na arte, as relações entre teoria e prática artística estabeleceram-se a partir da reacção à exclusão feminina dos espaços institucionais artísticos. A parca representação como autoras (21) a que as mulheres estavam obrigadas impeliu um conjunto de artistas a rebelar-se e a reivindicar o seu espaço simbólico. Neste contexto, a teoria fílmica elaborada a partir do uso político da psicanálise, assim como da semiótica, desenvolvida por Laura Mulvey e Teresa de Lauretis (22) constituiu um dos campos mais frutífero da desconstrução feminista. A perspectiva crítica do prazer e da dor do cinema narrativo tradicional revê-se na tela, através da representação do feminino de Marguerite Duras em India Song (1974) e Chantal Akerman em News from home (1976) e Jeanne Dielman, 23 Quai du Commerse, 1080 Bruxelles, assim como nos vídeos de Martha Rosler, como por exemplo Vital Statistics of a Citizen Simply Obtained (1977), onde a artista associa a prática performativa ao uso do corpo como espaço político. A obra, adoptando a metodologia das câmaras de vigilância, mostra como um grupo médico mede e analisa o corpo de quem entra em cena (a própria artista), comparando-o com físicos standard. Reposicionando, desconstruindo e descontextualizando o “olhar” tradicional sobre o corpo da mulher, sujeito a uma normalização imposta por um poder patriarcal aparentemente científico. Esta obra, resultando como paradigmática do exercício do “desprazer do olhar” viria a influenciar grande parte das artistas feministas que trabalharam com vídeo posteriormente. No entanto, as práticas feministas videográficas também se ocuparam da construção de uma oposição alternativa do prazer visual instituído, Carolee Schneemann e a sua produção “porno” (praticamente desconhecida, em que a câmara funciona como se fosse o seu gato observando/registando a artista com o seu companheiro) é exemplo, assim como Meat Joy (1964), descrita pela artista como um “ritual erótico, excessivo, indulgente, uma celebração da carne como material”.

Do pessoal para o político dos setenta, nos anos oitenta as mulheres “emergiram” no meio artístico por oposição à revisitação masculina das grandes telas expressionistas, principalmente através da fotografia. O discurso de artistas como Sherrie Levine, Cindy Sherman, Louise Lawler e Barbara Kruger, alinhado com o posmodernismo, desconstruía em paralelo a autoria, a genialidade, a unicidade, a escala, assim como valores sociais e morais. Paradigmática é também a obra das Guerrilla Girls, que em 1987 invadiu Manhattan com cartazes anunciando “As vantagens de ser uma mulher artista”. O grupo feminista que, estabelecendo um duplo jogo semântico com o seu nome e auto definindo-se como a ‘consciência da arte’, apresentava com ironia cínica o desapossamento a que a mulher artista era (é) submetida pelo mundo da arte e pela sociedade em geral, ao longo da prática artística: “Trabalhar sem a pressão do êxito; ter ‘escapadelas’ do mundo da arte devido ao pluri-emprego; ter a oportunidade de escolher entre a carreira artística e a maternidade; não ter de padecer do embaraço de ser chamada de génio,…”

Na conservadora década de oitenta, a crítica ao paradigma social construído e reforçado no seio do patriarcado, constituiu motivo de associação - “luta” conjunta - reivindicativa de direitos e afirmação da obsolescência dos estereótipos, das feministas com outros grupos da alteridade. O progresso das teorias queer e do multiculturalismo, entre outras, serviu de plataforma de lançamento para a integração no sistema artístico. Exemplar e pioneira foi a exposição El arte y su doble (1986), comissariada por Dan Cameron, na Fundació ‘la caixa’ em Madrid, que tão perto e tão longe abeirou a Península Ibérica da “movida” da arte contemporânea feminista. Quando chegaram os noventa, com a viragem política, e a assunção do ‘politicamente correcto’, multiplicaram-se institucionalmente as exposições temáticas ao serviço da alteridade; como a famosa Bienal de Withney (1993) em Nova Iorque, com aproximações à arte de carácter político e aclamada por vários críticos (Nina Felshin, Hal Foster e Dan Cameron) como motor apaziguador do conservadorismo de até então. Mas como assumidamente feminista destaca-se a exposição Bad Girls (1993), realizada em Londres no Institute of Contemporary Art, onde artistas como Nicole Eisenman, Sue Williams, Helen Chadwick, Nan Goldin, etc., reabilitando e reafirmando o espírito colectivista norte americano (Women Artist Coalition ou as Guerrilla Girls) e britânico reafirmaram a ocupação feminina de territórios antes masculinos, através do uso de materiais e representações tabus no mundo da arte. Bad Girls apresentou-se também em Nova Iorque, pela mão de Márcia Tucker, na qual foram integradas várias artistas procedentes do WAC, que através de uma multiplicidade de meios – performance, fotografia, vídeo, desenho, ilustração e BD- nas palavras de Tucker pretendiam “ajudar-nos a ver e a entender um novo conceito de género” (23)

