Links

ARQUITETURA E DESIGN




Colagem aérea: o arquipélago de casas novas levanta-se sem danificar o contexto do bairro existente.


Savita Sonawane, explica os termos e condições do projecto aos habitantes de Netaji Nagar.


Mapa de Netaji Nagar. Implantações existentes a laranja, implantações propostas a cinzento.


Casa Kaccha #1


Casa Kaccha #2


Casa Kaccha #3


Savita Sonawane, líder do grupo Mahila Milan de Pune, essencial no desenvolvimento do projecto.


Workshop em Netaji Nagar, Yerawada, Pune.


Colagem de maquetas.


Casa A


Casa B


Casa C


Colagem da estratégia implementada com casas customizadas, perspectiva local.


Atelier informal Urbanouveau em Koregaon Park, Pune.

Outros artigos:

2024-04-13


PÁDUA RAMOS: DA ARQUITETURA AO DESIGN


2024-02-26


NO LUGAR DE UMA JANELA, NASCEU UMA PORTA


2024-01-21


TERCEIRO ANDAR DE LUCIANA FINA OU DESTINAÇÃO (EST)ÉTICA


2023-11-02


A PROPÓSITO DE ONDE VAMOS MORAR? — CICLO DE CINEMA POR ANDY RECTOR


2023-09-11


CARTOGRAFIA DO HORIZONTE: DO TERRITÓRIO AOS LUGARES


2023-08-05


O ESTALEIRO, O LABORATÓRIO, A SUA CAIXA E O CAVALETE DELA


2023-06-01


UMA CIDADE CONSTRUÍDA PARA O CONSUMO: DA LÓGICA DO MERCADO À DISNEYFICAÇÃO DA CIDADE


2023-04-30


ESCUTAR, UMA VEZ MAIS, GRÂNDOLA — OPERAÇÃO SAAL DE VALE PEREIRO


2023-04-03


NOTAS SOBRE UM ARQUITECTO ARTIFICIALMENTE INTELIGENTE


2023-02-24


MUSEU DA PAISAGEM. AS POSSIBILIDADES INFINITAS DE LER E REINTERPRETAR O TERRITÓRIO


2023-01-30


A DIVERSIDADE NA HABITAÇÃO DAS CLASSES LABORIOSAS, OS HIGIENISTAS E O CASO DA GRAÇA


2022-12-29


HABITAR: UM MANIFESTO SECRETO


2022-11-23


JONAS AND THE WHOLE


2022-10-16


CASA PAISAGEM OU UM PRESÉPIO ABERTO


2022-09-08


ENTREVISTA A ANA CATARINA COSTA, FRANCISCO ASCENSÃO, JOÃO PAUPÉRIO E MARIA REBELO


2022-08-11


ENTREVISTA A JOSÉ VELOSO, ARQUITETO DA OPERAÇÃO SAAL DA MEIA-PRAIA


2022-07-11


TERRA, TRIENAL DE ARQUITETURA DE LISBOA 2022. ENTREVISTA A CRISTINA VERÍSSIMO E DIOGO BURNAY


2022-05-31


OH, AS CASAS, AS CASAS, AS CASAS...


2022-04-23


A VIAGEM ARQUITETÓNICA COMO ENCONTRO: DA (RE)DESCOBERTA À (DES)COBERTA DAS ORIGENS


2022-03-29


PODERÁ O PATRIMÓNIO SER EMANCIPATÓRIO?


2022-02-22


EM VÃO: FECHA-SE UMA PORTA PARA QUE UMA JANELA FENOMENOLÓGICA SE ABRA


2022-01-27


SOBRE A 'ESTÉTICA DO CONHECIMENTO': UMA LEITURA DA PEDAGOGIA DE BAUKUNST


2021-12-29


CALL FOR ARCHITECTS


2021-11-27


DE QUE ME SERVE SER ARQUITECTA?