As chamadas “radicalizações” dos noventa tiveram na sua origem o desejo transformador do género para além da eterna oposição ao masculino. Profundamente influenciadas por Donna Haraway, as mulheres artistas, em conjunto com outros grupos que realizaram a desconstução da cultura dominante patriarcal, almejaram um corpo cibernético, transformado e transformador, ora andrógino, ora abjecta ou sublimemente sexuado, concebido segundo a vontade da(o) “portadora”: “As feministas cyborg têm de argumentar que “nós” já não queremos uma matriz natural da unidade e que nenhuma construção é completa. A inocência a par da insistência corolária na vitimização como única base para o entendimento, já fez estragos suficientes.” (24) Se a Internet é o campo privilegiado do “transgenérico”, também o meio artístico vem sendo conquistado, do que são exemplos as exposições realizadas na vizinha Espanha El rostro velado (25) (1997) e Transgenéric@s (26) (1999), comissariadas, a primeira, por José Miguel Cortés e a segunda por José Vicente Aliaga/ Mar Villaespesa. Numa escala completamente diferente, introduzindo (institucionalmente) e problematizando a prática artística feminista em Portugal, encontra-se a recente All My Independent Women comissariada por Carla Cruz (2005) (27).

Nos últimos anos, foram múltiplos os estudos e as obras que reflectiram sobre a presença das mulheres no meio artístico (28), assunto sempre presente na obra “reivindicativa” das Guerrilla Girls, como ficou patente na última Bienal de Veneza (2005), considerada pela imprensa da especialidade como a primeira bienal feminista. Depois e com as obras de Zoe Leonard (ex.: site specific apresentado na Documenta de Kassel em 92, onde ao lado de retratos de mulheres dos séculos XVII e XIX figuravam fotografias a preto e branco expondo vaginas), de Sarah Lucas (ex.: Bitch), de Tracey Emin (ex.: Psyco Slut), de Karen Kilimnik (ex: Battles or the Art of war), Catherine Opie (Chicken), Kara Walker (Camptown Ladies), Elija-Liisa Ahtila (If 6 was 9), das Zoina (colectivo português) e também Paula Rego, entre tantas e tantas outras, terminamos este texto com a sensação de que na arte, depois do amparo teórico feminista, queer e pós-colonialista, o atrito do caminho tende a diluir-se na reinvenção de conceitos e possivelmente no eclodir de uma terceira vaga transgenérica, transmoderna, mas sobretudo em transformação. Queremos acreditar que sim.


Paula Tavares
Artista Plástica e Professora do Ensino Superior



NOTAS
(1) Manuel Castells, O Poder da identidade, A era da informação: economia, sociedade e cultura, volume II, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, 2003, p. 169.
(2) Dan Cameron, “Sobre feminismo: post-, neo-, e intermedio”, Zona F, Espai D’Art Contemporani de Castelló, 2000, pág. 117.
(3) Valha-nos o estereótipo a nosso favor.
(4) Manifesto futurista, em AA.VV., El arte del siglo XX, 1900-1949, Salvat Editores, S.A. Barcelona, 1990, pág. 115.
(5) Ana Gabriela Macedo e Ana Luísa Amaral, sobre a análise de Maria Irene Ramalho de Sousa Santos “O sexo dos poetas: A propósito de uma nova voz na poesia portuguesa”, em Dicionário da crítica feminista, Edições Afrontamento, Junho de 2005, pág. 30.
(6) Witney Chadwick, Women, Art and society, Thomas and Hudson, London, 1990, pág. 302.
(7) Veja-se o estudo de Luce Irigaray – Speculun de l’autre femme, sobre as definições de mulher a partir de Freud e Platão [a mulher como ser irracional e invisível, como homem inacabado (sem o falo, castrado)].
(8) Simone de Beauvoir, El segundo sexo, Siglo Veinte, tomo II, Buenos Aires, s.d., pág. 511. Tradução livre.
(9) Contrariamente ao que aparenta ser denominador comum em várias actividades profissionais até agora desempenhadas por homens, como por exemplo a política onde as mulheres são valorizadas perante as suas capacidades e atitudes masculinas no exercício da sua profissão, Margaret Tatcher, a dama de ferro funciona como paradigma da mulher masculinizada e racionalizada como homem.
(10) Tal como as noções de orientalismo ou de homossexualidade foram política e semioticamente construídas, também o conceito identitário “mulher” esteve sujeito aos códigos patriarcais fundadores e fundacionais da História. Sendo continuamente reificado, na contemporaneidade, através de contra investidas à conquista da almejada “paridade”, de que é exemplo a imagem da mulher na publicidade, ou mesmo o lugar ocupado pela mulher no mercado de trabalho (e seus direitos).
(11) Griselda Pollock, “A política da teoria: gerações e geografias na teoria feminista e na história das histórias de arte”, AA.VV., Género, identidade e desejo, antologia crítica do feminismo contemporâneo, organização de Ana Gabriela Macedo, Edições Cotovia, Ltd., 2002, Lisboa, pp. 191-220.
(12) Griselda Pollock, idem, pág. 211.
(13) Griselda Pollock, Ibíd., pág. 193.
Manuel Castells, “O fim do patriarcalismo”, idem (especificamente pág. 235).
(15) Helena Cabello e Ana Carceller, “Sujetos imprevistos (Divagaciones sobre lo que fueron, son y serán)”, Zona F, Espai D’Art Contemporani de Castelló, 3 Febrero – 9 de Abril de 2000, Castelló, pág. 31. Tradução livre.
(16) O trabalho de Lippard, mais do que estabelecer fronteiras, ou muros à volta de uma determinada teoria, levanta questões, fez e faz pensar, reflectir… Como apontam Cabello e Carceller, é exemplar a resposta de Linda Nochlin: “A minha primeira reacção é de raiva pelo restritivo da expressão. Eu sou um ser humano, não definido por concepções prévias, andrógino, não programado para ilustrar nenhuma imagética específica. Mas a minha segunda reacção é a de fazer um esforço e meditar. Vivo numa sociedade, e quem eu sou está determinado pela estrutura vivencial que se supõe duma mulher. A minha experiência está filtrada através de uma complexa interacção entre eu mesma e as expectativas que o mundo tem para mim.” Helena Cabello e Ana Carceller, citando a Nochlin em resposta a Lippard em “What is the female imagery?”, idem, pág. 51. Tradução livre.
(17) Juntamente com Cixous e Irigaray, apesar de discordar piamente do determinismo biológico proposto pelas primeiras.
(18) Julia Kristeva, citada por Helena Cabello e Ana Carceller, idem, pág. 63. Tradução livre.
(19) Judith Butler, Feminism and the subversion of Identity, Routledge, Nueva York, Londres, 1990.
(20) Ana Gabriela Macedo e Ana Luísa Amaral (org.), Dicionário da crítica feminista, Edições Afrontamento, Junho de 2005.
(21) “Conhecemo-nos a nós mesmas através das mulheres feitas pelos homens” Sheila Rowbotham, Woman’ s Consciousness, Man’ s World, Penguin Books, London, 1973, pág. 40. Após séculos e séculos de objecto de contemplação e desejo, de servilmente ser modelo do autor, masculino, equilibrado e bem resolvido, que com a sua pena-falo percorria, ora docilmente, ora febrilmente, as páginas em branco do corpo feminino, eis que o “sujeito” mulher reivindica criar, ou antes, o reconhecimento da sua criação. Não segundo o modelo dominante, mas ao lado da alteridade, em conjunto com os negros, os gays, o terceiro e quarto mundo, e todos os que não tinham lugar cativo nos mais importantes museus e colecções. Para este assunto veja-se a obra de Sandra Gilbert e Susan Gubar The Mad Woman in the Attic, de 1979, sobre a produção literária feminina no século XIX. Onde as autoras problematizam a autoria comparativa entre homens e mulheres, metaforizando e associando a pena ao pénis como elemento tradicionalmente associado à criação.
(22) Laura Mulvey, “Placer visual y cine narrativo”, em Eutopías vol.1, Ediciones Episteme, Valencia, 1998. Teresa de Lauretis, “Estética y Teoría Feminista: Reconsiderando el cine femenino”, em Mar Villaespesa (ed.) 100% Instituto Andaluz de la Mujer / Museo de Arte Contemporáneo, Sevilla, 1993.
(23) Marcia Tucker, “Preface”, Bad Girls, Nova York, New Museum of Contemporary Art, 1993, pág. 5.
(24) Donna Haraway, Ciencia, cyborgs y mujeres. La reinvención de la naturaleza, Ediciones Cátedra, S. A., Madrid, 1995, pág. 269.
(25) El rostro velado. Travestismo e identidad en el arte. Exposição realizada em San Sebastián, Koldo Mitxelena Kulturenea, 12 de Junho a 6 de Setembro de 1997, com as e os artistas: Robert Gober, Nan Goldin, Michel Journiac, Zoe Leonard, Pierre Moliner, Cindy Sherman, Andy Warhol, entre outros.
(26) Transgenéric@s, Representaciones y experiencias sobre la sociedad, la sexualidad y los géneros en el arte español contemporáneo. Exposição realizada em San Sebastián, Koldo Mitxelena Kulturenea, 3 de Dezembro de 1998 a 6 de Fevereiro de 1999, com as artistas: H. Cabello, A. Carceller, N. Canal, R. Cotanda, T. Fontalba, C. Navarrete, LSD, Ch. Matesanz, entre outras.
(27) Realizada na Galeria SMS do Museu Martins Sarmento em Guimarães, entre 10 de Setembro de 2005 e 11 de Outubro do mesmo ano.
(28) Citamos um exemplo: a estatística de Jorge Luís Marzo, publicado no artigo “La revisión feminista de la historia del arte”, apontava: «“Informalismo en Catalunya”, Centre d’art Sta. Mónica, Barcelona, 1990 – 25 artistas, una mujer; “La vanguardia de la cultura catalana”, (ídem) 1990 – 41 artistas, una mujer; etc.», demonstrando a precariedade da presença das mulheres na arte em relação aos homens, na revista Lápiz, Revista Internacional de Arte, año IX, número 78, Junho de 1991.