2021-10-26


'OS CAMINHOS DA ÁGUA'


2021-09-30


A ARQUITETURA PORTUGUESA: O TRAJETO DO SÉCULO XX E DESAFIOS DO SÉCULO XXI


2021-08-22


CERAMISTAS E ILUSTRADORES: UMA RESIDÊNCIA EM VIANA DO ALENTEJO


2021-07-27


COMPREENSÃO DA CIDADE DO PORTO ATÉ AO SÉCULO XX


2021-06-20


O ANTECEDENTE CULTURAL DO PORTO NA TRANSIÇÃO PARA O SÉCULO XXI


2021-05-12


JOÃO NISA E AS 'PRIMEIRAS IMPRESSÕES DE UMA PAISAGEM'


2021-02-16


A ORDEM INVISÍVEL DA ARQUITECTURA


2021-01-10


SURENDER, SURENDER


2020-11-30


AS MULHERES NO PRIVATE PRESS MOVEMENT: ESCRITAS, LETRAS DE METAL E CHEIRO DE TINTA


2020-10-30


DES/CONSTRUÇÃO - OS ESPACIALISTAS EM PRO(EX)CESSO


2020-09-19


'A REALIDADE NÃO É UM DESENCANTO'


2020-08-07


FORA DA CIDADE. ARTE E LUGAR


2020-07-06


METROPOLIS, WORLD CITY & E.P.C.O.T. - AS VISÕES PARA A CIDADE PERFEITA IMAGINADAS POR GILLETTE, ANDERSEN E DISNEY


2020-06-08


DESCONFI(N)AR, O FUTURO DA ARQUITECTURA E DAS CIDADES


2020-04-13


UM PRESENTE AO FUTURO: MACAU – DIÁLOGOS SOBRE ARQUITETURA E SOCIEDADE


2020-03-01


R2/FABRICO SUSPENSO: ITINERÁRIOS DE TRABALHO


2019-12-05


PRÁTICAS PÓS-NOSTÁLGICAS / POST-NOSTALGIC KNOWINGS


2019-08-02


TEMPOS MODERNOS, CERÂMICA INDUSTRIAL PORTUGUESA ENTRE GUERRAS


2019-05-22


ATELIER FALA - ARQUITECTURA NA CASA DA CERCA


2019-01-21


VICARA: A ESTÉTICA DA NATUREZA


2018-11-06


PARTE II - FOZ VELHA E FOZ NOVA: PATRIMÓNIO CLASSIFICADO (OU NEM POR ISSO)


2018-09-28


PARTE I - PORTO ELEITO TRÊS VEZES O MELHOR DESTINO EUROPEU: PATRIMÓNIO AMEAÇADO PARA UNS, RENOVADO PARA OUTROS. PARA INGLÊS (NÃO) VER


2018-08-07


PAULO PARRA – “UMA TRAJECTÓRIA DE VIDA” NA GALERIA ROCA LISBON


2018-07-12


DEPOIS, A HISTÓRIA: GO HASEGAWA, KERSTEN GEERS, DAVID VAN SEVEREN


2018-05-29


NU LIMITE


2018-04-18


POLAROID


2018-03-18


VICO MAGISTRETTI NO DIA DO DESIGN ITALIANO


2018-02-10


GALERIA DE ARQUITETURA


2017-12-18


RHYTHM OF DISTANCES: PROPOSITIONS FOR THE REPETITION


2017-11-15


SHAPINGSHAPE NA BIENAL DA MAIA


2017-10-14


O TEATRO CARLOS ALBERTO DIALOGA COM A CIDADE: PELA MÃO DE NUNO LACERDA LOPES


2017-09-10


“VINTE E TRÊS”. AUSÊNCIAS E APARIÇÕES NUMA MOSTRA DE JOALHARIA IBEROAMERICANA PELA PIN ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE JOALHARIA CONTEMPORÂNEA


2017-08-01


23 – JOALHARIA CONTEMPORÂNEA NA IBERO-AMÉRICA


2017-06-30


PASSAGENS DE SERRALVES PELO TERMINAL DE CRUZEIROS DO PORTO DE LEIXÕES


2017-05-30


EVERYTHING IN THE GARDEN IS ROSY: AS PERIFERIAS EM IMAGENS


2017-04-18


“ÁRVORE” (2002), UMA OBRA COM A AUTORIA EM SUSPENSO


2017-03-17


ÁLVARO SIZA : VISÕES DA ALHAMBRA


2017-02-14


“NÃO TOCAR”: O NOVO MUSEU DO DESIGN EM LONDRES


2017-01-17


MAXXI ROMA


2016-12-10


NOTAS SOBRE ESPAÇO E MOVIMENTO


2016-11-15


X BIAU EM SÃO PAULO: JOÃO LUÍS CARRILHO DA GRAÇA À CONVERSA COM PAULO MENDES DA ROCHA E EDUARDO SOUTO DE MOURA


2016-10-11


CENAS PARA UM NOVO PATRIMÓNIO


2016-08-31


DREAM OUT LOUD E O DESIGN SOCIAL NO STEDELIJK MUSEUM


2016-06-24


MATÉRIA-PRIMA. UM OLHAR SOBRE O ARQUIVO DE ÁLVARO SIZA


2016-05-28


NA PEGADA DE LE CORBUSIER


2016-04-29


O EFEITO BREUER – PARTE 2


2016-03-24


O EFEITO BREUER - PARTE 1


2016-02-16


GEORGE BEYLERIAN CELEBRA O DESIGN ITALIANO COM LANÇAMENTO DE “DESIGN MEMORABILIA”


2016-01-08


RESOLUÇÕES DE ANO NOVO PARA A ARQUITETURA E DESIGN EM 2016


2015-11-30


BITTE LEBN. POR FAVOR, VIVE.


2015-10-30


A FORMA IDEAL


2015-09-14


DOS FANTASMAS DE SERRALVES AO CLIENTE COMO ARQUITECTO


2015-08-01


“EXTRA ORDINARY” - JOVENS DESIGNERS EXPLORAM MATERIAIS, PRODUTOS E PROCESSOS


2015-06-25


PODE A TIPOGRAFIA AJUDAR-NOS A CRIAR EMPATIA COM OS OUTROS?


2015-05-20


BIJOY JAIN, STUDIO MUMBAI


2015-04-14


O FIM DA ARQUITECTURA


2015-03-12


TESOURO, MISTÉRIO OU MITO? A ESCOLA DO PORTO EM TRÊS EXPOSIÇÕES (PARTE II/II)


2015-02-11


TESOURO, MISTÉRIO OU MITO? A ESCOLA DO PORTO EM TRÊS EXPOSIÇÕES (PARTE I/II)


2015-01-11


ESPECTADOR


2014-12-09


ARQUITECTAS: ENSAIO PARA UM MANUAL REVOLUCIONÁRIO


2014-11-10


A MARCA QUE TEM O MEU NOME


2014-10-04


NEWS FROM VENICE


2014-09-08


A INCONSCIÊNCIA DE ZENO. MÁQUINAS DE SUBJECTIVIDADE NO SUPERSTUDIO*


2014-07-30


ENTREVISTA A JOSÉ ANTÓNIO PINTO


2014-06-17


ÍNDICES, LISTAGENS E DIAGRAMAS: the world is all there is the case


2014-05-15


FILME COMO ARQUITECTURA, ARQUITECTURA COMO AUTOBIOGRAFIA


2014-04-14


O MUNDO NA MÃO


2014-03-13


A CASA DA PORTA DO MAR


2014-02-13


O VERNACULAR CONTEMPORÂNEO


2014-01-07


PÓS-TRIENAL 2013 [RELAÇÕES INSTÁVEIS ENTRE EVENTOS, ARQUITECTURAS E CIDADES]


2013-11-12


UMA SUBTIL INTERFERÊNCIA: A MONTAGEM DA EXPOSIÇÃO “FERNANDO TÁVORA: MODERNIDADE PERMANENTE” EM GUIMARÃES OU UMA EXPOSIÇÃO TEMPORÁRIA NUMA ESCOLA EM PLENO FUNCIONAMENTO


2013-09-24


DESIGN E DELITO


2013-08-12


“NADA MUDAR PARA QUE TUDO SEJA DIFERENTE”: CONVERSA COM BEYOND ENTROPY


2013-08-11


“CHANGING NOTHING SO THAT EVERYTHING IS DIFFERENT”: CONVERSATION WITH BEYOND ENTROPY


2013-07-04


CORTA MATO. Design industrial do ponto de vista do utilizador


2013-05-20


VÍTOR FIGUEIREDO: A MISÉRIA DO SUPÉRFLUO


2013-04-02


O DESIGNER SOCIAL


2013-03-11


DRESS SEXY AT MY FUNERAL: PARA QUE SERVE A BIENAL DE ARQUITECTURA DE VENEZA?


2013-02-08


O CONSUMIDOR EMANCIPADO


2013-01-08


SOBRE-QUALIFICAÇÃO E REBUSCO


2012-10-29


“REGIONALISM REDIVIVUS”: UM OUTRO OLHAR SOBRE UM TEMA PERSISTENTE


2012-10-08


LEVINA VALENTIM E JOAQUIM PAULO NOGUEIRA


2012-10-07


HOMENAGEM A ROBIN FIOR (1935-2012)


2012-09-08


A PROMESSA DA ARQUITECTURA. CONSIDERAÇÕES SOBRE A GERAÇÃO POR VIR


2012-07-01


ENTREVISTA | ANDRÉ TAVARES


2012-06-10


O DESIGN DA HISTÓRIA DO DESIGN


2012-05-07


O SER URBANO: UMA EXPOSIÇÃO COMO OBRA ABERTA. NO CAMINHO DOS CAMINHOS DE NUNO PORTAS


2012-04-05


UM OBJECTO DE RONAN E ERWAN BOUROULLEC


2012-03-05


DEZ ANOS DE NUDEZ


2012-02-13


ENCONTROS DE DESIGN DE LISBOA ::: DESIGN, CRISE E DEPOIS


2012-01-06


ARCHIZINES – QUAL O TAMANHO DA PEQUENÊS?


2011-12-02


STUDIO ASTOLFI


2011-11-01


TRAMA E EMOÇÃO – TRÊS DISCURSOS


2011-09-07


COMO COMPOR A CONTEMPLAÇÃO? – UMA HISTÓRIA SOBRE O PAVILHÃO TEMPORÁRIO DA SERPENTINE GALLERY E O PROCESSO CRIATIVO DE PETER ZUMTHOR


2011-07-18


EDUARDO SOUTO DE MOURA – PRITZKER 2011. UMA SISTEMATIZAÇÃO A PROPÓSITO DA VISITA DE JUHANI PALLASMAA


2011-06-03


JAHARA STUDIO


2011-05-05


FALEMOS DE 1 MILHÃO DE CASAS. NOTAS SOBRE O CONCURSO E EXPOSIÇÃO “A HOUSE IN LUANDA: PATIO AND PAVILLION”


2011-04-04


A PROPÓSITO DA CONFERÊNCIA “ARQUITECTURA [IN] ]OUT[ POLÍTICA”: UMA LEITURA DISCIPLINAR SOBRE A MEDIAÇÃO E A ESPECIFICIDADE


2011-03-09


HUGO MADUREIRA: O ARTISTA-JOALHEIRO


2011-02-07


O QUE MUDOU, O QUE NÃO MUDOU E O QUE PRECISA MUDAR


2011-01-11


nada


2010-12-02


PEQUENO ELOGIO DO ARCAICO


2010-11-02


CABRACEGA


2010-10-01


12ª BIENAL DE ARQUITECTURA DE VENEZA — “PEOPLE MEET IN ARCHITECTURE”


2010-08-02


ENTREVISTA | FILIPA GUERREIRO E TIAGO CORREIA


2010-07-09


ATYPYK PRODUCTS ARE NOT MADE IN CHINA


2010-06-03


OS PRÓXIMOS 20 ANOS. NOTAS SOBRE OS “DISCURSOS (RE)VISITADOS”


2010-05-07


OBJECTOS SEM MEDO


2010-04-01


O POTENCIAL TRANSFORMADOR DO EFÉMERO: A PROPÓSITO DO PAVILHÃO SERPENTINE EM LONDRES


2010-03-04


PEDRO + RITA = PEDRITA


2010-02-03


PARA UMA ARQUITECTURA SWISSPORT


2009-12-12


SOU FUJIMOTO


2009-11-10


THE HOME PROJECT


2009-09-01


NA MANGA DE LIDIJA KOLOVRAT


2009-07-24


DA HESITAÇÃO DE HANS, OU SOBRE O MEDO DE EXISTIR (Parte II)


2009-06-16


DA HESITAÇÃO DE HANS, OU SOBRE O MEDO DE EXISTIR


2009-05-19


O QUE É QUE SE SEGUE?


2009-04-17


À MESA COM SAM BARON


2009-03-24


HISTÓRIAS DE UMA MALA


2009-02-18


NOTAS SOBRE PROJECTOS, ESPAÇOS, VIVÊNCIAS


2009-01-26


OUTONO ESCALDANTE OU LAPSO CRÍTICO? 90 DIAS DE DEBATE DE IDEIAS NA ARQUITECTURA PORTUENSE


2009-01-16


APRENDER COM A PASTELARIA SEMI-INDUSTRIAL PORTUGUESA OU PORQUE É QUE SÓ HÁ UMA RECEITA NO LIVRO FABRICO PRÓPRIO


2008-11-20


ÁLVARO SIZA E O BRASIL


2008-10-21


A FORMA BONITA – PETER ZUMTHOR EM LISBOA


2008-09-18


“DELIRIOUS NEW YORK” EXPLICADO ÀS CRIANÇAS


2008-08-15


A ROOM WITH A VIEW


2008-07-16


DEBATER CRIATIVAMENTE A CIDADE: A EXPERIÊNCIA PORTO REDUX


2008-06-17


FOTOGRAFIA DE ARQUITECTURA, DEFEITO E FEITIO


2008-05-14


A PROPÓSITO DA DEMOLIÇÃO DO ROBIN HOOD GARDENS


2008-04-08


INTERFACES URBANOS: O CASO DE MACAU


2008-03-01


AS CORES DA COR


2008-02-02


Notas sobre a produção arquitectónica portuguesa e sua cartografia na Architectural Association


2008-01-03


TARZANS OF THE MEDIA JUNGLE


2007-12-04


MÚSICA INTERIOR


2007-11-04


O CIRURGIÃO INGLÊS


2007-10-02


NÓS E OS CARROS


2007-09-01


Considerações sobre Tempo e Limite na produção e recepção da Arquitectura


2007-08-01


A SUBLIMAÇÃO DA CONTEMPORANEIDADE


2007-07-01


UMA MITOLOGIA DE CARNE E OSSO


2007-06-01


O LUGAR COMO ARMADILHA


2007-05-02


ESPAÇOS DE FILMAR


2007-04-02


ARTES DO ESPAÇO: ARQUITECTURA/CENOGRAFIA


2007-03-01


TERRAIN VAGUE – Notas de Investigação para uma Identidade


2007-02-02


ERRARE HUMANUM EST…


2007-01-02


QUANDO A CIDADE É TELA PARA ARTE CONTEMPORÂNEA


2006-12-02


ARQUITECTURA: ESPAÇO E RITUAL


2006-11-02


IN SUSTENTÁVEL ( I )


2006-10-01


VISÕES DO FUTURO - AS NOVAS CIDADES ASIÁTICAS


2006-09-03


NOTAS SOLTAS SOBRE ARQUITECTURA E TECNOLOGIA


2006-07-30


O BANAL E A ARQUITECTURA


2006-07-01


NOVAS MORFOLOGIAS NO PORTO INDUSTRIAL DE LISBOA


2006-06-02


SOBRE O ESPAÇO DE REPRESENTAÇÃO MODERNO


2006-04-27


MODOS DE “VER” O ESPAÇO - A PROPÓSITO DE MONTAGENS FOTOGRÁFICAS



ESTRATÉGIA PARA HABITAÇÃO EVOLUTIVA – ÍNDIA

FILIPE BALESTRA


Estava frio em Estocolmo. O orador era um senhor indiano, ícone incontornável do desenvolvimento do terceiro mundo. Jockin Arputham [www.tinyurl.com/y89u8mz] contou histórias sobre morar em Dharavi - o maior bairro de lata do planeta, situado no centro de Bombaim - e descreveu como é que se cresce num espaço onde é necessário dividir uma sanita com quatrocentas pessoas. No fim da palestra, apresentei-me a Arputham e desenhámos paralelos entre o Brasil e a Índia. Contei-lhe a história de Sambarquitectura, o meu projecto de fim de curso de arquitectura que consta de um processo participativo de arquitectura e construção de uma escola e centro social na Rocinha, uma das favelas do Rio de Janeiro. Arputham convidou-me a ir para a Índia ajudar a sua ONG, chamada SPARC [www.sparcindia.org], para desenvolver projectos de habitação.

Meses mais tarde, e com Sara Göransson, conheci Sheela Patel [www.tinyurl.com/yd7v58v], partner de Arputham, na conferência Informal Cities, que se realizou em Setembro de 2008. Foi Patel quem nos deu a luz verde para viajarmos até Bombaim para desenvolvermos uma estratégia para habitação evolutiva destinada aos bairros de lata no centro de cidades. A estratégia teria que ser implementável em diversas cidades para beneficiar o maior número de pessoas possível. Segundo Patel, a estratégia não teria qualquer valor se precisasse dos arquitectos para sobreviver; teria sim, de ser suficientemente simples para ser levada a cabo pelas comunidades, sem ajuda de arquitectos.

Eu já tinha passado pela experiência de desenhar e construir a tal escola na Rocinha, num processo participativo que envolvia membros da comunidade local. Sara Göransson trabalhara exaustivamente numa estratégia que controla e estrutura o crescimento de Estocolmo, unindo subúrbios segregados, fintando florestas, lagos e outras riquezas naturais. Göransson chamou a esse trabalho Lo-Glo, o qual é, neste momento, referência pelas autoridades locais, para o corrente Plano Director de Estocolmo.

Projectos anteriores de melhoramento de bairros de lata em todo o mundo envolveram a demolição de bairros inteiros, seguidos ou de uma construção de blocos de habitação social repetitivos e impessoais, ou do expulsar das comunidades do local onde sempre moraram para subúrbios distantes da sua zona de trabalho. Esta forma de extirpar comunidades que residiram no mesmo local durante décadas traz aos moradores, não só o desemprego, como também o fim de alguma segurança construída a longo prazo com a amizade entre vizinhos.

Quem vê de fora, tende a olhar os bairros de lata como uma parte infectada da cidade, um erro que deve ser apagado com medo de um contágio aparente. O antropólogo Rahul Srivastava e o urbanista Matias Enchanove explicam este fenómeno em “Mess is More” constatando que a psicologia humana rejeita o que não consegue compreender.

Só estando no terreno, a ouvir os moradores, conseguimos desenrolar, processar e compreender todas as camadas de informação justapostas e este contexto de hiper-densidade social. Este compromisso de humildade, amizade e confiança crescente são as raízes do processo de arquitectura participativa.

O projecto-piloto começou em Netaji Nagar, uma fatia de um grande bairro de lata chamado Yerawada, situado dentro da cidade de Pune, a 180 quilómetros de Bombaim. Netaji Nagar nasceu quando uma comunidade foi forçada a sair de um terreno onde se havia decidido que iria nascer um hospital. Netaji Nagar tem hoje 40 anos de idade.

Dentro destas aldeias urbanas, as casas podem ser ou Kacchas ou Puccas. As Kacchas são estruturas frágeis de carácter temporário, construídas com chapas metálicas, tijolos de baixa qualidade e outros materiais improvisados. Nelas há falta de iluminação e de ventilação natural. A atmosfera interior é brutalmente quente durante o dia, sistema que se inverte durante a noite devido à falta de isolamento térmico numa chapa metálica que faz simultaneamente de parede e telhado. Estas casas, com cerca de 12 metros quadrados de implantação, também não têm nem casa de banho, nem água. Mesmo assim, numa delas, podem morar várias pessoas, apertadas num só compartimento. As Puccas são casas de carácter permanente, bem construídas, com betão armado e tijolos de boa qualidade. Estas casas podem ter ocasionalmente casa de banho e cozinha. No Netaji Nagar, existem 106 Kacchas e 109 Puccas.

Famílias sem instalações sanitárias dentro de casa têm que usar “casas de banho comunitárias” - um edifício com sanitários de senhoras, homens, e um apartamento para o encarregado de limpeza e sua família. No Netaji Nagar, há pessoas que tomam duche todos os dias de manhã em plena rua, porque não existe nem espaço nem condições para o tomar em casa. A água é aquecida no fogo, que por sua vez é feito com ramos secos e lixo. As mulheres cozinham e lavam a roupa no chão em frente às suas casas, transformando meras ruelas em espaços intensamente sociais, nos quais múltiplas funções coexistem. Estas ruas são demasiado estreitas para passar um carro, mas suficientemente largas para passar um rickshaw, uma moto ou uma vaca. A maior parte das pessoas tem empregos temporários, sem contrato. Ganham para o dia, para a semana ou, mais raramente, para o mês. Aqui, não se sabe como vai ser o Futuro. Devido à falta de programas de integração e à densidade da população indiana, no contexto do êxodo rural, as famílias que migram do campo para a cidade acabam por repetir os padrões de comportamento que anteriormente tinham: trazem cabras, vacas e galinhas para morar naquelas ruas estreitas, adicionando assim mais uma camada de vida naquele espaço conturbado. Os animais famintos mastigam, engolem e digerem o lixo local, que é uma mistura de orgânicos e recicláveis. Vi uma galinha a fugir de um cão. Os animais passam fome. As pessoas também.

Dois meses depois de termos caminhado nas ruas de Bombaim e Pune, e de iniciarmos o processo, uma equipa internacional de arquitectos, urbanistas, um arquitecto paisagista e uma designer gráfica juntaram-se a nós para, voluntariamente, trabalhar para essas comunidades carentes, dedicando, tal como nós, uma fase das suas vidas para aqueles que não podem pagar o serviço de arquitectos. Ao Martinho Pitta, Carolina Cantante, Guilherme de Bivar, Rafael Balestra, Remi Turquin e Marta Pavão, agradecimentos eternos. Os moradores locais aceitaram a nossa presença, acreditaram no nosso trabalho e foram muitíssimo positivos durante todo o processo: convidavam-nos constantemente a entrar em suas casas para beber chai e conversar um pouco mais sobre o projecto, os seus problemas e soluções.

Após termos começado em simultâneo a pesquisa e a arquitectura participativa, o governo central da Índia lançou uma bolsa denominada Basic Services for the Urban Poor (BSUP) para apoiar a reabilitação in situ dos bairros de lata localizados dentro de cidades, em terrenos do estado. Esta bolsa nasceu parcialmente de negociações entre o governo central, Jockin e Sheela, com membros de Mahila Milan (Mulheres Unidas), uma rede social de grupos de poupança dirigida por mulheres, moradoras de bairros de lata. O foco de trabalho de Mahila Milan é também a habitação social e a infra-estrutura. Um subsídio de 4500€ seria dado a famílias que morassem em casas Kaccha, interessadas em melhorar as suas habitações. Os beneficiários elegíveis teriam que contribuir com 10% do valor da casa. O governo comprometeu-se a fornecer serviços básicos como água, esgoto, drenagem de água da chuva e electricidade, antes de começar a construção das casas propriamente ditas. Com esta atitude, o objectivo do governo é melhorar os bairros de lata de maneira a que estes possam ser aceites como bairros formais e permanentes, dentro da cidade. Numa primeira fase, na cidade de Pune, cerca de 4000 famílias beneficiarão desta bolsa.

Um processo sustentável como este, para o melhoramento de habitações existentes, só é possível com a participação dos moradores. Esta colaboração é mobilizada pelas mulheres líderes comunitárias do grupo Mahila Milan, que informam todas as famílias sobre a bolsa, fazem pesquisas, inquéritos, levantamentos, conduzem workshops de arquitectura em hindi e ensinam métodos de construção aos moradores.

Na ausência de um grupo como Mahila Milan, os arquitectos estariam limitados a falar com homens, particularmente aqueles com poder local, que iriam optar por questões de interesse financeiro. Não seria possível para arquitectos organizar uma comunidade de uma forma que possibilita a sua própria participação profunda, os locais não teriam capacidades ou sistemas para completar mapas e inquéritos, receber contribuições dos beneficiários e administrar a construção. Quando o arquitecto saísse, no fim do projecto, o processo iria acabar em vez de aumentar de escala.” (Katia Savchuk)

A nossa proposta é o resultado de inúmeras reuniões e workshops com os moradores e políticos das comunidades, durante as quais ideias foram formuladas, desenvolvidas e aprovadas. Neste diálogo, usaram-se instrumentos tradicionais como desenhos em perspectiva e maquetas. O processo da equipa envolveu apresentações diárias a moradores, líderes comunitários, políticos, engenheiros e construtores. A estratégia desenvolvida abrange não só o interior das habitações e o respectivo exterior, mas também a aldeia urbana como um todo. Incluiu-se o ajuste das implantações de algumas casas para serem criados mais espaços abertos - para a descompressão e a união - ou para que ruas, demasiado estreitas, pudessem ser alargadas para desasfixiarem-se os fluxos pedonais de motos, de rickshaws, de bicicletas e de gado.

Observando as tipologias existentes em Yerawada, e com algumas memórias e aprendizados de meses a “ler” a arquitectura informal da favela da Rocinha, desenvolvemos três protótipos. Estes deviam, para além de ser apropriados à realidade local, oferecer estruturas que pudessem ser aumentadas legalmente no futuro e customizadas pelas necessidades específicas de cada família. De acordo com as regras da bolsa BSUP, a área mínima para cada casa teria que ter 25 metros quadrados.

A casa A é uma casa tradicional em dois pisos, cuja estrutura está preparada para receber três pisos. Esta casa permite, à família que lá mora, aumentar verticalmente um andar sem risco de colapso. A casa B é uma casa de três pisos, cujo rés-do-chão está propositadamente vazio. Este vazio pode ser usado para guardar animais, como garagem de rickshaw, como lavandaria, ou pode ainda ser fechado para dar lugar a uma loja ou mais um quarto. A casa C é também uma estrutura com três pisos; esta, porém, tem o vazio no segundo andar. Este vazio serve de varanda social, oficina ao ar livre ou espaço para secar roupa, até ao dia em que a família quiser construir quatro paredes para transformar o vazio em mais um compartimento.

Estes conceitos foram desenvolvidos numa “técnica de quatro pilares“ para estruturar cada casa. Assim, depois da demolição da casa Kaccha, inicia-se a construção da nova Pucca. Depois de construída a fundação, cada coluna é colocada num dos cantos da implantação, que tem quase sempre uma forma de trapézio irregular. Se existirem, lado a lado, mais de uma casa Kaccha, partilhar-se-ão a estrutura, as paredes e a infra-estrutura, reduzindo-se assim o custo de construção de cada casa. Os fundos poupados neste processo serão calculados de um modo transparente para melhorar as instalações do bairro de acordo com a vontade da comunidade.

Depois de serem construídas instalações sanitárias em todas as casas, os edifícios de casas de banho comunitárias poderão ser demolidos, por já não haver necessidade de uso. Consequentemente, propusemos a manutenção desses espaços, como novos pátios, tão necessários para a reunião de moradores, para as crianças jogarem cricket, para casamentos e outros eventos.

Porque existem famílias sem possibilidade de contribuir financeiramente com os 10% necessários para ganhar a bolsa BSUP, foram criadas alternativas para este pagamento. O envolvimento das famílias na demolição da Kaccha existente, no processo de construção, na escolha da cor da tinta e da pintura da casa, assim como a escolha da cerâmica do piso e sua colocação, são possibilidades de alternativas de pagamento. Particularmente na Índia, o poder escolher a cor é, para as famílias, algo de muito importante. Esperamos que este processo de construção participativa leve a arquitectura a ser personalizada - dentro dos restritivos parâmetros de espaço e budget que caracterizam o projecto - e que o carácter tradicional da arquitectura informal e criativa das aldeias urbanas se mantenha: que as casas sejam todas diferentes.

Para as pessoas que não podem contribuir com trabalho durante a obra ou com dinheiro, ser-lhes-á proporcionado um empréstimo bancário. Os beneficiários serão ensinados pelas Mahila Milan a monitorarem a construção: a contar o número de ferros em cada pilar de betão armado, a testar a qualidade do betão e dos tijolos, para terem a certeza de que os construtores fazem um trabalho correcto.

Durante este período, os moradores serão alojados em instalações temporárias. No caso do projecto-piloto em Netaji Nagar, já foi autorizado por Praveen Pardeshi, o uso de um armazém abandonado no bairro. Depois do projecto ter terminado, os beneficiários irão receber um certificado de ocupação pela Câmara Municipal de Pune. O projecto-piloto desta estratégia para habitação evolutiva está, neste momento, a ser implementado formalmente pela SPARC e Mahila Milan, com o suporte técnico do arquitecto local e director da Universidade de Arquitectura de Pune, Prasanna Desai.

Desde a universidade, em Edimburgo, eu e a Sara Göransson defendemos a vivência no terreno como a verdadeira fonte de ideias autênticas: para aprender neste contexto é essencial trabalhar fora do escritório. Se os pintores impressionistas tiveram a necessidade de inventar uma nova técnica por terem resolvido sair dos estúdios para pintar ao ar livre, talvez os arquitectos possam também descobrir novos horizontes fora do atelier

A rua é o espelho da cidade.



Filipe Balestra
Arquitecto (Rio de Janeiro, 1981). Mestre pelo Royal Institute of Technology em Estocolmo, Bacharel pelo Edinburgh College of Art. Depois de ter tido experiência profissional em Sandellsandberg, Office for Metropolitan Architecture (OMA+AMO), Neutelings-Riedijk, NL architects e Regino Cruz Arquitectos, Filipe Balestra é co-fundador da empresa Urbanouveau [www.urbanouveau.com].